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Capítulo 207 – O Covil

Conforme aprofundavam na densa floresta, Leona sentia o cheiro de sangue ficar mais forte à medida que se aproximavam de uma caverna.

Colin sentiu algo nostálgico. Lembrou quando ele, Safira e Brighid foram até a caverna do bakurak, mas não deixou seus sentimentos o atormentarem por tempo demais.

Desceram dos cavalos e os espantou dando tabefes em suas nádegas. Caminharam por boa parte da noite, parando quando o sol havia acabado de nascer.

— Certo, a caverna está há alguns metros à frente, mas não vamos adentrar agora. — Colin ajeitava a manga de sua armadura de couro — Goblins saem a noite para capturar pessoas e retornam de manhã. — Ele apontou para cima — Vamos vigiar das árvores.

Ambas assentiram.

Após dobrar os joelhos, eles saltaram para cima de uma árvore. Alunys conseguia avistar a entrada da caverna com a análise. Observou alguns goblins de pele acinzentada deixarem a entrada arrastando o corpo de uma mulher pelos cabelos e o deixando do lado de fora.

As marcas de feridas eram evidentes.

Seu corpo estava repleto de cortes e seus olhos estavam abertos. Ela não estava viva, mas sua expressão aterrorizante entregou seu real estado em seus últimos momentos.

— Senhor! — disse ela — Os goblins deixaram o corpo de uma mulher do lado de fora. Acho que ela é comida de lobo. — Alunys o encarou — Temos mesmo que esperar os outros goblins retornarem?

— Temos. Assim que eles aparecerem, nós atacamos.

Ela assentiu.

Leona fungou o ar duas vezes.

— Eles estão vindo.

Se comunicando por grunhidos, goblins caminhavam pela mata. Com eles, estavam algumas mulheres com correntes nas mãos e grilhões nos pés. A maioria chorava capciosamente e estavam cheias de hematomas.

Alunys esperou que ficassem abaixo deles e conjurou uma lança de gelo.

Crash!

Uma das lanças empalou um dos goblins, deixando os outros em alerta. Eles olharam para os dois lados tentando encontrar o autor dos ataques, mas Alunys veio de cima, decapitando dois deles com sua espada conjurada de gelo.

Os outros tentaram se recompor contra a Elfa, mas Alunys foi mais rápida, dando cabo de todos eles.

Seus movimentos foram escorregadios e mortais, tais como todos os usuários de Mi chi Chuan eram. Assim que terminou, encarou aquelas mulheres assustadas.

Caminhou até elas, congelou as correntes e as arrebentou.

Crack!

— Escutem! — Alunys apontou para mais ao Leste — Se seguirem nessa direção, irão encontrar uma gruta segura. Acampamos lá. Sejam rápidas e os lobos não as alcançarão.

As mulheres estavam assustadas. A Elfa tinha uma feição gentil. Não correspondia em nada com a ação brutal que executou segundos atrás.

— Vão! — As mulheres correram desesperadas.

— O que deu nela? — indagou Leona sentada no galho no alto da árvore.

Colin deu de ombros e se preparou para saltar.

— Não sei, mas acredito que ela está mais parecida com a gente.

— Com a gente? Eu não sou chata assim!

Ambos saltaram rumo ao chão.

— Tem certeza que é seguro deixá-las sozinhas? — Indagou Colin ao lado de Alunys.

— Tenho. Não é tão longe, elas vão ficar bem. Só não podemos ter ninguém nos atrapalhando. — Alunys se virou, caminhando em direção a caverna.

A entrada estava enfeitada com mulheres e homens empalados em estacas. Alguns já estavam podres, mas um ou outro parecia ter sido colocado ali recentemente.

Alunys assumiu a dianteira, adentrando a caverna a passos lentos. Seus companheiros estavam logo atrás. O ambiente era escuro, e sem magia seria impossível usar a análise para enxergar no escuro. Por sorte haviam tochas mais adiante iluminando o corredor cavernoso.

O corredor tinha uma bifurcação.

Seria imprudente eles se separarem sem saber o que os aguardava mais ao fundo. Alunys olhou bem para a direita e depois para a esquerda. Sua opção seria seguir seus instintos, mas ela viu tochas vindo da esquerda e se escondeu, esperando quem quer que fosse, se aproximar.

Leona tinha o nariz sensível.

O tapou ao sentir um odor horrível.

— Arrg! Goblins fedem tanto assim?

— É o que parece — disse Colin transformando Claymore em uma adaga — É a primeira vez que entro no covil desses monstros.

Para um grupo Tribalista, goblins tinham uma inteligência limitada. Até mesmo a comunicação deles eram por gestos e grunhidos.

Alunys conjurou uma lança de gelo acima da cabeça e ficou parada esperando os goblins darem as caras.

Era um grupo de cinco segurando tochas. Goblins eram acinzentados e tinham o tamanho de uma criança de dez anos. Dois deles tinham cabelo, o restante era careca.

Alguns goblins podiam ter o tamanho de um adulto de grande porte como Colin. A esses, era dado o nome de Alfas.

Normalmente os goblins menores capturavam as mulheres e os Alfas davam início a cópula. Depois que eles terminavam de violar suas vítimas, os goblins menores poderiam aproveitar o resto.

Por sorte não havia nenhum Alfa naquele grupo.

Crash! Crash! Crash!

Alunys fez suas lanças sibilarem no ar.

Acertou três goblins na cabeça e dois na garganta.

Assim que o primeiro foi atingido, nenhum deles se moveu. Depois foi o segundo e o terceiro, só então os outros goblins começaram a correr, mas já era tarde demais.

Caminhando até eles, Alunys desfez suas lanças, transformando o gelo em água.

Colin e Leona cruzaram olhares, mas nada disseram.

Em silêncio, seguiram pelo corredor. Aquele corredor em específico era enorme. Caminharam por quase vinte minutos virando de esquina em esquina. Mataram inúmeros goblins enquanto eram guiados pelo faro de Leona até encontrar uma porta de madeira no final de um estreito corredor.

— Tem muitos cheiros diferentes atrás dessa porta. — disse ela — Não sei dizer se é o cheiro apenas de humanas ou se há goblins também.

— Eu vou na frente. — disse Colin apoiando a mão na maçaneta — Se eles me atacarem não vou me machucar.

Ambas assentiram.

Colin a empurrou devagar e encontrou um punhado de mulheres nuas em um amplo espaço mal iluminado. Fracas tochas iluminavam o local. Num primeiro momento, as mulheres se assustaram com Colin. Pensaram que um dos Alfas havia chegado para levar uma delas, mas assim que se tocaram que ele não era um goblin elas se surpreenderam.

Algumas ficaram aliviadas, outras ficaram com mais medo ainda daquele homem alto e intimidador vestindo uma armadura toda negra.

A maioria delas estava magra, hematomas por todo corpo e sangue saía de suas pernas.

— Onde está o resto do ninho? — Indagou Colin.

— Você veio nos salvar? — perguntou uma das mulheres com a voz rouca.

— Viemos! — disse Alunys — Há mais de vocês?

Uma mulher se levantou com os braços cruzados sobre os seios. O cabelo preto dela estava desgrenhado, e seu corpo tinham hematomas bem chamativos.

— Esse lugar é um labirinto… Tem mais três quartos como estes espalhados por aí, e a segurança deles não é tão alta. — Ela desviou o olhar — Algumas foram levadas por aqueles goblins maiores, mas… não sei se podemos resgatá-las.

— Por que não? — indagou Colin.

— Elas devem estar com os Alfas agora… Eles são maiores que o senhor e mais fortes, são… assustadores.

O pavor no rosto delas era palpável.

— O que faremos? — Indagou Alunys a seus companheiros — Não dá para enfrentar os Alfas, Hobgoblins e Goblins e proteger todas elas ao mesmo tempo. Devemos estar no começo do esconderijo ainda.

Colin apoiou a mão no queixo e assentiu.

— E se a gente se separasse? Não posso usar magia, mas consigo lutar. Alguma dessas mulheres deve saber o caminho até onde os Alfas.

Leona cruzou os braços e fez beicinho.

— O senhor quer ficar com toda diversão, né?

— Elas vão se sentir melhor na presença de vocês do que na minha. Resgatem o resto delas e eu chamarei atenção do ninho todo conforme avanço rumo aos Alfas.

— O ninho todo? — indagou Alunys — Tem ao menos trinta mil goblins ao todo aqui, o senhor não pode usar magia e-

Colin a calou tocando em sua testa com o indicador.

— Fica calma, vou ficar bem. Esqueceu que sou forte?

Ela desviou o olhar.

— O senhor nunca muda… Sempre fica com as partes mais perigosas…

— Claro, sou o responsável por vocês, e eu aguento. Consegui sobreviver a um monarca da pujança e ao meu pai, não sou tão fácil de matar. — Ele abriu um sorriso de canto — São Goblins, não é grande coisa.

Alunys franziu os lábios e assentiu.

— Certo, eu e Leona vamos resgatar o resto delas e levar para o esconderijo para onde enviamos as outras.

— Não! — disse Colin — Marchem de volta para o ducado. Devem conseguir alcançá-lo em algumas horas. Não esperem por mim.

Leona franziu o cenho.

— Francamente, mestre Colin, não se preocupa uma garota assim, sabia?

— Alunys já é uma mulher, e você também. — Ele abriu um sorriso gentil — O pessoal do ducado espera por vocês.

Ambas assentiram e Colin deu um passo à frente em direção as mulheres.

— Preciso que uma de vocês me leve até onde os Alfas estão. Consigo resgatar as outras mulheres se me ajudarem.

Um burburinho começou entre elas. A maioria estava descrente que Colin cumpriria sua palavra, até que a mesma mulher de antes ergueu a mão.

— E-Eu posso ajudar…

As outras se sentiram aliviadas de que alguém havia se disponibilizado.

— Certo! — disse Colin — O resto de vocês podem ir.

Era um grupo de quase trinta mulheres seguindo Alunys e Leona pelo corredor. Devido à maioria estar machucada, seus passos eram lentos e até arrastados.

Colin ficou sozinho naquele cômodo com a mulher que se sentia intimidada com a presença dele.

— Senhor… Melhor irmos também…

— Humpf! — Ele suspirou coçando a nuca.

Após isso, Colin tirou a parte de cima da armadura de couro e tirou a camisa preta que usava por baixo, jogando na direção da mulher.

— Vista isso.

— T-Tá!

As costas de Colin eram de uma definição invejável. Junta a definição haviam inúmeras cicatrizes que ganhou em meio ano. A camisa de Colin era bem larga, cobrindo a garota do pescoço até metade das coxas como um vestido.

Ele trajou sua armadura novamente caminhando em direção a porta.

— Qual o seu nome? — Ela indagou.

— Colin, e o seu?

— Shalya.

Shalya tinha cabelo escuro na altura do ombro, olhos esverdeados e um corpo bem magro com maçãs marcadas no rosto.

— O senhor é um mercenário?

— Já fui, mas atualmente sou um duque, eu acho.

Aquilo a deixou surpresa.

— Um duque que batalha? Nunca vi um duque assim.

— Sempre há uma primeira vez. — Colin fez sinal com a mão para que ela saísse do quarto — Você vai na frente.

— C-Certo.


Ainda caminhando pelo corredor iluminado por tochas, Colin e a garota continuaram em silêncio, ouvindo somente o barulho de seus próprios passos. Ela se abraçou alisando os braços para aquecer-se e o encarou mais uma vez.

Colin a encarou de volta.

— O que foi? — ele perguntou.

Ela abaixou a cabeça.

De certa forma, Shalya esperava que morresse nos próximos minutos. Apesar disso, ela pensou que Colin fosse a última pessoa que conversaria em sua vida.

— Faz duas semanas que estou aqui… Vi os goblins levarem algumas meninas e uma delas foi minha irmã mais nova. — Ela franziu os lábios — Nós do vilarejo juntamos nossas economias e colocamos uma recompensa, mas era uma recompensa bem baixa, até mesmo pra novos mercenários aceitarem. O que a gente podia fazer?

Colin continuou em silêncio, concentrado na história.

— Se passaram os dias, as semanas, e quando vimos havia feito um mês e ninguém apareceu. Me juntei aos rapazes na busca e encontramos a caverna deles…

— É, eu vi os corpos empalados.

Fungando o nariz, ela limpou as lágrimas na borda camisa.

— Quando cheguei… os goblins me levaram para os Alfas e eu… depois fui trancafiada onde você me achou. Foi lá que eu soube que minha irmã tinha…

— Por que está me contando isso?

Ela engoliu o seco.

— Acho que só quero desabafar com alguém antes de morrer… — Ela olhou para trás e depois olhou pra Colin — As meninas já devem estar longe e o senhor percebeu, não percebeu?

Colin havia percebido. Uma horda de goblins os seguia das sombras. Havia um mar de olhos vermelhos na escuridão. Ela só achou estranho o fato de Colin não estar nem um pouco preocupado.

— Tem mais uma coisa que tenho que te contar…

— …

— Há pelo menos cinco dezenas de Alfas pro lugar onde estamos indo. — Ela limpou as lágrimas mais uma vez — De qualquer forma, eu agradeço por ajudar as outras meninas.

Colin continuou em silêncio e parou de caminhar. Eles haviam chegado no fundo da caverna, parando frente a uma grande porta de madeira.

Os Alfas estavam todos atrás daquela porta.

— Shalya, fica perto de mim.

Ela assentiu ficando ao seu lado. Colin estava de olho na porta enquanto a multidão de goblins estava atrás dele.

Claymore se transformou em uma espada enorme, bem diferente do habitual. Ela estava tão grande quanto Colin, e sua lâmina era de ferro maciço.

Colin suspirou, deixando vapor sair de sua boca.

Os olhos de Shalya arregalaram de pavor quando viu o semblante calmo de Colin se transformar radicalmente. Seus olhos amarelos eram assustadores, como se fossem os olhos de uma besta selvagem. Um sorriso diabólico desabrochou naquele semblante e ele avançou, cortando a porta em um único movimento.

Boom!

Avistaram um enorme salão com alguns andares infestados de Alfas e de humanas. Muitas estavam sendo violadas quando Colin adentrou, outras só aguardavam sem esperança sua vez.

— Shalya, vá para o canto.

Ela não retrucou. Naquele átimo, sentiu mais medo de Colin do que de qualquer outra coisa em sua vida. Encostou na parede e sentou-se no chão, encarando seu salvador com a espada apoiada no ombro e com o corpo levemente curvado.

Mesmo deparando com a cena repugnante, Colin não parava de sorrir. Fazia tempo que ele não matava indiscriminadamente. Ver tudo aquilo significava que ele não precisava poupar nenhum goblin.

O resto das mulheres também se assustou, perguntando-se se aquele homem veio ajudar ou era apenas outro monstro.

O primeiro Alfa se aproximou segurando uma espada enorme. Ele estava nu e se parecia bastante com um Orc.

O alfa, de pele acinzentada e feição horrenda, era maior que Colin. Devia ter em torno de dois metros e trinta. Ele era bastante musculoso e tinha os cabelos cumpridos prateados.

Ele fez alguns grunhidos enquanto apontava para a garota encostada na parede. Após gesticular mais um pouco, ele cingiu a enorme espada sobre a cabeça e desceu com tudo.

Vush! Crack!

Colin se moveu pro lado bem rápido. A garota jurou que ele tinha sido cortado ao meio, mas seus olhos a enganaram. O goblin tentou retirar a espada cravada no chão, mas Colin apoiou o pé em cima.

Ele cerrou o punho direito e levou sua mão lá atrás.

Boom!

O Goblin enorme explodiu em mil pedaços, como se fosse atingido por um disparo de canhão a queima-roupa. Até mesmo som daquele golpe foi semelhante ao disparo de um.

As mulheres se assustaram com o carniceiro, mas também ficaram esperançosas, enquanto os Alfas se assustaram com o que viram.

— Vão para o canto com Shalya! — berrou Colin.

Os Alfas não se importaram em ver as mulheres correndo, seus instintos disseram para se concentrarem exclusivamente no homem a sua frente.

Todos eles começaram a berrar e a bater no peito como se fossem tambores precedendo a guerra. Ouvir aquilo era assustador.

Um grupo de quase cinquenta mulheres se amontoaram no canto, e Colin se colocou frente a elas. Com o lugar limpo, ele não precisaria pensar em pegar leve.

Ele dobrou os joelhos e saltou. Com sua espada degolou um dos Alfas e atravessou o abdômen de outro.

Goblins menores também avançaram.

Splash!

Com a parte plana da espada, Colin estourou a cabeça de um grupo de Goblins como se as mesmas fossem balões d’água. Desviou de uma espada e cortou outro Alfa com ao meio.

Slash! Slash! Slash!

O prazer que sentia era algo indescritível.

Com a espada cortou um Alfa ao meio na horizontal. Depois se virou e cortou mais um ao meio na diagonal. Saltou num giro, explodindo a cabeça de outro Alfa com um pontapé.

Mais um Alfa apareceu atrás dele.

— Cuidado! — Berrou Shalya.

Ting! Crack!

No último momento em que ia ser atingido, Colin ergueu o braço livre, segurando a espada. Seus dedos cravaram na lâmina, e ela se quebrou. Pegou um dos cacos que rodopiavam no ar e enfiou no pescoço do Alfa. Apoiou a espada no ombro, segurou aquele Alfa gigante pelo pulso e o girou, forçando seu corpo contra um grupo de Goblins menores, os esmagando.

Crash! Crash! Crash!

Continuou segurando o Alfa pelo pulso e usou o corpo pesado dele pra esmagar dezenas de outros goblins. O balançou tanto de um lado para o outro que o braço do Alfa se desprendeu do corpo.

Colin parecia um animal descontrolado, matando tudo que se movia.

Os goblins não tinham chance.

Alfas começaram a gesticular, apontando para os fundos e berrando. Um grupo deles caminhou até a parede e os Hobgoblins nos andares superiores começaram a recitar um encantamento.

A parede rachou e tremeu.

Bam! Bam! Bam!

Algo parecia se chocar descontroladamente contra a parede.

Os goblins haviam acordado seu bichinho de estimação.

Boom!

A parede foi completamente destruída, e ouviu-se um poderoso rugido. Lentamente, a poeira se dissipou revelando uma criatura lendária, temida por seu poder destrutivo.

Aquilo era um enorme terrasque.

A criatura se parecia com um dinossauro, porém, seu corpo era coberto com uma escama espinhenta. Os espinhos pareciam enormes estacas, sem falar que os braços dianteiros do animal eram só um pouco menores que as pernas traseiras.

O terrasque era avermelhado e exalava um mau cheiro insuportável de podre. Quando acordado, a criatura não voltaria dormir até estar completamente saciada.

Com quase dez metros de altura e vinte de largura, a criatura era um monstro que até mesmo exércitos temiam enfrentar, ainda mais em tempos tão escassos como este. O melhor que Colin tinha a fazer era sair dali o mais rápido possível com as garotas e buscar reforço, mas ele jamais, faria algo assim.

Enquanto a maioria enxergaria a morte certa, Colin enxergou uma chance de testar o quão forte era usando apenas força bruta. Seu único problema seria enfrentar um monstro como aquele e proteger todas aquelas mulheres.

Ele só tinha um único recurso que dependeria exclusivamente de Claymore.

Enquanto o enorme terrasque ainda caminhava sonolento para fora de sua toca, Colin suspirou e apoiou a mão no chão. Um círculo mágico abriu ao seu lado, e dele uma matilha de lobos fora invocada, assim como meia dúzia de manticoras elétricas.

Aquelas criaturas avançaram contra os goblins, os dilacerando como papéis.

— Shalya! — Ele berrou — Você e as garotas, sigam minhas invocações, elas vão levar vocês para a saída e as protegerão!

Ela engoliu o seco e olhou para o terrasque que chegava cada vez mais perto.

— C-Cuidado!

Goblins e Alfas avançaram contra as garotas, mas foram destruídos pelas enormes manticoras e pelos lobos. As garotas haviam escapado, deixando Colin naquele amplo salão com alguns goblins e um colossal terrasque.

— Isso é perfeito! — Colin se preparou para avançar contra a criatura — Farei de você minha próxima invocação!

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Olá, eu sou Stuart Graciano!

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