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Azrael respirou fundo, sentindo o ar frio e cortante enquanto avançava em direção ao campo de batalha. O peso de suas decisões pairava sobre seus ombros como um manto invisível, e o som abafado de seus passos parecia ecoar na vastidão silenciosa ao redor. O ambiente estava impregnado de uma aura sombria, densa de mana, que se espalhava pelo ar como uma neblina fantasmagórica, tornando cada respiração um desafio e elevando a tensão a cada instante.

À sua volta, seus aliados mais confiáveis formavam uma linha sólida, suas presenças emanando poder e confiança, embora a incerteza os rondasse como uma sombra. Belial, seu pai, caminhava ao seu lado com a postura de um guerreiro experiente, seus olhos cintilando com a determinação e a força de um líder nato. Samael, sua mestra, estava ao lado de Belial, seus olhos brilhando com uma sabedoria antiga que poucos podiam compreender, carregando a certeza de milênios de conhecimento.

Eriel, a Imperatriz dos demônios, caminhava com altivez, sua compostura aparente escondendo uma preocupação que apenas Azrael podia notar nos sutis gestos de suas mãos e no aperto leve de seus lábios. Alice, a irmã de Azrael, estava logo atrás, mantendo a cabeça erguida, mas o leve tremor em seus dedos traía a inquietação que ela tentava mascarar. Jofiel, sempre serena, parecia imperturbável, sua expressão calma como a superfície de um lago, enquanto Naara, a duquesa dos demônios, seguia ao lado de Zenith e Nain, os reis dos continentes demoníacos. Cada um deles carregava um poder imenso, e a força coletiva que representavam era formidável, mas a atmosfera tensa entre eles era palpável, como se todos pressentissem o peso do que estava por vir.

Nix, a deusa da noite, expressara sua insatisfação por não ser convocada para essa batalha, um murmúrio de ressentimento que ainda ecoava nas mentes dos presentes. Azrael, no entanto, decidira ser melhor manter a situação contida. Ele sabia que, apesar de sua ausência física, Nix estaria observando das sombras, seus olhos como poços de escuridão atentos a cada movimento, pronta para intervir se a situação fugisse do controle.

O grupo chegou ao planeta designado para o confronto, um mundo preparado especificamente para suportar a fúria do embate que se aproximava. A superfície era uma vasta planície árida, onde o vento frio soprava incessantemente, erguendo redemoinhos de poeira que dançavam no ar gélido. Ao longe, montanhas imponentes se erguiam, tocando o céu com seus picos afiados, como sentinelas silenciosas testemunhando o desenrolar dos eventos. Uma barreira de mana envolvia o planeta, visível como uma luz tênue que ondulava no horizonte, tremeluzindo como uma miragem.

Azrael foi o primeiro a atravessar a barreira, sentindo a pressão da energia mágica que envolvia seu corpo, como uma onda esmagadora que testava sua resistência. Ao emergir do outro lado, sua atenção foi imediatamente capturada por uma figura etérea que aguardava pacientemente: Melahel, o anjo representante de Whendoshi. A presença de Melahel tinha um toque de conforto, como a luz suave do amanhecer, mas o olhar em seus olhos trazia uma gravidade profunda, uma seriedade que não podia ser ignorada.

Samael foi a primeira a romper o silêncio que parecia engolir o ambiente. Sua voz soou firme, quase desafiadora, cortando o ar como uma lâmina afiada. “Melahel, o anjo que representa o sucessor Whendoshi. Você ajudou seu sucessor a sequestrar Mana?”

Azrael se virou para Melahel, seus olhos ardendo com uma raiva fria, como brasas incandescentes sob a superfície da neve. O nome de Mana, sua irmã, era como uma ferida aberta em seu coração. Ele sabia que Whendoshi a havia sequestrado, usando-a como moeda de troca em um jogo cruel de poder, e a determinação de resgatá-la queimava dentro dele, alimentada por cada batida de seu coração.

Melahel balançou a cabeça lentamente, sua expressão carregada de uma tristeza contida. Seus olhos, profundos como o céu noturno, refletiam um pesar sincero. “Não,” ele respondeu, sua voz calma soando clara na quietude do campo de batalha, como o tilintar de uma espada sendo desembainhada. “Mesmo o meu escolhido não tem o direito de ameaçar os outros para obter o que deseja. Saiba que estou profundamente triste com o que aconteceu. Eu não compactuo com os métodos de Whendoshi.”

A resposta de Melahel pairou no ar, carregada de um peso que todos ali podiam sentir. A batalha que se aproximava não era apenas uma questão de força e poder, mas também de princípios e escolhas, de um equilíbrio delicado que poderia definir o destino de muitos. Azrael sabia que cada movimento a partir daquele momento seria crucial, cada decisão uma peça fundamental no jogo de forças que se desenrolava diante deles.

Azrael manteve o olhar fixo em Melahel, avaliando a sinceridade em suas palavras. Havia uma verdade inquietante nos olhos do anjo, e isso deu a Azrael uma pequena sensação de alívio.

“Malahel, você vai garantir a segurança de Mana quando tudo terminar?” Azrael perguntou, sua voz dura e exigente.

“Sim,” respondeu Melahel sem hesitação. “A jovem demônio Mana está em um estado de sono profundo, devido à magia de Samael, certo? Fiz o possível para mantê-la segura até agora. Quando este confronto acabar, eu mesmo me encarregarei de levá-la ao mundo demoníaco, se o meu sucessor for vitorioso.” Ele fez uma pausa breve, permitindo que suas palavras penetrassem. “Contudo, se você for o vitorioso, poderá levar sua irmã pessoalmente.”

Azrael assentiu lentamente. “Assim eu espero.”

Com um gesto de mão, Melahel os guiou adiante, levando-os a uma imensa arena que havia sido construída especialmente para o duelo. As paredes altas da arena erguiam-se ao redor deles, formando um círculo perfeito, imponente e imutável. O chão era de pedra negra, polido até refletir as formas dos presentes como espelhos distorcidos.

No centro da arena, uma figura solitária aguardava, irradiando uma aura de poder e arrogância. Whendoshi. O rei dos vampiros do norte, aquele que se autointitulava o 8° sucessor, escolhido por Melahel para carregar o conhecimento. Ele aparentava ser um jovem de pouco mais de 17 anos em idade humana, com cabelos avermelhados que caíam até seus ombros, e olhos amarelados que brilhavam com um desprezo evidente. Suas vestes nobres, decoradas com símbolos arcanos da região nórdica, destacavam sua origem e sua posição de poder.

Whendoshi observou Azrael aproximar-se, um sorriso lento e cruel curvando seus lábios. Ele se inclinou ligeiramente, em um gesto que era tanto um cumprimento quanto uma demonstração de sua própria superioridade. “Então, você é o grande Imperador dos Demônios,” ele disse, sua voz carregada de sarcasmo. “Azrael, o tão falado. Aquele que todos temem. Achei que você seria mais… impressionante.”

Azrael permaneceu em silêncio, seus olhos fixos em Whendoshi. Ele sentia a arrogância do vampiro como um peso no ar, uma provocação que era quase palpável. Azrael não precisava de palavras para demonstrar seu poder; sua presença era suficiente. Ao encarar Whendoshi, ele se preparava mentalmente para o que estava por vir. Ele sabia que aquele duelo não seria fácil, mas também sabia que nada impediria de salvar Mana e acabar com a ameaça de Whendoshi de uma vez por todas.

A tensão no ar aumentou quando os dois se encararam, como predadores prestes a atacar. As regras do confronto seriam explicadas em breve, mas, para Azrael, havia apenas uma regra que importava: vencer. A arena parecia respirar, como se própria estrutura estivesse ansiosa para testemunhar o confronto entre essas duas forças colossais.

Finalmente, Melahel ergueu a voz, se preparando para o início do duelo. Azrael flexionou os dedos, sentindo o fluxo de mana em seu corpo, enquanto seus olhos fixos nos de Whendoshi brilhavam com uma determinação feroz. A batalha estava prestes a começar, e com ela, o destino seria decidido.

A arena parecia prender a respiração enquanto Azrael e Whendoshi se encaravam. O olhar de Azrael era como uma tempestade prestes a explodir, e o de Whendoshi brilhava com uma malícia implacável. Melahel caminhou até o centro da arena, a figura etérea do anjo contrastando com o cenário sombrio e severo ao seu redor. Ele ergueu uma mão, sua voz ressoando clara e autoritária por toda a arena.

“As regras deste confronto são simples, mas inflexíveis,” Melahel começou, sua voz cortando o silêncio como uma lâmina afiada. “Este será um duelo até a morte. Apenas os dois sucessores têm o direito de lutar. Qualquer tentativa de interferência, seja por aliados de Azrael o 1° sucessor ou de Whendoshi 8º sucessor, resultará na morte imediata do infrator. Nenhum tipo de intervenção será tolerada, e qualquer um que tentar manipular ou influenciar o resultado desta batalha pagará com a própria vida.”

Melahel olhou diretamente para Azrael e depois para Whendoshi, certificando-se de que ambos compreendiam a seriedade de suas palavras. “Os limites desta arena estão marcados,” ele continuou, apontando para as runas brilhantes que delineavam o círculo da arena. “Nenhum dos combatentes pode ultrapassar essa barreira, e se o fizer, será considerado derrotado. Esta batalha só termina quando um dos dois estiver incapacitado de continuar lutando, ou morto.”

Azrael ouviu atentamente, seus olhos permanecendo fixos em Whendoshi. O vampiro, por sua vez, parecia quase entediado, uma expressão de desdém atravessando seu rosto juvenil. Quando Melahel terminou, ele deu um passo à frente, os olhos brilhando com uma malícia evidente.

“Você ouviu o anjo,” disse Whendoshi, um sorriso torto curvando seus lábios. “Uma batalha até a morte. Finalmente, uma oportunidade de testar o verdadeiro poder do Imperador dos Demônios. Espero que você esteja à altura de sua reputação, Azrael.”

Azrael não respondeu com palavras. Em vez disso, um brilho frio surgiu em seus olhos, e ele fez um gesto afirmativo com a cabeça para Melahel. Aceitar os termos era uma formalidade, mas essencial para selar o destino que aguardava ambos naquele campo de batalha. Azrael sabia que não havia volta agora, e isso era exatamente o que ele queria. Cada fibra de seu ser estava pronta para o confronto, sua mana pulsando e vibrando em sua pele como uma corrente elétrica.

Melahel recuou, dando alguns passos para fora do círculo central, enquanto a arena se enchia com a tensão crescente dos espectadores. Alice, Eriel, Naara, todos observavam em silêncio, cada um com suas próprias preocupações e esperanças. Sabiam que não podiam interferir, mas o desejo de proteger Azrael estava claro em seus olhos.

“Que a batalha comece,” declarou Melahel, sua voz ecoando pelas paredes da arena.

Azrael sentiu o vento frio bater em seu rosto, mas permaneceu imóvel, analisando o adversário. Ele sabia que Whendoshi não era apenas poderoso, mas também astuto. Aquele sorriso arrogante, as runas nórdicas que pulsavam com energia mágica… tudo indicava que o vampiro estava preparado para um confronto intenso. Ainda assim, Azrael não podia permitir que o desdém de Whendoshi o perturbasse. Cada movimento deveria ser calculado.

Com um movimento quase imperceptível, Azrael ergueu uma mão, invocando uma esfera de energia escura que se formou sobre sua palma, brilhando com uma luz intensa. A escuridão era sua aliada, um reflexo de seu próprio poder. Ao liberar a esfera, ela cresceu e se expandiu, cobrindo Azrael como uma segunda pele, moldando-se ao seu corpo como uma armadura viva, seu manto criado pelo deus Hefesto em tempos antigos. Ele estava pronto para enfrentar qualquer coisa que Whendoshi pudesse lançar contra ele.

Whendoshi observou com interesse, seu sorriso apenas se ampliando. Ele fez um gesto simples, e o círculo mágico ao seu redor começou a girar mais rápido, emitindo uma luz azulada. O vento se intensificou, transformando-se em uma tempestade de gelo que rugiu em direção a Azrael. Partículas afiadas de gelo voavam como lâminas, cortando o ar com uma velocidade aterrorizante.

Azrael, no entanto, permaneceu impassível. Ele estendeu a mão e a escuridão ao seu redor se materializou, formando uma barreira sólida que absorveu o impacto da tempestade de gelo. O som das lâminas de gelo quebrando contra a barreira ecoou pela arena, mas nenhum ataque conseguiu atravessar a defesa de Azrael. Ele deu um passo à frente, e a barreira de escuridão o seguiu, avançando como uma onda negra.

Whendoshi estreitou os olhos, e com um movimento fluido, ele saltou para trás, desaparecendo no meio de uma névoa fria que se espalhou pelo chão. Azrael o perdeu de vista por um momento, mas sentiu a presença do vampiro mover-se ao seu redor como uma sombra. Sua percepção aguçada captou o deslocamento do ar, e ele girou rapidamente, erguendo a mão para bloquear o ataque que veio das suas costas. Whendoshi emergiu da névoa com uma velocidade sobre-humana, seus olhos amarelados fixos nos de Azrael, e lançou um golpe direto com uma adaga coberta de runas mágicas.

A mão de Azrael se fechou em torno do pulso de Whendoshi antes que a lâmina pudesse atingi-lo. Seus olhos se encontraram, o choque do contato reverberando pelo campo de batalha. O poder de Whendoshi era tangível, um frio cortante que tentava congelar tudo o que tocava. Azrael sentiu a dor perfurar sua pele como agulhas de gelo, mas não recuou. Em vez disso, ele apertou o pulso do vampiro com mais força, a escuridão fluindo de seus dedos como serpentes vivas, envolvendo o braço de Whendoshi.

“Você é forte,” disse Azrael, sua voz calma, mas carregada de uma força imensa. “Mas sua arrogância será sua ruína.”

Whendoshi riu, uma risada fria e sem emoção. “Talvez,” ele disse, suas presas reluzindo sob a luz da arena. “Mas apenas se você for rápido o suficiente para me derrotar antes que eu destrua tudo o que você ama.”

Com uma força impressionante, Whendoshi se libertou do aperto de Azrael, girando no ar e aterrissando com leveza a poucos metros de distância. A névoa ao redor dele se condensou, formando uma parede sólida de gelo que se ergueu entre ele e Azrael. Por um breve momento, os dois se encararam através do gelo, cada um medindo as forças do outro.

Azrael fechou os olhos por um segundo, concentrando-se. Quando os abriu, suas pupilas brilhavam com uma luz intensa, e a escuridão ao seu redor se intensificou, como se respondesse à sua vontade. Com um gesto súbito, ele desferiu um soco na parede de gelo. A barreira se despedaçou em milhares de pedaços, explodindo para todos os lados. Azrael avançou como um raio, sua figura envolta em sombras, avançando em direção a Whendoshi com uma velocidade avassaladora.

O som da colisão ecoou pela arena, criando um momento de silêncio pesado, quase sufocante. A poeira se ergueu do impacto, obscurecendo a visão de Whendoshi por um breve segundo. Mas Azrael não tinha intenção de dar ao vampiro qualquer chance de recuperação. Ele avançou como um raio, sua mão estendendo-se, envolta em uma aura de pura escuridão, pronta para esmagar seu oponente.

Entretanto, antes que pudesse completar seu movimento, um brilho azul profundo atravessou a nuvem de poeira. Runas cintilantes se acenderam ao redor de Whendoshi, formando uma barreira protetora que absorveu o ataque de Azrael. O impacto resultante lançou ambos para trás, a força da colisão se espalhando pela arena como uma onda de choque.

Whendoshi levantou-se lentamente, limpando o sangue de um canto da boca com o dorso da mão, um sorriso satisfeito curvando seus lábios. “Nada mal, Imperador dos Demônios,” ele disse com uma voz cheia de zombaria. “Mas se acha que isso será suficiente para me derrotar, está muito enganado.”

Com um gesto rápido, Whendoshi invocou uma série de lâminas de gelo que flutuaram ao seu redor, refletindo a luz ambiente em brilhos cortantes. Com um movimento de sua mão, ele lançou as lâminas na direção de Azrael, cada uma delas viajando a uma velocidade que era quase impossível de seguir com os olhos.

Azrael ergueu uma barreira de mana, as lâminas se despedaçando ao impactar contra a proteção invisível. No entanto, Whendoshi já estava em movimento novamente, aproveitando a distração para fechar a distância entre eles. Em um piscar de olhos, ele estava ao lado de Azrael, seus punhos envoltos em energia gélida enquanto atacava com uma fúria implacável.

Azrael defendeu-se com habilidade, bloqueando e desviando os ataques de Whendoshi, mas o ritmo do vampiro era implacável, sua agilidade desconcertante. Cada golpe parecia carregar o peso de uma montanha, a força dos vampiros do norte imbuída em cada soco e chute. Era uma dança mortal, e cada segundo era uma prova de força e habilidade.

“Vamos, Azrael,” provocou Whendoshi, seus olhos amarelados brilhando com excitação. “Mostre-me por que você é temido por todos. Mostre-me o poder que dizem ser inigualável!”

Azrael respirou fundo, focando sua energia. Ele sabia que continuar defendendo-se não o levaria a lugar nenhum. Precisava virar o jogo. Com um movimento brusco, ele deu um passo atrás, quebrando o fluxo de ataques de Whendoshi, criando uma pequena distância entre eles. Seus olhos estavam fixos no vampiro, e um brilho frio dançou em suas íris.

“Você quer ver meu poder?” Azrael murmurou, sua voz baixa, mas carregada de uma autoridade inconfundível. “Então eu lhe mostrarei.”

Em um instante, a arena pareceu escurecer, como se a luz estivesse sendo sugada pelo próprio Azrael. Uma aura negra e pulsante envolveu seu corpo, como se a própria escuridão da noite tivesse sido convocada para seu comando. A temperatura ao seu redor caiu drasticamente, um frio cortante que parecia emanar de seu próprio ser.

Azrael estendeu as mãos para os lados, e de seus dedos começaram a se formar correntes de energia sombria, zigue-zagando pelo chão da arena, deixando rastros de gelo por onde passavam. O poder que emanava dele era quase tangível, uma presença esmagadora que fez o chão tremer sob seus pés.

“Prepare-se, Whendoshi,” Azrael disse, sua voz ecoando pela arena como um trovão distante. “Eu não sou chamado de Imperador dos Demônios apenas por título.”

Com um movimento fluido, Azrael avançou, a energia negra ao seu redor formando uma espécie de escudo que distorcia a própria realidade ao seu redor. Ele se moveu como uma sombra, rápida e indetectável, surgindo diante de Whendoshi com uma velocidade assustadora. Antes que o vampiro pudesse reagir, Azrael desferiu um golpe com toda a sua força, um soco direto ao torso de Whendoshi que continha toda a fúria e poder acumulados.

Whendoshi foi lançado para trás, atravessando a arena como uma bala, colidindo com a parede oposta com um estrondo que abalou a estrutura. O impacto criou uma cratera na parede, pedras caindo ao redor do corpo do vampiro. Ele caiu de joelhos, respirando com dificuldade, o sangue escorrendo de sua boca, mas um sorriso persistente ainda brincava em seus lábios.

A arena mergulhou em um silêncio absoluto. Cada olhar estava fixo nos dois combatentes, a tensão no ar densa o suficiente para ser cortada. Azrael pairava no centro da arena, sua presença dominando cada canto do espaço. Ele sabia que aquela batalha ainda não havia terminado, mas também sabia que havia finalmente mostrado a Whendoshi e a todos os presentes por que ele era o Imperador.

O duelo tinha atingido um novo patamar, e ambos os lados sabiam que dali em diante, apenas um poderia sair vitorioso.

Na plateia, Jofiel, representante de Azrael, estava em pé ao lado de Melahel, o anjo que representava Whendoshi. Ambos tinham expressões sérias, os olhos fixos na arena abaixo. Jofiel, uma mulher de cabelos dourados e olhos azuis profundos, quebrou o silêncio com um tom de voz suave, mas firme.

“Você realmente acredita que Whendoshi tem uma chance contra Azrael?” ela perguntou, sem desviar o olhar do campo de batalha.

Melahel, com seus olhos calmos e uma aura serena, deu de ombros levemente. “Whendoshi foi escolhido pelo Conhecimento. Ele é astuto e sabe como utilizar seu ambiente e suas habilidades para ganhar vantagem. Mas Azrael… ele não é apenas poderoso. Ele é estratégico, adaptável. Este duelo não será decidido apenas pela força bruta.”

Jofiel assentiu, sua expressão imperturbável. “Azrael não é conhecido por subestimar seus oponentes. Ele analisa, espera o momento certo. No entanto, Whendoshi é diferente de qualquer adversário que ele já enfrentou.”

Melahel inclinou a cabeça ligeiramente, um sorriso discreto se formando em seus lábios. “Diferente, sim, mas não invencível. Whendoshi carrega em si o legado do conhecimento vampírico e a experiência de séculos de batalhas. Sua astúcia é sua maior arma.”

“Talvez,” Jofiel respondeu, seus olhos ainda fixos no confronto abaixo. “Mas Azrael também carrega algo dentro dele. Algo que não pode ser medido apenas por poder ou estratégia. Ele luta por algo além de si mesmo, e isso o torna ainda mais perigoso.”

Melahel olhou para Jofiel, seus olhos cintilando com uma curiosidade genuína. “E o que seria esse algo?”

Jofiel sorriu levemente, um sorriso quase imperceptível. “Ele luta por aqueles que ama. Por sua família. E não há força mais avassaladora do que a de alguém determinado a proteger aqueles que são importantes para ele.”

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