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Capítulo 54 – Véspera de Sangue – Parte Final

Sabendo que sua mana descia rapidamente, Colin decidiu usar o mínimo dela para sobreviver aos ataques dos vampiros. Usando o treinamento que teve com Lina, ele concentrava mana nos pontos em que iria ser atingido, juntando a sua armadura natural, sua defesa se tornava insuperável.

Vampiros que se aproximavam eram tirados de cena por apenas um golpe. A força de Colin atualmente estava no mesmo nível de um vampiro superior, pareando com a verdadeira elite.

Com a análise afiada, Colin não tinha dificuldades para desviar de golpes e nocautear seus agressores brutalmente. Apesar de serem em torno de cinco mil, assim que os vinte primeiros avançaram e foram mortos, o resto ficou receoso em atacar.

Alistar percebeu o pavor que vinha de seus homens e ficou ainda mais furioso.

— O que pensam que estão fazendo?! — Berrou Alistar em uma cólera aterradora — Somos uma legião e ele é só um, estão com medo de um único homem?! Tsc! E ainda pensam em participar do eclipse?

— Seus homens têm bom senso. — disse Colin coberto de sangue — Olha, o único que quero é o Alistar, querem mesmo morrer por esse imbecil? É fácil para ele dizer para vocês se matarem quando é ele quem se esconde atrás de um exército. Se preferirem continuar, os mandarei para o inferno com prazer.

Um burburinho começou entre os vampiros. Muitos concordavam com Colin, outros se sentiam com o orgulho tão abalado que não ponderaram recuar.

— O desgraçado que conseguir matar o errante irá poder devorar quantas crianças quiser — Berrou Alistar — E controlará uma legião que irei fornecer!

Sem dúvidas, aquela não era uma oportunidade para se jogar fora. Caso conseguissem algo assim, os vampiros deixariam seus cargos como meros peões e integrariam a elite daquela sociedade que estava começando a se unificar.

Nenhum deles recuou, e aquele medo que estavam de Colin desapareceu como fumaça.

Movido pelas palavras, um dos vampiros engoliu o seco e deu um berro, lançando uma bola de fogo em Colin.

Boom!

Uma explosão tomou conta de parte daquele lugar, junto a uma nuvem de poeira. Quando a nuvem de poeira abaixou, eles viram Colin parado. Ele havia tomado aquele golpe sem nem se defender.

Suas roupas chamuscavam, mas ele continuava com o mesmo sorrisinho de canto do começo.

Mana elétrica da cor negra percorreu o corpo de Colin, e como se fosse um vulto, ele avançou até o vampiro que lançou a bola de fogo e o socou no flanco direito. O pescoço do vampiro girou duas vezes sobre o eixo e seu corpo desabou no chão.

Outro vampiro se aproximou segurando uma espada e mirou no pescoço de Colin, mas a reação de Colin estava bem acima daqueles vampiros. Ele se abaixou, apoiou as duas mãos no chão e chutou o queixo do vampiro, o jogando para o alto. Aquele golpe era conhecido na capoeira como “rabo de arraia”.

Aproveitando a abertura de Colin, outro vampiro tentou atingi-lo por trás com uma adaga. Colin se recuperou de imediato com uma cambalhota e pegou o pulso do vampiro. Os olhos deles se cruzaram antes de Colin arrancar o braço de seu oponente. Tomou a adagada do braço arrancado do vampiro e o degolou.

Crash!

Apavorados pela brutalidade do errante, alguns vampiros desesperados reuniram suas magias mais poderosas e lançaram contra Colin.

 [Explosão! Explosão! Explosão!]

A única coisa que conseguiram com aquele ataque foi limitar suas próprias visões. Em meio a fumaça viram um vulto transitando de um lado para o outro ligeiramente. Com a visão nublada pela fumaça, muitos deles entraram em desespero, iniciando uma fuga frenética pela sobrevivência.

Uma rajada de vento lançada por um vampiro fez com que a nuvem de poeira fosse dispersa, mas isso não adiantou de muito.

Colin esquivava-se de golpes sem muita dificuldade, arrancava os membros de seus oponentes e os retalhava sem piedade alguma.

Um vampiro mais velho tentou atingi-lo com um pedaço de ferro, como um fantasma, ele esquivou para de trás do vampiro e quebrou sua espinha ao meio com um pontapé poderoso.

Uma vampira tentou golpeá-lo no estômago com uma espada e ele a desarmou arrancando suas mãos com a adaga.

Enquanto a espada dela rodopiava em pleno ar, Colin a pegou e cruzou olhares com a vampira que havia ficado sem reação. Sem perder tempo, Colin cravou a espada no estômago dela. Ela golfou sangue, mas Colin não parou por aí, ele forçou a espada para cima, rasgando-a ao meio.

Crash!

Enquanto a mulher dividida ao meio caia para os lados, um vampiro mais jovem avançava com ímpeto segurando um machado longo.

Colin deu dois passos para frente e girou sobre o calcanhar, lançando a espada imbuída com mana elétrica escura bem na direção da testa daquele vampiro.

 Crash!

Sangue espirrou para todo lado e o vampiro caiu no chão com a espada cravada em sua testa. Como um flash escuro, Colin foi até o garoto agora falecido e retirou a espada de sua testa, esquivando-se de duas bolas de fogo que explodiram na parede atrás dele.

Boom! Boom!

Colin havia sumido novamente, aparecendo atrás do homem que lançou as bolas de fogo, arrancando sua cabeça com a espada.

Woosh!

Antes da cabeça cair no chão, Colin a chutou, e ela foi ao encontro do crânio de um vampiro que corria desesperado pela sobrevivência, espalhando miolos para todo lado.

Crash!

A agilidade de Colin e sua força natural o tornavam um inimigo quase impossível de enfrentar, ninguém estava apto para um combate de frente contra ele. Com uma adaga na mão esquerda e uma espada na direita, ele retalhou, dilacerou e mutilou tudo que se movia ou que tentava o atacar.

O mais assustador, era que ele parecia estar se divertindo. Alguns vampiros começaram a recuar, afinal, aquele errante tinha um olhar tão macabro quanto o olhar da terceira geração.

Alistar olhava aquilo de cima de uma pequena pedra, vendo que nada funcionava contra o errante que parecia estar só começando o seu massacre. Como líder de um exército, Alistar sabia que a moral de seus homens estava na sarjeta.

À medida que a luta se prolongava, menos vontade eles tinham de lutar. Do que adiantava prometer um prêmio a quem matasse Colin se a chance de morrer o enfrentando era gigantesca?

— O que faremos, senhor? — perguntou um vampiro a Alistar.

Cerrando os dentes, Alistar tentava encontrar uma resposta, mas não sabia o que dizer. A única forma de vencer Colin seria se ele mesmo lutasse contra ele, mas depois de uma pequena amostra da força de seu oponente, ele sabia que Colin não era o mesmo de antes.

Vencê-lo seria ainda mais difícil.

[Explosão!]

Uma explosão veio de cima, fazendo um buraco gigantesco no teto. Pedregulhos e estalactites enormes começaram a cair em torno do campo de batalha. Muitos vampiros tentaram escapar, mas foram esmagados pelas pedras.

Pedras continuaram caindo por cerca de alguns minutos e o tremor que tomava conta de todo lugar não cessou antes disso.

Os vampiros olharam para cima vendo uma gigantesca serpente. O monstro era tão grande, um verme gigante da terra encontrado nos desertos de Caliman. A serpente, escorregou pela parede até parar no meio do campo de batalha.

Em cima da gigantesca serpente, eles viram uma mulher. Alistar se surpreendeu de uma maneira totalmente positiva ao ver quem estava em cima daquele monstro.

— Senhora Morgana! — disse empolgado — A senhora não sabe a felicidade que estou ao vê-la aqui, acho que chegou em uma boa hora!

Ainda em cima da serpente, Morgana ignorou completamente Alistar, focando em Colin no canto. A reação de Colin foi a de susto. Ele nunca havia visto uma serpente daquele tamanho.


— Aí está você! — disse Morgana exibindo seu sorriso diabólico. Ela olhou ao redor, vendo bastante sangue e um número considerável de corpos de vampiros. — O que diabos estão fazendo?

Os vampiros continuaram em silêncio até que Alistar o quebrou.

— Estamos cuidando do errante, senhora.

Assim que botou os olhos em Alistar, Morgana franziu a testa.

— Cachorrinho, já devia suspeitar que isso era coisa sua. — Ela apontou com o indicador de unha pontiaguda para Colin — Alistar me disse que você queria enfrentá-lo. Me disse também que estava bastante confiante de sua força, certo? — Morgana abriu os braços — Mas parece que o cachorrinho reuniu o canil inteiro para pegar uma mosca. Que patético!

Alistar sentiu aquelas palavras. O que ele mais odiava era ser humilhado desta forma por vampiros de terceira geração que ele odiava.

— Senhora… — disse Alistar tentando parecer educado — Este errante não é um errante qualquer, da forma que ele luta dá para ver que ele é da classe especial. Não podemos pegar leve com ele.

Morgana apoiou a mão no queixo e fez que sim.

— Entendo, mas palavra é palavra. — Ela se virou para os vampiros — Parem com essa luta desnecessária. Inúmeros humanos saíram de controle lá em cima, vão logo resolver isso, eu assumo daqui.

Acatando as ordens, os vampiros começaram a saltar em zigue-zague pelas paredes indo em direção ao enorme buraco no teto, deixando somente Morgana, sua serpente, Colin, Alistar e outros três soldados fieis a Alistar no local.

 [Tremor!]

A serpente começou a se mexer e foi para o canto enrolando em uma enorme rocha. Morgana se sentou no crânio da serpente e franziu o cenho em direção a Alistar.

— Estou muito desapontada com você. Está sujando o nome dos vampiros tomando essas atitudes covardes. O que faremos com ele, Nagini?

— Deixe que ele resolva isso sozinho. — disse a serpente em um tom gutural quase demoníaco. Ela não mexeu a mandíbula, sua língua somente sibilou.

Aquela coisa não deixou de causar um espanto em Colin.

“Isso fala? Espera… isso é um pandoriano?”

— Está decidido! — disse Morgana sentando com as pernas cruzadas — Você vai lutar com o errante até a morte.

— Até a morte? — perguntou Alistar assustado — Senhora… esqueceu que não podemos matar o errante? Creio que senhor Nostradamus não gostará muito dessa ideia…

Morgana franziu o cenho.

— Cuidado com a língua, cachorrinho. Nostradamus só chegou onde chegou graças à terceira geração. Ele pode ser o representante de todos, mas não se esqueça de quem ainda está no topo de toda essa sociedade que ele está criando.

Alistar se curvou e um suor frio escorreu por sua têmpora.

— Desculpa, senhora, eu não quis ofender a você de maneira alguma…

Ela balançou uma das mãos.

— Tá, tá, ande logo e lutem até que um de vocês pereça. — Ela apontou para os três vampiros atrás de Alistar — Se vocês interferirem, estão mortos.

Os vampiros ficaram imóveis depois daquela ameaça.

Colin continuou sem entender nada. Ele encarou a mulher de cabelo preto bagunçado sentada em cima da cabeça da enorme serpente. Mesmo por debaixo daquela roupa, Colin notou que ela era musculosa.

Ele tinha a sensação que a aura dela era conhecida, era algo semelhante à dele, porém bem mais intensa.

“Uma monarca da pujança talvez?”

— Quem é você? — perguntou Colin.

Ela abriu um sorriso e ainda sentada curvou seu corpo, fazendo uma reverência.

— Morgana Nosferatu, prazer! E você é o errante, certo?

— Colin… esse é meu nome.

— Certo, Colin… — Ela olhou para os dois lados — Onde está seu pandoriano? Não tem um?

Colin fez que não com a cabeça.

— Não tenho um ainda.

— Que criança tola! — disse Nagini sibilando — Alguém do nível dele não tem um pandoriano mesmo sendo abençoado com a tríade do verão?!

— Essa serpente é um pandoriano? — perguntou Colin.

— Tenho nome, garoto — Sibilou a gigantesca Nagini.

— Não se preocupa Nagini. — disse Morgana acariciando a serpente — Tenho certeza que ele não fez por mal, e sim, esse é meu pandoriano.

— Achei que pandorianos fossem uma fusão de humano e animal… — comentou Colin.

— Eles são, mas parece que vamos ter que adiar nossa conversa — Morgana apontou para Alistar atrás de Colin — O cachorrinho ali parece estar irritado.

Alistar avançou como um míssil em direção a Colin. Por puro reflexo, Colin conseguiu defender aquele soco que o jogou para trás em direção a parede de rochas.

 [Estrondo!]

Na parede, Colin esquivou das garras de Alistar que logo foram enterradas na parede rochosa. Alistar estava diferente, seus olhos estavam mais avermelhados, as veias de sua têmpora pareciam que a qualquer momento iriam explodir. Ele babava e até mesmo seu porte físico estava mais robusto.

— A Besta… — disse Morgana — Não achei que ele fosse chegar tão longe. Mas é isso que acontece não é Nagini, quando um animal fica acuado, ele parte para cima com tudo.

— De fato. — Respondeu a serpente.

Colin girou a espada em mãos e partiu para cima de Alistar.

Os dois trocaram golpes em uma velocidade surpreendente. Via-se apenas faíscas sendo jogadas de um lado para o outro sem parar. Ouvia-se o tilintar das lâminas de Colin contra as unhas afiadas do vampiro.

Ting! Ting! Ting!

Em meio a troca frenética de golpes, Alistar encontrou uma brecha na defesa de Colin e avançou com tudo para perfurar seu abdômen, mas Colin concentrou toda sua mana no local do golpe.

 [Pancada!]

Com os cinco dedos, Alistar tentou perfurar seu oponente, mas não obteve sucesso apesar daquele ter sido um golpe poderoso. Alistar se afastou num salto e bateu palmas conjurando uma espada elétrica de duas mãos.

Assim que ele a pegou, cortou o ar duas vezes em forma de cruz. O primeiro corte veio rápido demais, mas Colin conseguiu se defender com os braços. Mesmo concentrando mana nos braços na hora do golpe, ele foi levemente cortado. Percebendo que o segundo golpe se aproximava ainda mais rápido, Colin apertou o cabo de sua espada e a envolveu com sua mana elétrica, rebatendo aquele golpe para longe.

Ting!

Ambos envolveram seus corpos com mana elétrica e partiram em direção ao outro num piscar de olhos.

 Ting!

Um tilintar agudo soou do meio daquela arena de batalha cheia de pedregulhos, mas dessa vez foi Alistar que fora mandado para trás com o choque de golpes.

Colin aproveitou que seu oponente estava atordoado, e naquele milésimo de segundo girou o corpo enquanto imbuia sua adaga de mana elétrica, lançando-a em seu oponente.  A adaga zuniu indo em direção ao peito de Alistar. Ainda em pleno ar, ele conseguiu se mover, tirando a adaga da trajetória de seu coração, mas ele não se safou por completo e a adaga atravessou seu ombro.

Derrapando os pés no chão, Alistar tentava recuperar o equilíbrio, mas Colin já estava bem a sua frente. Empunhando sua espada, Colin arrancou a mão direita de Alistar e sua espada elétrica desapareceu.

Woosh!

Colin teve a chance de acabar com a luta ali, mas ele só cerrou o punho livre e socou o rosto de Alistar, pressionando sua cabeça contra o chão num estrondo ensurdecedor.

 [Tremor!]

Uma onda de choque chegou até Morgana sacudindo seus longos cabelos negros. Ela abriu um sorriso.

Colin retirou a mão do rosto de Alistar, e até mesmo alguns dentes de seu oponente estavam grudados nela. Ele balançou a mão, deixando os dentes caírem no chão. Dando alguns passos para trás, Colin se afastou, apoiando a espada que segurava no ombro.

— Levanta! — disse rispidamente — Ainda não te bati o suficiente.

Alistar berrou de dor no chão enquanto segurava seu pulso que jorrava sangue do ferimento. Ele abria aquela boca com dentes faltando e se arrastava com os pés para longe com medo de Colin.

Colin havia conseguido deter a temida Besta dos vampiros apenas com força bruta. Até mesmo Morgana estava surpresa.

— F-Foi mal, cara! — Disse Alistar enquanto se arrastava — Eu não queria fazer aquilo com as suas pirralhas! Lorde Nostradamus me obrigou, é tudo culpa dele, eu juro!

— Levanta! — Disse Colin — Ainda não acabamos de lutar.

— Piedade! Por favor, eu juro que não me meto mais com você, só me deixa ir!

Colin tirou a espada dos ombros e começou a caminhar em direção a Alistar que de imediato se levantou e começou a correr a passos lentos enquanto sangrava como um porco. Atingir a besta era algo que afetava em muito o corpo de um vampiro. Seus ferimentos já abertos começaram a sangrar demasiadamente, e seus movimentos ficaram lentos.

— Merda! Merda! Merda! — Cansado e com dor por todo corpo, Alistar caiu no chão e se esforçou para se erguer. Olhou para trás e viu Colin cada vez mais perto — Errante maldito!

Enquanto se esforçava para correr, Alistar teve memórias que jurou ter esquecido. Lembrou-se de antes da transformação, de quando ainda era um humano. Recordou do sorriso doce de sua esposa, do sorriso de seu filho e recordou-se também da noite em que os vendeu para bandidos em troca de algumas moedas e um barril de vinho.

Sua esposa foi violada a noite toda e depois morta, seu filho teve a garganta cortada por tentar defender a mãe, mas Alistar não se importou com isso, ele não se importava com ninguém. Para ele, todo ser era descartável, até mesmo os mais inocentes.

Alistar alcançou prestígio na sociedade dos vampiros por seus métodos sádicos de tortura renderem frutos. Ninguém conseguia esconder segredos dele, mas agora, diante da morte, ele teve noção de toda sua insignificância e de quanto ele foi desprezível.

Não conseguindo mais se mover, ele parou e deitou de barriga para cima encarando o rosto sério de Colin.

Háháhá — ele gargalhou enquanto cuspia sangue — Sinta-se honrado por vencer a mim, o grande Alistar! O comandante do maior exército de vampiros que esse mundo já viu, eu o ma-

 [Corte!]

Desta vez foi a vez do pé direito de Alistar sair voando. Ele berrou de novo, berrou tão alto que até mesmo quem estava lá em cima pôde escutar. O vampiro tentou tocar seu pé arrancado, mas foi a vez da sua outra mão sair voando.

[Corte!]

Outro berro ensurdecedor.

Devido a seu estado anterior de frenesi ter terminado, seu corpo havia ficado bem sensível, então, ele sentia cada corte daquele de maneira intensa. Era como se depois de cada corte, ácido remoesse a ferida.

A adrenalina que corria em suas veias fez com que ele não desmaiasse.

— Você é mesmo patético. — Colin estava sério — Está aí berrando feito uma puta de bordel. Fez todo aquele teatro para acabar aí, sangrando feito um animal abatido.

Alistar estava tão assustado e sentia tanta dor que começou a chorar.

— Isso é culpa sua! — Berrou Alistar em meio ao choro — Maldito errante e essa raça de filhos da puta! — Ele reuniu todo pulmão em seu peito e gritou enquanto sangue escorria pelo canto de sua boca — Morgana! Me ajude sua vagabunda! Isso tudo é culpa sua, porque teve que interferir?! Eu tinha um plano, eu ia vencer!

— Para de reclamar e morra ao menos como um homem — disse Morgana — Planeja viver como barata até os últimos momentos?

— Sou o grande Alistar, eu nun-

[Chute!]

Colin havia quebrado o maxilar dele com um pontapé. A única coisa que Alistar conseguia fazer agora era grunhir como um porco. Colin ficou em cima de Alistar e apoiou o pé em sua cabeça.

— Eu disse que te mataria hoje. — Colin começou a pressionar a cabeça de Alistar lentamente contra o chão — Adeus, vermezinho covarde.

Crash! 

Miolos de Alistar rolaram pelo chão. Seus três guardas que observavam a luta saltaram em direção ao buraco na superfície e desapareceram.

— Esmagado como a barata que era. — disse Morgana se erguendo — No fim ele teve a morte que mereceu. Um pouco dramática demais para alguém sem importância como ele, mas mesmo assim, foi poético.

Morgana rasgou sua camisa e a jaqueta de couro, revelando um corpo tão musculoso quanto o de Colin. Ela estava com um topper preto tapando o busto de volume considerável. O abdômen dela era extremamente definido, assim como seus braços.

— Desculpa, Colin. Mesmo você vencendo a luta, não posso deixá-lo ir assim.

Saltando da cabeça da serpente, Morgana chegou ao chão em um estrondo, como se fosse o disparo de um canhão se chocando com rocha bruta.

Boom!

Ela massageava o pulso enquanto exibia aquele sorriso de dentes pontiagudos.

— Vamos lá! Dessa vez serei eu quem será sua oponente.

Colin sabia que com ela a luta teria uma vibe totalmente diferente. Ele viu o quanto os vampiros a respeitavam, e um vampiro “normal” não teria um pandoriano daquele tamanho.

— Aquelas garotas, suas filhas, né? — disse Morgana estalando o pescoço — Se quiser vê-las, então é melhor dar tudo de si sem medo!

Colin franziu a testa.

— Onde elas estão?

— Se ganhar de mim eu conto.

— …

— Nagini! — Chamou Morgana — Fique aí e assista. Tem muito tempo que não luto, eu diria que décadas, então posso estar um pouco enferrujada, mas o garoto Colin aqui parece ser o colega de treino ideal para me fazer voltar a forma.

Morgana fungou o ar duas vezes e suspirou exibindo um sorriso.

— Um usuário da pujança, que maravilha, um colega de árvore! Pelo menos você não morrerá depois do primeiro golpe. Ao menos é isso que espero.

Mana elétrica escura começou a percorrer o corpo de Colin.

— Isso! — disse Morgana estalando os dedos — Vamos lá, garoto, me divirta!

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Olá, eu sou Stuart Graciano!

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