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O Jeep assim como o grupo, agora se mantinham parados no meio das ruínas de uma antiga cidade avançada, Nora e Chris tentavam a todo custo arrumar o carro, devido aos estragos feitos pelos infectados pela Sombra Verdadeira.

O barulho de escombros, e pedregulhos caindo em lugares próximos era ofuscado pelo o som alto era da chave de fenda, e ferramentas sendo usadas por Nora, para arrumar o automóvel.

Katherine, ficava deitada com sua nova filha. Renier mantinha-se com os braços cruzados, enquanto absorvia as informações sobre o que havia acontecido antes dele chegar a esse mundo.

— Um Dragão Negro, devastando um reino inteiro, assim como as outras quatro nações, — comentou Anny.

Renier observava os arredores, parecia que a cidade estava viva, com sua energia corrompendo tudo ao seu redor, por baixo do concreto, Renier já sabia que tudo estava morto.

“Esse mundo está morrendo aos poucos…” disse Renier pensativamente, estreitando os olhos. A gravidade da situação era de extrema urgência.

Renier volta sua atenção para Katherine. — Essas criaturas, são chamadas de “Sombras”, o Dragão Negro é verdadeira natureza de todas elas, uma vez morta todas as restantes irão morrer como consequência, — informou ele.

— Sombras… é um nome apropriado, elas realmente parecem como uma, — indagou Katherine.

Continuou Renier apoiava-se na coluna de um prédio. — Essas criaturas que enfrentamos a pouco e as que vocês viram no caminho para cá, desde seu Império caído, eram todos humanos ou algum ser vivo, que acabaram sendo corrompidos pela Sombra Verdadeira.

Katherine e Aurora ficaram chocadas enquanto, percebendo as palavras de Renier, sobre as criaturas que haviam matado até então. Seus rosto empalideceram, assim como uma neuza passou por elas.

Olhando para sua espada, Aurora com suas mãos trêmulas dizendo. — Nós estivemos esse tempo todo… — não terminando de falar, seu tom frágil com um sentido de culpa estalando em em Um vazio em seu peito.

Ambas se sentiram horrorizadas ao pensar que sujaram suas mãos com seu próprio povo. Sua espada manchada com o sangue daqueles que ela jurou proteger sua lâmina estava suja com o sangue púrpura presente.

Renier, vendo a situação delas, logo decidiu intervir dizendo.

— Matar as sombras inferiores, os infectados, é uma salvação para suas almas, — comentou ele. — Uma vez corrompido, não poderá ser desfeito ou curado, um ser vivo exposto a tal energia corrosiva, costuma sempre sofrer dores como uma tortura e fadados a vagarem com o único intuito de destruir eles perderem a razão. Então matá-los, é algo que uma cavaleira e uma Rainha, deveria se sentir orgulho, afinal vocês estão protegendo seu povo…

Katherine ao ouvir as palavras de Renier, logo engoliu o choro, tentando se recompor.

— Sim sou uma Rainha e agora a governante meu dever, sempre será esta a frente pelo bem do meu povo — disse ela limpando as lágrimas com o tecido leve da roupa.

— Essas informações sobre essas tais Sombras, e a Sombra Verdadeira, que você disse, pode ajudar muito os sobreviventes, que se reuniram com as três rainhas, na Cidadela — afirmou Aurora, se erguendo do chão, então colocando sua espada de volta na bainha, e seu peitoral de volta no corpo.

— Chris, Nora ainda falta muito? — indagou ela, olhando para as duas centradas enquanto mexiam no motor do automóvel.

— Espera um pouco, temos só quatro mãos aqui, — afirmou Chris, frustrada por estar sendo apressada. — Além do mais, não estou com meus equipamentos necessários e nem minha caixa de ferramentas, afinal saímos às pressas daquele lugar.

— Mamãe, preciso ir ao banheiro, — afirmou Tio, com corada levemente, enquanto tentava ser discreta como uma princesa foi educada assim.

— Uh… Agora que penso também preciso… — comentou Katherine, tentando se mexer para sair de dentro do carro, com a bebê junto. — Senhor Renier, se não for muito incômodo, pode segurá-la por um momento? — perguntou ela, dando um leve sorriso.

“Porque ela não pediu para Aurora, mas talvez por ela estar cansada ainda”, indagou Renier, enquanto dava um passo à frente, e segurava com cuidado ela em seus braços.

Katherine logo, caminha para fora do carro, enquanto estica seus braços, se exercitando, por ficar tanto tempo deitada. Tio e Lilly, saíram logo em seguida, dando um salto leve para o chão, ambas ainda estavam com suas vestimentas de dormir.

— Como vocês pretendem atender suas necessidades, não dá para saber se tem mais sombras, pelos arredores, Rainha — indagou Aurora, preocupada com a segurança delas.

— Eu acompanho, elas Anny, fique aqui e ajude com que puder com a Cavaleira Aurora e seu grupo, — ordenou Renier. — Vou acompanhar e servir de escolta para as Katherine e suas filhas — disse ele, enquanto materializada sua foice negra para sua mão novamente.

— Desculpe, sei que vocês nos salvaram, mas não posso confiar na nossa Rainha, em um desconhecido, — afirmou Aurora olhando criticamente para ele.

— Se você quiser ir no meu lugar, tudo bem? — indagou ele. — Mas dado sua condição atual, sua mana, esgotada, e fisicamente é mentalmente cansada, você ainda estará em condições de proteger ela? Ao menos você acha que pode se proteger?

Apesar das palavras duras e direta de Renier, Aurora não conseguia debater por, de fato ela estava esgotada, e exausta seria um fardo morto se tentasse lutar e ainda poderia colocar em risco todo mundo.

— I-Isso é… Bem… — tentando argumentar de volta, Aurora viu que Renier estava correto em suas afirmações, dado a condição dela atual colocaria sua rainha em mais risco e sendo um fardo caso algo fuja do controle.

Serrando os punhos até os dedos ficarem brancos, com sua falta de força atual, ser vulnerável acabou por ainda tentar colocar em risco duas vezes a segurança das pessoas que protegeu.

“Foi assim naquela fez, em vez de pegar minha espada e me defender, eu esperei a morte vir” indagou ela frustrada, lembrando da Sombra que a atacou durante a noite quando levava sua rainha para fugir daquele reino.

Soltando um suspiro profundo em derrota, ela apenas olha para Renier. — Deixo elas sobre seus cuidados, então… — afirmou Aurora.

— Sem problemas, — afirmou Renier, começando a caminhar.

Seguindo ele, Katherine, e suas filhas, enquanto a deixava o bebê sob os cuidados de Aurora.

Sem o início de uma conversa, alguns minutos se passaram como apenas os sons de passos batendo no asfalto.

— Obrigada… Por ter salvado a gente, — disse Katherine, voltando seu olhar para Renier. — Ainda, acabou fazendo meu parto, não só eu como todos que caíram no meu reino, irão se sentir gratos… afinal o futuro da nossa nação, estará gravado em minhas filhas.

“O futuro da nação” indagou ele, pensativo.

— Sou um Guardião, meu dever é sempre proteger os seres vivos, — disse Renier dando um sorriso. — Então não precisa agradecer, apenas o fato de uma nova vida ter sido trazida em um momento caótico, me mostra que ainda tem brilho de esperança para a vida continuar a existir…

Tio animada com o que acaba se ouvir pergunta. — Guardião? Tipo um herói?

— Ele salvou a gente, e fala como um cavalheiro, e é bonito! Heróis são assim, não é? — comentou Lilly, com os olhos brilhando.

— Hehe, assim você me deixa envergonhado com esses elogios — disse Renier, sorrindo para descontrair.

A conversa continuou animada, até que eles chegassem em uma espécie de hotel um pouco deteriorado porém ainda de pé.

Os olhos de Renier brilharam em uma intensidade forte, com a intenção de sentir alguma Sombra, ou alguém perigo para todos.

— Parece que está tudo limpo, — comentou ele, passando pela recepção, seus passos ecoando alto.

Ele localizou o banheiro, ele segurou a maçaneta, e a girou calmamente, vendo interior, que parecia menos sujo do que ele esperava.

— Vou esperar aqui, se precisarem de algo, ou acontecer algum perigo só chamarem, — afirmou Renier.

Tio e sua mãe entraram no banheiro, porém Lilly, havia permanecido com Renier do lado de fora, enquanto esperavam Renier, decidiu então fazer companhia para não tornar a situação tão monótona e tediosa…

O barulho de algo se movendo entre os entulhos de concreto chamou a atenção de Renier. Sua cautela aumentou, e ele fez sua foice desaparecer, puxando a katana escura para a mão com um movimento fluido e silencioso.

“Será que é alguma Sombra?” Renier sussurrou para si mesmo, a tensão evidente em sua voz. Apesar de sua habilidade, ele não conseguiu detectar a presença dela.

Lilly, apreensiva, recuou rapidamente para trás de Renier, seus olhos arregalados fixos na origem do som.

O ruído se intensificava, um som metálico e arrastado que reverberava pelo ambiente, como algo de ferro sendo raspado contra o chão. Cada passo era lento e deliberado, criando uma sinfonia de terror que fazia Renier aumentar ainda mais sua preocupação com a Lilly por perto.

Ele não conseguia discernir se o objetivo era amedrontá-los ou se era apenas um infetado vagando sem rumo por aquele canto escuro.

O silêncio entre cada arrastado parecia durar uma eternidade, ampliando a sensação de perigo iminente. A escuridão ao redor parecia se fechar mais, tornando cada sombra uma potencial ameaça.

A sombra de algo começou a emergir da entrada da recepção, enquanto o som de algo sendo arrastado continuava, mais alto e perturbador a cada momento. Renier apertou a katana com força, seus olhos fixos na escuridão.

Finalmente, a figura começou a se revelar: uma mão ensanguentada se tornou visível, gotejando sangue no chão. Renier assumiu uma posição de ataque, pronto para enfrentar qualquer ameaça. Mas, ao se revelar completamente, era uma garota com cabelos rosa, coberta de sangue, visivelmente exausta e ferida, arrastando uma lança vermelha.

Com suas últimas forças, ela sussurrou, a voz quebrada e desesperada: — Ajuda… por favor… — Então, desabou no chão, a lança caindo de sua mão com um clangor metálico.

Renier, surpreso e assustado, correu até ela, com o coração martelando no peito. Ao se ajoelhar ao lado dela, ele viu que ela ainda respirava, apesar dos inúmeros ferimentos que cobriam seu corpo.

Seu peito subia e descia de forma irregular, e seu rosto estava pálido de perda de sangue e exaustão. Cada segundo parecia uma eternidade, e a urgência da situação era palpável.

Continua…

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