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Com o mundo interno ativado, fui transportado para o mundo criado pelos dragões. Ao contrário do meu próprio mundo, que estava presente em meu corpo original, este era o mundo de Eriel. Um ambiente exuberante com uma profusão de rosas e grama estendendo-se até onde a vista alcançava, com uma majestosa árvore no centro.

“Eriel, o que aconteceu? Nossa conexão foi interrompida há alguns minutos”, gritou Zoe, com expressão preocupada.

“Zoe, por favor, faça uma chamada forçada agora. Traga Legion para o meu mundo interno”, decidi fingir ser Eriel por um momento, considerando que seria muito demorado explicar tudo.

“Está bem”, respondeu Zoe.

Zoe ativou sua magia e, em poucos minutos, Legion apareceu diante dos meus olhos.

“Legion, traga Azrael para este mundo imediatamente”, pedi, notando a preocupação em minha voz.

Sem pensar duas vezes, Legion forçou Eriel a entrar no mundo interno. Eriel apareceu no chão, agonizando de dor, enquanto seu poder se tornava cada vez mais descontrolado.

“Legion, limite o poder de Azrael e, em seguida, impeça que a mana entre em seu corpo. Após isso, absorva toda a mana restante.”, ordenei.

Obedecendo às minhas instruções, Legion agiu rapidamente, sugando toda a mana do corpo de Eriel para evitar uma sobrecarga.


Após explicar tudo o que havia acontecido para os dois dragões, decidi deixar Eriel sob os cuidados deles, para que ela pudesse aprender a controlar a mana em meu corpo. Conforme a mana continuasse a crescer, Eriel continuaria ativando minhas habilidades inconscientemente. Se, de alguma forma, ela conseguisse acessar a minha habilidade mais poderosa, através dos meus olhos, seu cérebro, ou melhor, o meu cérebro, seria sobrecarregado com informações.

Saindo do Mundo Interno, percebi os olhares preocupados de Jofiel e Luna.

“Não se preocupem, ela está no mundo interno agora. Não há perigo”, expliquei, tranquilizando-os. “Luna, você poderia arrumar um local para que Eriel possa descansar…”

Enquanto Luna preparava um quarto, decidi explicar para Samael o que tinha em mente.

“Luna mencionou sobre a Flor do Luar. Estou pensando em ir buscá-la.”

Samael suspirou desanimada.

“Eu ficarei na casa para vigiar o seu corpo, e Jofiel pode me ajudar com a cura”, respondeu ela.

Fiquei realmente aliviado por Samael entender o meu plano. A maldição ainda não afeta o meu corpo, mas se algo sair do controle, espero que Samael proteja Eriel.

“Então será assim. Algum problema com isso?”, perguntei a Jofiel, que apenas acenou com a cabeça. “Então está decidido. Eu e Luna iremos até o local. Estou pensando em me encontrar com Zenith também.”

Mesmo sendo fraco, consigo sentir a aura de Zenith. Por esse motivo, deduzi que ela veio ao planeta para aplicar mais de sua maldição.

“Samael, antes de Eriel acordar, por favor, coloque um selo em meu corpo”, solicitei, aguardando até que Luna retornasse.

“Tudo pronto, você pode colocá-la em meu quarto”, disse Luna, indicando o caminho.

Segurando Eriel em meus braços, comecei a caminhar em direção ao quarto, recebendo olhares insinuantes das três garotas.

“Sabe, observar Eriel carregando o Azrael desacordado gera algumas fantasias na minha cabeça”, comentou Samael com um sorriso.

“Eu pensei o mesmo, fufufu”, completou Luna.

Suspirei levemente e ignorei os comentários, levando Eriel até o quarto preparado para ela.

“Bom, terminamos aqui. Luna, vamos atrás da flor?”

Com tudo pronto, Luna preparou seus materiais e seguimos em direção à floresta localizada ao lado da aldeia. Como esperado, os habitantes pareciam estar morrendo, e pude observar alguns tossindo sangue e definhando.

A temperatura estava tão baixa que a névoa cobria a maior parte do meu campo de visão.

“Sonne, você poderia cuidar da minha temperatura corporal?”, pensei, mas não houve resposta.

Droga, Sonne está ligada ao meu espaço dimensional, pensei, frustrado por não conseguir me comunicar com Sonne e Noir. Sentia-me um pouco desprotegido no corpo fraco de Eriel.

“Ela está perto… Não imaginei que teríamos tanta sorte”, comentei, empolgado.

“Do que você está falando?”, perguntou Luna, surpresa com minhas palavras.

“Logo você vai ver.”

Usando a mana de Eriel, liberei parte da minha própria mana em forma de vibrações precisas. Não demorou muito para sentir as mesmas vibrações de mana que eu liberei, confirmando que ‘ela’ tinha recebido a minha mensagem.

“Vamos esperar aqui”, sugeri.

Conforme o combinado, Luna e eu começamos a esperar por Zenith, que se aproximava na nossa direção.

“Então, você não tem perguntas sobre o seu estado?”, perguntou Luna, curiosa.

Certamente, eu estava curioso sobre tudo o que havia acontecido.

“Você vai me explicar enquanto esperamos?”, perguntei.

Um lindo sorriso apareceu no rosto de Luna.

“Eu imaginei diversas vezes o nosso reencontro, mas quem imaginaria que estaríamos conversando como mulheres? Você mudou um pouco, haha.”

“Enquanto você não mudou muito”, respondi, dando um tapinha nas costas dela.

Luna sentou-se no chão sem se importar se sujaria ou não.

“Eu criei aquele orbe como um experimento, mas não imaginei que teria sucesso. Estava realmente animada para te mostrá-lo. Mas você não precisa se preocupar”, disse Luna enquanto olhava para o céu, mesmo com a neblina e as nuvens ocultando as estrelas que ela tanto amava. “Quando voltarmos para o país das fadas, usaremos o segundo orbe para devolver o seu corpo.”

Não estava descontente com o que havia acontecido. Por um momento, me tornei o Dragão do Tempo. Não existia mais aquele temor em relação à minha aparência e meu poder atual. Se encontrasse alguém que conhecesse Azrael, essa pessoa não teria a mesma reação se me visse agora.

“Posso apenas confiar nas suas palavras. Sei que você não mentiria.”

Foi então que notei a aura que se aproximava lentamente.

Zenith emergiu da neblina com uma graça incomparável, deixando um rastro de mistério e encantamento no ar. Seu sobretudo branco, impecavelmente alinhado, envolvia seu corpo esguio, realçando sua postura elegante e majestosa. Cada movimento que ela fazia parecia ser coreografado por uma força superior, como se estivesse dançando ao som de uma música celestial.

Seus longos cabelos dourados, como fios de ouro cintilantes, caíam em cascata pelos ombros, fluindo com uma fluidez quase sobrenatural. Eles irradiavam uma luminosidade suave, iluminando a escuridão ao seu redor.

Zenith parou diante de nós, seu olhar penetrante e expressão serena, revelando uma sabedoria além dos limites humanos.

Seus olhos negros, profundos e enigmáticos, escondiam um brilho misterioso na densa noite. Eles pareciam estrelas negras, emitindo um magnetismo irresistível que capturava a atenção de qualquer observador. Sob a luz tênue, esses olhos brilhavam com uma intensidade ardente, transmitindo uma mistura de sabedoria ancestral e uma chama interior inextinguível.

A beleza de Zenith era simplesmente deslumbrante. Seus traços eram delicados e harmoniosos, como se tivessem sido esculpidos por mãos divinas. Cada curva do seu rosto era perfeita, realçando sua expressão serena e enigmática. Sua pele resplandecia com um brilho suave e radiante, como se estivesse banhada pela luz da lua em uma noite de verão.

A aura divina que a envolvia era inegável, emanando uma energia celestial que parecia iluminar tudo ao seu redor. No entanto, por trás dessa aura de divindade, pairava uma sombra misteriosa, uma maldição que se refletia em seu olhar e em seus movimentos. Era como se ela fosse uma deusa caída, cuja beleza inigualável escondesse um destino trágico.

“Zenith, um colírio para os olhos”, comentei, admirando sua presença.

Quando nossos olhares se encontraram, notei o olhar estranho que Zenith me enviou enquanto parecia refletir por um momento.

“Eriel? Que estranho. Poderia jurar que Az me mandou sinais de mana…”

Vendo a confusão nos olhos de Zenith, não pude deixar de sorrir.

“Sou Azrael.”

“Eh?”

“O Azrael.”

Meu sorriso se alargou enquanto apreciava seu belo rosto mudando devido à surpresa diante das minhas palavras.

“É uma longa história. De qualquer forma, atualmente estou no corpo de Eriel, mas quem está diante de você não é outro senão o seu líder.”

“Azrael está se escondendo enquanto brincamos? Não entendi muito bem a piada, mas não me parece muito engraçado.”

“Seria Certamente engraçado se não fosse verdade”, comentei enquanto me aproximava de seu rosto. “Exceto pelos Cavaleiros, ninguém sabe sobre sua marca de nascença localizada ***.”

A vergonha estampou-se no rosto de Zenith ao ouvir minhas palavras, informações que nem mesmo os membros mais próximos conheciam.

“Azrael te contou isso?”, questionou ela.

“Eu sou o Azrael”, respondi.

“Az!”

Imagino que será difícil explicar…

“Você fica linda sem sua máscara”, comentei, sorrindo levemente.

Zenith curvou-se diante de mim, mostrando respeito.

“Eu sou Zenith, O Cavaleiro Branca da Peste. Me curvo em respeito, diante do meu Rei.”

Sabendo que não a havia chamado apenas para admirar sua beleza, Zenith agiu de acordo. Entre os cavaleiros, Zenith era a que possuía o poder de conquista, mesmo que não lhe fosse dada uma ordem, ela saberia exatamente o que fazer.

“Na verdade, quero que transmita uma mensagem aos outros”, expliquei.

“Assim seja”, respondeu Zenith.

Zenith não liberava sua aura e nem deixava sua mana vacilar. Ela estava se limitando para não mostrar seu poder diante da minha presença.

Com o corpo de ‘Azrael’, o sensato séria que ela demonstrasse todo o seu poder e glória, deixando claro seu nível de poder e suas habilidades, já que estava em um nível abaixo do seu mestre. Porém, não era o mesmo com o corpo de ‘Eriel’.

Ela agiu de acordo e diminuiu todo o seu poder, tornando-se quase invisível, ao ponto de Eriel parecer um ser superior em sua presença, mostrando completa submissão.

“Em um ano, quero que os cavaleiros me encontrem no Monte Olimpo”, declarei.

Zeus deve saber que estou de volta, e não apenas isso, ele tem que pagar pelo que me fez passar.

“Zeus vai me revelar a localização de Nix, mesmo que eu tenha que derrubar o Olimpo com todo o panteão”, continuei.

Sei que derrubar todos os deuses trará problemas com o Caos no futuro, mas Nix não era um ser que eu possa negligenciar por mais tempo.

Além disso, Nix possui uma habilidade que eu preciso muito: o poder de retirar a imortalidade dos deuses. Se eu obtiver essa habilidade, até mesmo os deuses deverão se curvar perante a minha presença.

“Não tenho objeções, mas tenho dúvidas. Como exatamente você espera derrubar o panteão se as coisas não estiverem ao seu favor?”, questionou Zenith, suas dúvidas compreensíveis. Afinal, mesmo com meu corpo original, eu seria incapaz de enfrentar nem mesmo um ser da primeira geração.

“Você vai me ajudar, certo? Leviatã”, respondi.

“Ao seu dispor, mestre”, respondeu à voz que saiu da minha sombra, tranquilizando meus pensamentos. No entanto, mesmo com o poder de Leviatã, eu não tinha certeza se seria capaz de destruir o panteão, caso fosse necessário.

“Então diga aos outros. Em um ano, recuperarei todo o poder que tinha nos tempos de glória. Portanto, não me atrasem”, ordenei.

O sorriso de Zenith desapareceu atrás da máscara que ela colocou em seu rosto.

“Como desejar, meu rei”, respondeu ela.

Zenith desapareceu da minha visão, e pude sentir a maldição dela se intensificar com sua animação. Zenith, que um dia foi uma das principais guerreiras da aliança, agora estava ao meu lado e poderia simplesmente aniquilar países inteiros se isso fosse de seu interesse.

Parece que terei que recuperar minha antiga glória se quiser me igualar aos meus queridos companheiros. Não queria admitir, mas mesmo no corpo de Azrael, eu não conseguia me comparar aos cavaleiros. Especialmente a Naara, que me superou há muitos anos.

Parece que, se eu quiser ser considerado igual a eles, precisarei ter pelo menos o poder comparável ao da ‘Morte’.

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