Selecione o tipo de erro abaixo

No palácio, ouviam-se explosões e gritarias, enquanto fora dele, as pessoas se escondiam como podiam em suas casas, caindo aos pedaços. Apressados, guardas subiram as escadas do albergue onde Colin e suas companheiras estavam hospedados.

Os guardas cruzaram olhares e assentiram.

No momento que um deles ergueu a espada para partir a porta ao meio, uma estaca de gelo a destruiu, empalando três guardas no processo.

— Estamos sob ataque! — urrou um dos guardas.

Scrash!

O gelo estilhaçou e Alunys saiu lá de dentro. Ela ergueu a mão na direção dos guardas que estavam apertados no corredor e os estilhaços foram na direção deles como chuva, transpassando todos os oito guardas no corredor estreito.

Ainda havia mais guardas subindo as escadas.

Foi a vez de Leona avançar.

Apoiando os pés na parede, Leona seguiu em zigue-zague pelo corredor, decapitando todos pelo caminho.

Seu corpo pequeno a dava certa vantagem, permitindo maior flexibilidade e agilidade.

— Os magos! — berrou um dos guardas deixando o estabelecimento às pressas — Chamem os magos!

Do lado de fora, em cima dos prédios, usuários de magia estavam com seus braços erguidos, apontados para o albergue. Frente a eles, enormes bolas de fogo ganhavam forma.

— Disparem!

Antes de dispararem, um círculo mágico apareceu abaixo dos magos e eles foram congelados instantaneamente. Os guardas encararam aquilo sem esperança, já que os magos eram sua melhor chance.

— Vamos fugir! — um dos guardas largou a espada — Os carniceiros são fortes demais! Salvem suas vidas!

Leona deixou o albergue e abriu um sorriso de canto conjurando adagas elétricas nas mãos. A mesma sensação de excitação que Colin sentia, ela sentia igual. Concentrou mana nas pernas e avançou, matando todos pelo caminho.

— Vocês não vão fugir!

Um flash azul-celeste costurou tudo entorno, indo de guarda em guarda, os rasgando sem a menor piedade. Em menos de vinte segundos, mais de quarenta guardas estavam mortos, a maioria fora decapitada.

Assim que terminou, parou no meio da rua e exibiu seu sorriso de caninos pontiagudos.

Suas três caudas não paravam de balançar.

Alunys suspirou ao ver toda a cena. Leona era bem parecida com Colin em algumas coisas, ambos eram impulsivos, explosivos e gostavam de exagerar.

— Vamos, Alunys! Mestre Colin deve estar no palácio!

A Elfa abanou as mãos.

— Pode ir, estou logo atrás.

Leona lambeu os beiços e dobrou os joelhos, avançando pela rua num estrondo de um trovão.

Cabrum!

Colin não precisaria de ajuda, muito menos Leona, então, a Elfa decidiu ficar ali, esperando até toda aquela confusão passar.

No palácio, os canhões eram destruídos por Colin sem muito esforço. O errante saltava de torre em torre onde os canhões estavam localizados e os destruía somente cortando-os. Sua força bruta era tamanha, que o canhão com quase quinze centímetros de espessura de ferro bruto era cortado como manteiga.

Apesar de não possuir magia, o físico de Colin estava a ponto de atingir o seu ápice. O errante ainda não era um monarca da pujança, mas atualmente seu corpo era superior ao de um.

— Atirem! — Os canhões lá em baixo miraram na torre em que Colin estava e dispararam incessantemente em sua direção.

Sting! Sting! Sting!

Antes das balas de canhão o atingirem, Colin as partiu ao meio, fazendo-os explodir ao longe.

Boom! Boom! Boom!

Seus sentidos estavam tão afiados, que superavam a magia de análise de nível intermediário.

— Merda! — berrou o duque — Matem esse desgraçado, matem logo!

Colin saltou para outra torre, e mais outra, chegando perto o suficiente do duque e daqueles que o cercavam.

— Senhor! — chamou um guarda — Temos que recuar, não dá para vencer esse homem, precisamos de reforços!

— Então tragam reforços, droga!

— Senhor, já chamamos todos os guardas que atuam no ducado!

O duque engoliu o seco.

— Os magos, onde estão os magos!

Colin virou a cabeça e viu uma gigantesca bola de fogo indo em sua direção. Ele apenas ergueu o braço direito e absorveu aquelas chamas.

Todo fio de esperança que eles tinham se esvaiu, mas o duque jamais retrocederia numa decisão.

— Magos! Façam algo, rápido!

Novamente, os magos começaram a se concentrar, mas um flash celeste avançou até os magos que estavam em cima de torres mais afastadas.

Crash! Crash! Crash!

Leona seguiu os decapitando, mas antes, decepava suas mãos. Num piscar de olhos, os magos caiam um a um, diminuindo drasticamente o poderio militar do duque.

— Merda! — O duque começou a empurrar seus homens na direção do monstro que estava metros à frente — Acabem com ele! Vocês são pagos para que, cretinos?

Tremendo de medo, vários guardas avançaram na direção de Colin, mas logo eram subjugados. Ao invés de decapitar seus oponentes, Colin os partiu ao meio como se fossem papéis, fazendo a moral dos soldados despencar.

Muitos largaram as espadas após presenciar as cenas, os canhões ficaram vazios e os magos restantes ajoelharam erguendo as mãos em rendição.

O duque encarou a cena incrédulo.

— O que pensam que estão fazendo?! Acabem com ele!

— Nós nos rendemos! — disse um soldado.

Leona ficou ali parada esperando alguma ordem de Colin.

— Se rendem? — indagou o duque furioso — Seus merdas! Vocês me pagam, ouviram? Me pagam!

— Peguem suas espadas. — disse Colin os encarando com olhos sinistros — Dei a vocês a chance para se render lá dentro, e vocês não agarraram essa chance. Agora é tarde demais. Ao menos morram como guerreiros.

Os guardas começaram a tremer.

— S-Senhor… nós nos rendemos!

— Eu ouvi, mas não aceitarei a rendição de vocês. Não deixarei nenhum de vocês vivo, então é melhor que continuem lutando.

Os guardas continuaram quietos cruzando olhares.

— Leona! — chamou Colin — Mate todos os guardas, mas poupe os servos.

A pandoriana apoiou a mão na cabeça, fazendo o sinal de sentido.

— Como quiser, mestre!

Leona não perdeu tempo e avançou na direção dos soldados, decapitando até mesmo aqueles que estavam desarmados.

Não havia tantos soldados, e pouco a pouco eles foram sendo eliminados. A maioria havia tentado ferir Colin sem sucesso, até que minutos depois, não havia sobrado mais ninguém. Todos os mais de trinta canhões estavam destruídos, as quinze torres que cercavam o palácio vieram a baixo, os mais de 200 guardas que protegiam o ducado, estavam mortos, e o duque estava no chão, morrendo de medo de Colin.

Ele se arrastava para trás, enquanto Colin se aproximava lentamente.

— V-Vamos negociar, senhor Colin! Te dou 30% do meu ducado, n-não, te dou 70%, o que me diz?

— Adeus, duque.

Swin!

A cabeça dele foi arrancada.

Não se ouviu mais nada por minutos inteiros.

A calmaria fez os habitantes deixarem suas casas e se depararem com o rio de sangue que escorria na soleira de seu lar.

Parte dos cidadãos golfou, a outra parte já estava acostumada com cenários como aquele. Ninguém sabia do porquê o carniceiro Colin havia feito aquilo. Parte da população achou maravilhoso, a outra parte se enfureceu, afinal, eles pagavam seus impostos para terem proteção.

Com a guarda do ducado dizimada, que proteção teriam contra os invasores externos?

O ducado não era populoso, tendo o número de habitantes beirando os 500.

A rua principal estava lotada.

Colin caminhou até a multidão carregando a cabeça do duque e a jogou em meio a lama.

Todos eles estavam em silêncio esperando Colin dizer algo.

Alunys e Leona estavam em cima dos telhados encarando o seu líder. A Elfa tentava imaginar o que havia acontecido na reunião para que seu companheiro tomasse medidas tão drásticas, mas ela confiava nas decisões dele. Colin as manteve seguras todo esse tempo, ele sempre tinha um plano.

Colin apontou para a cabeça do duque.

— Esse homem explorava vocês. Seus guardas engordavam enquanto vocês emagreciam. Ele dormia em uma cama quente enquanto vocês dormiam no chão gelado. Eles gastavam o dinheiro de vocês como bem-queriam, enquanto vocês, se não pagassem, tinham até mesmo que oferecer suas filhas ou esposas a esses porcos, tudo isso por proteção? — Colin fez uma pausa e olhou nos olhos de cada um daqueles entorno — Vocês não têm mais proteção, matei todo guarda desse lugar! — Ele abriu os braços e abriu um sorriso maléfico — Tudo que se sujeitaram a fazer para o duque foi inútil, as humilhações, as noites sem dormir, tudo isso foi pelo ralo. Se alguém quiser se vingar, eu estou bem aqui, mas claro, vocês não farão nada, são covardes demais para isso.

Parte da população daquele lugar estava se revoltando.

— Quem você pensa que é para falar assim conosco! — Berrou um velho.

— Isso mesmo, você é um estrangeiro, um Elfo Negro desgraçado! Não sabe nada sobre nós!

Um burburinho se iniciou naquele lugar.

Alguns estavam revoltados, outros, tiveram uma reflexão introspectiva sobre si mesmos, decepcionados com tudo que abdicaram para ter um pouco de proteção, enojados com o quão baixo chegaram para manter-se a salvo.

— O que você propõe? — Indagou um homem de meia-idade — Você nos acusa de sermos covardes, mas o que você propõe? Nem todos são tão fortes quanto você, senhor…

— Isso! Quer que a gente se defenda como?! Nosso ducado é pequeno, a maioria de nós empunha enxadas ao invés de espadas!

— Você nos condenou! — esbravejou outro homem — Vilas de mercenários devem estar marchando para cá nesse exato momento para nos massacrar!

Colin abriu um sorriso de canto e assentiu.

— Se querem um trabalho bem feito, então é melhor que façam vocês mesmos. Proponho um acordo, entre mim e vocês.

— Que acordo? — indagou uma voz ao fundo.

— Ensinarei magia aos homens e mulheres que estiverem interessados, ensinarei vocês a matar, expandirei esse ducado e vocês poderão arar terras férteis! — Colin dizia tudo aquilo com uma empolgação fervorosa — Estarão protegidos de monstros, criarei rotas seguras de viagem, poderemos negociar com outros ducados livremente, vocês viverão com dignidade! Nem os habitantes da extinta Ultan viveram dessa forma!

Colin chegou mais perto da população que não recuou.

— Não fiz isso para arruinar vocês, fiz isso para salvá-los. — Ele apontou para um homem que estava de mãos dadas com seu filho pequeno — Não quer ter força o suficiente para proteger seu filho? — Vocês! — Apontou para um casal — Não querem ser fortes o suficiente para protegerem um ao outro e os filhos que os deuses abençoarão? O duque escravizou vocês, eu estou os libertando. Claro, haverá aqueles que relutarão, mas experimentem a liberdade e me agradecerão em semanas.

Ele se aproximou para mais perto da multidão. Seu jeito inflado de falar, sua voz poderosa, seus músculos, sua altura, e a destruição que ele causou, tudo isso fez os aldeões o verem como um homem forte e viril, o tipo de homem que a maioria deles seguiria. Talvez estivessem enfeitiçados pelas palavras reconfortantes daquele homem, mas nenhum deles sentia que o que ele dizia era mentira, nem mesmo aqueles mais céticos.

— O senhor disse que vai ensinar a nos proteger, mas…

— Não ensinarei vocês a se proteger, ensinarei vocês a matar. Serão vocês que decidirão o que fazer com esse ensinamento.

Eles estavam quase convencidos, mas havia uma questão mais importante a ser tratada.

— Senhor Elfo! — disse um homem barbudo — Até que a gente aprenda a matar, ainda estaremos desprotegidos, e o cheiro de sangue é forte, deve atrair seres até aqui e não há ninguém para nos defender… não poderemos nem ao menos sair para comercializar com vilas vizinhas durante alguns dias.

— Minhas companheiras farão a escolta daqueles que quiserem comercializar com vilarejos vizinhos, enquanto ficarei aqui e protegerei todos vocês.

Uma senhora com rugas bastante generosas na testa ergueu a mão trêmula.

— Senhor Elfo… — Sua voz era rouca e abafada — Todos agradecemos o que está disposto a fazer, mas qual o seu preço? Acredito que não está fazendo tudo isso de graça, está?

Colin fez que não com a cabeça.

— A única coisa que quero de vocês é a lealdade. Sou um homem generoso, senhora, se jurarem lealdade a mim perante os deuses de vocês, os protegerei com minha vida. Porém, se quebrarem seu voto, os matarei, matarei seus cônjuges, seus filhos, farei toda sua linhagem ser expurgada da noite pro dia. — Ele abriu os braços e olhou ao redor — Vejam tudo que fiz, a guarda da cidade sequer me arranhou, eram fracos demais, até mesmo seus magos eram patéticos. Sou poderoso o suficiente para proteger vocês.

As pessoas cruzaram olhares e Colin continuou.

— Sobrevivi a invasão de Ultan, enfrentei gente poderosa, passei meses do lado de fora dos muros e ainda continuo vivo. Me esforçarei para dar uma vida digna aqueles de decidirem me seguir, e levarei a morte e a dor aqueles que ousarem apontar espadas contra vocês. Sei que pode parecer estranho, mas confiem em mim. Dou a minha palavra.

Alguns estavam convencidos, outros ainda continuavam relutantes. Se Colin fosse feri-los, já teria feito. Eles não tinham mais nada, não havia muito a ser feito a não ser confiar nas palavras daquele homem.

Ao menos Colin tinha a postura de um líder e se parecia com um. A população resolveu dar a ele uma chance. A maioria fora convencida somente pela demonstração de força, uma maioria que queria viver em paz e em segurança.

Um dos homens deu um passo à frente e bateu a mão no peito.

— Senhor carniceiro, juro que estarei contigo daqui até minha morte!

Outros três homens fizeram o mesmo. Logo mais pessoas fizeram, até que todos ao redor haviam feito o mesmo gesto. Colin havia convencido até os mais céticos.

— Ótimo! — Colin segurou a mão de um soldado decapitado — Ajudem-me a levar todos os corpos para fora do ducado. Ascenderemos uma pira e os queimaremos.

— Sim senhor!

As portas do ducado foram abertas e os corpos e cabeças foram arrastados para fora um a um.


Levaram algumas horas até que conseguissem limpar tudo. Os cidadãos limpavam o sangue do palácio em ruínas e toda víscera espalhada entorno do ducado.

Colin estava dentro de uma choupana conversando com dois servos do duque. Eles serviam como conselheiros ao antigo regente, então estavam por dentro de tudo que estava acontecendo.

Um dos conselheiros era careca com cavanhaque, enquanto o outro tinha longos cabelos ruivos. Os dois homens disseram que o duque tinha trégua com vilas de mercenários vizinhos. O alto preço dos impostos era principalmente para que os mercenários não atacassem o ducado.

Agora com Colin no comando, as coisas se complicariam. O novo regente retirou o tributo por proteção, consequentemente o acordo com os mercenários foi quebrado.

Haviam altas chances de os agoureiros invadirem as terras do duque e as reivindicasse com a pretensão de formar uma vila própria e, quem sabe, fundar uma cidade.

O novo regente tinha árduos desafios pela frente.

Além de resolver pendências com vilas vizinhas, ele teria que tratar de invasores praticamente sozinho enquanto seu povo se fortalece.

— Basicamente é isso, senhor. — disse Cronius, o ruivo — Caso queira, posso tentar marcar uma reunião com as vilas de mercenários próximas.

— E por que eu faria isso? — indagou Colin, os encarando — Esse era o problema do duque, fazia acordos e acordos para no fim não sair do lugar. Nós não fazemos acordos, Cronius, não com gente inferior a nós. Se quiserem nos enfrentar, então que tentem, acabarão como Otto e seus homens.

Belani, o careca, pigarreou.

— Senhor, o duque tinha acordos estreitos com o pontífice Alexander, acredito que seja melhor tentar um acordo…

— Quem é Alexander?

— O sumo sacerdote representante da igreja de Tithorea na região. Ele detém o maior número de terras no centro-leste, e há boatos que os agoureiros trabalham direto para ele. Ele também tem sua própria guarda de elite e há centenas de mercenários em sua folha de pagamento.

Colin assentiu.

— Ele parece problemático. Quem é o segundo com o maior número de terras no Centro-Leste?

Eles se entreolharam.

— A regente, Ayla, senhor… — respondeu o careca — É filha de um conde que deixou muitas terras para ela, mas não é só isso, dizem que ela é uma boa estrategista. A única dos três grandes do centro-leste que não usa mercenários, somente o próprio exército coordenado exclusivamente por ela.

— E que tipo de acordos ela tem com o pontífice?

— Um acordo de paz, senhor. Nenhum dos dois se aproxima do território do outro para não estourar uma guerra.

— Entendi… Otto me falou dela. Conseguem marcar uma reunião com ela para mim?

— Senhor… Ayla não é uma mulher confiável. — disse o ruivo.

— Há boatos de que ela envenenou o próprio pai para assumir as terras. — Completou o careca.

Eram argumentos válidos, mas se o pontífice tivesse tanto poder como especulavam, então havia grandes chances de que assim que tomasse as terras que pertenciam ao duque, ele também avançaria contra Ayla, assumindo todo centro-leste.

Ela era sua melhor chance justamente por parecer superior a ele.

— Marquem uma reunião com ela, digam que quero propor um acordo.

Ambos engoliram o seco.

— Senhor… — disse o ruivo — Estou me perguntando porque o senhor assassinou o duque, prometeu o mundo para a população e ainda quer marcar uma reunião com essa mulher perigosa… Quais seus planos para o centro-Leste?

Colin deixou escapar um sorriso.

— O centro-leste é apenas o começo.

— Começo do quê?

— Não deve ser segredo para você que estou atrás da minha esposa. Porém, Otto me fez entender ser mais fácil fazê-la vir até mim, mas não é apenas isso. Os caídos ainda estão por aí, e essas fendas lançaram o continente em um inferno pior do que aquele causado por Ultan. — O Sorriso de Colin alargou-se — Tenho muitos inimigos, alguns tão poderosos que um exército com cinquenta mil homens não bastaria para vencê-los, preciso de bem mais, muito mais. — Ele apontou o indicador para o chão — Meu objetivo é unificar todo continente, começando bem aqui, nesse ducado.

Picture of Olá, eu sou Stuart Graciano!

Olá, eu sou Stuart Graciano!

Comentem e avaliem o capítulo! Se quiser me apoiar de alguma forma, entre em nosso Discord para conversarmos!

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥