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Na imponente sala de reuniões, os nobres, de semblantes gordos e maliciosos, aguardavam com inquietação a chegada da rainha. Seus rostos avermelhados e transpirantes denotavam não apenas a impaciência, mas também a insaciável fome que os consumia, resultado da tensão acumulada e da expectativa aguardada pelo chamado da rainha.

A sala estava magnificamente decorada, com cortinas pesadas, tapeçarias adornadas e lustres brilhantes que refletiam a luz dourada.

No momento em que a rainha Ayla adentrou a sala, um silêncio pesado pairou no ar. Seu porte imponente e altivo transmitia uma presença majestosa.

Seus cabelos brancos passavam um pouco dos ombros, em contraste com sua pele pálida. Seu corpo esbelto estava levemente acentuado pela barriga de grávida, símbolo da continuidade da linhagem real e um lembrete aos nobres que havia um obstáculo até o trono.

Os nobres, ao encararem Ayla, desviaram os olhares, mas suas carrancas sisudas eram evidentes. Sentiam-se ameaçados pela sua autoridade, e principalmente pelo que Colin fez a Franz e Dieter.

Com passos firmes, Ayla se aproximou da cadeira central, que mais parecia um trono, e se sentou com graciosidade. Seus intensos olhos amarelos percorriam a sala. A atmosfera da sala mudou, o ar tornou-se carregado com a presença magnética da rainha.

Aqueles nobres aprenderam a temê-la.

— Obrigada por todos vocês responderem ao meu chamado, mesmo que alguns de vocês odiassem estar aqui, mas prometo que farei valer a pena.

Ela apoiou a mão abaixo da barriga e com a outra mão afastou uma mecha de cabelo para trás da orelha.

— Tentarei ser o mais transparente possível com vocês. — Ela abriu um sorriso convencido e espaldeou no trono acolchoado. — Meu marido já está ciente que estão tramando contra ele. — A maioria deles suou frio e engoliu em seco. — E sendo sincera, essa briga entre os nobres e a família real já me encheu. Por mim, todos vocês seriam assassinados aqui e agora, mas como sou generosa, tenho uma proposta a fazer.

— Es-Está nos acusando de traição? — disse um dos nobres tremendo de nervoso. — Isso é grave até mesmo para você! Podemos acionar os conselheiros e tomarmos medidas cabíveis contra a coroa!

Ayla assentiu com um sorriso.

— Sim, vocês podem, mas do que adianta? Os conselheiros tremem de medo do meu marido, e a maioria de vocês também. Vão lá, digam aos conselheiros que a rainha Ayla os acusou de traição sem provas — Seu olhar ficou tão gelado quanto o clima do lado de fora daquele castelo. — Se isso acontecer, eu me livro dos conselheiros e depois de vocês. Não pensem que eu deixaria a família de vocês de fora. — Ayla enfiou a mão no bolso e retirou um frasco, o apoiando em cima da mesa.

Franz, Dieter e Marcellus começaram a suar demasiadamente, ajeitando o colarinho e engolindo em seco.

— Sabem o que é isso? Um frasco com veneno que consegue matar humanos, mas sabem o que é mais interessante? Meu marido e eu não seriamos afetados porque não somos humanos. É um plano inteligente e poderia ter dado certo. — Ela pegou o frasco, cerrando o punho sobre ele. — Chegariam tão longe só porque estão insatisfeitos com nosso reinado? Mas isso não é o pior, a maioria dos filhos adotivos do Colin que também são os meus filhos, são humanos. Era esse o objetivo, machucar crianças?

Apesar de já saber a resposta, Ayla estava se divertindo vendo todas aquelas reações mistas.

Nenhum deles disse uma única palavra, apenas ficaram com um olhar apreensivo. O silêncio era a resposta que Ayla queria. Ela devolveu o frasco ao bolso.

— Vocês têm sorte que descobri esse plano antes de ser executado. Os responsáveis por esse plano idiota acharam que aconteceria o quê? Pensam que Colin faria o que com vocês se soubesse que cogitaram em matar os filhos dele?

— Ele nos encurralou! — disse Franz furioso. — Acha que ficaríamos parados? Tudo tem que ser do jeito dele ou não funciona! Ele quem pediu por isso quando arrancou o meu olho, a culpa de tudo isso é dele!

Ayla assentiu.

— Ele me contou que alguns de vocês o procuraram para pedir privilégios, e porque ele não deu, vocês agem como crianças birrentas. — Ayla assentiu com a cabeça algumas vezes. — Sabe, Franz, eu poderia deixar passar se não tivesse direcionado essa birra sem sentido para as crianças, mas não, em vez de o ratinho ficar quieto, ele quis morder a cauda do leão.

— É isso? Vai me prender? Depois de tudo que fiz por esse país? Saiba que eu já tinha um negócio enorme antes do desgraçado do seu pai deixar o trono para uma pirralha idiota que se deixa ser manipulada por um carniceiro!

Ela esboçou um sorriso de canto.

— Por que não para de fingir, Franz? Você sempre foi um péssimo mentiroso, Yuki, diga a eles.

O oriental apareceu de repente ao lado da rainha, como se tivesse tele portado.

— Como queira, majestade.

— O-O que significa isso? — indagou Franz.

Yuki limpou a garganta com um pigarreio.

— Senhor Franz é dono de uma rede de tráfico de pessoas, e usa seus bordeis para encobrir isso, mas claro, aposto que vocês já sabiam disso. Os sequestros aumentaram em Runyra de alguns meses para cá, principalmente o de crianças, e parece que Franz é o culpado. Nos últimos dias destruímos todas as suas vilas que usava também como ponto de venda, e mais de 300 crianças foram resgatadas, crianças de todo lugar do continente, e todos os frequentadores destes recintos estão mortos.

Um silêncio pairou a sala assim que Yuki terminou. O primeiro a quebrar esse silêncio foi Franz, erguendo de sua cadeira e apontando o dedo para Ayla.

— Sua vagabunda asquerosa! — Ele olhou para seus companheiros com olhos cheios de fúria. — Acreditam mesmo nessa desgraçada? É óbvio que ela está mentindo!

Ayla segurou a gargalhada e os nobres sentiram a tensão no ar.

— Tá, tá… — Ela abanou uma das mãos. — Não precisa de todo esse drama. Mesmo que seus amigos mintam a seu favor, isso não adiantará, a palavra final é minha.

— Palavra final? — Ele ficou ainda mais furioso. — Exijo ao menos um julgamento!

Ayla apoiou o dedo no canto dos lábios e desviou o olhar pensativa.

— Hum… não estou a fim de levá-lo a julgamento.

Os nobres olharam um para o outro suando frio.

— Então é isso? Irá me prender sem julgamento? Isso é tirania!

Ayla deu de ombros.

— Não há porque aplicar leis nesse caso. Vocês macularam a imagem do meu pai, macularam a imagem de Runyra agindo dessa maneira estúpida e afrontosa. E quem falou em prender? Eu não prenderei você, eu vou te matar.

A sombra de Franz começou a oscilar e o demônio onírico apareceu atrás dele apoiando a mão cadavérica em cima de sua cabeça.

Crash!

Ele a esmagou, espalhando sangue e miolos salpicaram naquela mesa de jantar e nos nobres próximos que ficaram chocados.

Aqueles ao lado de Franz arregalaram os olhos e começaram a berrar. Apesar de nobres e serem treinados na arte da esgrima desde crianças, aquela era a primeira vez que viam algo tão brutal.

— Ei! — disse a rainha com uma voz poderosa. — Silêncio! Ou os próximos serão vocês!

Tremendo de medo, ninguém disse mais nada. O corpo de Franz caiu em cima da mesa enquanto seu pescoço continuava esguichando sangue.

— Bom, a partir de hoje, todo negócio que um dia foi de Franz será tomado pelo estado de Runyra. As famílias serão indenizadas e bem cuidadas. Agora continuemos a reunião.

Ayla usou as mesmas táticas de Colin quando se tratava de causar medo, e havia funcionado perfeitamente bem, já que os nobres pensaram que ela era tão louca quanto ele.

— Pois bem, para encerrarmos esse confronto entre a família real e os nobres, eu queria fazer um acordo com vocês. A maioria tem filhos, sobrinhos, e sei que o que querem é um lugar para prosperarem seus negócios. Ultan foi dividida em oito países, e está nos ameaçando. Vocês têm muitos soldados compondo seus exércitos privados, não tem? Qualquer um dos oito países que tomarem, deixarei fazerem o que bem entenderem. Não irei me meter no jeito que governam, em suas leis ou como tratam o povo, porém, ele ainda continuará sendo parte de Runyra, só não terei poder absoluto sobre ele. E claro, cada um de vocês tem de estar lá quando isso acontecer. Deve haver um nobre representante na terra tomada para a posse ser válida. 

Eles continuaram em silêncio, até que Dieter o quebrou.

— Como poderemos confiar na senhora? — disse com voz trêmula. — Acabou de dizer que ninguém tem poder sobre você, nem mesmo os conselheiros… como vai garantir que não seremos mortos por você assim que tomarmos aquelas terras?

Ayla assentiu com um sorriso.

— Se preferirem, faço um pacto de sangue com cada um de vocês, afastando suas dúvidas ou preocupações, já que com o pacto eu também serei afetada.

Gustav, o dono das maiores minas de Runyra se levantou ajeitando o colarinho.

— Meu pessoal dará um jeito na papelada. — Ele a encarou com o nariz empinado. — Você não durará muito sem os nobres pagando os seus impostos. As terras que eu tomar serão minhas, e mesmo pertencendo a Runyra, não terei obrigação de repassar nenhum centavo para você e o outro mestiço que chamam de rei!

Ayla mantinha o sorriso de canto no rosto.

— Claro, Gustav. Desejo sorte nessa empreitada. — Ela apoiou os cotovelos na mesa e entrelaçou os dedos, apoiando seu queixo nas costas das mãos. — Bom, alguns de vocês podem acabar falindo, e não pensem que o banco de Runyra estará à disposição de vocês quando isso acabar. — Os olhos dela focaram em Gustav. — Os mais bem afortunados como vocês sempre têm mais a perder. De qualquer modo, desejo sorte, senhor das Minas de Runyra.

Sem dizer mais nada, Gustav deixou a sala junto de outros nobres que estavam em sua folha de pagamento.

— Então se tornou uma déspota? — disse Dieter. — Essa sua jogada… está tentando se livrar dos nobres? Quer que Runyra entre em crise?

Ayla deu de ombros.

— Vai fazer o quê? Demitir todos que trabalham para você? Incitar greves ou coisa do tipo? Claro, isso poderia funcionar com Colin, ele tentaria fazer um acordo com vocês, quem sabe cederia alguns privilégios, tudo para não lesar os inocentes trabalhadores. Porém, você não está lidando com Colin, e sim, comigo. Agitadores serão presos, torturados, suas famílias também sofrerão as consequências por isso, então não seja um mal-agradecido e abrace a oportunidade que estou dando a vocês.

— Oportunidade? — disse outro nobre. — Está praticamente nos mandando até a morte.

— Pensasse nisso antes de tentarem envenenar a minha família! — disse aumentando o tom de voz. — Acharam que atentar contra os meus filhos passaria impune? Vamos lá, vocês jogam esse jogo político a anos, sabiam dos riscos. Fizeram a jogada de vocês e estou fazendo a minha.

— A senhora comprou uma briga com todos nós — disse um nobre rechonchudo de bochechas rosadas. — Saiba disso, majestade.

— Foram vocês que compraram uma briga comigo. Agora saiam da minha sala, esta reunião está encerrada.

Irritados, os nobres saíram enquanto Ayla continuou com sua expressão séria.

— Você também pode ir, Yuki, obrigada pelos seus serviços. Procure Tuly, ele entregará o pagamento a você a seus companheiros.

Ele assentiu e saiu do quarto fechando a porta, após cinco segundos, Ayla virou-se para o lado e golfou todo almoço.

Limpou os cantos dos lábios com as costas da mão e abriu um sorriso abatido encarando o seu demônio onírico no fundo da sala.

— E então… fui bem?

— Não devia se esforçar tanto, pode fazer mal ao bebê.

— Eu sei… fiquei o dia todo enjoada, mas eu não podia vomitar na frente deles. — Encarou o corpo de Franz em cima da mesa. — Certo, tenho que mandar alguém limpar isso, falar com a família dele, arrumar a papelada e me preparar para a retaliação que virá.

— A senhora tem um plano para caso os nobres deixem de financiar Runyra? Há muitos projetos em andamento por todo país, e grande parte deles financia isso. Sem o dinheiro deles pode haver uma crise, freando tudo que a senhora está construindo.

Ayla ergueu-se, apoiando a mão debaixo da barriga e afastando a cadeira.

— Tudo dependerá do meu acordo com o Norte. O representante deles deve chegar em alguns dias. Se o acordo falhar, então é provável que seja o começo da queda de Runyra, e Alexander deve aproveitar esse tempo de instabilidade para acabar conosco.

O demônio onírico entrou na sombra de Ayla antes de ela encostar a mão na maçaneta.


Após um banho relaxante, Rainha Ayla permanecia em frente à janela, seus olhos amarelos refletindo a luminosidade suave das velas que iluminavam o quarto. O olhar dela estava fixo na nevasca que rugia lá fora, como um turbilhão de flocos brancos dançando no vento gélido.

A cada rajada que atingia a janela, ela sentia um arrepio percorrer sua espinha, ecoando a sensação de solidão e saudade que se apossava de seu coração.

A nevasca parecia um reflexo de seus próprios pensamentos e emoções: um turbilhão de dúvidas, incertezas e anseios.

Cuidando de tanta coisa sozinha e com a gravidez avançando a cada dia, ela começava a se sentir vulnerável. Colin estava longe, e ela ansiava pela segurança e calor dos braços do marido.

Ayla fechou os olhos por um instante, tentando sentir a presença dele em seu coração, mas o vazio ao seu redor parecia se expandir, enchendo o quarto com um silêncio carregado de ausência.

Enquanto ela contemplava a nevasca, a porta do quarto se abriu lentamente, revelando a figura pequena e frágil de uma garotinha.

Nailah, a Elfa Negra, adentrou o quarto devagar.

Os olhos dela transbordavam medo.

— Aconteceu alguma coisa, meu amor?

Ela segurava as bordas do vestido branco.

— Mamãe… eu tive um sonho ruim… — Os olhos dela começaram a encher-se de lágrimas. — Sonhei que você se machucava, e o papai estava tentando te ajudar…

 Ayla sentiu um aperto no peito ao ver os olhos da menina, transbordando de pavor.

A Rainha abaixou-se, estendendo os braços para envolver a criança em um abraço reconfortante.

— Ei, foi só um sonho, não precisa ficar assim, porque não fica aqui com a mamãe, hein? — Ayla limpou as lágrimas da garota com o dedão. — Sem o papai aqui aquela cama fica bem grande, o que me diz?

A garota apenas assentiu e Ayla fechou a porta, deu as mãos a garota e foram ambas se deitar na cama debaixo das cobertas quentinhas. Nailah a abraçou apertado e Ayla ficou ali, fazendo carinho nos cabelos brancos da garota.

— Mamãe, quando o papai volta? — indagou em um tom manhoso.

— Em breve, ele está em uma missão importante agora.

Nailah assentiu com a cabeça nos ombros de Ayla.

— O papai vai ficar bem?

— Claro que vai, seu pai é o homem mais forte desse reino, se tem alguém que ficará bem, é ele. — Ayla afastou a franja da garota aninhada em seus braços. — Você também se sente insegura sem ele por perto, né?

Nailah assentiu.

— É, eu entendo, mas a mamãe também é bem forte, sabia? Não tenho músculos como o papai, mas as habilidades mágicas da mamãe são excelentes. — Seu sorriso gentil permaneceu. — Não falo isso da boca para fora, treino desde que tinha sua idade, sabia?

A pequena, agora atenta as palavras de Ayla, já não lembrava mais do pesadelo.

— Doeu?

— O quê? Treinar? Não…, mas me cansou bastante. Depois de um tempo você se acostuma. É como aprender outros idiomas, difícil no começo, mas depois que você pega o jeito fica fácil. Se quiser te ensino a língua dos Elfos Negros.

Os olhos de Nailah brilharam.

— Sério?!

Ayla tocou na testa dela com o indicador, um gesto que Colin fazia com frequência.

— Claro! Você é uma princesa agora, é normal que princesas sejam inteligentes.

Nailah apoiou uma das mãos no canto dos lábios, pensativa.

— O papai é um rei, né? Ele é inteligente também?

— Hum… existem tipos diferentes de inteligência, meu amor, o papai é bom em combates, já eu sou boa em cuidar desse reino, em suprir o que as pessoas precisam, em ouvir problemas e até em resolvê-los. Cada um com sua importância, assim como na nossa família.

Ela se aninhou ainda mais nos braços de Ayla.

— Acho que entendi… o Tobi disse que protege a gente, você protege o Tobi e o papai protege você…

Ayla assentiu.

— Isso mesmo, porque não tenta dormir um pouco, meu amor?

— Tá… boa noite, mamãe…

— Boa noite! — Ayla beijou a testa dela.

Ambas estavam aquecidas debaixo das grossas cobertas, e aquela aproximação de ambas despertava os instintos maternos de Ayla. Era mais assustador lidar com crianças do que com um reino inteiro.

Antes, ela apenas desejava em ter um herdeiro e passar suas vontades e desejos para a próxima geração, mas sua percepção mudou quando ela descobriu que estava grávida.

O que mais sentia era medo, o medo comum de uma mãe de primeira viagem não fazer as coisas certas, o medo de não criar seus filhos bem o suficiente para se tornarem descentes, o medo do futuro que aquele mundo caótico fazia não só ela, mas todos eles sentirem.

Era diferente quando ela precisava se virar sozinha, já que seguia as ordens superiores e ouvia todos os conselheiros sem muito a reclamar, já que não se preocupava com ninguém. Seu único foco era manter o legado do pai, agora, o legado do pai havia ficado em segundo plano, apesar de ainda esforçar-se para mantê-lo vivo.

Tlack!

Perdida em pensamentos, Ayla estava quase adormecendo quando o trinco da janela rompeu, trazendo a ventania gélida da tempestade.

Nailah acordou com o susto e Ayla foi até a janela, fechando-a com uma adaga que estava na escrivaninha que ficava próxima à janela.

As cortinas pararam de tremular, e antes de Ayla se virar, ela sentiu um arrepio na espinha. Virou-se rapidamente para trás vendo um homem coberto por uma capa escura com uma das mãos acariciando o cabelo de Nailah que estava apavorada segurando as cobertas na altura do pescoço.

Ayla suou frio, mas manteve sua postura.

— Alexander mandou você para me assassinar? Se fosse um homem esperto teria recusado.

Ele tirou as mãos de Nailah e jogou o capuz para trás.

— Assassinar você? — disse Coen. — Antes do grande clímax? Claro que não.

A semelhança com Colin a assustou por um momento, mas ela prontamente se recompôs.

— Você… Coen, certo?

— E você é a Rainha Ayla. Ouvi falar muito de você. — Coen apontou para cima. — Tentando ganhar tempo para o dragão que sobrevoa sua cidade me perceber? Ou quem sabe a criatura do plano superior no subsolo da cidade… não, talvez esperando para que o seu demônio onírico ache uma brecha para me matar.

Ayla engoliu em seco.

— Se seu problema é comigo, deixe a garota ir!

Coen enfiou as mãos nos bolsos.

— Não vou fazer mal a garota e nem a você. Só vim conversar e espero que seja civilizada, está bem?

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Olá, eu sou o Stuart Graciano!

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