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Capítulo 106 – A Torre – Final

Havia mais raios reverberando dentro da torre do que fora. Explosões e trovoadas reverberavam por todo lugar, sem falar nas destruições que eram feitas e depois reconstruídas em instantes.

Thane estava quieto observando tudo. Colin havia sido atingido tantas vezes por raios com a capacidade de derreter concreto que ele parou de contar depois da vigésima terceira. Porém, mesmo com a vantagem do poder destrutivo, a armadura negra parecia estar perdendo a paciência.

Colin era mandado longe pelos raios diversas vezes, mas sempre se recuperava e avançava em direção a armadura.

 Boom!

A armadura conseguiu lançar Colin em direção a parede, mas Colin logo saiu da fumaça e partiu em direção a armadura aceleradamente. Mesmo que não usasse magia, sua largada poderia alcançar facilmente a velocidade de um guepardo em seu ápice.

Mesmo que Colin continuasse avançando, ele já havia sido atingido tantas vezes que sua armadura natural estava sendo perfurada.

Após ser atingido dezenas de vezes nos mesmos lugares, seus ferimentos estavam se intensificando, mas ele não se importou. Colin via a dor como algo positivo daquele embate, a dor o mantinha consciente.

A armadura disparou outra estocada elétrica envolta de poder destrutivo, mas antes de completar o movimento, Colin já havia o lido perfeitamente. Recebeu tantos golpes de diferentes formas que aqueles movimentos estavam padronizados.

 Cabrum!

Aquele golpe passou do lado de sua cabeça e ele avançou. Cerrou o punho tão forte que suas unhas furaram a carne da palma de sua mão.

A armadura conseguiu se recompor e segurou a lança na frente do peito antes de ser atingido em cheio por Colin.

 Boooom!

O som que Thane ouviu foi semelhante ao de uma dinamite sendo detonada em espaço fechado. A armadura destruiu a parede e a varou, caindo lá fora, se misturando com a chuva e a lama.

A armadura se ergueu, girou a lança e ela se transformou em uma alabarda.

Colin saltou para o chão e abriu um sorriso enquanto massageava o ombro. Os pingos de chuva que escorriam por seu corpo estavam gelados, mas sensações térmicas já não eram um problema grave para ele.

O poderoso soco de Colin havia destruído parte do peitoril da armadura, revelando o que aquilo era, somente uma armadura vazia que conseguia se mover de alguma forma.

A alabarda começou a vibrar e mana foi emanada dela.

Lentamente, a armadura se reconstituiu.

 
HP: 25.100 + (20.000)
MP: 20.813 /40.300


— Parece que sua mana está chegando ao fim. — debochou Colin — Se eu te acertar mais algumas vezes você já era.

Raios avermelhados começaram a envolver a alabarda. Instantes depois envolveu todo corpo da armadura. Os trovões que caiam ao redor da torre assumiram a mesma cor, e a tempestade se intensificou.

O uivo do vento ficou tão alto que começou a ficar difícil de ouvir o que acontecia ao redor.

 Cabrum! Cabrum! Cabrum!

Dezenas de raios começaram a cair, mas eles pareciam ter um alvo, a própria armadura. Raios avermelhados se concentraram na armadura negra e a alabarda foi envolta por uma mana elétrica afiada.

“Ele está usando a natureza a seu favor ou está manipulando o fluxo de mana? Isso cheira a ação desesperada.”

 
HP: 25.100 + (20.000)
MP: 40.300 + (25.000 Aumentando…)


— Eu poderia espancar você de mil maneiras diferentes — disse a armadura furiosa — Mas seu corpo resistiria a todas com excelência. Por isso vou transformá-lo em pó com um único golpe!

A armadura apontou a alabarda em direção a Colin e uma esfera energética formou-se na ponta, ganhando volume a cada segundo que se passava.

“Parece que isso vai doer.”

Colin engoliu o seco e se concentrou naquele poder que crescia descomunalmente.

Ele olhou por cima dos ombros, e avistou a torre. Thane estava lá em cima, olhando aquele embate com os olhos arregalados e cheios de pavor.

“O vilarejo fica na mesma direção” pensou Colin “Então não me restam muitas opções.” Colin ergueu o braço direito na direção daquele poder “Quando lutei contra o Bakurak, consegui absorver uma esfera massiva de energia. Havia um colar que me ajudou, mas eu sou bem mais forte que antes. Acho que consigo fazer isso sozinho. Quando lutei contra Thaz’geth, a sensação foi semelhante, senti como se estivesse absorvendo a mana ambiente. Certo, calma, respira, e se concentre no que sentiu quando absorveu mana”

— Planeja segurar o meu golpe com as mãos nuas, errante? Então você será morto!

“Tá! Preciso me concentrar! Leona consegue se alimentar de mana. Ela é uma pandoriana, mas consegue fazer tudo que eu faço. Devo conseguir fazer o mesmo que ela faz… bem, eu espero que dê certo, ou então estarei ferrado! Lembre-se da sensação, do sentimento!”

 Zium!

Uma esfera avermelhada destruiu todo o solo que estava em seu caminho para atingir Colin. Mesmo com seu título “Pele de Aço” ativo, Colin sentiu o calor maçante daquela esfera se aproximando. Era ainda mais quente que a habilidade “Sol nascente” de Loafe.

“Aí vem ele!”

Colin tocou a esfera e foi mandado para trás em direção a torre enquanto tentava a segurar. Firmou seus pés no chão enquanto derrapava.

 Boom!

A esfera conseguiu fazer com que ele transpassasse a torre, sacudindo-a por inteiro, mas ela manteve-se firme. Colin foi rumo a floresta, destruindo com as costas um punhado de árvores e quebrando rochas. A palma de sua mão começou a queimar, dilacerando lentamente sua mão como um todo. Apesar da dor lacerante, ele não tinha tempo para se preocupar com ela no momento.

Aquela esfera massiva de energia começou a inchar cada vez mais, soltando cada vez mais raios que se pareciam com chicotes derretendo tudo que tocava.

“Essa merda vai explodir! Vamos lá, Colin, se concentra! Sinto essa mana, a forma, densidade… sinto ela não só na palma da minha mão, mas por todo meu corpo.” Colin fechou os olhos “Primeiro, imagine como se você estivesse bebendo água. Você coloca o copo na boca e deixa a água descer por sua garganta. Meu braço é a boca e esse poder é o copo, então eu só tenho que deixar a mana escorrer para dentro de mim”.

A tatuagem de Colin começou a brilhar. A gigantesca esfera lentamente foi diminuindo. A sensação foi semelhante à quando enfrentou Thaz’Geth. Absorbeu a esfera até ser completamente sugada pelas tatuagens de Colin.

 Cof! Cof!

Colin apoiou um dos joelhos no chão e ergueu a cabeça, vendo todo o rastro de destruição que ele deixou. Havia uma enorme cicatriz quilométrica na floresta.

Ele olhou para a palma de sua mão quase toda dilacerada.

“Absorvi a magia, mas minha magia continua zerada. De qualquer forma, é melhor eu voltar para a torre”.

 




Na torre, a armadura começou a se esfarelar. Thane observou aquilo lá de cima. Depois daquela esfera de poder massivo, a armadura pareceu ter chegado ao limite.

As trovoadas cessaram, assim como o vento, deixando somente um cenário de destruição. A armadura se ergueu e saltou direto para o quarto andar, passando por Thane e indo em direção ao trono.

Assim que se sentou, a armadura apoiou a ponta de sua alabarda no chão, que logo se transformou em uma espada.

Farelos e pequenos detritos continuaram caindo da armadura.

Thane achou aquilo curioso. Por que ele não estava se curando?

“Será que… a mana dele chegou ao fim?” Pensou o Thane.

— Diga ao Elfo que foi uma boa batalha…

— …

A armadura falante começou a desmanchar.

Claymore é a única companheira da armadura no castelo solitário durante séculos. A armadura nem sempre foi uma alma presa em uma casca vazia.

Aquele Homem já foi conhecido como August Turgy. Príncipe do reino extinto de Runipon da primeira era pós-queda do véu.

August deixou a grande guerra e entre errantes, caídos e vampiros e por pura sorte encontrou a torre, ficando ali até mesmo depois do fim da grande era da guerra. Da torre, August viu muitas coisas.

Um pedaço do Elmo da armadura se despedaçou e espatifou no soalho.

August viu muitas nações nascerem e morrerem. Viu milhares de nascimentos e um número bem maior de mortes.

A estátua ergueu o elmo, fitando Thane nos olhos.

A torre que passou o resto de seus dias pertencia ao senhor destas terras. Ele pereceu ali, e August também. August ficou encantado com a calmaria do lugar. Decidiu que a torre seria o seu lar até seus últimos dias, mas de alguma forma, August não conseguia morrer. Seu corpo, sim. Este estava morto, mas sua alma acabou presa na armadura, onde o único proposito seria proteger o ouro do velho.

Thane engoliu o seco e deu um passo à frente. A armadura parecia que não estava mais interessada em combate.

— Essa é mesma a Claymore das Lendas? E… você é mesmo Willian?

Pedaços da armadura continuavam caindo.

— Willian? Claro que não. Meu nome era August Turgy. Príncipe do reino extinto de Runipon. Essa espada já teve muitos donos, creio que Willian foi um deles, mas sou eu quem ficou mais tempo com ela. Essa espada foi dada a mim por meu pai. Ele me disse quando criança, que Claymore foi feita de duas coisas: uma delas foi partes da raiz da grande árvore e a outra foi que ela fora forjada com a luz das estrelas.

A armadura ergueu a espada e a enfiou no soalho.

— Diga ao errante, que a espada que pertenceu ao herói Willian, ao meu pai, o grande rei de Runipon e a mim, o príncipe August, agora pertence a ele. Ele mereceu. Agradeça a ele pelo combate e por me libertar dessa maldição maldita. Adeus, guerreiro do vácuo.

O braço da armadura despencou e esfarelou até virar pó levado pela brisa. O céu anuviado que circundava a torre desapareceu completamente.

Thane caminhou lentamente até a espada e tentou tocá-la, mas levou um choque.

— Merda!

— Onde ele está? — indagou Colin de pé no buraco do quarto andar.

— Acho que ele está morto… Ele agradeceu a você pela batalha… e disse que essa espada agora era sua.

Colin assentiu.

Ele havia apreciado aquele combate do começo ao fim. Foi um passeio maravilhoso que não havia durado tanto.

Erguendo a mão, Colin tocou o cabo.

 
Parabéns! Você adquiriu um item épico.

Descrição: Claymore é um item mítico que consegue mudar seu formato baseado no desejo do portador. A espada consegue absorver até 100.000 pontos de mana diário, podendo estes pontos de mana serem transferidos para o portador se essa for sua vontade. Os pontos de mana também poderão ser usados para curar ferimentos e recuperar sua mana.

Novo atributo desbloqueado: Mestre da Espada!

Status:
Nome: Colin Silva

Idade: 23

Árvore primária: Céu. Nível: 06
Árvore secundária: Pujança. Nível: 08
Árvore secundária: Caos. Nível: 05
Mestre da espada: Nível 03
— Uau! — Suspirou Colin com um sorriso no rosto.
A espada foi envolta por mana elétrica escura e se transformou em um anel de ouro com detalhes em prata. Colin o colocou no dedo indicador da mão direita e enfiou as mãos nos bolsos encarando Thane.

— Vamos lá avisar ao pessoal do vilarejo que está tudo resolvido e que eles podem vir pegar o ouro.

Thane nada gostou da ideia, mas não o contrariou. Seu medo de Colin não permitiu que fizesse isso.






Eles retornaram ao vilarejo e de prontidão os camponeses prepararam para uma excursão até a torre. Pegaram todo o ouro que conseguiram e se tornaram extremamente gratos a Colin e principalmente ao Thane, que conseguiu enriquecer aquele povo.

Safira ficou uma fera com Colin ao vê-lo todo detonado, mas ficou feliz em ver que ele continuava inteiro de alguma forma.

Como prometido, o Thane forneceu um Wyvern a eles. Comprar um era difícil devido ao preço, então um dos camponeses que trabalhavam os domesticando se ofereceu para levá-los. Uma viagem de alguns dias custeado totalmente por Thane.

Eles haviam conseguido alugar o Wyvern, mas os equipamentos de montaria também teriam que ser alugados e isso não estava no acordo. Thane apontou a loja de um anão que tinha uma parceria com o adestrador de Wyverns.

Sem escolha, Colin resolveu ir até à loja do anão que ficava em uma rua até bem movimentada. Diferente do grande centro, lojas de vilarejos menores não precisavam de autorização para a entrada de estrangeiros.

Colin se sentiu em um filme do gênero “Steam Punk”. Havia peças mecânicas e até mesmo projetos de autômatos inacabados por todo canto. Era impossível caminhar sem tropeçar em alguma engrenagem ou ferramenta. O ar tinha um forte cheiro de olho e parte do soalho de madeira era sujo de graxa.

Passando por cima de alguns projetos, Colin foi até a bancada de latão. Em baixo dela estava um anão usando seu macacão de mecânico enquanto segurava uma chave de fenda.

— Senhor! — chamou Colin.

O anão, de barba trançada, ruiva e careca, subiu em um banco e jogou a chave de fendas sobre o balcão de lata sem o menor cuidado.

— Há, um Elfo negro… Pelo menos não é um daqueles almofadinhas de cabelo branco — O anão limpou as mãos sujas de graxa e jogou o pano sujo por cima dos ombros — Diga logo o que quer, não vê que estou trabalhando?

Colin olhou para os dois lados.

— Aqui não parece estar tão cheio para você estar tão ocupado.

O anão escarrou na bancada.

— Então você é um espertinho? Tsc! Não importa a raça, um Elfo continua sendo um Elfo. Diga logo o que quer ou tiro você da minha loja com um belo chute no rabo!

Colin achou aquilo engraçado, mas não sorriu.

— Uma cela para Wyvern com quatro lugares.

O anão alisou a barba e escarrou no balcão de novo.

— Entendi, você é o Elfo que ajudou Lorde Thane, não é? Você tem músculos demais para um Elfo Negro, é bem alto e tem esse ar intimidador. Me diga a verdade, Elfo, aquele merda do Thane só assistiu enquanto você trabalhava, certo?

Colin apoiou os braços no balcão e deu de ombros.

— Ele teve seu papel nisso tudo, mas a verdade é que estou realmente com pressa.

— Ah, claro! Um Elfo Negro com pressa de ir embora HáHá, já tem camponeses segurando tochas para queimar você!? Não se preocupe, Elfo, sua raça é uma desgraça, mas não queimamos ninguém por isso, nem que essa raça seja a merda de um Elfo Negro.

O anão pulou da bancada e foi pros fundos. Colin não se importou com as ofensas, na verdade, ele estava surpreso demais com o que estava vendo para se sentir ofendido.

Aquelas peças funcionavam com a tecnologia pneumática, totalmente isenta do uso mágico. Ele correu os olhos sobre um autômato metálico que tinha movimentos travados enquanto virava a cabeça e mudava de pose.

Caminhou mais um pouco até uma estante de amostra de mãos mecânicas. Elas se mexiam através de tubos de metal e diversas engrenagens.

Erguendo a mão, Colin iria tocar uma delas, mas o anão o chamou.

— Elfo! Quem te deu permissão para tocar nas minhas coisas?

O anão arrastou a cela pelo soalho, levando engrenagens e tudo que estivesse no caminho. Deixou a enorme cela na porta e retornou para a bancada. Pegou um caderno vermelho, um monóculo e uma caneta.

— Essa é minha parte preferida — disse ele exibindo um sorriso dourado — A parte que você me paga e deixa minha loja sem que eu precise dar um chute no seu rabo. — O anão olhou no fundo dos olhos de Colin. — Diferente dos caipiras daqui, você parece ter dinheiro.

Colin suspirou e coçou a nuca.

— Não tenho tanto dinheiro assim. Se o senhor puder ser generoso ao cobrar…

— Isso aqui não é caridade, Elfo. São cinquenta moedas de prata pela cela. Me pague e suma daqui.

Colin enfiou a mão no interior do casaco e abriu o saco com as joias que pegou no vilarejo de onde veio. Com cuidado ele retirou um rubi e os olhos do anão brilharam.

— Onde você-

— Deixo você ficar com essa com uma condição.

O anão havia perdido sua compostura totalmente após avistar a joia.

— Qual condição? — perguntou o anão.

— Gostei muito do que vi aqui. Quero uma cópia de alguns de seus esboços.

O anão franziu o cenho.

— O quê? Quer me roubar, seu filho da puta?

— Eu não estou roubando, estou comprando.

— Seu…

Colin pegou outra joia no saco. Uma esmeralda tão verde quanto os olhos de Brighid.

— Esse é meu preço final. Vai aceitar?

As finanças da loja não iam lá muito bem. Aquelas joias poderiam alavancar seus negócios de uma forma que ele jamais imaginou. O anão poderia fazer outros esboços depois, já que ele tinha uma ótima memória para guardar tudo. Cada medida, material, formato, sua mente guardava tudo com perfeição.

— Espere um minuto, eu já volto!

Saltando do banco, o anão correu até os fundos com aquelas pernas curtas e retornou tão rápido quanto partiu. Em suas mãos estavam um calhamaço de papéis onde estavam alguns dos projetos onde o anão estava trabalhando.

Colin dobrou com cuidado os papeis e guardou no interior do casaco. Antes de entregar as joias ao anão, ele as afastou. O anão olhou aquilo irritado.

— O que significa isso, Elfo? Me entregue as joias antes que eu chute o seu rabo!

— Antes de entregar, quero uma daquelas suas mãos mecânicas. De preferência uma para criança de seis anos, uma mão esquerda.

O anão cerrou os dentes.

— Está tentando me enganar, Elfo maldito?!

— Sejamos sinceros, sua loja não parece estar indo muito bem. Estou dando a você duas joias em troca de quê? Um calhamaço de papéis sem valor nenhum e uma cela para Wyvern? Pare de ser um anão mesquinho e me dê aquela mão mecânica.

Enfurecido, o anão foi até o fundo, subiu em um banco e pegou uma mão esquerda para uma criança de seis anos. Foi até Colin e entregou, junto com a mão, uma joia de mana.

— Aqui está, seu grandessíssimo filho de uma puta!

— Não vai colocar em uma caixa para mim?

— Vou é colocar minha bota no meio do seu rabo!

Colin não conseguiu segurar a risada, então ele se abaixou e pegou a pequena mão mecânica que mais parecia uma prótese. Pegou também a joia de mana e guardou no bolso.

— A joia de mana — disse Colin — Para que serve?

— Energizar a prótese. Ela tem um mecanismo que ligará ao braço do usuário e responderá sua vontade, como se fosse uma mão de verdade. Agora me entregue a porcaria das minhas joias!

Colin as ergueu no alto e deixou cair nas mãos do anão, que as pegou e saiu correndo para os fundos, batendo a porta de ferro em seguida. Abaixando, Colin pegou a cela e foi em direção de onde suas companheiras o esperavam.






Os habitantes prometeram uma festa para Colin e suas companheiras, mas o mesmo disse que não tinha tempo. Afinal, ele queria chegar à capital a tempo do grande torneio de guildas.

A ele e seu grupo foram fornecidos alimentos e uma quantia generosa por sua ajuda. Atualmente, Colin tinha dinheiro o suficiente para comprar uma grande extensão de terra em Valéria e começar seu próprio condado.

As garotas subiram na cela do Wyverns de escamas escuras e Colin se preparou para subir quando ouviu alguém chamar seu nome.

— Senhor Colin! — disse o homem que Colin salvou dos goblins. Ele estava correndo em sua direção — Espere, senhor!

Ele se aproximou com um papel velho em mãos.

— Aqui! — Ele entregou a Colin — Não o agradeci por salvar minha família da forma correta, então tive tempo para ir até em casa e buscar isso.

Com cuidado, Colin abriu aquele papel que parecia mais um mapa com alguns pontos marcados.

— Quando o pai de meu pai era mais novo, ele disse que encontrou uma masmorra no meio do deserto do oriente. Ele disse que a masmorra o levou para uma torre gigantesca onde em cada andar funcionava um mundo diferente do anterior. Ele disse que um dia saiu daquela masmorra e nunca conseguiu encontrar o caminho de volta, então marcou nesse mapa as possíveis localizações dessa masmorra. — O homem coçou a nuca e abriu um sorriso sem graça — Sei que parece papo de maluco, mas o pai de meu pai era um viajante… então parte de mim, acredita nessas histórias. Me desculpe, mas não tenho outra coisa de valor para lhe dar… Sou um homem casado agora, e tenho uma filha. Não acho que eu vá me aventurar num lugar tão perigoso, então é melhor que isso fique com alguém como o senhor.

Colin enrolou o papel e o guardou no interior do casaco que estava começando a ficar pesado.

— Muito obrigado, isso já está de bom tamanho.

— Sou eu quem tem que agradecer. Espero que esse mapa seja útil para o senhor.

Colin fez que sim com a cabeça.

— Cuide bem da sua família.

— Eu cuidarei, senhor!

Thane se aproximou a galope. Seu sorriso perfeito era exibido de orelha a orelha. Ele havia conseguido abocanhar uma grande parte do dinheiro da torre e sua fama aumentou consideravelmente depois da missão. Ele não poderia estar mais feliz.

— Então, pelo visto você resolveu ficar no vilarejo. — disse Colin.

Thane abriu um sorriso e deu de ombros.

— Os bardos farão músicas sobre termos vencido a torre e enriquecido todo um vilarejo no qual a confederação não dá a mínima. Será um conto e tanto que viajará até mesmo pelos mares. Ficaremos famosos, Elfo.

Em alguns lugares do continente, Colin já era bem famoso. O primeiro vilarejo no qual enfrentou o bakurak espalhou a história de como uma fada, uma garota chifruda e um Elfo negro venceram uma criatura quase mitológica.

As pessoas da capital já reconheciam sua reputação. Alguns, o chamavam de assassino do Bakurak, outros diziam que ele era o homem que nem mesmo o próprio imperador conseguiu matar. Diziam também que sua amada era uma das mulheres mais belas que já pisaram no continente, e a primeira Monarca de duas árvores que se tem conhecimento em séculos.

Depois da sua aventura no covil dos vampiros, Princesa Lina, junto a seus irmãos mais novos, confirmaram que Colin tinha relações com o grupo lendário da terceira geração de vampiros, além de ter laços estreitos com o filho mais novo de Jack Ubiytsy.

Os nobres de Ultan diziam que ele era um dos homens mais perigosos vivo, ainda mais depois do incidente com a guilda de Loafe.

— A gente se vê, Thane.

— Claro, claro. Até mais, Elfo Negro Colin.

O condutor balançou as rédeas e o enorme Wyvern abriu suas asas, alçando voo. 

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Olá, eu sou Stuart Graciano!

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