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Os carniceiros foram muito bem recebidos em Runyra. Seus nomes já estavam cravados no imaginário da população. Seus aliados os viam com bons olhos, e seus inimigos os viam como uma verdadeira ameaça.

Colin havia trago a elite dos carniceiros com ele, e eles foram bastante bajulados, principalmente Alunys. Suas habilidades administrativas foram bem elogiadas, e uma solteira como ela era sinônimo de sucesso. Nobre tentavam convencer a ela que seus filhos ou sobrinhos seriam um bom partido, mas ela sempre negava educadamente.

Até mesmo Lettini, a sádica, recebeu algumas propostas, mas dos comandantes, Falone foi o mais paparicado. Sua aparência era a menos intimidadora, e por ser mais novo, o carniceiro ficou perdido em meio a tantas damas.

Sempre que alguma mulher se aproximava de Dasken, ele fechava o rosto, as afastando. Ele priorizava a paz, e queria cultivá-la a todo custo. Leona estava mais ocupada com o que comer do em conversar, e foi isso que fez. Comia sem parar enquanto Colin conversava com um grupo de nobres que o paparicavam.

Eles adoravam falar como as duas nações prosperariam e diziam que ele era o homem perfeito para sua rainha. Colin falou sobre como pensava em reorganizar o Leste, e os mais velhos viram um pouco de seu antigo rei, Fangil, naquele homem. Colin não era bem o tipo de homem que conquistava a primeira vista, mas ele havia conquistado fama o bastante para que acreditassem e aplaudissem qualquer coisa que ele dissesse.

A cidade estava em festa, um acontecimento importante estava desenrolando com os dois protagonistas do Leste unindo-se através do matrimônio. Ayla adentrou aquele salão luxuoso que ficava no palácio, e parte da atenção se voltou a ela. Os nobres não estavam felizes por ela, mas pela possibilidade de seus bolsos encherem ainda mais.

Rainha Ayla sabia que tudo se tratava de um jogo de interesses, mas estava nisso a tanto tempo que encarava como algo corriqueiro. Ela se aproximou de Colin, entrelaçando seu braço ao dele.

Lentamente o puxou, o afastando dos nobres e caminhando para fora do salão.

— Você me deve uma — disse ela com um sorriso — salvei sua vida daqueles nobres irritantes.

— É, salvou — Colin a olhou de cima a baixo — Abandonou os vestidos?

— Não, mas esse tipo de roupa é a melhor para hoje. Não quer que eu fique pulando por aí de vestido, quer?

Colin ergueu uma das sobrancelhas.

— Tá pensando em fazer o quê?

— Vou te levar pra um jantar.

O carniceiro continuou com sua expressão de dúvida.

— Mas primeiro, vou apresentar você a sua nova casa.

Com seu braço entrelaçado ao dele, Ayla o conduziu até a majestosa cozinha do castelo, apresentou a todos os cozinheiros, lembrando o nome de cada um deles. Eles até ofereceram a Colin um aperitivo ou outro, e o carniceiro experimentou, e falou um pouco sobre a culinária do seu mundo.

Colin parecia uma pessoa intimidadora no início, mas os cozinheiros até que o acharam um homem simpático, desmistificando a ideia de selvagem que tinham. Ayla ficava com um sorriso bobo o vendo conversar, e isso continuou quando eles saíram da cozinha e Colin foi apresentado ao grupo de empregadas do palácio.

Ele foi educado, cortês, falava com todas igualmente e falou um pouco sobre sua experiência, já que as mesmas queriam ouvir da boca do carniceiro sobre as histórias que ouviram de terceiros por aí.

Foi a vez de conhecer os jardineiros, outro grupo de empregadas e os principais guardas responsáveis pela segurança do castelo. O carniceiro foi o mais solícito possível com todos eles. Conversou por tanto tempo que não viu as horas passarem.  Era a primeira vez que Ayla via sorriso desabrochar no rosto dele de maneira tão natural.

Com todos no palácio devidamente apresentados, foi a vez de vagarem pelas ruas. As pessoas cercaram aqueles dois, cumprimentando Colin com um sorriso no olhar. O carniceiro havia se tornado uma lenda. Com sua ajuda e a de seus homens, centenas foram salvos na invasão Orc, e o território hostil havia sido pacificado.

A capital de Runyra nunca esteve tão agitada.

As pessoas sentiam ser o começo de uma nova era próspera e o fim da estagnação que Runyra se encontrava. O povo apoiava o matrimônio, e viam aqueles dois com bons olhos.

Passaram por tavernas, creches, caminharam pelo comércio e deram a Colin algumas roupas de presente, assim como joias e bijuterias. O errante estava acostumado a ser assediado desde que assumiu o ducado, mas não como o povo de Runyra fazia. A bandeira dos carniceiros já era vista com abundância.

Após quase três horas conversando com todo tipo de gente, retornaram para o palácio. Os carniceiros foram agraciados com um lindo jantar, mas Ayla conduziu Colin para um lugar diferente.

Subiram as escadas circulares de uma torre e foram para o terraço de uma das torres. Aquele era o ponto mais alto do palácio. O céu noturno estava belo, repleto de estrelas acompanhadas pela enorme rachadura que ia quase de ponta a outra naquele infinito.

Havia uma mesa redonda no fundo, com duas cadeiras. Ayla se desvencilhou de Colin e foi para a cadeira. O errante deu de ombros e fez o mesmo. Do fundo, um dos servos trouxe prato, talheres, e uma bandeja com frango assado. Trouxe também duas taças e o melhor e mais caro vinho do continente.

Colin não se importou com talheres ou prato. Retirou logo a coxa do frango e começou a comer, sentindo um sabor agradável que só um frango assado proporcionava. Ayla não se importava com ele se comportando como selvagem. Cortou um pedaço do frango com a faca, e levou o garfo a boca com a mesma classe de uma aristocrata. Bebeu um pouco do vinho e limpou os lábios com um lenço.

— Qual o motivo disso? — indagou Colin de boca cheia.

— A gente vai se casar, quero te conhecer melhor antes de… você sabe… — Ela partiu o frango — Você sabe mais de mim do que sei de você. Ouço as histórias, os mitos, mas queria ouvir da sua boca.

Colin assentiu.

— O que quer saber?

— Suas tatuagens, os símbolos nela, você é um errante, não é? Ouvi falar de vocês, suas características, mas nunca havia feito essa ligação. Depois que me falou sobre seu pai, tudo começou a ficar mais claro. Pensei que estivessem extintos.

Após terminar de mastigar, Colin virou um copo de vinho e arrotou.

— Sim, sou um errante, como o meu pai e minhas irmãs. Minha mãe era a princesa do reino dos Elfos da floresta, mas foi banida por se envolver com meu pai, que era considerado um Elfo negro e por tanto, inimigo de todos.

Ayla ergueu as sobrancelhas. Eram muitas informações sendo despejadas. Ficou sabendo que ele tinha irmãs, mas o que chamou mais sua atenção foi ele dizer que sua mãe era a princesa do reino dos Elfos da floresta.

— Espera… Estudei sobre isso, Celae, não é? A princesa banida… — Seus olhos arregalaram — Você… você é filho dela? Mas… Ela foi banida há séculos e desapareceu completamente da história, então como…

— Como eu disse, meu pai é um errante — Ele encheu a taça novamente — Não sei dos detalhes exatos, mas eles foram para um plano chamado terra, e foi onde nasci. Acabei voltando para esse plano por acaso e o resto você já sabe.

Ela apoiou a mão no queixo e olhou para o lado.

— Você… você tem sangue real? Digo… A rainha Cykna, atual regente do que restou dos Elfos da floresta, é a sua tia?

— Acho que sim — Ele virou a taça de vinho mais uma vez.

— Uau… Colin, isso é incrível! Estamos salvando o nosso povo, você está os libertando, dando a eles um lar, os protegendo, e isso é incrível! Por que não diz a eles? Você tem sangue dos heróis dos Elfos da floresta, devia dizer a eles!

— Ayla, não conte isso a ninguém.

— O quê? Por quê? Seria ótimo se eles soubessem.

— Ainda não é hora, e já sou bajulado o suficiente. Eu somente salvarei os Elfos da floresta por serem o povo da minha mãe. Quando eu anunciar quem sou, todos eles terão que estar aqui, não concorda? Não planejo tirar a coroa da minha tia, mas se isso acontecer, não serei só rei de Runyra, mas dos Elfos da floresta — Ele olhou no fundo dos olhos dela — E você será a rainha deles. Rainha do antigo povo que inventou a magia, não é?

Ayla engoliu o seco e começou a pensar nas possibilidades. Ambos eram mestiços, e se eventualmente se tornassem regentes do povo mais antigo do mundo, entrariam mais uma vez para história, com a possibilidade de devolver a glória daquele povo milenar. Colin sabia que Ayla gostava da sensação de poder, e ele também estava começando a gostar, alimentar o seu desejo por poder se tornou um tipo novo de prazer que ele não queria abdicar.

— Isso… bem… é muito para processar. Por que não me disse tudo isso antes?

— Eu não confiava em você, e você não confiava em mim. Você será minha esposa, e eu o seu marido. Não quero que tenha segredo entre nós, isso vale para as duas partes. Sua vez, o que mais você esconde de mim?

Ela suspirou e assentiu.

— Tenho três pandorianos, divido minha alma com um dragão, um demônio onírico e um ser de outro plano, que está escondido nos esgotos. O dragão fica nas fronteiras de olho na movimentação de Alexander, o demônio vigia a minha corte e o ser extra planar fica quieto, é um pedido dele só o envolver quando necessário…

Colin partiu outra parte do frango com as mãos.

— Tem mais uma coisa que preciso te dizer, há quase dois anos, Safira, minha companheira, teve um tipo de sinal profético ao tocar algo que chamam de Lithium, a árvore que mostra os eventos do mundo. Na visão dela, eu acabava morto, e isso pode acontecer a qualquer momento. Resumindo, eu sou um homem condenado.

O semblante de Ayla exalava dúvida enquanto Colin continuava aproveitando o frango, bebendo o vinho e lambendo até os dedos.

— E-E como pode falar disso com tanta calma?

— Não tem porque fazer alarde, todo mundo morre um dia, alguns antes que os outros — Ele lambeu o dedão — Vão fazer outro frango assim no nosso casamento?

Ayla alisou a testa e tentou organizar suas ideias. Colin era crucial para o alcance das suas ambições, e ouvi-lo afirmar que seus dias estavam chegando ao fim antes do previsto deu um nó em sua cabeça.

— C-Calma o quão assertiva essa previsão profética é?

— Acho que completamente. Aconteceram algumas coisas que legitimam que acontecerá cedo ou tarde, meu palpite é que seja em menos de cinco anos.

— C-Cinco anos? — Ayla olhou para o nada e franziu os lábios. Apoiou as duas mãos na cabeça e os cotovelos na mesa — Mas… e o seu sonho de unificar o continente? Vai simplesmente abandoná-lo? Vai só aceitar a morte precoce por que alguém te disse?

— Ayla, se acalma.

Furiosa, ela apontou o dedo para Colin.

— Esperei minha vida inteira para o que está acontecendo, e você simplesmente me diz que nada vai se realizar, e quer que eu fique calma? Tem ideia do que está pedindo? — Ela relaxou na cadeira, cruzou os braços e olhou para cima — Isso é um desastre…

Colin continuou comendo. Bebeu um pouco do vinho e limpou as mãos nos guardanapos.

— Não é o fim do mundo, ainda temos tempo o suficiente para unificar o continente. Se isso não for possível, pelo menos teremos todo o Leste. Podemos deixar o Leste bem próspero se tivermos acesso ao mar. Runyra ainda se tornará um império.

— Sem você eu não consigo… As pessoas gostam de você, toda essa comoção na capital é por sua causa… Eles veem você como um símbolo de prosperidade, e se você se for, não saberei como reagir… — Ela olhou para o lado enquanto seus olhos enchiam d’água — Porcaria… Por que você me fez… que merda…

Ayla limpou as lágrimas que desciam por suas bochechas. Sua voz começou a ficar engrolada e pela primeira vez em anos ela se viu chorando. Virou o rosto enquanto tentava se segurar, mas não conseguiu. Começou a fungar e a limpar as lágrimas que caíam sem parar.

Colin ficou a observando. Ele não pensou que isso poderia ser tão doloroso para uma mulher como Ayla, já que a conexão deles não era tão forte, ao menos era assim que ele pensava.

— Ayla, você está exagerando…

Ela continuou de costas, fungando enquanto chorava feito uma criança ao se perder do pai no mercado.

— Isso não é justo… — Disse com voz engrolada — Você estragou tudo, eu queria que hoje fosse perfeito, e agora estou chorando por um motivo idiota desse.

“Caramba… Não pensei que ela fosse ficar assim.”

Colin coçou a nuca.

— Ei, não é o fim do mundo. Ainda estarei aqui por algum tempo. Dá pra fazer muita coisa, e não é como se eu fosse te deixar viúva e sem nada. Até esse dia chegar, você terá chegado mais longe do que qualquer um, na história.

— Do que adianta se a única pessoa com que quero compartilhar isso estará morta? — Ela fungou mais duas vezes — Não importa o que essa profecia diz, promete pra mim que não vai se entregar! — Com os olhos cheios d’água, ela franzia o cenho, encarando Colin.

Após cruzar os braços, ele suspirou.

— Eu prometo. Tá mais calma?

— Não!

Ele suspirou novamente.

— Eu não queria te deixar assim, me desculpa.

Ayla limpou o rosto com as costas da mão.

— Idiota… Não chorei nem quando meu pai morreu, e estou chorando por algo que nem aconteceu ainda, que inferno!

Ela não se segurou e começou a chorar capciosamente mais uma vez. Se levantou e foi correndo para os fundos, batendo a porta.

“Que reação exagerada…”

Os servos ficaram olhando um para o outro, vendo Colin sentado ainda bem calmo. Eles não faziam ideia do que deixou sua rainha daquela forma. Era a primeira vez que a viam assim. Colin Continuou sentado, comendo o frango e bebendo do vinho tranquilamente.

Passou cerca de vinte minutos e Colin terminou o jantar. Limpou as mãos no lenço e parou em frente aos servos.

— O jantar estava ótimo.

— Obrigado, senhor…

— Podem me levar até os aposentos da rainha?

— … Claro, senhor. Me siga, por favor.

Desceram as escadas, passaram por alguns corredores e pararam frente uma porta de madeira lisa. O servo fez uma reverência e se retirou.

Colin deu dois toques na porta e entrou.

O quarto de Ayla era enorme.

O papel de parede era branco com rosas talhadas a ouro por toda sua extensão. A cama de lençóis brancos também era enorme. O carpete era avermelhado e mais ao oeste havia uma escrivaninha e ao lado um enorme guarda-roupa de madeira reluzente. Havia uma porta próxima à cama que dava para um banheiro luxuoso com uma grande banheira.

Também havia uma pequena adega ao lado da escrivaninha.

No teto, estava um lustre com quase vinte orbes, no leste do quarto havia uma estante de livros. Estava tão limpo que Colin se sentiu desconfortável.

Havia também uma sacada que era escondida por uma cortina branca que ia do teto ao chão. Ela estava deitada de bruços na cama abraçada com o travesseiro. Colin fechou a porta atrás dele e caminhou pelo quarto com as mãos nos bolsos.

Deu uma olhada em tudo e se sentou na beirada da cama de Ayla, que se virou de costas enquanto ainda estava deitada na cama. Para o carniceiro, vê-la tão vulnerável não correspondia em nada da imagem dela que tinha na cabeça. Parecia uma adolescente decepcionada porque seus pais não a deixaram sair de casa tarde da noite.

— Tá melhor? — Ele perguntou.

— Um pouco… — disse com a voz abafada pelo travesseiro.

— Sobre o que eu disse antes… Eu não sou tão fácil de matar, você viu quando Nag lançou aquela magia poderosa em mim, e quanto mais o tempo passa, mais forte eu fico. Contando com isso, há grandes chances da previsão falhar. Não tem por que ficar assim…

Ela se sentou na cama, encarando Colin. Suas bochechas estavam bem vermelhas de tanto chorar, e seus olhos continuavam cheios d’água.

— Espero que seja verdade o que está dizendo…

— Não sou um mentiroso.

Ayla olhou para o lado.

— Não que eu acredite que você vá morrer, mas… se isso for mesmo inevitável, posso te pedir um favor?

Ele deu de ombros.

— Que favor?

— Quando a gente se casar, pode pelo menos fingir que me ama?

Colin ficou sem reação.

Ayla continuava com o olhar desviado, esperando uma resposta. O carniceiro olhou para frente, encostou os cotovelos na coxa e a encarou por cima dos ombros.

— Por que esse pedido?

— Eu sei que você ainda ama aquela mulher… Eu só queria saber como é a sensação de ser amada dessa forma, pode… fazer isso? Eu sei que vê isso como um casamento falso… Se é tudo mentira, poderíamos mentir nisso também…

Ele apoiou as mãos na cama olhando para cima.

— Também posso te fazer um pedido?

— Sim…

— Se eu não estiver em Runyra, ou se eu estiver morto, você cuidará da Brighid por mim? Se ela me encontrar e eu não estiver aqui, cuide dela e dos meus filhos como se fossem seus. Alunys e Leona também precisarão de apoio, não as deixe desamparadas. Brighid terá muita coisa para resolver, a ajude como se ela fosse sua irmã. Pode fazer isso?

Ayla ponderou por alguns segundos. Não era um pedido ruim em sua visão, mas havia outra condição que ela queria impor.

— Eu faço, mas quando eu disse para você fingir que ama, quero ser convencida de que é verdade…

— Tá… e isso implica em quê?

— Quero herdeiros, filhos legítimos, meu e seu. — O seu olhar dengoso se transformou em um olhar sério — Quero que nossa linhagem perdure por séculos, esse é um dos principais motivos de nos casarmos. Você é o homem mais apto que conheci, e o único que acredito que possa me dar isso. Finja amor por mim, me trate como trataria Brighid, me dê filhos e farei tudo que me pedir.

Colin suspirou.

No momento, Ayla era a pessoa mais forte que conhecia. Jane e Valagorn estavam fracos, Brighid provavelmente estava sem mana e ele não fazia ideia do paradeiro de Morgana.

— Colin, eu ficarei ao seu lado até o fim dos seus dias. Estou estruturando o seu ducado, ajudando a treinar seu pessoal, dando a vocês estabilidade, dando segurança ao seu povo, e o mais importante, estou te dando dinheiro. Estamos nos casando, mas isso ainda continua sendo um negócio. Não sairei sem nada depois de ter oferecido tanto. Esses são meus termos. Seja um marido responsável e me dê herdeiros, em troca, faço tudo que quiser.

Colin olhou para baixo pensativo, e Ayla continuou.

— Vai mesmo ser mesquinho a esse ponto? Aquelas pessoas lá fora, aqueles nobres, eles contam com isso, com a nossa linhagem, contam com a gente. — Ela se aproximou de Colin e apoiou sua mão por cima da dele — Brey, Tobi, Meg, Melyssa, Bill.

— Como você-

— Se eles estiverem vivos, não quer que eles sejam bem cuidados? Que cresçam em segurança, tenham uma boa vida? Quem pode garantir isso a eles se você não estiver aqui? Isso, eu! Serei sincera, Colin, sinto atração por você, e não me importo se não sente por mim. Apenas encare isso como uma transação amigável.

Ele coçou a nuca.

— Tudo bem… temos um acordo…

Era tudo que queria ouvir. Ayla entendeu que carniceiro havia cedido a ela, mas sabia que ele estava em suas mãos como ela estava nas dele.

Ela se jogou nas costas de Colin, o abraçando pelo pescoço.

— Eu nunca vou fingir nada enquanto estiver com você, só quero que saiba disso. — Ela aproximou os lábios do seu ouvido — É a primeira vez que trago um homem ao meu quarto, sabia?

Colin tirou as mãos de Ayla de seu pescoço e se ergueu.

— Ainda não nos casamos, nosso acordo ainda não está valendo.

Ela abriu um sorriso de canto.

— Por enquanto. Isso é política, Colin, você me usa, eu te uso e nos dois chegamos onde queremos, não se esqueça disso.

Ele caminhou até a porta.

— Não me esquecerei.

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Olá, eu sou o Stuart Graciano!

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