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My Dragon System – Volume 8: Preparações finais | Capítulo 398 – Falso


>> Tradutor: Metal_Oppa / Revisor: Yokobataki <<


Fora do Portão Norte da Cidade Asas Carmesim, uma pequena equipe anti-bestas da expedição estava pronta para partir em sua nova aventura. Os dois alunos, Flynn, um Cavaleiro de Faixa-Preta e Wendy, uma Cavaleira Faixa-Verde, foram os mais entusiasmados do grupo, pois seria a primeira vez que eles sairiam da cidade em uma expedição.

Desde que as fronteiras foram fechadas devido ao ataque da Praga das Sombras, as autoridades foram bastante rígidas em impedir que os alunos saíssem da cidade para sua segurança. Mesmo agora, não havia muitos lugares para os cidadãos ou o Asas Carmesim irem além da cidade. Eles estavam constantemente sendo cercados e monitorados de todos os lados.

No entanto, para onde eles iriam hoje era diretamente para o norte do reino e para o território da Praga das Sombras, o único lugar onde nenhum dos outros reinos ou Império tinha seus olhos.

A equipe anti-bestas também tinha Lenny e Bliss. Esses dois tinham um objetivo diferente, que era limpar a terra infectada e deteriorada, com sorte, expandir seu território e dar-lhes a capacidade de cultivar mais. Se a cidade pudesse se tornar autossuficiente, não importava mais como eram suas relações com as outras nações.

Depois, havia Kyle, Martha e Harry. Esses três eram os principais protetores do grupo. No entanto, Harry e Kyle estariam à procura de bestas que se adequassem às suas habilidades e eventualmente passariam pelo processo de bestialização junto com os dois alunos.

“Já estamos aqui há meia hora.” – reclamou Flynn. “Quem estamos esperando?”

“Basta ser paciente.” – disse Martha. “Ouvi dizer que Slyvia decidiu que haveria mais um vindo conosco.”

“Olá!” Uma voz enérgica entrou em seus ouvidos por trás.

Quando todos se viraram para olhar, eles puderam ver uma verdadeira beldade de cabelos negros passando pelo portão e indo em sua direção.

Os outros instantaneamente souberam quem ela era, já que Slyvia estava dando muita importância a isso na semana anterior.

“Não é a mãe do rei?” Wendy sussurrou para Flynn ao lado dela.

“Sim, então como a chamamos, Rainha avó?” Flynn respondeu.

“Confiem em mim, vocês dois.” – disse Harry por trás. “Você não quer chamar de avó uma mulher que esteja só nas casas dos trinta, a menos que deseje morrer.”

“Bem, agora que todos estão aqui, por que não começamos a nos mover?” – disse Lenny enquanto caminhava em uma determinada direção.


O grupo estava em movimento e demoraria um pouco até chegarem ao destino. Para não alertar os outros, apenas um pequeno numero de pessoas foi autorizado a participar nesta expedição e, ao mesmo tempo, decidiram viajar a pé.

Durante a viagem, Scarlett estava mais interessada em Bliss. De acordo com Slyvia, essa garota era o Ser Divino.

O Ser Divino era bem conhecido e adorado no Reino Alure, mas não muito difundido nos outros. A única razão pela qual Scarlett sabia do Ser Divino é devido a seu marido e seu tempo em Roland. Outros reinos e cidades adoravam seus próprios deuses.

“Então, enquanto estamos todos entediados, eu estava me perguntando, o que vocês acham do meu pequeno Ray?” Scarlett perguntou.

“Poderoso.” – respondeu Harry.

“Misterioso.” – disse Lenny.

“Carinhoso.” – respondeu Martha.

“Um rei.” – respondeu Flynn.

“Bem, essa é uma resposta um pouco estúpida.” – disse Wendy – “Pensativo. Ao contrário desse idiota.”

Todos até agora haviam respondido à pergunta de Scarlett, e tudo parecia positivo, exceto por uma pessoa, Bliss.

“E você…” ela perguntou.

“Hmm, eu não tenho viajado com ele há muito tempo, mas acho que diria ‘um falso’.” – Claro, ao dizer essa resposta, Bliss estava interessada em como os outros reagiriam a isso também.

“Falso? O que você quer dizer com isso?” Scarlett respondeu.

“Há momentos em que Ray pode parecer suave, e há outros em que ele parece tão agressivo. Ele odeia as pessoas ou gosta delas? Ao observá-lo, muitas vezes fico confusa, o que só me faz pensar que um desses lados é falso. Se ele sabe ou não, é uma coisa totalmente diferente.”

Ouvir isso deixou Scarlett um pouco triste. Ela adorava ouvir as pessoas falando sobre seu filho, mas a verdade é que ela estava perguntando porque ela mesma não tinha uma opinião sobre ele. Ela havia passado apenas cinco anos de sua vida junto com ele. Ela gostaria de ter ficado lá por mais tempo, ou com ele ao longo do caminho, mas não conseguiu.

“Posso perguntar, você sabe se Ray ainda mantém um pequeno pingente em volta dele. Deve ser uma pequena joia preta em volta do pescoço?” Scarlett perguntou.

“Hmm, acho que não.” – respondeu Martha. “Estou com ele há mais tempo, embora muitas vezes ele andasse todo empacotado usando roupas ou armadura pesada para que se pudesse ver algo. Eu nunca notei isso na verdade.”

‘Vou ter que verificar com ele quando voltar.’ – Scarlett pensou. – ‘Espero que ele não o tenha perdido.’

Finalmente, o grupo alcançou a terra da Praga das Sombras. Era estranho quando se olhava para ele, pois a terra era totalmente diferente em cores. De um lado, estavam campos de grama verde e árvores. E logo no outro, como se uma pessoa tivesse traçado uma linha, a terra estava completamente preta, sem grama e apenas árvores sem folhas.

Parece que a sombra que possui a terra não poderia ir mais longe por algum motivo.

O terreno em que estavam era bastante aberto, de um lado campos verdes e claros com árvores bem distantes e, do outro, a Praga das Sombras.

“Estamos um pouco abertos aqui.” Lenny disse: “Mas, ao mesmo tempo, isso nos permitirá ver se algo virá em nossa direção.”

“Você acha que eles virão?” Wendy engoliu em seco nervosamente.

Lenny então se abaixou para pegar parte do solo que estava infectado com a Praga das Sombras e colocou em um pequeno tubo. Bliss, que estava ao seu lado, entregou-lhe o que parecia ser uma pipeta conta-gotas.[1]

“Se nosso palpite estiver certo, a Praga das Sombras e todos aqueles infectados por ela estão ligados. Tudo vai para uma pessoa ou para um fim.” Lenny explicou. “Então, qualquer coisa que fizermos enquanto estivermos no território da Praga das Sombras, ou quando atacarmos uma criatura das sombras. A principal pessoa por trás disso saberá tudo.”

“Você acha que isso tudo é uma pessoa que está fazendo? Não é uma doença?” – Flynn perguntou.

“Não, eu acho,” – Bliss respondeu. “que eu sei o que é.” As crianças não sabiam que Bliss era o Ser Divino. Mas para os outros que ouviram isso, essas palavras vindas de um suposto deus soaram muito convincentes.

Três gotas caíram da pipeta no tubo de ensaio e uma reação começou a ocorrer. Ele então fechou a parte superior do tubo com uma rolha. Uma névoa negra subiu do solo como se fosse uma sombra com forma física, e as duas substâncias não estavam mais juntas. A terra preta no tubo havia retornado à sua cor natural marrom-terra.

“Bem, parece que foi um sucesso.” – disse Lenny. “Seu ingrediente secreto parecia funcionar.” Lenny disse, olhando para Bliss.

Ao experimentar fórmulas diferentes, ela se recusou a dizer a ele várias vezes o que ela estava misturando no final, e ele estava tentando o seu melhor para arrancar dela.

De repente, rugidos altos podiam ser ouvidos à distância e logo depois vieram passos estrondosos.

“Acho que seu palpite estava certo.” – disse Harry, sacando sua espada. “A Sombra, eles estão vindo. Todos, preparem-se para a batalha.”


[1] Imagem:

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