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A sensação de ser observada por um predador iminente envolveu-me como uma sombra, tingindo o ambiente com uma tensão palpável. Os olhos do dragão, aguçados e alertas, perfuravam minha consciência com uma intensidade que não podia ser ignorada. Seu corpo permanecia imóvel, como uma estátua esculpida pela própria natureza, evocando uma sensação de autoridade que parecia sufocar o ar ao redor.

Apesar da incerteza que pairava sobre suas intenções, uma determinação calma brotou dentro de mim. Sabia que manter a compostura era a única opção viável, mesmo que a situação me mergulhasse em um mar de dúvidas e inseguranças. E, como um farol em meio à escuridão, a lembrança de suas palavras acalmadoras ecoou em minha mente: “Bem-vinda! Estarei cuidando de você por um tempo.” Essa frase era um pequeno raio de luz que me permitia supor que suas intenções não eram hostis. Com essa centelha de esperança, reuni coragem para interagir com o colossal ser à minha frente.

“O-Olá?”, murmurei, minha voz mal audível diante de sua grandiosidade.

Em resposta, percebi um sorriso enigmático surgindo nos lábios do dragão transformado. Era um sorriso que parecia conter uma compreensão silenciosa, como se ele pudesse perceber as palavras não ditas que circulavam em minha mente.

“Uma nova pessoa, novas explicações”, murmurou ela em um tom quase sussurrado, enquanto se aproximava com uma elegância que contrastava com sua forma anterior.

Uma série de círculos mágicos, tão intrincados quanto as engrenagens de um relógio celestial, começou a manifestar-se em torno de seu corpo. Esses círculos irradiavam uma energia intensa, misturando-se com a mana que emanava do próprio dragão. À medida que os círculos pulsavam, sua forma começou a se metamorfosear, envolvida por uma aura brilhante que parecia tecer um novo destino para si mesma.

Diante dos meus olhos, o majestoso dragão se transformou em algo que desafiava todas as expectativas. Emergiu uma mulher deslumbrante, com uma beleza que poderia facilmente enfeitiçar o coração de qualquer pessoa. Seus cabelos Prateados eram como um manto etéreo que a envolvia, brilhando sob a luz irreal do sol artificial. Seus olhos também prateados, profundamente cativantes, eram como gemas cintilantes que pareciam ler os segredos do meu ser.

Uma sensação de reverência tomou conta de mim enquanto eu observava sua aparência angelical. Ela estava vestida de maneira que capturava a essência de sua divindade. Seu vestido vermelho, que realçava suas pernas esbeltas, era ornamentado com detalhes intrincados que pareciam remanescentes de eras antigas. Luvas brancas adornavam suas mãos, adicionando um toque de elegância a essa figura extraordinária.

Um detalhe, entretanto, capturou minha atenção de forma singular. Um sentimento de familiaridade e conexão profunda surgiu quando percebi que seu rosto era idêntico ao meu. Ainda que sua aparência fosse enaltecida pela aura quase divina que a cercava, havia algo inegavelmente semelhante em nossos traços.

Enquanto eu estava absorta nesses pensamentos, um sorriso enigmático desenhou-se nos lábios dela, como se estivesse ciente dos meus questionamentos silenciosos. Essa conexão, essa semelhança, não era meramente superficial; havia uma ligação que transcendia a aparência física e mergulhava nas profundezas da nossa essência compartilhada.

“Você parece surpresa”, sua voz melodiosa chegou até meus ouvidos, envolvendo-me em uma sensação de calma que jamais havia experimentado. Era como se suas palavras fossem um bálsamo para a inquietude que me dominava. 

“Como não ficaria?”, respondi com um sorriso tímido, incapaz de conter minha admiração diante da presença divina à minha frente.

Ela retribuiu com um sorriso afável, quase infantil em sua expressão, enquanto se aproximava com graça e confiança. Era difícil não se sentir à vontade em sua presença, como se sua aura exalasse uma tranquilidade reconfortante.

“Me desculpe por isso”, ela falou, divertindo-se com a situação que claramente me deixara perplexa. “Você deve estar surpresa por sermos parecidas.”

Sua observação acertou em cheio, e eu assenti com um gesto involuntário de cabeça. Era difícil negar a semelhança que nossos rostos compartilhavam, ainda que a aura de divindade que a envolvia ampliasse essa semelhança a um nível quase inacreditável.

“Vou te explicar um pouco antes dele chegar…”, ela disse e, num piscar de olhos, o cenário mudou. Encontrávamo-nos agora diante da majestosa árvore que me havia impressionado antes, com uma mesa feita de mana se materializando à sombra da árvore.

“Por favor, sente-se”, ela convidou com gentileza, e obedeci, acomodando-me na cadeira que parecia feita sob medida para aquele momento. Enquanto aguardava, observei a mesa que começava a ser preenchida por doces e xícaras de chá. A delicadeza desse gesto me tocou, assim como a promessa que aquele ambiente transmitia.

Pegando uma das xícaras de chá, ela começou a beber com uma naturalidade que me surpreendeu. Era como se aquele lugar estivesse fora do tempo e das preocupações mundanas. Sentindo a familiaridade da xícara em minhas mãos, decidi experimentar o chá, guiada pela confiança que sua presença inspirava. O líquido revelou-se uma experiência sensorial única, combinando sabores e aromas que transcenderiam qualquer paladar conhecido em minha terra natal.

“Começarei respondendo suas perguntas…”, ela disse, fixando seus olhos verdes em mim, como se estivesse avaliando algo além do que se encontrava à superfície. Sua presença emanava serenidade, e eu me sentia como uma folha sendo levada pela correnteza de sua sabedoria.

“Sou Zoe”, ela começou, revelando seu nome com graça. “A primeira ‘versão’ do ser conhecido como ‘Eriel’, ou seja, você.”

As palavras dela reverberaram em minha mente, desencadeando uma série de pensamentos e conexões. Era como se peças de um quebra-cabeça há muito tempo esquecido começassem a se encaixar, formando um quadro mais amplo e complexo.

“Eriel…”, sussurrei, experimentando o nome que ecoava como um chamado ancestral. Era um nome que continha mistérios profundos e uma identidade que começava a emergir da névoa do esquecimento.

A revelação dela ecoou em minha mente como um trovão, desencadeando uma enxurrada de emoções contraditórias. Reencarnação de um dos 6 grandes dragões extintos na guerra contra os deuses. Essa afirmação ecoava em minha mente, misturando-se com os fragmentos de conhecimento que adquirira em livros e histórias fragmentadas.

Enquanto ela bebericava seu chá, minha mente se voltou para as páginas do livro que lia na grande biblioteca da mansão. As duas guerras que haviam abalado o universo, os conflitos celestiais e o genocídio dos dragões pela mão dos próprios deuses. Agora, tudo aquilo tomava uma dimensão mais tangível, uma vez que estava diante de Zoe, a encarnação de um passado ancestral.

“Ou seja, eu sou um dos 6 dragões e você… Minha reencarnação”, pronunciei com uma mistura de choque e tentativa de compreensão.

Ela sorriu de maneira serena, percebendo o turbilhão de pensamentos em minha mente. “Exatamente. Você está atualmente no Mundo Interno, um local que somente os dragões podem acessar. É aqui que conduziremos o seu treinamento.”

A confusão me envolvia, mas eu estava determinada a entender, a absorver essa narrativa que parecia um conto épico saído dos anais do tempo. “Tudo parece confuso. Um dia atrás, estava obcecada com um relógio, e agora estou diante de uma mulher que, na verdade, é um dragão… Como poderia entender a situação?”

Ela percebeu meu desconforto e minha busca por orientação, e então continuou com paciência, enquanto minha atenção se fixava em suas palavras.

“Bom… Você, como a minha reencarnação, possui o mesmo poder que eu tinha quando viva. Ou seja, o ‘Tempo’. E este lugar será seu refúgio, seu campo de treinamento. O Mundo Interno é um espaço onde a nossa raça pode manipular o fluxo do tempo e a realidade conforme desejamos.”

Aquela afirmação fez minhas memórias se agitarem novamente. “Então o ‘Tempo’ era a sua habilidade?” Perguntei, agora conectando as peças do quebra-cabeça mais claramente.

Ela assentiu, parecendo satisfeita com minha dedução. “Sim, e agora, como minha reencarnação, você também possui esse poder.”

Enquanto Zoe falava, a árvore atrás dela começou a brilhar com uma luminosidade dourada. Os círculos mágicos que a cercavam começaram a se mover, girando em torno dela como engrenagens cósmicas. O ambiente à nossa volta parecia dançar em harmonia com essa manipulação do tempo, como se a própria realidade estivesse se dobrando às vontades do Mundo Interno.

“O treinamento que você realizará aqui será crucial para dominar sua habilidade”, ela explicou, gestos suaves e expressões compassivas acompanhando suas palavras. “Aqui, você poderá explorar e controlar seu poder sobre o tempo, entender seus limites e potenciais. Compreenderá que, como herdeira dos dragões, você é capaz de influenciar o mundo de maneiras que os outros só podem sonhar.”

A aura de Zoe irradiava serenidade e sabedoria, e eu me sentia envolvida em um enigma mágico, parte de algo muito maior do que eu poderia ter imaginado. Era um convite para mergulhar em minha verdadeira natureza, para descobrir os segredos e mistérios que habitavam meu ser. Era um chamado para abraçar minha herança ancestral e assumir meu papel nessa história épica que se desenrolava diante de mim.

Enquanto minhas palavras ecoavam no espaço, Zoe sorria gentilmente, acompanhando cada uma das minhas expressões enquanto eu tentava processar a enxurrada de informações e emoções. Sua presença tranquilizadora parecia uma âncora em meio ao turbilhão de descobertas que estava vivenciando.

“Sim, depois da guerra celeste, o anjo que possuía esse poder foi morto… Com isso, o ‘Tempo’ escolheu um novo usuário”, Zoe explicou calmamente, relembrando o passado. “Fui escolhida por esse poder e treinei por anos para aperfeiçoar essa habilidade. E agora, como minha reencarnação, esse poder continua com você.”

A compreensão das palavras dela e das minhas próprias memórias se mesclava, dando forma a um retrato mais claro da história que havia sido escrita nas páginas do tempo. Ser a reencarnação de um dos 6 grandes dragões, herdeira de uma habilidade tão poderosa quanto o “Tempo”, era algo que desafiava a lógica e, ao mesmo tempo, conferia um senso de propósito.

Ao mencionar a limitação do mundo exterior devido ao consumo de mana, percebi que minha estadia no Mundo Interno era uma oportunidade rara e valiosa para aprimorar minha habilidade. Era como se eu estivesse sendo guiada por forças maiores a um destino que já estava escrito nas estrelas.

Quando o nome de Azrael escapou dos meus lábios, Zoe pareceu surpresa por um momento, mas logo sua expressão se tornou distante, como se ela estivesse vasculhando memórias antigas. Ela então explicou que, como parte de mim, o desejo de chamar Azrael de “Az” poderia ser um reflexo dos meus sentimentos. Minhas bochechas ficaram quentes, e tentei negar rapidamente, mas a expressão de Zoe denunciava meu verdadeiro estado.

Zoe continuou com seu tom brincalhão, provocando-me enquanto eu tentava explicar minha situação embaraçosa. No entanto, ela logo mudou de assunto, perguntando se eu gostaria de ter Azrael ali para me auxiliar no treinamento.

Apesar da confusão que pairava sobre minha relação com Azrael, eu sabia que sua ajuda era valiosa, especialmente nesse ambiente único. Minha resposta foi afirmativa, e Zoe estalou os dedos, fazendo uma porta branca aparecer atrás de mim.

Virando-me para observar a porta, pude perceber as runas vermelhas que a cercavam, brilhando com uma intensa quantidade de mana. Sua mera presença emitia um ar de mistério e poder. Quando a porta se abriu, não foi Azrael que saiu dela, mas sim ele apareceu a uma distância segura.

No entanto, algo me chamou a atenção enquanto eu observava. Zoe estava ao lado de Azrael, como se tivessem estado em uma conversa íntima. Aquele fato deixou claro que o relacionamento entre eles era muito mais complexo do que eu havia imaginado. E com meu coração acelerado, eu me preparei para finalmente receber o apoio de Azrael no treinamento, enquanto o Mundo Interno se desdobrava em possibilidades diante de mim.

Enquanto eu observava a dinâmica entre Zoe, Azrael e Noir, minhas dúvidas e curiosidades começaram a se acumular, e não pude deixar de expressar minha frustração. O fato de que Zoe podia ler meus pensamentos era surpreendente e envergonhante ao mesmo tempo. Meus pensamentos mais íntimos e embaraçosos estavam totalmente expostos, e o rubor em meu rosto provavelmente era evidência suficiente disso.

O diálogo entre Zoe e Azrael sobre como ele sabia do mundo interno e da natureza do meu poder, o “Tempo”, estava se desenrolando diante de mim. Azrael explicou que conhecia o mundo interno devido a um usuário anterior da mesma habilidade, alguém cuja aura era semelhante à minha. No entanto, ele revelou que a habilidade do “Tempo” não se manifestou claramente em mim naquele momento. Para descobrir, ele usou sua própria mana para ativar o relógio que eu havia observado, que absorveu minha mana e indicou que minha habilidade era, de fato, o “Tempo”.

A revelação do método que Azrael usou para identificar minha habilidade foi intrigante e, ao mesmo tempo, um pouco assustadora. Era incrível perceber como a interação entre mana, magia e objetos mágicos podia fornecer insights tão profundos sobre as habilidades das pessoas.

Minha curiosidade continuava a crescer, e foi quando fiz a pergunta sobre se ele conhecia outro usuário do mundo interno que algo peculiar aconteceu. Azrael pareceu hesitar antes de responder e Zoe rapidamente interveio, indicando que ela sabia qual era meu objetivo, mas que o outro usuário não seria de grande ajuda.

Essa resposta deixou mais perguntas do que respostas. O que exatamente eles queriam dizer com “não seria de grande ajuda”? E como Azrael e Zoe conheciam minha busca? Antes que pudesse formular essas perguntas em palavras, Zoe parecia mais uma vez captar meus pensamentos, oferecendo esclarecimentos.

“Antes de avançarmos, é importante que você saiba a verdade completa”, Zoe começou, sua expressão séria e compreensiva. “O usuário que conheci anteriormente e que também possuía o mundo interno era um dos dragões que enfrentou a guerra dos deuses. Ele foi um aliado dos deuses e escolheu viver isolado no mundo interno após a guerra, como forma de se redimir pelo que aconteceu. Ele dedicou sua existência a manter o equilíbrio entre as habilidades primordiais e a proteger o mundo dos abusos dessas habilidades.”

Cada palavra que ela pronunciava parecia ecoar com um peso emocional e uma carga de significado profundo. Eu estava começando a compreender que as respostas que procurava iam além de meras explicações sobre habilidades e treinamento. Havia uma história maior e mais complexa, uma teia de eventos e decisões que se desdobraram ao longo do tempo.

“Seu nome era Drakon, e ele se tornou um guardião do mundo interno e das habilidades primordiais. Ele tinha um papel importante em manter o equilíbrio entre os dragões e os deuses, além de evitar que os poderes primordiais caíssem nas mãos erradas. Ele vivia no mundo interno, em uma espécie de reclusão auto-imposta, e apesar de sua presença ser conhecida por alguns, ele preferiu manter-se oculto da maioria. Agora, você entende por que a interação direta com ele não seria apropriada para o seu treinamento.”

As palavras de Zoe ressoaram em minha mente, e eu pude sentir a complexidade das emoções que cercavam essa história. O passado, as escolhas feitas por Drakon e seu papel como guardião do mundo interno, tudo isso estava entrelaçado com minha própria jornada. Enquanto assimilava essa nova revelação, eu olhei para Azrael, buscando uma confirmação ou uma explicação adicional.

Azrael suspirou e olhou para o chão por um momento antes de se voltar para mim. “Eu sabia sobre essa ligação, Eriel. Não queria mantê-la em segredo, mas também não queria sobrecarregá-la com informações antes que estivesse pronta. A história de Drakon é complexa, e envolve muitas nuances que só puderam ser entendidas ao longo do tempo. Ele escolheu o caminho da redenção e da proteção, e sua presença no mundo interno desempenha um papel fundamental em manter o equilíbrio do poder.”

Todas essas informações eram como peças de um quebra-cabeça que começavam a se encaixar, revelando uma imagem maior. Minha mente estava girando, tentando absorver tudo o que aprendi até agora. Zoe, Azrael e Drakon – seus destinos estavam entrelaçados de maneiras que eu mal podia compreender.

“O mundo interno é o nosso ponto de partida”, Zoe continuou, seu tom suavizando. “É aqui que você vai treinar, aprender e crescer. E com a orientação de Azrael, você começará a desvendar os segredos do ‘Tempo’ e a compreender sua verdadeira natureza como herdeira dos dragões.”

As palavras de Zoe ecoaram em meu coração, enchendo-me de um sentimento de determinação e propósito. Enquanto olhava para os rostos de Zoe, Azrael e Noir, eu estava pronta para mergulhar nessa jornada, explorar o mundo interno e desvendar as camadas de mistério que envolviam minha própria existência.

O cenário se transformou em um campo de treinamento, com bonecos de treino posicionados à distância. Era evidente que o treinamento estava prestes a se tornar intensivo. Zoe revelou que o treinamento envolveria enfrentar esses bonecos usando minhas habilidades. Ela me instruiu a observar Azrael, que estava prestes a mostrar como funcionava.

Azrael, com sua espada negra, começou a se preparar. Ele convocou uma espada de um espaço dimensional e rodeou seu corpo com uma aura carregada de mana. Com um movimento rápido, ele desapareceu de minha vista, e no instante seguinte, os bonecos estavam destruídos, partidos ao meio como se fossem feitos de papel.

A exibição das habilidades de Azrael era impressionante. Ele usou o “Lorde do Tempo” para realizar movimentos incrivelmente rápidos, destruindo todos os bonecos quase instantaneamente. Minha mente ficou atordoada ao processar a velocidade e a destreza que ele demonstrou.

Zoe explicou que o nível que eu precisava alcançar era esse, usando minha própria habilidade “Lorde do Tempo”. Ela esperava que eu pudesse realizar feitos semelhantes aos de Azrael, desafiando a gravidade do tempo para executar movimentos ultra-rápidos.

Minha resposta iminente foi interrompida por minha própria hesitação, indicada pelo travamento momentâneo em meus pensamentos. Parecia que as palavras que eu estava prestes a dizer seriam um palavrão, uma expressão de surpresa e espanto diante da exibição de poder de Azrael.

No entanto, essa interrupção também me deu um momento para processar o que estava acontecendo. O desafio que estava pela frente era monumental. Ser capaz de usar minha habilidade “Lorde do Tempo” de maneira tão precisa e controlada como Azrael parecia quase inatingível. A ideia de atingir esse nível de domínio em um futuro próximo era avassaladora.

“É uma meta ambiciosa, sem dúvida”, Zoe disse, lendo claramente minha expressão e emoções. “Mas você não está sozinha nisso. Com dedicação, treinamento constante e orientação, você pode começar a dominar sua habilidade. Lembre-se, Azrael também começou do zero. Ele passou por esse mesmo treinamento para chegar onde está agora.”

Azrael, que havia retornado após sua exibição impressionante, deu um aceno afirmativo. “Zoe está certa. Não é um processo fácil, mas você tem o potencial necessário. Levará tempo, esforço e muita prática, mas estou aqui para orientá-la em cada etapa do caminho.”

Minha mente estava repleta de pensamentos conflitantes. A pressão de corresponder às expectativas, a empolgação de aprender mais sobre minhas habilidades e a incerteza sobre como tudo isso se desenrolaria misturavam-se em um turbilhão de emoções.

“Você não precisa dominar isso da noite para o dia”, Zoe acrescentou com um sorriso tranquilizador. “O treinamento será gradativo, e cada progresso é uma vitória. Lembre-se, você já possui a base necessária com a habilidade. Agora, é uma questão de aprimorá-la e aprender a sincronizar sua mente, corpo e mana para alcançar esses feitos incríveis.”

Eu sabia que não seria uma jornada fácil, mas algo dentro de mim estava decidido. Era hora de abraçar esse desafio, enfrentar o desconhecido e começar a desvendar as camadas do poder do “Lorde do Tempo”. Com Zoe, Azrael e Noir a meu lado, estava pronta para dar os primeiros passos em direção a essa jornada de autodescoberta e superação.

Olá, eu sou o Monarca!

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