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Capítulo 359 — Invasão.

Sentado majestosamente no torso do dragão etéreo que ele mesmo havia convocado, Colin dominava os céus como se fosse o seu senhor.

O vento revolvia seu cabelo escuro, lançando fios rebeldes dançando em uma sinfonia de liberdade. Abaixo dele se estendia um vale verdejante.

Vestido com uma camisa de manga longa justa, adornada com um cinto grosso onde repousavam suas armas — a lâmina Gram, afiada como a fúria de um deus, e adagas que reluziam como pedras preciosas. Suas calças eram escuras e suas botas robustas.

No pescoço, o medalhão dado por Brey, enquanto a pulseira concedida por Sirela adornava seu pulso esquerdo.

— Estou chegando.

No horizonte, um forte erguia-se imponente.

Isso significava que aquele era o começo do território de Noron, o país onde residia Alexander, um oponente que era há tempos sua pedra no sapato.

“Noron não é tão grande, em vez de me concentrar totalmente na capital, é melhor que eu destrua todas as defesas desse país para não precisar de um grande contingente para tomar esse lugar.”

Colin ergueu-se do dorso do dragão, dobrando os joelhos em preparação para o salto audacioso.

“Sinto muito, mas não posso poupar nenhum de vocês e correr o risco de que Alexander saiba da minha chegada.”

As pupilas dele retraíram agressivamente, e seu sorriso característico ganhou forma.

— Melhor assim!

O rei lançou-se ao vazio, o dragão etéreo se desfazendo sob ele como uma miragem, desaparecendo sob os raios do sol, enquanto Colin acelerava em direção ao forte como uma força incontrolável.

Alguns soldados puderam observar um ponto no céu que, timidamente, era iluminado pelo sol, e esse ponto ganhou faíscas avermelhadas, até que eles perceberam o que era, mas já era tarde demais.

Booooom!

O impacto foi estrondoso, um cataclismo de magia e violência. O forte tremeu sob o impacto, corpos foram lançados como peças de xadrez em um tabuleiro distorcido.

Destroços espalharam-se como folhas ao vento, e o pânico se disseminou entre os soldados que, atordoados, mal conseguiam compreender o que havia acabado de acontecer.

— O que diabos foi isso? — diziam soldados que haviam sobrevivido ao impacto. — De onde isso veio?

— Ali! — apontou um dos soldados para a silhueta assustadora de Colin. — É um monstro?

Quando Colin finalmente se revelou, eles não acreditaram que o próprio rei de Runyra estava ali. Era a primeira vez que o viam, e a impressão que tiveram foi a mais primitiva possível, sentiram um medo que não poderia ser explicado por palavras.

Assustados, a maioria deles largou as espadas e se ajoelhou, rendendo-se.

— No-nós nos rendemos!

— I-isso, estávamos só esperando o senhor ou alguém de Runyra chegar!

Então, um a um, eles prostraram, apoiando a testa no chão em sinal total de sua submissão.

Colin parou, encarando aqueles homens que haviam desistido de lutar.

— Como posso saber se falam a verdade?

— … No-nós juramos por nossas vidas, senhor!

— Isso não é motivo o suficiente para mim. Terão que ser mais convincentes.

Começaram a tremer de medo. Era a primeira vez que muitos deles encaravam a morte.

— Se-senhor, mas nós nos rendemos!

Colin assentiu. — Sim, já ouvi, mas não me importo. Darei a vocês a chance de morrerem como covardes ou como guerreiros, e então, o que será?

— … Te-temos família, senhor… o senhor também, não é? Su-suas esposas… o que elas sentiriam se o senhor não retornasse para casa-

Crunch!

Num piscar de olhos, Colin degolou aquele homem com as mãos nuas. Em pânico, soldados pegaram suas espadas e outros começaram a correr para longe, mas nenhum deles foi poupado.

Colin rasgou-os ao meio com as próprias mãos, os dilacerou, desfigurou, desmembrou, despedaçou, os aniquilou por completo.

Não havia passado sequer um minuto inteiro e o primeiro forte de Noron havia caído, os destroços ainda despencando no chão.

Um dos homens estava vivo, mas havia um buraco em seu estômago, ele não duraria tanto tempo.

— Por… quê? — disse cuspindo sangue. — Havíamos… nos rendido…

Caminhando até o homem, Colin ficou de cócoras, o encarando no fundo dos olhos.

— Se tivesse pedido exílio antes de eu chegar, eu teria recebido vocês de braços abertos. Daria um jeito de resgatar vocês e suas famílias em segurança, mas preferiram ficar aqui, por medo talvez, mas eu não me importo. Caso as famílias de vocês sejam simples civis, fiquem tranquilos, não tenho interesse por aqueles que não são guerreiros.

Os olhos daquele homem encheram-se d’água.

— … vai mesmo… pacificar o continente…?

— É o que pretendo.

— … Espero… que não esteja mentindo…

— Não estou.

Forçando um sorriso, a vida daquele homem se esvaiu e Colin ergueu-se.

— Quando eu derrotar Alexander, volto e enterro cada um de vocês.

Raio carmesim começou a circundar o corpo dele, e Colin desapareceu após o ribombar de um trovão.


O quarto estava mergulhado na escuridão, com apenas uma luz fraca e trêmula pairando sobre a grande banheira no fundo.

As sombras dançavam nas paredes e o ar estava impregnado com um odor metálico, agudo e perturbador.

No centro daquele ambiente sombrio, uma banheira gigante se destacava, preenchida até a borda com um líquido vermelho espesso que lembrava sangue fresco.

Gotas ocasionalmente pingavam da borda da banheira, criando pequenas poças escarlates no chão.

De repente, um homem alto e esguio emergiu da banheira, seus cabelos longos e escuros grudados em seu rosto moreno e ensanguentado. Seus olhos, profundos e vazios, pareciam absorver a pouca luz disponível no ambiente, emitindo uma aura sombria e assustadora.

— Pensei que nunca fosse sair daí — disse Bledha sentada no canto.

O corpo de Coen estava curvado, revelando uma figura esguia e atlética. Seu peito e braços eram esculpidos, cada músculo delineado de maneira quase sobrenatural. Gotas de sangue escorriam por sua pele, criando trilhas vermelhas.

— Consegui recuperar parte da alma destruída, mas continuo incompleto.

Ele saiu da banheira, tocando seu pé no chão gelado.

— Safira sempre pergunta de você.

— Essa garota irritante…

— O que vai fazer?

— Dar o que ela deseja.

— …

— Preciso me trocar, também preciso de outro banho. É melhor você deixar esse esconderijo, as coisas podem ficar complicadas. A pixie não confia em mim.

Bledha engoliu em seco.

— O que vai fazer?

— Ehocne é uma traidora, acho que você sabia…

— É… eu tinha minhas suspeitas. Quer que eu faça algo?

— Ainda não… mas ela não apagou a memória de Safira como pedi, ela somente a bagunçou, e a pirralha deve ter montado o quebra-cabeça, ou parte dele. Hora de acabar com esse teatro.

— Certo… tome cuidado.

— Eu sei.

Nota: Colin feito por IA + retoques feitos no photoshop.

Colin oficial
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Olá, eu sou Stuart Graciano!

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