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Quando as tropas da Guilda Fúria notaram a queda de um de seus Vice-Líderes, pânico espalhou-se entre as tropas.

O Esquadrão Dama de Prata que estava quase dominado, reagiu com violência, indo em direção a sua líder, que estava se defendendo sozinha contra dezenas de soldados.

Wooo!

O lobo de Karol saltou sobre os soldados inimigos, aproximando-se de sua mestra.

Aproveitando isso, Karol segurou em seus pêlos, sendo levada para longe.

Anane que viu tudo isso, tranquilizou-se, então recuou, subindo em sua própria montaria.

Fernando que estava longe, tinha um rosto calmo e imutável. Mas internamente, seu coração batia tão forte que parecia que saltaria por sua boca a qualquer momento.

De sua posição não era possível entender completamente o que estava acontecendo na parte onde Karol e seu esquadrão estavam, mas no momento em que o Vice-Líder inimigo caiu, gritos soaram por todo o campo de batalha, indicando que algo grande havia ocorrido.

Nesse ponto, as tropas da Guilda Fúria recuaram, como se quisessem adentrar novamente na Residência da Guilda.

Aproveitando-se disso, Noah, Ronald e os outros atacaram com ainda mais brutalidade, massacrando as tropas comuns, enquanto o alto escalão inimigo se acovardou.

Um homem baixo e magro aproximou-se de Argos, cochichando algo em seu ouvido, e após isso retirou-se rapidamente.

“Parece que sua esposa é realmente incrível, senhor. Ela matou um dos Vice-Líderes inimigos.” disse, com um sorriso.

Ouvindo isso, Fernando ficou surpreso. Mesmo que ele esperasse que Karol ganhasse experiência, não imaginou que ela conseguiria tal feito.

Apesar de feliz, estava ao mesmo tempo frustrado. Ele havia pedido que ela apenas chamasse a atenção do inimigo, mas para ter conseguido algo assim, seria necessário um embate total.

Mesmo nervoso com a situação, respirou fundo e tentou se acalmar. Ele era o Tenente desse batalhão, não poderia agir de forma imprudente.

Com um olhar frio, levantou sua mão e logo uma nova Lança de Fogo surgiu.

As tropas inimigas que ao longe viram a cena, tremeram de medo. Sempre que Fernando preparava um novo ataque, muitos morriam.

BOOM!

Acertando uma área onde havia mais soldados inimigos, gritos e lamentos ressoavam pelo campo de batalha.

Nesse ponto, a Guilda Fúria estava cheia de medo. Mesmo sem participar diretamente da batalha, o Tenente inimigo havia tirado muitas vidas, incluindo algumas tropas de elite e um alto escalão.

Vendo o resultado de seu ataque, Fernando suspirou. Essa era a quarta Lança de Fogo que jogava. Se ele quisesse, poderia jogar mais uma dezena ou duas em sucessão, mas não o fez.

Olhando para longe, era possível ver muitas figuras espreitando entre as casas e becos, observando o desenrolar da batalha.

Fernando não era mais o jovem ingênuo que foi um dia. Ele precisava ser cuidadoso para não dar indícios de revelar algo sobre a Espada Formek ou a Pedra de Mana. Por isso estava atacando com cautela e até fingindo beber Poções de Mana.

Enquanto pensava sobre o que fazer a partir dali, gritos soaram no campo de batalha novamente.

Fernando olhou para Argos de forma questionadora e o mesmo sorriu, como se pedisse que seu líder aguardasse.

Logo um informante chegou, relatando que mais um Vice-Líder inimigo havia caído. Dessa vez, pelas mãos de Ronald.

“Hahahaha. Quem diria, uma Guilda desse porte apanhando para um Batalhão novato.” Ilgner gargalhou, com os braços cruzados. Então sua expressão brincalhona diminuiu levemente. “Acho que é minha vez.”

Ouvindo isso, Fernando assentiu em silêncio.

Ilgner era a peça central para a estratégia de Argos. Afinal, muitos o consideravam como o real motivo de Fernando ter ascendido para a posição de Tenente. Assim como a força real por trás do Batalhão Zero.

Com um movimento de pulso, dois grandes machados apareceram, um em cada mão do sujeito loiro. Seus músculos estufaram, enquanto ele sorriu com brutalidade.

“É hora de lutar.” Ilgner disse, com um leve sorriso.

BOOM!

Após dizer isso, o sujeito sumiu. O lugar onde estava antes estava cheio de rachaduras no chão, mostrando o poder em suas pernas.

Como um furacão, Ilgner surgiu em meio às tropas inimigas.

“Ahhh!”

Inicialmente, as tropas da guilda estavam sem reação. Mas quando o sujeito loiro de cabelos longos bagunçados brandiu um de seus grandes machados, cortando três soldados ao meio, todos entenderam que era um inimigo.

“É o Subtenente Ilgner!!” Um homem do Batalhão Zero gritou, animado.

Logo gritos seguiram por todos os lados, enquanto Ilgner varria o campo de batalha como um tufão violento.

Argos, que viu isso, tinha um rosto calmo. Ele não queria admitir antes, mas olhando para o jovem pálido que chamava de Tenente, sentiu-se aliviado de não ser mais seu inimigo.

Não só Fernando tinha um talento chocante, mas sua capacidade de reunir e nutrir outras pessoas talentosas era simplesmente incrível.

Enquanto pensava a respeito disso, viu cinco figuras quebrando a muralha de tropas do Batalhão Zero e seguindo em uma grande velocidade na direção de Fernando.

“Vamos matá-lo! Se levarmos a cabeça de seu líder, esses malditos vão recuar!” O homem da frente disse, levantando sua espada. A mulher ao seu lado assentiu, preparando-se, assim como o restante das pessoas ao seu lado.

Tanto Fernando quanto Argos os notaram, mas não pareciam preocupados.

“Parece que dois dos Vice-Líderes deles querem matá-lo, líder. Também parece que mandaram alguns Membros de Núcleo.” Argos disse, em tom de zombaria.

“É o que parece.” Fernando respondeu, com um rosto inexpressivo.

Nenhum dos dois estavam surpresos com isso. Matar a liderança do oponente era uma estratégia no campo de batalha. Não só faria o moral do inimigo despencar ao fundo do poço, como poderia até forçar uma retirada total.

Além disso, pareciam que estavam sérios sobre isso, já que mesmo quando foram pressionados anteriormente, os Vice-líderes e alto escalão inimigo mantiveram-se recuados, lutando apenas com o alto escalão do Batalhão Zero. Mas agora enviaram dois Vice-Líderes e alguns alto escalão.

Diferente de uma Legião na qual haviam muitos cargos e posições específicas, as Guildas tinham um sistema hierárquico próprio.

Começando do topo havia o Líder da guilda. Não necessariamente era a pessoa mais poderosa da mesma, mesmo alguém fraco poderia fundar uma guilda, contanto que tivesse recursos suficientes. Não era estranho que alguns gigantes do comércio tivessem guildas próprias para servi-los.

Abaixo do Líder, estavam os Vice-Líderes. Estes desempenhavam o papel principal de uma guilda, cuidando dos mais variados assuntos. Desde liderar as tropas, cuidar da situação financeira e organizacional a até mesmo ser encarregado de negociar missões e trabalhos.

Não havia um padrão de força para assumir o cargo. Para algumas guildas mais fracas, pessoas de nível Oficial ou Sargento eram suficientes. Em guildas medianas o padrão se eleva, sendo necessário pessoas de nível Subtenente. Já para as grandes guildas, o mínimo pode ir de Tenentes a até mesmo Majores.

Após os Vice-Líderes, estavam a base de força de uma guilda, os Membros de Núcleo. Estas eram compostas pelas tropas mais talentosas, que a Guilda colocaria mais recursos e esforços para nutrir.

A quantidade de Membros de Núcleo de uma guilda geralmente ditava sua força geral. Pois estes lideram pequenas equipes em missões importantes e essa era a principal renda de uma guilda.

Para a Guilda Fúria, que tinha cerca de quarenta desses membros, era difícil crescer mais do que já haviam crescido. Por isso estavam tão desesperados em recrutar os restos de guildas que abandonaram Belai, pois só assim poderiam elevar seu padrão de força e melhorar seus ganhos.

Argos ja sabia disso e havia feito um relatório detalhado para Fernando. Era apenas devido a isso que ousaram iniciar esse conflito.

Se a Guilda Fúria fosse mais poderosa, seria suicídio declarar guerra contra ela.

Quando Fernando estava prestes a fazer algo, Argos moveu o pulso, tirando um par de lâminas azuis, espadas do tipo rapieira.

“Basta ficar onde está Líder. Se você mostrar sua força agora, fará os inimigos ficarem cautelosos. Eu cuido disso, é meu trabalho como Sargento, afinal.” Argos falou, com um sorriso calmo. Seu sorriso, junto a seus longos cabelos negros que balançavam ao vento faria a maioria das garotas terem seu coração roubado.

Fernando que viu isso franziu a testa, perguntando-se porque esse cara parecia sempre estar agindo como se estivesse tentando ser ‘legal’. Suspirando consigo mesmo, assentiu.

Como o ex-líder do Esquadrão Lazuli e alguém que já trabalhou em serviços de infiltração para os Lobos de Batalha, Argos não era alguém comum.

Para manter seu disfarce sob segredo, o mesmo nunca havia lutado a sério. Mesmo na batalha contra os Orcs, onde sua vida estava em risco. Esse era o quão dedicado era com suas missões. O próprio Fernando descobriu isso ao testá-lo anteriormente.

Caminhando calmamente para frente, os olhos de Argos brilharam levemente com um fio de luz azul.

“Vocês vão se arrepender de levantar suas espadas contra o Batalhão Zero.”

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