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Capítulo 252

Uma cauda listrada estava na minha mão. Obviamente, era de Kyuka.

“Bem fraca para simplesmente quebrar enquanto ainda estava sendo usado.”

Quanto a Kyuka, ela voou para o fundo do acampamento.

Vou levar isso de lembrança.

Quando olhei para Nehyor, ele estava limpando a poeira de suas roupas.

Como eu havia usado Kyuka como arma para acertá-lo, ele estava visivelmente zangado. Era uma visão agradável.

“Você conseguiu desta vez, Golan. Você deve saber o que esperar agora, certo?”

Embora Nehyor tenha sido derrubado duas vezes, ele aparentemente não sofreu nenhum dano.

“Certo, você tem minha atenção, seu pirralho. Vamos ver o que você pode fazer.”

Eu disse enquanto balançava o rabo para provocá-lo. ‘Eu vou te matar hoje, não importa o que aconteça’, ele respondeu.

“Não sou tão fraco a ponto de uma criança conseguir me matar.”

Enquanto brincava com o rabo, eu o ataquei  primeiro.

Esta cauda era muito boa. Especialmente pra quando eu estava entediado.

Teve uma coisa que aprendi depois de lutar com Nehyor, o Vampiro.

Seu corpo não era tão resistente.

Mesmo quando eu ainda era um Ogro, eu era capaz de machucá-lo enquanto tivesse uma arma.

Em termos de resistência física, ele estava na faixa média de uma raça intermediária. Foi o que pensei.

No entanto, isso não levava em conta sua capacidade de cura. Agora isso era algo da classe mais elite.

Ele era tão tenaz que me perguntei se ele poderia voltar das cinzas.

Então se eu quisesse aniquilá-lo completamente, seria uma luta dura.

Eu vi Mouga se levantando pelo canto do olho.

Agora que paro para pensar, eu também o joguei no ar com Kyuka.

Quanto a ele, ele era exatamente como parecia.

“Tudo bem, Golan. Eu não vou me segurar.”

“Chega desse papo tedioso. Vem pra cima!”

As unhas de Nehyor se alongaram. E ele também estendeu suas presas sem que eu percebesse.

Sim, eu ainda não conhecia todas as habilidades especiais de Nehyor.

Enquanto eu pensava nisso, uma enorme bala mágica veio voando de uma direção inesperada.

“Cacete!?”

Eu me esquivei freneticamente.

Nehyor também. Ao todo, foram cerca de vinte tiros.

As balas eram feitas de energia mágica púrpura profunda, e trovões ressoavam onde aterrissavam.

Você levaria um choque terrível se fosse atingido.

Quando me virei na direção de onde eles vieram, vi Kyuka.

Ela estava furiosa. Seu corpo havia praticamente se tornado carmesim.

Não só isso, mas ela parecia ter se expandido. Seus músculos eram maiores e salientes.

“…”

Ela olhou para mim em silêncio.

E sem sequer um gesto, outra dúzia de balas mágicas se materializou. Eles eram maiores do que a última rajada.

“Merda!!”

Peguei Nehyor e comecei a correr.

“Ei! Por que você está me carregando?”

Nehyor protestou enquanto eu o segurava como uma criança debaixo do braço.

O fato de ele ainda não ter me atacado sugeria que ele não estava com pressa e estava surpreendentemente calmo.

“Só cala essa boca!”

Corri para a direita e depois para a esquerda para desviar das balas mágicas. E assim, eu disparei pelo acampamento.

Houve explosões estrondosas e tendas explodiram no ar. Os ataques foram indiscriminados.

De repente, o chão tremeu e se abriu sob meus pés.

“…!!”

E mesmo que minhas pernas estivessem carregadas de mana, eu não conseguiria lidar com isso. De repente, eu não tinha nada em que me apoiar.

E então joguei Nehyor para o lado, rolei para frente e caí.

“O que é que foi isso?”

Magia de aniquilação? Foi muito perturbador.

“Mais importante, não vejo por que você precisa me levar enquanto foge.”

Eu entendi o que Nehyor quis dizer, mas eu não podia deixá-lo naquele lugar.

Esta luta entre mim e Kyuka.

Farneze saberia dela muito em breve.

Se Nehyor tivesse permanecido lá, provavelmente teria se entreteria atrapalhando Farneze.

Bem, independentemente do motivo, eu não queria que ele escapasse.

“Não vejo qual é o problema. Eu posso lutar com os dois agora.”

A furiosa Kyuka e Nehyor, de quem guardo rancor há muito tempo.

O que poderia ser mais divertido do que enfrentar os dois ao mesmo tempo?

Assim como eu havia previsto, Kyuka era uma usuária de magia.

Dito isto, ela não se especializou em magia. Ela era metade do tipo físico.

Quanto a esta batalha de dois contra um, eu estava participando enquanto minhas armas ainda estavam confiscadas.

Normalmente, era onde eu deveria chorar, me desculpando e implorando por perdão.

“Isto vai ser divertido.”

Mas eu não pude deixar de sorrir.

Kyuka claramente não queria que eu desse o primeiro passo.

E ela continuou a lançar uma enxurrada de balas mágicas.

Cinquenta, talvez mais.

Havia muitas para se esquivar.

E então peguei o escudo de drenador de mana que estava nas minhas costas e os bloqueei.

Eu podia senti-los batendo no escudo.

E embora o impacto tenha sido grande, pareciam estar sendo absorvidos muito bem.

“Ah, esse escudo. Eu sabia que devia ter alguma propriedade especial. Então ele absorve mana.”

Eu ouvi Nehyor dizer perto do meu ouvido.

Um arrepio percorreu minha espinha. Desde quando ele estava lá?

Eu não podia fugir dele. As balas mágicas vinham na minha direção como chuva.

Quando me virei freneticamente, senti algo me atingir nas costas.

As unhas de Nehyor pareciam ter ricocheteado na armadura de escamas de dragão.

“Hã? Isso também é especial?”

Eu podia sentir que ele estava surpreso.

E então eu chutei para trás como um cavalo.

Nehyor voou no ar quando me virei.

“Talvez seja porque eu sou um bom menino. Estou inundado de armas e armaduras!”

Eu não me lembrava bem dos detalhes sobre como os consegui. Mas eu provavelmente estava certo.

Depois de um momento, as balas mágicas pararam.

Kyuka deve ter percebido que não conseguiria me matar daquele jeito, então ela começou a caminhar em minha direção.

Foi quando notei algo.

Um rabo balançava entre as pernas de Kyuka.

“Já cresceu de volta?”

Dado que se partiu tão bem, talvez ela o tivesse soltado de propósito.

Eu estava a balançando com tanta força que ela poderia ter decidido que era a melhor maneira de escapar.

E sua raiva agora seria devido à humilhação. Nesse caso…

“Ei você. Eu tenho um aqui, e você tem um novo. Por que não testamos para ver quantos você consegue fazer?”

Era quase cômico o quão eficaz essa provocação foi.

Como a própria personificação da raiva, ela investiu contra mim.

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