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Naquele momento, o apartamento de Colin parecia apertado. Os administradores tomariam conta da matricula dos gêmeos e eles tinham tempo para fazer o que quisessem no momento. Brighid estava na cozinha terminando de preparar a comida e Colin estava encostado na bancada de braços cruzados ao lado dela, enquanto o grupo todo entrosava de forma descontraída naquele ambiente apertado.

— Desde quando aprendeu a cozinhar? — perguntou Colin.

— Foi quando você decidiu viajar. — Brighid abriu um sorriso meigo e Colin retribuiu.

— Tem outra coisa que você não sabe fazer com excelência?

— Se tiver eu ainda não descobri. — Ela apontou com o queixo para Wiben e Samantha no canto — Devia ficar com eles, parecem um pouco deslocados. E Safira tá de cara feia pra eles desde que entraram.

Colin suspirou e coçou a nuca.

— Você também deve estar se perguntando porque os chamei pra guilda, né? Depois do que Wiben fez eu entenderia se-

Brighid silenciou Colin apoiando o indicador em seus lábios.

— Não precisa ficar se explicando pra mim. Dá pra ver que o rapaz não é o mesmo de antes, e eles salvaram você, não salvaram? Como eu poderia ficar zangada com eles depois disso?

Ele fez que sim e Brighid tirou o indicador dos lábios dele colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha e voltando a decorar seu assado que estava quase pronto.

Abrindo um sorriso, Colin ficou reparando nela vestida com um avental e de cabelo solto. Realmente, ele a via de uma forma totalmente diferente de algumas semanas atrás e ela percebeu o olhar dele ficando sem jeito.

— Tá esperando o que pra ir lá animar os seus convidados?

— Consegue acabar isso sozinha?

— E você tá me ajudando desde quando?

Colin coçou a bochecha com o indicador.

— Achei que gostasse da minha companhia.

— Eu gosto, e a gente vai ter tempo pra ficar junto depois da reunião, então vá lá animar seus convidados enquanto termino aqui.

Sorrindo mais uma vez, Colin se afastou.

Se sentindo deslocados, Wiben e Samantha estavam em um canto, sendo açoitados pelo olhar grosseiro de Safira que se lembrava perfeitamente do rosto de Wiben. Colin se aproximou de Safira e deu dois tapinhas no ombro dela.

— Não devia ficar tão hostil assim com meus convidados.

— Não acredito que você o chamou pra nossa guilda, esqueceu o que ele fez com o senhor?

— É claro que não esqueci, mas lutei junto deles, protegemos um ao outro. Eles são meus irmãos de batalha, sem eles eu provavelmente estaria morto.

Safira fez beicinho e cruzou os braços.

— E isso é motivo o suficiente?

— Pra mim sim, só pare de ser uma criança irritante e os perdoe.

— Posso até perdoar, mas não será hoje.

— Tanto faz, só pare de olhar pra eles dessa maneira.

— Tá… eu paro.

Passando pelo pessoal, Colin foi até Wiben e Samantha.

— Pessoal um pouco intenso que você tem aqui, não é? — disse Wiben.

Colin olhou para trás.

— Acho que eles são um pouco, mas em breve vocês irão se entrosar. Parecem um bando de malucos, mas são boas pessoas. Vocês vão gostar deles.

— A universidade inteira está falando de você. — disse Samantha encostada na parede com os braços cruzados — Não é por nada, mas fique de olhos abertos, Loafe não gosta de quem chama mais atenção que ele.

Passando por Kurth, Alunys e os gêmeos, Brighid colocou o frango na mesa de madeira e imediatamente eles começaram a se servir. Entre mais conversas trocadas entre eles e algumas risadas, Colin se manteve em silêncio na maior parte do tempo, apenas aproveitando o momento.

Ele não se recordava da sua casa cheia de amigos assim na terra, nem mesmo em sua infância. Com a mãe sempre doente em casa e um pai rígido, ele raramente socializava com alguém dessa maneira. O único momento que se aproximou de algo assim foi no ensino médio, onde se juntou a um grupo de garotos que conversavam sobre episódios de anime que saiam semanalmente.

Talvez ele tivesse tido sorte de ter um grupo tão unido em um dos melhores momentos de sua vida.

Assim que eles terminaram de comer, eles começaram a ficar mais sérios, esperando o anúncio de Colin. Ele estava um pouco tenso, não era a primeira vez que ele dizia algo pra tantas pessoas assim, mas era a primeira vez que ele diria para tantas pessoas com quem ele se importava.

[Silêncio.]

— Bem… — Colin engoliu o seco e olhou nos olhos de cada um deles — Acho que essa é a primeira vez que todo mundo está junto. Alguns de nós tivemos problemas no passado, e eu sei que há certas coisas que não se esquecem, mas há coisas que podem ser perdoadas… A missão que pegamos foi um tanto complicada, nos envolvemos com bandidos que usavam ante magia e acabamos no meio de uma guerra de vampiros, mas no fim deu tudo certo. — Ele olhou para os novos membros — Poderiam se apresentar por gentileza?

Loaus foi o primeiro a se erguer.

— Sou Loaus Ultan II, filho do imperador de Ultan e agora protegido do senhor Colin. É uma honra conhecê-los, espero que a gente se dê bem.

Assim que Loaus se sentou, Liena se ergueu.

— Sou Liena Ultan I, espero que a gente possa se dar bem em um futuro próximo, e também é uma honra conhecê-los.

O próximo foi Wiben.

— Bem… sou Wiben Willians e acredito que a maioria aqui me conhece e não deve gostar de mim. Não me orgulho da pessoa que eu era, então espero que possam me perdoar…

Samantha se ergueu.

— Sou a filha mais velha do comandante da guarda real, herdeira do grande castelo de Nuli e da arte da guerra passada de geração em geração pela minha família. Prazer, Samantha Vorcana Leerstrom.

A única que faltava era Lei Song. Ela era bem tímida em relação a outras pessoas. Acostumada a dar ordens e nunca ser questionada, ela não conhecia muitas regras de etiqueta entre as pessoas comuns, ainda mais pessoas do ocidente. Ela se levantou e se curvou com as mãos frente ao corpo.

— Lei Song, herdeira da dinastia Song e a última descendente viva de minha casa. Espero poder servi-los da melhor forma possível, e espero não ser um estorvo para nenhum de vocês.

Ela se sentou na cadeira de forma delicada, quase como se fosse uma porcelana sendo colocada cuidadosamente na cadeira de madeira. Elhad reparou nela, assim como Kurth e Loaus. Aquela beleza exótica raramente era ignorada, principalmente pelos homens.

— Acredito que os outros membros terão tempo de sobra pra se conhecerem melhor. — disse Colin — Pois bem, tem algumas coisas que eu quero tratar com vocês, ainda não somos uma guilda oficial, já que os membros tem que alcançar nível cinco em suas árvores primárias, e no momento somente quatro membros tem esse requisito, mas mesmo assim eu gostaria de repassar algumas coisas.

Colin entrelaçou os dedos frente aos lábios e olhou para todos.

— Não conheço todos vocês da forma que gostaria, mas o que conheço deve ser o suficiente para fazermos o seguinte, bom, vocês me nomearam líder, mas não pretendo assumir toda responsabilidade sozinho e nem devo. Eu gostaria de dividir a guilda em três esquadrões, e isso me faz ter que escolher dois vice líderes.

Enfiando a mão no casaco, Colin colocou um papel com alguns nomes em cima da mesa.

— Os vice líderes foram escolhidos por meu julgamento e pela forma que os observei ao lhe darem com adversidades. Não acho que seja objeção de ninguém aqui a minha decisão. Os líderes da guilda serão eu, Stedd e Samantha.

— O que? — disse Samantha incrédula — E-Eu?

Colin fez que sim com a cabeça.

— Você salvou minha vida quando lutamos contra o demônio da estrada, ensinou os garotos a lutarem em pouco tempo e tratou as negociações com o duque praticamente sozinha. Acredito que se você desenvolver esse lado poderá se tornar uma excelente comandante como o seu pai.

Alguns ali se perguntaram se ela era tão boa assim, mas se Colin disse que ela era qualificada, então de fato ela era.

— Stedd provavelmente é o mais forte da guilda depois de Brighid. Acredito que há um abismo na diferença de poder entre mim e ele, mas não o escolhi só por isso. Ele se mostrou apto para resolver questões impossíveis de serem resolvidas, e é por causa dele que essa guilda existe.

— Nossa! — disse Stedd — Não sabia que me amava tanto assim Colinzinho háhá. Mas se seremos três esquadrões, escolheu quem vai ficar com qual esquadrão?

Colin fez que sim.

— Somos treze no total, então estudei um pouco sobre cada um para montar os esquadrões. Tentei fazer de maneira equilibrada.

Colin abriu o papel que estava sobre a mesa.

— Comigo, vão ficar Safira, Wiben e Alunys. Acredito que esse seja o equilíbrio perfeito. Eu poderia ter Brighid no meu time, mas ela é forte demais para andar comigo, e acredito que isso causaria um grande desequilíbrio.

— Esse esquadrão até que faz sentido. — disse Stedd — E então, quem você colocou no meu esquadrão?

— No seu terá Você, Liena, Elhad e Kurth. Acredito que Stedd será um bom comandante já que como ele mesmo já salientou, ele é membro de uma famosa família de assassinos, então acho que tanto a experiência dele quanto a de Elhad será essencial tanto para Kurth quanto para Liena. E por último restou Samantha, Brighid, Sashri, Lei Song e Loaus. Samantha é uma ótima professora, e Brighid me ajudou a aprender sobre magia de maneira bem didática. Acredito que Lei Song se sairá bem com as meninas e aprenderá magia bem rápido.

Colin retirou o anel que Samantha o havia dado no vilarejo e o apoiou na mesa com cuidado.

— O que nos resta agora é falar sobre a carteira da guilda. Samantha tem a carta do pessoal do vilarejo relatando o problema que sofremos durante a missão, e nós conseguimos um bom dinheiro com toda confusão com os vampiros. O dinheiro será dividido igualmente entre os comandantes e eles decidirão o que fazer com ele. O grande festival do torneio de Guildas está se aproximando e eu pretendo participar, mas como sabem, não sou nível 5 em minha árvore primária ainda. Conheci vampiros da terceira geração e eles disseram que iriam me treinar. Pretendo partir nas próximas semanas.

Stedd ergueu as sobrancelhas ao ouvir o nome da terceira geração, mas permaneceu em silêncio.

— Você acabou de chegar e já vai partir? — perguntou Safira.

Colin fez que sim com a cabeça.

— Sou o líder da guilda, mas ainda não acho que mereço essa posição, e meu esquadrão é o mais fraco, mas o escolhi assim porque acho que faríamos uma bela dinâmica de combate. Minha ideia inicial era levar somente meu esquadrão, mas acho que essa seria uma boa pra guilda toda ir junto.

Aquilo sim pegou todos de surpresa., principalmente os membros mais fortes como Brighid e Stedd. Mas era uma sugestão do líder, então eles não recusariam. E uma viagem com a turma toda seria algo divertido.

— Acho que é tudo que tenho a dizer para vocês no momento. Partiremos em duas semanas. Preciso arrumar algumas coisas da guilda, olhar equipamentos, aluguel de carruagem e tem as provas atrasadas pra fazer. Deixarei para Samantha essa questão mais burocrática em relação aos gêmeos e deixarei a Stedd a questão sobre a matrícula de Lei Song. — Colin suspirou, não era nada fácil falar coisas importantes como aquelas — Mas e então, como foram os dias aqui na universidade sem mim?

Um novo assunto se iniciou, onde Safira falava com empolgação com Colin e Stedd da viagem até o porto para buscar Lei e sobre sua batalha com os kinesis. Elhad conversava com Lei sobre seus feitos, tentando impressioná-la, Loaus interrompia Elhad com frequência tentando fazer o mesmo. Sashri conversava com Samantha, afinal, agora elas pertenciam ao mesmo esquadrão. Liena, Kurth e Alunys conversavam sobre coisas aleatórias da universidade.

A reunião descontraída da guilda durou um bom tempo, até a noite mais precisamente. Um a um, o pessoal começou a ir embora, a grande maioria bem empolgados com o nascimento oficial da guilda, sobre os esquadrões além de uma viagem longa. Com todos deixando o apartamento, restou somente Stedd, Brighid e Colin no local.

Odiando fazer tarefas domésticas como limpeza, Stedd aproveitou e foi para seu quarto, dando o momento a sós tão esperado de Colin e Brighid.

Colin havia pego os pratos e levado até a pia da cozinha e Brighid retirou o resto da mesa. Colin começou a lavar os pratos e ele passava para Brighid secar e guardar.

Os dois estavam bem próximos, e Colin se sentia como um adolescente tímido ao ficar sozinho com uma mulher bonita. Era fácil com gente ao redor, mas com somente os dois a atenção se concentrava ali. Mesmo nervoso, ele tentava não externalizar isso.

— Você é mesmo um viajante, né? — perguntou Brighid olhando para seu reflexo no prato que limpava.
— Bem… acho que isso é quase minha força motriz…

— Viajar?

Colin sorriu de canto e fez que sim com a cabeça.

— Isso…

— Colin… — ela parou de secar os pratos e começou a encará-lo. — Pode prestar atenção em mim por um minuto?

Ele engoliu o seco e se virou para Brighid, secando as mãos com um pano.

Os olhos e o cabelo esverdeado dela pareciam mais brilhantes. Reparando em seus gestos, seu rosto corado e seus olhos que vez ou outra se desviavam dos dele, deu-se para notar que ela estava nervosa, talvez bem mais nervosa que ele.

— Sim… — disse ele jogando a toalha na bancada.

Brighid desviou o olhar algumas vezes enquanto criava coragem pra dizer o que queria.

— Você lembra que antes de você viajar, eu disse que gostava muito de você e você disse que a gente conversaria assim que você voltasse?

— Lembro…

— Então… eu não quero pressionar você, mas é que eu pensei muito em uma coisa… — Ela deu um passo pra frente enquanto enroscava o cabelo com o indicador — Você sabe que comparada aos humanos, eu sou bem velha e eu já vivi muito, mas tem coisas que eu sinto agora que nunca senti antes em toda minha vida. E quando penso que daqui a setenta anos você pode estar morto, eu começo a ficar desesperada e me dá vontade de fazer tudo rápido… Então… eu não quero apressar você nem nada do tipo, mas é que você é do tipo que sempre se mete em problema, e talvez esses setenta anos se transformem em cinco, ou quem sabe anos virem meses… Eu queria dizer algo pra você ficar sozinho comigo em algum lugar longe dessa guerra, desses problemas, pra gente fazer o que os humanos fazem. Coisas do tipo casar… ter uma casa… uma família, mas te conhecendo, sei que isso seria um pouco difícil…

E de fato seria. Colin gostava do calor da batalha. Seria algo inimaginável a àquela altura viver uma vida pacata com tanta coisa acontecendo naquele mundo, mas uma parte dele também desejava uma vida simples junto de uma esposa e filhos que o amem. Sua família nunca foi muito unida devido a doença da mãe, e isso o privou de ter uma família amorosa que almoça e janta junta, faz viagens e se divertem.

— Eu quase morri quando enfrentava o demônio na estrada. — disse Colin de maneira serena — É estranho esse sentimento, eu já havia aceitado a morte, mas mesmo assim eu não queria morrer. Pensei em todos vocês, mas meus pensamentos focaram exclusivamente em você em determinado ponto, e isso me fez resistir por mais tempo. Eu já não enxergava mais, nem ouvia muito bem, a única coisa que eu sentia era dor, uma dor que vinha de cada fibra do meu corpo e parecia revirar os meus órgãos, mas mesmo assim eu continuei, e ainda bem que continuei. — Colin pegou as mãos dela e a encarou nos olhos. — Quando você já está acostumado com tudo dando errado, fica difícil de se acostumar com coisas boas acontecendo e fica mais difícil ainda se permitir gostar de alguém novamente depois que você já está quebrado, e eu ainda estou quebrado, diria que ainda estou juntando os cacos de uma antiga vida desastrosa.

Os intensos olhos verdes dela brilhavam de uma forma que Colin não conseguia descrever, e encarar o rosto corado da companheira fez até mesmo alguém como Colin abaixar a guarda. Eles sentiam a respiração um do outro e ambos sentiram calor, controlando ao máximo a atração que seus corpos ansiavam.

— Eu me arrisquei enfrentando o cocheiro, me arrisquei enfrentando o Bakurak, me arrisquei enfrentando Anton, enfrentando mercenários e me arrisquei entrando no coração do exército dos vampiros para salvar duas garotinhas… acho que seria injusto se eu não me arriscasse aqui também.
Colin levou uma mecha do cabelo de Brighid para detrás da orelha. Desceu as mãos e apoiou na cintura dela a puxando para perto de maneira gentil. Brighid estava mais nervosa que Colin, era a primeira vez que ela fazia algo assim, mas não relutou e nem repreendeu o parceiro, apenas se deixou levar.

Os lábios dela se encontraram com os dele. Ela sentiu o coração palpitar e sentiu a língua dele indo de encontro a sua em um beijo gentil, porém intenso.

Colin subiu a mão direita, passando pelas costas dela, pela nuca e agarrando o cabelo de Brighid de maneira firme. A mão esquerda dele foi até o cóccix dela e a aproximou ainda mais, fazendo virilha de ambos se encostarem. Se deixando levar pelo momento, Brighid apoiou as mãos no tórax dele, agarrando sua camisa, fazendo os corpos deles ficarem ainda mais próximos.

Caminharam para trás até que Brighid encostou na bancada de madeira. Com as mãos na cintura dela, Colin a sentou na bancada, e ela cruzou as pernas, prendendo Colin a seu corpo.

Nenhum dos dois queria parar por ali, os dois desejavam aquilo de maneira intensa, seus corpos gritavam para que dessem um passo a diante naquela troca de carícias.

Colin sentia os lábios doces e sensíveis dela. Sentia os seios, o corpo tão delicado e macio que ele tinha medo de machucar. Já ela sentia os braços firmes de Colin, a mão pesada que agarrava seu cabelo com força, aquele corpo quente e definido que se esfregava ao dela, a deixando com ainda mais vontade de dar um passo adiante.

As coisas estavam começando a ficar intensas, tomando um caminho sem volta, até que escutaram a chave da porta se mexer. Rapidamente, eles se desvencilharam um do outro.

Brighid saiu da bancada e começou a arrumar as roupas e o cabelo, já Colin pegou um prato próximo a pia e fingiu que estava o lavando.

Háhá, Colin?! — disse Kodogog ainda na porta vendo as costas do colega de quarto. — Que saudade, meu amigo! — Ele foi até Colin e o abraçou, um abraço apertado que fez Colin sentir como se fosse ser partido ao meio — E quem é essa?

— Bem, essa é Brighid, uma amiga, ela estava comigo no torneio de seleção…

Ahh, sim, me lembrei dela! Como vai, irmãzinha!

Kodogog a abraçou da mesma maneira que abraçou Colin, e Brighid sentiu que aquele Orc tinha uma força física superior à de seu companheiro.

— Fiquem à vontade! — Kodogog deu um tapa nas costas de Colin e Colin quase foi jogado pra frente — Qualquer amiga desse cara é minha amiga também. E eu consegui aquelas armas que pediu com a presa de bakurak. Enfim, vou tomar um banho, foi um prazer moça bonita, até mais!

Apressado, Kodogog se retirou e ambos permaneceram parados ali olhando para os dois lados bastante envergonhados por quase terem sido pegos no ato.

— Acho que eu vou indo… — disse Brighid — Eu preciso pensar um pouco em tudo que aconteceu aqui…

— Ah, certo… te vejo amanhã? A gente pode ir em algum lugar da capital, não andamos muito por aí desde que chegamos nessa cidade.

— Por mim tudo bem… Você passa no meu apartamento depois das aulas?

— Passo sim, pode deixar.

Eles ficaram olhando pro outro enquanto estavam parados. Colin relutou em avançar para um beijo de despedida, então Brighid apenas se moveu para fora dando um tchauzinho para Colin e fechando a porta.

Depois de um longo suspiro, Colin encostou na bancada coçando a nuca.

Ownt, que fofos! — disse Stedd aparecendo sentado na bancada com aquele sorriso de caninos expostos.

Colin levou um susto ao ouvir a voz do amigo.

— A quanto tempo está aí?

— A tempo o suficiente. As mulheres preferem os caras malvados, certo? Hehe. Me enganei sobre a bonitinha, quem diria que ela teria aquele fogo todo, hein?! Por isso sempre dizem que as santinhas são as piores hehe. Enfim, marcaram um encontro, estou feliz por você e espero que consiga terminar o que não começou aqui. — Stedd piscou e fez o sinal de positivo com o polegar.

— … Se me der licença eu acho que vou descansar um pouco, tive um dia bem cheio hoje.

— Ui, ui ficou todo nervosinho por que dei uma espiadinha?

— Só não fique bisbilhotando assim, é meio bizarro.

Stedd cruzou os dedos e os beijou.

— Juro que não faço mais.

Colin abanou uma das mãos e se retirou para seu quarto.

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Olá, eu sou o Stuart Graciano!

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