Selecione o tipo de erro abaixo

Capítulo 68 – O julgamento de Colin

Soaram as trombetas anunciando a chegada do grande imperador, e de fato ele era enorme. Com aproximadamente dois metros e quinze, o imperador adentrou o salão trajando vestes finas. Usava uma grande coroa dourada na cabeça com algumas joias brilhantes a enfeitando, e uma joia se destacava na coroa dourada. Ela era avermelhada e se parecia com um olho. Sua capa era longa e vermelha, feita do mais fino veludo.

O rosto dele era destacado por maçãs marcadas e uma barba longa que ia até o tórax. Seu cabelo era preto, assim como seus olhos. Todos no grande salão de julgamento se levantaram e se curvaram assim que ele adentrou. Fazia muito tempo que os gêmeos não viam o seu pai, e assim que ele passou por eles, Loaus cruzou olhares com seu velho. Aqueles olhos eram intensos, praticamente o julgavam em silêncio.

Ao lado do imperador estava o comandante da guarda real. Ele era tão alto quanto o imperador, usava uma armadura negra com detalhes dourados que sobressaltavam a vista. Na cintura, ele levava uma espada longa. Seu cabelo era louro penteado para trás e ele se parecia muito com Samantha.

Os guardas abriram caminho, e o imperador seguiu para o trono reservado para ele no centro do júri. Assim que o rei subiu as escadas e se sentou, o resto das pessoas fizeram o mesmo.

O imperador cruzou olhares com Colin, e Colin sentiu um calafrio na espinha. O imperador não era comum, não com toda aquela pressão assustadora que vinha dele, uma pressão até mais forte que a de Morgana.

Abrindo o pergaminho, o orador começou a ler o processo do julgamento.

— Hoje, dia 198 do segundo milênio da segunda era, inicia o julgamento de Colin do clã Silva, acusado de sequestrar os filhos do imperador e forçá-lo a admitir a existência de seus filhos para o mundo, colocando não só essa nação em perigo, mas também os sucessores da coroa.

Um burburinho se iniciou, falando mal de Colin de mil maneiras diferentes.

O orador continuou.

— Gostaria de ler a ficha do réu para contextualizá-los, meus senhores. Há cerca de quase três meses, o garoto adentrou os portões da capital arrastando a cabeça de um bakurak, junto de uma fada e uma descendente de Asmurg. Logo depois, depois de uma investigação minuciosa, descobrimos que ele agrediu a filha do comandante da guarda e o filho do nobre Witen, o estudante Wiben.

Outro burburinho se iniciou. Samantha não fazia ideia de como aquilo havia chegado aos ouvidos deles, ainda mais porque somente ela, Colin e Wiben estavam presentes no local.

— Vocês estão entendendo tudo errado! — berrou Samantha dando um passo à frente — Pai, o senhor tem que impedir esse julgamento, Colin é inocente!

— Então jura perante o imperador que Colin Silva não a agrediu? — perguntou o orador.

Ela franziu os lábios e engoliu o seco.

— Ele fez isso, mas a culpa foi minha e do Wiben, nós o provocamos, ele só se defendeu!

Os nobres que estavam vendo o julgamento começaram a cochichar, questionando a conduta da filha do comandante da guarda real. Como alguém com uma boa linhagem e de uma família tão prestigiada poderia estar defendendo alguém que a agrediu? Isso era desonroso, um verdadeiro ultraje.

— Então não há o que discutir. — disse o orador — A senhorita acabou de confirmar que ele a agrediu. Ainda tem mais, dizem que Colin e os membros de seu grupo falaram com desdém de todos os nobres durante uma festa de recepção, e isso incluía até mesmo o imperador, correto? E falar contra o imperador é algo punível com a morte. O que tem a dizer em sua defesa, senhor Colin?

Colin olhou para baixo, ponderando dizer coisas para apaziguar a situação, mas ele já havia sido colocado contra a parede. Ser acusado de algo que ele não havia feito o deixava bastante zangado, ainda mais porque os nobres provavelmente inventaram toda essa acusação e colocaram a culpa nele porque ele havia feito algo pior que um homicídio, a presença de Colin estava afetando o bolso dos nobres.

As histórias sobre ele já se espalhavam, histórias sobre ele ter vencido guerreiros que usavam ante magia, demônios poderosos e vampiros. Além de ele ter feito amizade com Stedd e andar com uma monarca de duas árvores que não tinha nenhuma ligação com o império. Esse tipo de coisa assustava os nobres.

Pelo histórico de Colin, os nobres tinham medo de ele comandar uma possível rebelião no futuro e serem caçados pelo Elfo negro e seu grupo impiedoso.

Além do fato de que com a ajuda financeira proveniente de outras pequenas vilas, as guildas de nobres acabavam pegando missões fáceis que rendiam uma boa quantidade de moedas. O grupo de Colin estava atraindo atenção demais, atraindo até mais atenção que Loafe, e isso era ruim pros negócios, já que Colin e seu grupo eram independentes e sem ligação com o império. Eles poderiam acabar aceitando missões por um preço baixo e consequentemente isso acabaria atingindo em cheio o bolso dos nobres que ficariam sem missões para aceitar, desregulando todo um mercado de missões que estava bastante inflacionado.

Mesmo sem querer, Colin acabou de entrar em um vespeiro ao flertar com a ideia dos nobres perdendo seus benefícios e sentirem que suas vidas estavam sendo ameaçadas com a presença dele ali. Colin era esperto, e conseguiu ler bem a situação assim que adentrou o tribunal, e ele era do tipo que adorava provocar.

Colin fez que sim com a cabeça e abriu um sorriso de canto de boca.

— Isso tudo aqui é perda de tempo, um julgamento por sequestrar os filhos do imperador? Sério? Parece que o grande Ultan só quer transferir a culpa para outra pessoa porque ele mesmo não consegue admitir ser um péssimo pai e que isso fez seus próprios filhos fugirem.

Uma comoção se iniciou.

— Olhem como ele fala! — disse um nobre — Não passa de um selvagem! Mandem-no para a guilhotina!

— Exatamente! Ele é um elfo negro, não é? — berrou outro nobre — Não precisamos de um julgamento, ele já é culpado!

As testemunhas começaram a apontar o dedo para Colin e a gritar com ele diversas palavras horríveis, expondo a verdadeira natureza deles naquele momento.

— Olhe só para vocês! — disse Colin exibindo um sorriso — Estão aí me julgando, me chamando de um monte de coisa, mas são vocês que trocam vidas humanas por dinheiro, não são? Não escoltam nem mesmo os comerciantes para suas terras a menos que eles paguem uma quantidade gorda de moedas. E olha que eles enchem a dispensa do palácio para engordarem um bando de nobres covardes demais para pegar em uma espada e lutar pelo seu próprio imperador. Vocês são uma piada.

Lumur estava quieto no meio dos nobres, apenas assistindo ao espetáculo. Ele esboçou um sorriso de canto depois da fala de Colin, já que ele partilhava da mesma visão.

— Quer que eu o execute, senhor? — perguntou o comandante da guarda.

— Não precisa. — disse o imperador bastante calmo — deixe o garoto falar.

Os nobres estavam furiosos, quase avançando em Colin, mas os guardas não deixaram.

O imperador pigarreou, e todo salão ficou em silêncio.

— Liena, Loaus — disse o imperador — Se aproximem.

Engolindo o seco, os gêmeos deram um passo à frente. Lumur ficou surpreso de vê-los tão diferentes não só fisicamente, mas o olhar deles havia mudado bastante.

— Vocês mudaram — disse o imperador — Olhe para você Liena, se veste como sua irmã. Eu havia prometido você ao rei de Rontes, firmaríamos uma aliança quando você se casasse com ele, mas agora está aí, com esse cabelo cortado, essa mão calejada… não sei se ele irá querer você, muito menos ter um filho de uma mulher assim.

Era difícil encarar o pai deles depois de muito tempo. Mesmo que as vontades de Liena fossem outras, ela jamais ousaria ir contra os desejos do pai. Não importava se ele a usasse como moeda de troca, negócios eram negócios. O rei de Rontes era um velho dono de um exército poderoso, se Liena engravidasse dele, o filho dela seria herdeiro de tudo, e Ultan queria usar isso a seu favor.

— Desculpa, pai… — Liena abaixou a cabeça.

— E você, Loaus, se veste como um bárbaro do norte e não como um príncipe. Vocês dois, parecem maltrapilhos que vivem revirando coisas do lixo, foi esse Elfo negro que corrompeu vocês?

Os dois continuaram em silêncio.

— O silêncio já explica tudo. — Ultan encarou Liena com um olhar firme — Você dormiu com ele, Liena?

— O quê?

— Contaminou seu sangue real com o sangue desse elfo?

— Do que está falando, pai? Senhor Colin nunca tocou em mim!

O imperador fez que sim com a cabeça.

— Ainda chama esse Elfo de senhor… que decepção… Ao menos você ainda é virgem, então não será problema para o rei de Rontes.

Liena franziu os lábios e abaixou a cabeça.

— Pai! — chamou Loaus — Essas últimas semanas com senhor Colin nos mudou, nós observamos o seu império de perto. Pessoas estão sofrendo, há muita miséria em vilarejos que deveríamos cuidar e tomar conta, mas parece que tudo se concentra aqui. Todo poder militar se concentra aqui enquanto bandidos saqueiam vilas e matam as pessoas sem piedade. Senhor Colin nos salvou, ele e senhorita Samantha quase morreram para nos proteger! Sem ele, nem Lina provavelmente estaria aqui!

— Eu sei. — disse o imperador — O garoto se aliou a lendária terceira geração dos vampiros, correto? Como confiaríamos em alguém assim? Ainda mais um elfo negro. Parece que meus filhos gostaram de ficar junto de um bandido, um selvagem que fala sem o mínimo de respeito a coroa.

Briana, ou melhor dizendo, Ehocne, se sentou ao lado de Lumur observando Colin no centro do palco.

— E então fofinho, o que eu perdi?

— Nada de mais, só o garoto ali que está deixando meu pai nervoso.

Ehocne reparou em Colin e seus olhos se arregalaram. Ela reparou na tatuagem do seu braço direito e reconheceu um semelhante, alguém da mesma raça. Não apenas isso, ela se parecia muito com alguém bem próximo a ela. 

— Um errante… — Balbuciou.

— Um, o quê? — Indagou Lumur.

— Você tem que ajudá-lo!

— Ficou maluca?

Ela franziu a testa e encarou Lumur furiosa.

— Escuta aqui, aquele garoto pode ser importante para a gente, então salve-o, agora!

— Tá bom… só me dá um tempo para pensar…

O imperador ergueu a mão-cheia de anéis.

— Já decidi a sentença, eu declaro o garoto cul-

[Estrondo!]

A porta do grande salão quebrou e um soldado rolou até o palanque de Colin. Os outros soldados imediatamente sacaram suas espadas e prepararam suas magias.

Exibindo aquele sorriso de caninos pontiagudos, Stedd entrou segurando um guarda pelo pescoço e o jogou na bancada abaixo do imperador. O soldado não estava morto, apenas inconsciente. O comandante sacou sua espada e deu um passo à frente.

Os gêmeos não sabiam quem era aquele cara de blazer e óculos vermelhos, mas Colin e Samantha o conheciam muito bem.

— Esse idiota vivia dizendo para não fazer coisas imprudentes… — disse Colin sorrindo.

Ops! Esqueci meus modos, mil perdões, imperador. — Stedd fez uma reverência enquanto centenas de espadas e magias estavam apontadas para ele.

— O pirralho dos Ubiytsy… — disse o imperador — O que faz aqui, garoto?

— Vim lembrar ao senhor, meu imperador, que você deve alguns favores ao meu pai, e em troca de alguns favores, eu gostaria que perdoasse os crimes do meu amigo. Pai ruim, mau administrador… não precisa se preocupar com isso, nenhum desses puxa sacos julgarão vossa alteza, eles não têm coragem para isso.

— E você tem coragem para vir aqui desse jeito, não é? Seu assassino! — berrou um nobre enfurecido.

Stedd abriu um sorriso.

— Todos aqui nesse salão são assassinos, mas diferente de vocês que mandam matarem por vocês, sou eu mesmo que sujo minhas próprias mãos.

Isso só deixou os nobres ainda mais furiosos.

— Creio que a ligação com sua família possa salvar você por entrar nesse palácio desta maneira desrespeitosa. — disse o imperador — Mas não pode salvar o elfo da morte. Então não perca o seu tempo, garoto dos Ubiytsy.

Stedd já esperava por isso. Ele já tinha uma carta na manga. Realizando a reverência mais uma vez, ele saiu de perto da porta.

— Então deixe-me apresentá-lo a futura herdeira da dinastia Song!

Dos fundos, Safira, Sashri e Brighid despontaram, com Lei Song na frente vestindo os trajes típicos de sua terra natal. Elas haviam acabado de chegar, e Stedd sabia que elas chegariam hoje. E isso coincidiu com a chegada de Colin. Stedd nada explicou a elas, somente pediu para que elas o seguissem.

Um burburinho se iniciou.

A principal pergunta era o que alguém como Stedd estava fazendo com a herdeira de uma dinastia milenar poderosa do oriente.

— O que significa isso? — perguntou o imperador.

— É muito simples, senhor imperador. Lei Song está sob os meus cuidados, e consequentemente sob dos cuidados da guilda de Colin que está em formação.

Os nobres ficaram incrédulos com aquela informação. Primeiro se aliando aos vampiros mais fortes vivos e agora tomando conta da herdeira de uma poderosa dinastia. Parecia que todo acontecimento mais extravagante estava ligado ao elfo de pé no palanque. O imperador conhecia seda fina, e sabia que as que a garota usava era um refinado material, e tinha o anel em seu dedo que não a deixava mentir.

Stedd deu um passo à frente e os soldados se preparavam para avançar, até que o imperador ergueu a mão e os soldados pararam de se mover.

— Imagine, senhor imperador, quantos benefícios podemos ter se nos aliarmos a uma dinastia do oriente! Com a ajuda deles o senhor poderia ver o continente unificado ainda em vida! — Stedd abriu um sorriso de canto de boca — Vosso filho pode até se casar com a herdeira, imagine só!

— Não devíamos confiar em um assassino! — berrou um nobre.

— O que os guardas estão fazendo aí parados? Matem-no!

Stedd abriu seu sorriso de orelha a orelha e estalou o pescoço.

— Tem trinta guardas aqui dentro — disse Stedd contando com os dedos — Cerca de cinquenta nobres e nem metade disso deve saber usar magia. Temos uma monarca de duas árvores bem ali, uma, espadachim Poderosa, uma Elfa negra tão poderosa quanto um comandante, tem Colin de pé no palanque, e claro, tem eu. — Dando dois passos a frente, Stedd crispou os dedos e suas unhas ficaram pontiagudas — A força do grande imperador é lendária, acredito que o senhor conseguiria derrotar todos nós, mas tenho certeza que todo esse congresso de merda morreria antes disso acontecer.

Aquelas palavras fizeram os nobres borrarem de medo, ainda mais porque essas palavras vieram de um Ubiytsy. Stedd não era o problema, e sim a família dele. Por medo de Jack Ubiytsy, os nobres relutavam em fazer qualquer coisa contra seu filho.

— Concordo com o Ubiytsy! — disse Lumur se erguendo — Só teríamos a ganhar com essa união, e outra, recomendo que meus irmãos mais novos se matriculem na universidade!

Os nobres começaram a cochichar e o imperador franziu a testa.

— Por que sugere isso? — perguntou o imperador.

— Basta olhar o grupo do elfo, meu pai… Eles têm um Ubiytsy, uma Asmurg e até mesmo uma monarca de duas árvores. Gente assim poderia facilmente se igualar a uma guilda de elite do império.

Os nobres odiavam admitir, mas Lumur tinha razão, e como Lumur tinha a maioria deles no bolso, eles não ousaram retrucar, apenas concordaram com a cabeça. O imperador encarou mais uma vez seus filhos e suspirou.

— Vocês querem viver como soldados? Essa é a vontade de vocês?

Os gêmeos se entreolharam e fizeram que sim com a cabeça.

Ultan não era o tipo de homem que fazia as coisas por puro sentimentalismo. Seus movimentos eram calculados, e por hora deixar seus filhos na mão de gente como Colin e Stedd poderia ser bastante benéfico. Ele pretendia deixar o império com Loaus no futuro, e a guilda de Colin poderia dar a experiência para liderar que nem mesmo os melhores tutores teriam, já que eles não tinham experiências reais de combate.

Liena aprenderia a ser forte, e quando o rei de Rontes viesse a óbito, ela poderia educar seus filhos para serem exímios líderes. Sem contar que eles estariam com um Ubiytsy. Isso era bem melhor do que o imperador poderia pedir.

— Então, tudo bem. — disse o imperador — Mas você ainda está prometida ao rei de Rontes, Liena. É melhor que continue pura até lá, ou você não terá mais serventia para mim.

Liena franziu os lábios e abaixou a cabeça novamente.

— O imperador encarou Colin — Meus filhos estão nas suas mãos agora, e você, garoto da família Ubiytsy, será convocado em breve para uma reunião. Estamos entendidos?

Stedd fez uma reverência.

— Claro, imperador, atenderei a qualquer chamado do senhor.

— E vocês dois, darei um dinheiro inicial, depois disso vocês irão se virar. Se querem ir com esses selvagens, então terão que aprender a viver como um.

O imperador se ergueu e desceu as escadas, seguido pelo comandante da guarda.

— Por ordem final do imperador, o réu foi inocentado! — disse o orador — Declaro o julgamento encerrado.

Os nobres não ficaram satisfeitos com aquilo, mas não ousaram questionar. Apenas foram embora do salão, saindo um por um.

Briana sorriu ao encarar Colin mais uma vez e se retirou junto a Lumur.

Colin desceu do palanque e se aproximou de Stedd com um sorriso.

— Parece que você me salvou.

— É como dizem, o herói sempre chega no final. — Stedd se aproximou de Colin e sussurrou — E a parte que a filha do comandante defendeu você, isso é verdade? Está andando com a filha do comandante que tem casinho com aquele cretino do Wiben?

— A gente passou por muita coisa junto, eles mudaram, não são os cretinos de antes.

— Claro, claro, nada que uma boa surra não resolva, né?

Colin encarou Brighid ao longe e ambos sorriram um pro outro.

Samantha e os gêmeos se aproximaram em direção a Colin, todos eles mal conseguindo conter a felicidade.

— Parece que deu tudo certo no final — disse Samantha colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha — Foi um pouco de loucura falar com os nobres daquele jeito, tenho certeza que eles não irão com sua cara tão cedo.

Colin sorriu e cruzou os braços.

— Faz parte esse tipo de coisa, só tem um problema, onde todos vamos ficar? E ainda tem as crianças…

Stedd ergueu a sobrancelha.

— Crianças? Que crianças?

— É uma longa história, te conto depois.

Eles se aproximaram de Brighid e das outras. Safira exibia um largo sorriso, Sashri olhava de canto de olho para Brighid e a fada parecia envergonhada. Já Lei Song estava quieta, apenas observando.

— Impressão minha ou você tá mais forte? — perguntou Safira encarando Colin.

— Devo estar, eu treinei um pouco.

Safira pulou em Colin e o abraçou apertado.

— Você não mudou mesmo, né? Continua se metendo em problema atrás de problema mesmo longe da gente.

Colin afagou os cabelos dela.

— Você também tá diferente, andou malhando?

Ela mostrou os bíceps para Colin.

— Sim, e Brighid disse que também estou virando uma mocinha ou algo assim. — Safira apoiou a mão no ombro de Colin e o abaixou para sussurrar algo no ouvido dele — Não é por nada não, mas a Brighid morreu de saudade de você. Acredita que uns caras deram em cima dela e ela disse ser casada com você?

Colin encarou Brighid e ela sorriu desviando o olhar, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

Sem dizer nada, Colin engoliu o seco. Ele ficou nervoso ao encará-la, ainda mais porque ele a via de uma maneira bem diferente de antes.

Coçando a nuca, ele decidiu que resolveria as coisas com ela depois, tinha algo que ele tinha que fazer primeiro.

— Ei! Stedd! — chamou Colin — Pode fazer um favor para mim?

— Claro, que favor?

— Reúna a guilda inteira no nosso apartamento, temos muito o que conversar.

Picture of Olá, eu sou Stuart Graciano!

Olá, eu sou Stuart Graciano!

Comentem e avaliem o capítulo! Se quiser me apoiar de alguma forma, entre em nosso Discord para conversarmos!

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥