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A paisagem deslumbrante das montanhas era algo tão agradável, as cadeias de montanhas que se destacavam no horizonte, enquanto nuvens se formavam no céu como uma bela pintura natural pintada pelo próprio universo à volta.

A trilha serpenteava entre árvores que dançavam ao sabor do vento, o ar impregnado com um leve aroma de terra, uma mistura de verde exuberante da vegetação e a solidez dos minerais rochosos que pontuavam a subida íngreme.

Renier e seu grupo avançavam pela montanha, rumo ao outro lado da imponente Floresta Perdida.

Cada passo ecoava alto na trilha, o som reverberando pelo ambiente enquanto pequenas pedras se desprendiam sob seus pés.

Dotado dos poderes de sua mãe, a Criação, Renier aproveitou a oportunidade para confeccionar novos trajes para suas companheiras, ao mesmo tempo em que explorava suas habilidades como Guardião.

O novo traje de Sapphire era uma camiseta escura, que realçava suas curvas, combinada com um short preto que destacava suas pernas esguias, além de botas resistentes e uma jaqueta amarela pendurada sobre sua cintura.

Com seus cabelos preto, Anny exibia um capuz vermelho sobre um conjunto de pijama, suas tranças escuras descansando sobre os ombros, enquanto sua boneca, agora escondida dentro de um urso de pelúcia branco, falava por ela, mantendo seu segredo oculto.

Aura optou por uma roupa mais ousada, revelando sua silhueta esbelta sob faixas de tecido, complementadas por uma imponente cabeça de oni como ombreira, e dois chifres que agora se destacavam em seu cabelo branco amarrado para trás.

— Essa nova roupa que você fez, usando é bem melhor que aquele manto que peguei do corpo morto no templo, — comentou Sapphire puxando levemente o fecho da sua jaqueta marrom com detalhes em branco para baixando, dando uma leve mostrada em seus seios em um decote.

“Eles são bem grandes” pensou Renier, vendo Sapphire revelando um pouco mais do que o esperado, o que não passou despercebido de seus olhos atentos.

— Também estou bem satisfeita com minha nova armadura, e espadas, — disse Aura exibindo suas novas espadas com orgulho.

“Embora a armadura dela, deixe exposto demais seu corpo, mas quem sou eu para julgar” pensou Renier enquanto olhava sua própria roupa.

Enquanto isso, Renier próprio usava uma jaqueta simples com uma estampa de Kitsune, mantendo-se discreto em meio ao grupo.

Os olhos de Renier se voltaram para cima, enquanto os olhos de Anny se encontraram como os dele, ela estava sentada sob os ombros dele, enquanto apreciava a vista de uma altura melhor.

— Pelo menos a Anny ficou fofa — comentou Renier olhando para ela.

— Claro, você deu tratamento especial para ela quando usou seu poder! — afirmou Sapphire cruzando os braços.

Aura observava a cena em que Renier acomodou a garota. — Renier tem tratado ela como uma espécie de filha, ela é um Pesadelo esqueceu disso? 

— Como a Anny é a mais pequena, as pernas são curtas para caminhar pela montanha, então desse modo seria mais rápido, — protestou ele, soltando uma leve risada.

Embora Renier esteja de fato a tratando como uma filha, por ele ter descobrindo por intermédio de sua mãe Yggdrasil, que os Pesadelos são criação dele, então ele se sente culpado e ao mesmo tempo estando se responsabilizando pela Anny.

— Não é ruim… — comentou Anny humorada, enquanto sentia a brisa suave da montanha entre os cabelos escuros.

— Sinceramente, de algum modo, um pai solteiro combina com você Renier, — afirmou Sapphire, seu olhar provocativo para ele.

Sentindo um arrepio percorrendo seu corpo Renier via sua nova realidade. — Pai aos 16 é bem estranho, então não diga isso, pega mal — comentou ele.

— Na verdade você é bem bonito e acima da média, então acho que as mulheres se visse você com a Anny faria você se destacar mais ainda, — comentou Aura entrando na conversa.

— Acima da média? — perguntou Sapphire confusa.

Aura se aproximou da orelha da Sapphire sussurrando algo em segredo enquanto um leve rubor se espalhava com o constrangimento na face dela, enquanto Aura soltava uma risada maliciosa.

“Tenho até medo de perguntar o que ela falou para Sapphire” pensou Renier sem entender a conversa das duas.

Porém a interação entre eles trouxe à tona sentimentos familiares, lembrando Renier de tempos passados com amigos e amores em seu mundo.

A chegada à caverna marcou um ponto crucial em sua jornada, revelando não apenas a passagem para o outro lado da montanha, mas também a verdade por trás das histórias de bravura que ecoavam pelos corredores da Floresta Perdida.

Aura explicou que esse local era uma espécie de marco para os aventureiros que desbravaram a floresta e retornavam com vida, trazendo consigo minérios ou pedras preciosas encontrados dentro da caverna, demonstrando que sua coragem e habilidade eram dignas de reconhecimento.

— No entanto… é mais uma promessa falsa do que uma realidade para os incautos… Ninguém conseguiu voltar vivo a partir desse ponto, nem mesmo atravessar a primeira parte da floresta, devido apenas a pressão dos Pesadelos na área  — alertou Aura, informando que muitos aventureiros retornavam com histórias falsas, levando consigo objetos como prova de sua suposta travessia, alimentando a ilusão de sua coragem e habilidade.

Aura começou a explicar o motivo de tal ação, a floresta perdida a partir do ponto inicial era mais fácil de entrar, contendo apenas bandidos, mercenários, traficantes e muitas coisas ilegais que faziam e escondiam dentro da floresta antes de atravessarem a montanha. Um lugar ideal onde a lei não existia e onde a justiça não iria os perseguir.

Porém a partir do ponto da montanha a tensão dos Pesadelos era palpável apenas na presença no ar, o que fazia qualquer pessoa mal preparada se acovardar e ir embora.

— Significa que para não voltarem de mãos vazias, os charlatões levavam algo daqui para confirmar que passaram pela floresta, — confirmou Sapphire.

— Poucos humanos tiveram coragem de ir para esse lado da montanha, — comentou Anny. — E raros voltaram vivos, e se voltavam sua mente não ficava intacta, — afirmou ela.

— Mas então porque nunca teve alguém que descobriu sobre essa fraude e foram desmarcados? — perguntou Sapphire confusa.

Renier acabou deixando uma leve risada sair. — Obviamente, que são pagos para não revelar, estamos em um mundo com esse tipo de problemas, Sapphire provavelmente nobres valentes metidos a heróis, tentaram vim aqui, não conseguiram, então espalharam esse boato, e quem fosse fazer o mesmo depois deles, acabaria revelando que são uma fraude também, ou seja eram pagos para ficar de boca calada, — afirmou ele enquanto começava a caminhar para dentro da caverna.

Renier compreendeu rapidamente a dinâmica do local, percebendo que a falsa bravura era alimentada por uma rede de interesses e acordos obscuros, onde o silêncio era comprado com recompensas e status.

— Heh, não é que você entende, rápido Renier? — comentou Aura sorrindo, vendo que ele havia sacado na hora a situação deste local.

— Então significa que vamos ser os primeiros a voltar com vida para fora da floresta, — comentou Sapphire com um sorriso esperançoso.

Com uma mistura de admiração e ceticismo, o grupo adentrou a caverna, prontos para passar para o outro lado sendo o início da Floresta Perdida com mais experiência do que quando começaram.

Continua…

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