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Bam! Bam! Bam!

O punho de ambos se chocara várias vezes, levantando poeira do chão. A desvantagem de Anton era evidente. Mesmo que Colin não usasse magia, Anton tinha dificuldade de suportar cada soco daquele.

Bam!

Anton se defendeu de um soco que ia diretamente em seu rosto, cruzando os braços e derrapando para trás.

Bam! Bam!

Colin não deixou Anton respirar, partindo para cima dele. Ele poderia mirar em qualquer lugar do corpo de Anton, mas decidiu continuar pressionando a guarda de seu oponente, o fazendo gastar cada vez mais mana para que seus ossos não se quebrassem com cada pancada daquela que parecia um tiro de canhão a queima-roupa.

“Quando foi que essa merdinha ficou tão forte?” pensou Anton enquanto segurava aqueles socos brutais. “Não pense que será tão fácil!”

Anton abriu a guarda propositalmente e se esquivou de um soco de Colin movendo a cabeça para o lado. Aproveitou a brecha e se abaixou, apoiando a mão no abdômen do errante.

Boom!

A mão dele pareceu explodir, mas Colin só foi jogado alguns centímetros para trás. Anton esperava o lançar bem longe com aquilo.

“Tsc!” Anton recuou num salto.

O abdômen de Colin saía fumaça, mas ele permanecia o mesmo, portando um sorriso debochado no rosto.

— O que foi isso? — indagou sorrindo — Eu até abri a guarda propositalmente para ver que truque você tinha, mas estou decepcionado.

Abriu a guarda propositalmente o caralho! Você não vai me enganar, eu consegui ler seu movimento com perfeição!”

Anton também abriu um sorriso debochado.

— Você não me engana, Colin, você é rápido, mas em questão de velocidade estamos pareados!

— Tem certeza?

Anton envolveu seu corpo com mana de vácuo.

— Pode vi-

Bam!

Anton não conseguiu acompanhar a velocidade de Colin e foi recebido com um chute em cheio na costela. Colin também esperava que Anton fosse arremessado com o chute, mas ele só derrapou alguns metros.

— Hehe, é só isso que você tem? — indagou Anton com a mão apoiada nas costelas.

Colin apontou com o indicador para o nobre.

— Você me atacou com magia e nem me arranhou. Já eu, ataquei você usando somente velocidade e força bruta. Quantas costelas você quebrou? Uma, duas?

COF! COF!

Anton tossiu sangue.

“Esse desgraçado está bem mais forte!”

— Foi só um golpe de sorte! — Anton limpou com as costas da mão o sangue que escorria pelo canto de seus lábios.

Ele esticou a mão e a cerrou, apanhando uma espada de vácuo. Sua lâmina era tão fina que se tornava invisível.

Colin não perdeu tempo e conjurou duas adagas de raios negros, uma em cada mão.

Depois de concentrar mana nas pernas, Anton partiu para cima de Colin.

Apesar de estar a mais de dois metros de distância de Colin, Anton cingiu sua lâmina na altura da cabeça e a desceu.

Vush!

Colin foi cortado do ombro direito até o abdômen.

Anton girou sua lâmina invisível e Colin deu dois passos para trás.

Vush!

O errante foi cortado outra vez, porém, o corte foi fino, algo bem inferior ao primeiro corte.

— Dois metros e meio é o seu limite? — indagou Colin abrindo um sorriso debochado — Vamos lá, Anton, você consegue fazer melhor que isso!

— Cala a boca!

Anton deu uma estocada no ar e Colin rebateu com sua lâmina da mão direita um poder invisível que explodiu ao longe.

Boom!

“Ele conseguiu ver? A análise dele é tão boa assim?”

Desfazendo sua lâmina, Anton saltou para trás juntando suas duas mãos.

“É cedo demais para usar isso, mas que se dane! Segure meu canhão Galick direto na cara, seu filho da puta!”

Uma ventania se formou ao redor de Anton. Ele parecia o epicentro de um tornado. Folhas, galhos, poeira, pedras, tudo voejava em volta dele.

— Vamos sair daqui! — disse Lumia pegando na mão de Leona — Se ficarmos seremos atingidas!

Leona olhou nos olhos de Lumia e depois olhou para Colin. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha. Pelo olhar, ela entendeu que Colin não desviaria daquilo. Ele receberia tudo diretamente, já que seria o modo de Colin avaliar o quanto seu próprio corpo resistiria ao receber um canhão Galick de um usuário do vácuo de nível 8 a queima-roupa.

— Leona! — berrou Lumia segurando o cabelo que balançava sem parar — Vamos sair daqui!

— T-Tá!

As duas se afastaram o mais rápido possível.

Anton e Colin partilhavam o mesmo sorriso bizarro por motivos diferentes. Colin sorria por receber aquele golpe e Anton sorria ao perceber que Colin não desviaria.

Toda magia de Anton estava sendo colocada naquele golpe, e a reserva de magia dele era quase cinco vezes maior que a de Colin.

Receber um golpe direto como aquele era de uma imprudência colossal, mas Colin estava excitado demais com a ideia para que sua mente funcionasse direito.

Os próximos segundos definiriam o resultado daquela batalha que ocorreu mais rápido do que Anton previu.

Colin esticou as duas mãos e esperou aquele poder chegar.

“Tentará parar com as mãos?” Pensou Anton mal se contendo de felicidade “Pode dizer adeus a esses braços!”

O ar em volta do campo de batalha ficou denso.

Brighid, que estava distante do campo de batalha, pôde sentir um arrepio na espinha.

Anton esticou os braços mantendo uma expressão caricata de felicidade. Ele parecia estar em êxtase.

O ar zuniu e, em vez de um poder avassalador que varreria toda floresta como um rolo compressor, Anton se concentrou e aprimorou sua técnica a um ponto que nem mesmo ele esperava chegar.

Aquele poder não tinha forma definida, mas era possível identificá-lo pela distorção que ele causava no ar, uma distorção na forma de orbe com trinta centímetros de diâmetro.

Após disparado, toda árvore próxima atrás de Anton fora arrancada, não importava o quão atrelada suas raízes estivessem ao solo.

As veias do braço de Anton estavam saltando para fora, quase explodindo.

“Aí vem ele!” Colin concentrou todos os seus 35 mil pontos de mana para reforçar seu corpo. Já que Anton estava usando toda mana dele em um ataque absoluto, Colin usaria toda sua mana em uma defesa absoluta.

À medida que aquele poder avassalador se aproximava, Colin sentia um calor infernal, e então, o poder veio.

BaaamShhhh!

Colin segurou bem o primeiro impacto, derrapando alguns centímetros, mas aquele poder continuava, como uma cachoeira aberta cuja pressão da água ficava mais forte a cada segundo.

Com Colin bloqueando grande parte, o poder de Anton vazou pelos flancos de Colin, destruindo tudo que tocava.

Usuários da árvore do vácuo eram chamados assim porque seus poderes se resumiam em destruir matéria, mas não era algo que eles conseguiam realizar com perfeição.

O vácuo ideal seria algo onde não existisse a presença de matéria, como moléculas, átomos, prótons, elétrons ou nêutrons. No entanto, não existe nenhuma região no Universo que apresente vácuo perfeito, já que haverá sempre átomos e outras partículas ocupando o espaço. Portanto, não existe espaço vazio, ou seja, o vácuo é parcial, mas essa regra não se aplicava a Monarcas do vácuo.

A sorte de Colin, era que Anton ainda não era um Monarca, do contrário, não só os braços de Colin seriam obliterados, como também ele próprio.

Toda plateia que vislumbrava aquele combate, estava sem palavras. Algumas pessoas até prendiam a respiração pela tensão que pairava o ar.

— Ahhhhh! — berrava Anton, e as veias de seus braços e têmpora inchavam ainda mais.

A carne das palmas da mão de Colin fora dilacerada, e os músculos foram os próximos. Nem mesmo sua armadura natural somada a magias para reforçar seu corpo estava conseguindo bloquear aquilo.

Colin derrapou mais alguns centímetros. O poder de Anton parecia não ter fim.

Pela primeira vez desde Thaz’geth, Colin forçou seu corpo, a ponto de todas as veias de seu braço saltarem. Os olhos dele ficaram brancos e o nariz começou a sangrar.

A plateia não conseguia nem piscar.

Depois de quase trinta segundos segurando com as mãos nuas aquela rajada intensa, Colin estava chegando ao seu limite. Faltava pouco para suas mãos serem dilaceradas, mas seu oponente também estava chegando ao limite.

O corpo atlético de Anton começou a murchar, e sua onda avassaladora perdeu forças pouco a pouco, até sucumbir de vez.

Rumble! Rumble!

A poeira subiu, e pequenos fragmentos de terra caíram como chuva. Tudo atrás de Colin estava completamente destruído por quase um quilômetro a fio.

Colin abaixou os braços, que por sorte não haviam sido completamente destruídos. Um sorriso sínico estava estampado em seu rosto.

Aquilo foi ainda melhor do que ele esperava.

Anton mal conseguia manter os dois olhos abertos. Ele arfava pesadamente, puxando todo ar para seus pulmões.

Após ver que Colin ainda estava de pé, foi a vez de Anton abrir um sorriso bizarro. Ele se concentrou e respirou fundo.

— Filho da puta, você é feito do quê?

Colin caminhou até Anton a passos lentos, até ficar ante a ele.

— Você perdeu, Anton.

— Isso nos deixa empatados, uma vitória para cada.

Paf!

Exausto, Anton caiu de bunda no chão e esticou as pernas.

— Ouvi dizer que consegue absorver poderes — disse ele mantendo os olhos em Colin — Por que não absorveu o meu ataque?

Colin deu de ombros.

— Não teria sido um confronto entre dois homens se eu utilizasse essa artimanha. Teria sido fácil, não concorda?

Anton abriu um sorriso e fez que sim com a cabeça.

— Senhor! — Lumia se aproximou para perto de seu mestre.

— Suas mãos! — exclamou Leona ao ver que as mãos de Colin não paravam de sangrar.

— Estou bem! — disseram os dois em simultâneo.

Lumia passou o braço de Anton pelo ombro dela e o ergueu.

— Foi uma boa luta — disse Anton com a mão apoiada no pingente — Da próxima vez meu canhão Galick estará dez vezes mais poderoso.

Colin abriu um sorriso de canto.

— Da próxima vez pararei seu ataque com uma única mão.

— Hehehe vai sonhando!

Vush!

Brighid havia aparecido no campo de batalha.

Os olhos dela correram pelo local que tinha se transformado em um deserto com erosões. Brighid olhou para Anton e depois concentrou seu olhar em Colin e no estado que ele estava.

Ela sentiu um aperto no peito.

A última vez que ela viu Colin em um estado tão crítico, ele acabou ficando em coma por vários dias.

O semblante angelical dela mudou para um de ódio quase demoníaco. Uma pressão diabólica pairou sob aquele campo de batalha.

Foi como se toda corrupção do abismo tivesse transbordado de uma única vez. Brighid emitia uma energia que diferia totalmente do que ela era, e todos eles sentiram aquilo nos ossos.

— Foi ele quem fez isso? — indagou Brighid esticando o braço em direção a Anton. Os olhos dela diziam que um massacre estava prestes a acontecer.

Até mesmo Colin, que convivia com Brighid, ficou assustado. Era a primeira vez que ele sentia algo assim vindo dela.

Anton e Lumia se sentiram minúsculos, como se fossem míseras formigas em cima da palma da mão de um titã.

As pernas de Lumia bambearam e ela caiu de joelhos junto a Anton. Seus instintos diziam que aquela mulher era um predador impossível de matar. Até tentar fugir era algo inútil.

“Essa mulher não é a mesma de um ano atrás” pensou Anton engolindo o seco “É imensurável a diferença de nível entre nós.” Anton baixou a cabeça e apoiou a testa no chão “Nunca me senti tão insignificante diante de outra pessoa como agora. É isso que os religiosos querem dizer quando se sentem insignificantes perante Deus?”

— Espera, Brighid… — disse Colin um pouco receoso.

Ela abaixou as mãos e olhou no fundo dos olhos de Colin.

Encarar uma Brighid sedenta por sangue diretamente nos olhos era uma experiência no mínimo aterrorizante. Colin engoliu o seco e um suor seco escorreu por sua têmpora.

“Eu havia me esquecido” Pensou ele “Brighid é gentil, mas ela continua sendo uma das apóstolas de Drez’gan…”

— Foi culpa minha — disse Colin engolindo o seco mais uma vez — Eu queria enfrentar Anton de igual para igual.

Brighid foi até Colin e pegou nas mãos dele.

As mãos de Colin foram curadas por uma luz amarela. Ela estava brava, porque mais uma vez Colin se jogou em uma situação de extremo perigo sem considerar as consequências de suas ações.

Da última vez que Colin acabou em coma, ela passou dias, preocupada, e agora, que o amava mais que nunca, ela não queria sentir aquilo nunca mais.

— Brighid…

— Nem tente se explicar, não quero ouvir suas desculpas.

Colin suspirou.

“Melhor não a provocar…”

Brighid caminhou até Anton e ficou ante a ele. Anton começou a soar frio e fechou os olhos, esperando o golpe fatal chegar. Brighid apoiou a mão em sua cabeça e Anton sentiu como se a mão de um titã fosse esmagá-lo.

“Deus veio ceifar minha vida! Merda!”

Pouco a pouco, Anton sentiu um bem-estar percorrer o seu corpo. Ele não esperava que morrer fosse tão bom. Quando olhou para cima, cruzou olhares com Brighid. Ela havia o curado.

Brighid se levantou e Anton ficou de joelhos a encarando.

Foi ali que ele começou a enxergar Brighid como uma espécie de divindade que havia lhe dado uma segunda chance. Anton não era um homem religioso, mas os últimos minutos fizeram sua concepção de mundo mudar radicalmente.

Ele apoiou a testa no chão mais uma vez.

— Obrigado por me poupar, minha senhora! Juro que farei valer essa segunda vida que me deu!

Brighid achou aquela conversa estranha, mas resolveu ignorar. Ela esticou a mão em direção a Anton.

— Pode me entregar o pingente?

— Claro!

De joelhos, Anton arrancou o pingente do pescoço colocando na mão dela. Segundos depois, ele e Lumia desapareceram.

Brighid foi até Colin e entregou o pingente na mão dele.

— Elhad matou um Wyvern ancião, vamos voltar e subir para o quarto nível.

— Claro…

Brighid virou as costas e Leona foi até Colin, entregando-lhe suas roupas.

— Se eu fosse você resolveria as coisas, nunca vi senhorita Brighid assim.

Colin suspirou, calçou suas botas e vestiu a camisa. Voltou os anéis para os dedos e deu um pique para alcançar Brighid.

Ela encarou Colin de canto e se manteve em silêncio.

— Acredito ser minha vez de pedir desculpa — disse ele.

Ela continuou emburrada e em silêncio.

— Eu tinha que enfrentá-lo daquele jeito, Anton era o único cara que me derrotou até hoje. Foi uma batalha entre dois homens, você não entenderia.

Brighid resolveu quebrar o silêncio.

— Batalhas entre “dois homens” significa se baterem até um morrer?

— Não exatamente — Colin entrelaçou os dedos atrás da cabeça — Anton era um fantasma do meu passado. Derrotá-lo tirou um peso enorme das minhas costas. Consegui vencer o único homem que já me derrotou. Não tiro sua razão para estar brava, mas eu não me arrependo do que fiz.

Brighid achou que estava pegando muito no pé de Colin, mas ela precisava dele inteiro. Ela queria se concentrar em cuidar somente das crianças, e o papel de Colin era cuidar dela em um momento de fragilidade, não o contrário.

Colin abriu um sorriso de canto e se abaixou, fazendo cócegas na cintura de Brighid. Ela não estava esperando por isso.

— Para! — Ela não queria rir, mas não conseguiu segurar. — Para com isso, Colin!

Colin não parou, e Brighid riu tanto até que começou a lacrimejar pelos cantos dos olhos, então Colin parou.

— Você devia gargalhar mais — disse ele enfiando as mãos nos bolsos — Sua risada é gostosa de ouvir.

Ela limpou as lágrimas do canto dos olhos com o indicador.

— Eu quase bati em você para parar.

— Então você me desculpa?

— Eu ainda estou brava, mas desculpo você. A partir de agora andaremos juntos até o final desse torneio.

— Virará minha babá?

— Você tá bem grandinho para ter uma babá.

Colin tirou as mãos do bolso e passou pelo ombro de Brighid, a trazendo para mais perto.

— Te ver brava assim me deixou com vontade de fazer uma coisa.

Brighid ergueu uma das sobrancelhas.

— O quê?

Colin cochichou algo no ouvido dela e Brighid ficou toda vermelha.

— A Leona está ali e tem pessoas nos assistindo, nós não faremos isso!

— Ficou maluca? É claro que não faremos isso aqui! Quero dizer quando terminarmos esse torneio. Só fica com essa raiva de mim até lá, pode ser?

Brighid fez beicinho.

— Você continua com esses pedidos esquisitos…

— Não se preocupa, as pessoas fazem isso com frequência.

— Sei…

A plateia ainda estava atônita com o combate de Colin e Anton, mas os usuários mais habilidosos de magia estavam intrigados com outra coisa.

UltanLeerstrom e outros membros do lótus estavam soando frio. Eles conseguiram sentir a mesma coisa que Anton sentiu. Ultan estava acostumado a ser um poder avassalador entre os seus soldados, mas o que sentiu foi diferente. O imperador ficou intrigado que alguém como Colin conseguia manter uma criatura como Brighid na coleira.

Mais afastados, Var’on e Ehocne também soavam frio. A sensibilidade mágica de caídos era bem alta.

— Você sentiu, não sentiu, Ehocne? — indagou Var’on tremendo de medo — Aquela mulher é perigosa, muito perigosa!

Ehocne engoliu o seco.

— Não dá para lutar contra Graff e ela ao mesmo tempo, o que nós faremos?

— Não temos muitas opções, mesmo que Bledha não concorde, precisamos de todos os caídos!

Ehocne assentiu.

— Irei buscá-los imediatamente!

— Faça isso, a invasão começará em breve.

A errante se retirou de imediato e Var’on permaneceu ali, perdido em seus próprios pensamentos.

“Eu senti, senti a mana do abismo nela! Mas… não era uma mana qualquer, será que… é ela a pessoa que Drez’gan enviou para esse plano? Se for, as coisas se complicam, e muito!” 

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Olá, eu sou o Stuart Graciano!

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