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Capítulo 94 – Arquiduquesa

Caminhando por um beco, Elhad e Sashri iam em direção a uma casa grande, porém parecia bem velha, quase caindo aos pedaços. Até a pintura por fora era deteriorada e passava um ar de ser uma casa mal assombrada.

Elhad deu um passo à frente, cerrou o punho e bateu na porta três vezes.

Ouviu-se o barulho de algo se destrancando e surgiu uma pequena fresta da porta.

Um homem velho encarou os dois e depois escancarou a porta, dando uma olhada para o beco caliginoso antes de trancá-la novamente.

— O chefe está esperando por vocês lá em cima.

Ambos assentiram e seguiram pelo corredor. A madeira era tão podre que a sensação que tinham era que aquele lugar desabaria a qualquer instante.

Ao longo do corredor estavam algumas pessoas vestidas com ternos contando moedas. Na outra parte havia viciados se drogando com algo que fumavam pelo cachimbo. Aquelas pessoas estavam tão magras que pareciam caveiras.

Subiram as escadas e encontraram dois homens grandes barrando a porta. Os seguranças deram um passo pro lado e ambos passaram.

A sala era bem ampla, e diferente da podridão e mofo que viam lá em baixo, esta sala tinha requintes de nobreza.

No fundo, havia uma adega, ao lado uma estante de livros, e na frente deles havia uma grande mesa redonda com três homens fumando cigarros.

Os seguranças fizeram uma reverência e se retiraram.

O homem na ponta era um meio-elfo de cabelo loiro penteado para trás e uma cicatriz no olho esquerdo, ofereceu lugar para que eles se sentassem.

— E então, como foi a estadia na casa daquele velho?

Elhad se sentou na cadeira e cruzou os braços.

— Ele tem um castelo bem grande com várias bibliotecas que trazem consigo conhecimento que toda ordem adoraria colocar as mãos.

O homem sentado no meio era Marduk Meron, líder da irmandade conhecida como: Obsidiana de Movor. Aquele a sua esquerda era Tony Tremony, e a sua direita Peter Preducius.

A ordem estava ligada ao tráfico de informações e venda de drogas, principalmente uma droga criada por seus próprios alquimistas.

A droga era tão poderosa que o usuário poderia viciar no primeiro uso. A irmandade usava isso a seu favor, fazia os usuários gastarem tudo que tinham para suprirem seus vícios, e consequentemente eles aumentavam o lucro. Para adquirir favores, Marduk vendia drogas as pessoas com a promessa que elas poderiam pagar depois, mas ele sabia que isso não era possível.

Então Marduk levava coisas de valor dos usuários, isso incluía crianças, esposa, bem materiais inestimáveis e qualquer outra coisa que pudesse ser comercializada.

Tirando o cigarro da boca, Marduk apontou para Elhad.

— E o velho, suspeitou de vocês?

— Provavelmente. — respondeu — A terceira geração é poderosa, poderosa o bastante para subjugar uma nação inteira da noite pro dia. — Elhad enfiou a mão no paletó e retirou alguns retratos desenhados a mão por ele. — A grandona é Morgana, ela é forte como um titã. Ouvi dizer que ela tem três pandorianos de classe especial, mas não os vi lá.

— Entendi… — Marduk assoprou a fumaça do cigarro — Quem venceria, essa Morgana ou o nosso amigo Peter aqui?

— Morgana. Ela é um monarca da pujança. Já viu esses desgraçados da pujança lutarem para valer? Vi uma vez, e adianto que até mesmo você teria dificuldades contra ela, senhor Marduk.

Esboçando um sorriso, Marduk assentiu.

— E esse sujeito esquisito?

— Orlock — disse Sashri — É um conjurador com o maior conhecimento arcano que eu já vi. Trenamos com ele, e posso afirmar que ele é bem perigoso. Se Morgana é o cão de briga da terceira geração, Orlock seria o suporte.

Marduk apoiou o indicador sobre duas fotos.

— E esses dois?

— Carmilla e Lestat — disse Elhad — Lestat é um monarca do Reparo. A especialidade dele é com armas. Apesar de usar armas, eu chutaria que ele é o mais forte dos vampiros depois de Graff. A mulher é uma monarca do pélago que consegue controlar sangue, mesmo sem a lua cheia.

— Ela está envolvida com a Encruzilhada? — Perguntou Peter com certo temor na voz.

— Provavelmente não — respondeu Marduk — A encruzilhada não se interessa por esse continente, sem falar que eles e os vampiros já tiveram desentendimentos passados. E eles estão trabalhando para aquela dinastia de psicopatas do oriente.

Erguendo-se, Marduk foi até a janela e moveu a cortina encarando a rua movimentada.

— Recebi informações de que Bledha vai atacar o torneio de guildas. Não sei como ela planeja matar todos os reis e imperadores de uma vez, mas ela fará. Eu não cogito ficar nesse lugar já que ele vai se tornar um campo de batalha sangrento. Sairei da capital hoje mesmo. Voltarei para Valéria e organizarei as coisas.

Elhad e Sashri se ergueram.

— Só tem mais uma coisa, senhor… — disse Sashri — O líder da minha guilda, Colin, é um errante.

Os três a encararam.

— Isso sim é uma surpresa… pensei que estivessem extintos, mas mais deles continuam aparecendo…

Peter se ergueu e bateu as duas mãos na mesa. Seu olhar transparecia um ódio palpável.

— Temos que matar essa coisa!

— Receio que isso não será possível. — disse Elhad — Brighid, a monarca de duas árvores, tem uma relação bem íntima com ele. Passar por ela será impossível.

Rangendo os dentes, Peter bateu os pés e ficou frente a Elhad.

— Se esqueceu o que os errantes fizeram com seus antepassados, se esqueceu o que fizeram com minha família? Eles são assassinos sádicos! Mataram meu filho, estupraram minha esposa, massacraram o meu povo e você está me dizendo que uma mulherzinha está entre mim e essa raça maldita?

— Peter — disse Marduk — Se acalme. Não iremos nos meter com um errante, não por enquanto. Esse tal Colin é amigo daquele Stedd, certo?

Elhad fez que sim.

— Eu não confirmei, mas diria que Morgana, o cão de briga da terceira geração, nutre algum sentimento por ele. Ficamos apenas seis meses com ela, mas eu diria que se senhor Peter ferisse Colin de algum modo, ele poderia se considerar um homem morto.

Apoiando a mão no queixo, Marduk assentiu e apagou o cigarro com o sapato.

— Então o errante está tão longe de nós assim? — perguntou Marduk.

— Receio que sim… o próprio Colin é bem forte. Vi a evolução dele de perto. Não tardará até que ele seja um monarca da pujança, sem contar o fato que a pandoriana dele é uma raposa de nove caudas.

Como se suas esperanças fossem arrancadas de seu peito, Peter se jogou na cadeira e colocou as duas mãos na cabeça.

— Que merda! — Esbravejou Peter.

Marduk colocou uma das mãos no ombro do amigo.

— Não se desespere, a hora do errante ainda vai chegar. Mais alguma coisa a relatar?

— Não senhor.

— Certo. Proponho sairmos dessa cidade antes que ela vire um inferno.




Depois de cruzar a ponte de gelo, antes de passarem pela porta do oitavo fosso, Colin sentiu sua tatuagem formigar como nunca.

“Tem dedo de errante nisso?” Pensou Colin “Portais que levam a outros mundos dessa maneira… O velho não me disse nada disso. Sem falar que a mana que sinto ao passar pelos portais não me parece estranha… Isso não me cheira bem. Será que isso é uma armadilha?”

Com tais pensamentos em mente, Colin avançou. Mesmo com o pé atrás, ele estava curioso para saber onde aquilo terminaria.

Se deparou com um cenário árido, onde cidades mortas formavam uma paisagem urbana desolada. Nas cidades repousavam seres repugnantes, demônios de pequeno e médio porte.

Andando entre uma viela e outra haviam seres corrompidos que se pareciam com humanos, murmurando em lamento algo indecifrável enquanto vagavam sem destino por aquele plano decadente.

— Que lugarzinho mais para baixo… — comentou Walorin olhando para Colin — Você é da árvore-do-céu, certo? Por que não corre reto nessa direção e vasculha a área?

Colin franziu o cenho e Walorin coçou a nuca.

— Calma aí, cara, eu só fiz uma sugestão, tá bom? Não precisa fazer essa cara de quem quer me matar.

— Me esperem aqui. — O corpo de Colin foi coberto por faíscas e ele desapareceu em meio as casas do deserto.

Leona se aproximou de Safira.

— Qual é a do cara? — Leona sussurrou.

— Como assim?

— Ele é muito forte, mas age com esse jeito passivo. Não confio nele e você percebeu, não percebeu?

Safira ergueu a sobrancelha.

— Percebi o quê?

— Eles são monarcas, e do nível mais alto. A mulher tem a habilidade suprema da árvore do pélago que é a de dominar sangue, e ela faz isso em vários seres ao mesmo tempo. Li uma vez que para fazer isso, o controle arcano tem que ser perfeito. — Ela apontou o queixo para as costas de Walorin — Ele é um monarca da terra, e como a mulher de cabelo branco, ele tem a habilidade suprema da árvore da terra, ele controla a gravidade.

Safira engoliu o seco.

— Então aquilo foi um controle de gravidade? — ela perguntou e Leona confirmou, assentindo com a cabeça.

— Aquele homem cobra não errou o soco, esse cara controlou a gravidade e fez ele errar naturalmente.

Os instintos animais de Leona não paravam de sinalizar perigo eminente. Estar junto daqueles dois era sufocante. Não era pelo lugar caótico submerso em lamúria, mas era por aqueles dois a sua frente que ela estava achando difícil até para respirar. Era como se predadores perigosos estivessem bem na sua frente.





Colin seguiu um rastro de mana que vinha de um castelo que se destacava no meio de todo aquele deserto. Ele se aproximou mais um pouco e viu homens cães fazerem a segurança do portal.

Do topo de uma pequena montanha, Colin observava atento.

“Uma mana enorme vem lá de dentro. O portal deve estar lá, e o ‘juiz’ desse fosso também.”

Depois de pensar se deveria avançar ou não, Colin deu de ombros e se aproximou do castelo. Os homens cães farejaram o ar e viram um homem se aproximar ao longe.

Rosnando em demasia, os cães latiram e partiram para cima do intruso. Colin apoiou a mão no cabo da espada e esperou os homens cães se aproximarem.

Vush!

Ele partiu os dois ao meio num único movimento.

Comparados a ele, aqueles monstros eram insignificantes. Calmamente, Colin foi até o castelo e passou pelo portão da frente. Havia uma energia sedutora no castelo, mas, ao mesmo tempo, era uma energia mortal.

Colin não se amedrontou, afinal ele estava confiante de sua própria força. Em dois golpes partiu a porta ao meio e avançou para o hall de entrada.

O hall, era empoeirado, repleto de teias de aranha.

Colin sentiu um arrepio na espinha, não pelo medo do lugar, mas pelas aranhas. Era um medo de infância que ainda estava enraizado em seus ossos.

— Porcaria de aranha! — esbravejou.

O traço de mana vinha da direita, de um ponto em específico.

Na parede estava uma aranha, e na bunda da aranha estava um olho avermelhado o encarando.

“O juiz deve estar de olho em mim”.

— Sei que está me vendo. — disse Colin — Não estou com muito tempo sobrando, então por que não aparece para isso acabar rápido?

O olho virou uma boca.

— Você tem coragem de vir até meu castelo — disse uma voz feminina bem sedutora — Matou os meus guardas e entrou em meu lar sem ser convidado.

A mana poderosa que Colin sentia mudou de lugar.

— Sua mana — disse com água na boca — Essa forma, essa densidade… já consigo sentir na boca! Você é um errante, não é?

A mana poderosa moveu-se mais uma vez. Parecia estar por todo lugar.

— Todos os errantes que comi eram apetitosos! Você é forte, um elfo negro cheio de músculos — a boca lambeu os beiços — Vai ser um prato e tanto, mas antes, tenho que amaciar a carne?

Colin sentiu um tremor de todos os lados e do chão saiu uma centopeia enorme.

— Vamos lá, elfo, me mostre que você é capaz de-

Vush!


Num movimento rápido, Colin partiu a enorme centopeia ao meio. Os restos da criatura caíram para o lado e o castelo estremeceu.

— Eu disse que estou sem tempo.

A boca falante mordeu os lábios de raiva e a aranha se desintegrou. A enorme mana que Colin sentia se aproximou em uma alta velocidade.

O tremor continuou.

Parecia que o castelo todo seria engolido pelo chão.

Um enxame de aranhas deixou o buraco e começou a se juntar formando um único ser.

O ser, da cintura para cima o corpo de uma mulher e da cintura para baixo era o corpo de uma aranha. Ela pendurou sua teia no teto e desceu devagar, observando Colin com um sorriso no rosto.

A mulher tinha longos cabelos pretos, pele pálida, seios fartos e lábios avermelhados. Seu corpo de aranha era enorme, com destaque a bunda que parecia a de uma viúva-negra.

Hehe! Não está tão arrogante agora, né, pirralh-

Vush!

Colin lançou um corte cruzado imbuído de raios na direção dela, mas ela se defendeu com seus muitos braços sem problema algum.

A reação dela foi algo anormal, já que os golpes de Colin tinham uma velocidade que superava em muito usuários de árvores habilidosos.

— Me deixe terminar de falar! — disse furiosa.

— Eu não tenho tempo para isso. Onde está o portal para o sétimo fosso?

Ela esboçou um sorriso de canto.

— O que você quer no sétimo fosso? Está aqui para matar Drez’gan?

— E se eu estiver?

Apoiando as mãos na boca, ela segurou a risada, logo depois gargalhou. Gargalhou tão alto que poeira caiu do teto.

— Um pedaço de lixo que nem você derrotar aquele cara? HÁHÁHÁHÁ Meus Deus, garoto HÁHÁHÁHÁ — Ela limpou a lágrima do olho direito — Tem eras que não rio assim. Você não conseguirá passar por mim, imagine derrotar aquele lixo do Drez’gan.

Olhando fixamente para a mulher aranha, Colin resolveu usar a análise.

Status Geral:

Nome: Arachne Jane.
Idade: Indefinida.

 Árvore primária: Indefinida.
Árvore secundária: Indefinida.
Árvore secundária: Indefinida.

Mestre da espada; nível 05.

HP: 1. 100.
MP: 4320.

Habilidades:

Força: 15
Destreza: 23
Agilidade: 210
Inteligência: 35
Estamina: 16


“Apenas a agilidade dela é alta. Isso explica porque conseguiu se defender do meu golpe com facilidade, mas considerando todos os atributos ela é bem fraca. Então por que minha análise apresentou árvores indefinidas para alguém tão fraca quanto ela?”.

— Usando a análise em mim, garoto? Háháhá!

Colin apoiou a espada no ombro, flexionou os joelhos e faísca celeste circundou seu corpo.

Thing!

Ele saltou, e no momento que iria decapitá-la, Jane defendeu com um dos braços e Colin prontamente se apressou para desviar do contra-ataque, mas Jane não se moveu.

Apoiando os pés na parede, Colin foi de um lado para o outro, como se um vulto celeste estivesse em todos os lugares do hall ao mesmo tempo. O mais impressionante era que Jane acompanhava a velocidade de Colin com os olhos.

Bastou Jane esboçar um sorriso diabólico e Colin parou com seus movimentos. Cauteloso, ele saltou para longe.

Seja qual for o jogo que ela estivesse escondendo, ele soube no momento em que ela defendeu aquele golpe com os braços nus que aquela mulher não devia ser subestimada.

— Esperto! Muito esperto!

A aranha desceu pela teia e foi para o chão. Colin olhou para o chão, paredes, teto e depois olhou para Jane.

“O lugar todo está infestado de teias. Provavelmente ela sente a vibração quando passo por essas teias e isso a deixa a par dos meus movimentos. Tenho que levar essa luta para outro lugar ou ser mais rápido. Mas como ela defendeu meu golpe tendo só 15 de força? Tenho 76, não seria problema eu arrancar a cabeça dela num único golpe.”

— Está pensativo, né? — debochou a aranha — Isso é bom, torna a luta bem mais interessante. Eu não queria te decepcionar, mas você não tem chance contra mim. — Ela abriu um sorriso de canto — E então, qual seu próximo passo?

Colin segurou a enorme espada com uma mão e manipulou sua mana para conjurar outra do mesmo tamanho. Ele saltou, foi até a aranha e tentou acertá-la com a espada, mas ela se defendeu.

“Preciso ser mais rápido!”

Faíscas ainda mais intensas deixaram o corpo de Colin e ele pressionou a mulher aranha. Ela defendia aqueles golpes com os braços nus, mas os golpes não estavam apenas fortes, eles estavam queimando.

Colin passou a se mover tão rapidamente que ela começou a ter dificuldade de acompanhar. Seu corpo não respondia à velocidade de pensamento de seu cérebro, e foi onde Colin achou uma brecha.

Em certo momento da luta, Jane pensou que Colin estava em um lugar, mas ele estava em outro completamente diferente. Ela atravessou o vulto com uma das patas, deixando parte de seu lado esquerdo exposto.

Avançando, Colin cravou sua espada de ferro na costela dela. Logo depois sua espada feita de relâmpago desapareceu, se limitando apenas a sua mão, então, ele tocou no cabo da espada de ferro, eletrocutando a aranha. Ela berrou, olhou para o lado e tentou reagir, mas seus movimentos estavam paralisados.

Colin aproveitou, enfiou mais fundo a espada, atravessando a aranha até o outro lado.

Crash!

Ele a partiu ao meio, jogando sangue esverdeado para todo lado. Para ter certeza que seu inimigo seria finalizado, Colin aproveitou e a decapitou, deixando a cabeça dela rolar até o hall de entrada.

[Pancada!]

Uma das patas da aranha chutou Colin no estômago, o jogando nas escadarias em um estrondo agonizante. Colin não parou por aí. Atravessou a cozinha, quartos, e por fim o castelo inteiro.

Caiu rolando no pátio do outro lado do castelo.

Ele apoiou a mão no joelho e se ergueu.

Estava tentando entender o que aconteceu. Como ela havia sobrevivido depois de ter a cabeça arrancada? Ela era como Graff?

Escutando o barulho de saltos junto a palmas cadenciadas, Colin olhou para o buraco que ele havia feito.

Jane estava em sua forma humana. Usava botas pretas com salto agulha, calça de couro colada junto a uma camisa de manga longa com um decote exagerado. No meio dos seios fartos dela havia a tatuagem de uma aranha vermelha.

Das costas dela surgiram diversas partas de aranhas a suspendendo do chão, e em sua cabeça apareceram chifres.

— Você é forte — disse ela num tom sedutor — Conseguiu quebrar a minha casca, superando minha velocidade. Faz eras que não aparece alguém assim por aqui. Qual o seu nome?

Colin continuou em silêncio. Apanhou sua espada de ferro e avançou na sua velocidade máxima.

Paft!

Jane defendeu o golpe erguendo o braço direito e, como se fosse vidro barato, a espada se estilhaçou em vários pedaços.

[Pancada!]

Com um peteleco na bochecha, Jane mandou Colin longe. Foi um golpe simples, mas Colin sentiu como se levasse um soco de Morgana. Ele atravessou as paredes do castelo e rolou na areia do deserto até se recompor.

Sua mente ficou zonza e ele sentiu sangue escorrer do seu nariz.

Jane se aproximou cruzando os braços e estampando o sorriso no rosto enquanto suas patas de aranha em suas costas suspendiam seu corpo.

Ownt! — zombou Jane — Machuquei você, garoto?

Limpando o sangue do nariz com as costas da mão, Colin resolveu usar a análise mais uma vez.

Status Geral:
Nome: Arachne Jane.
Idade: Indefinida.

 Árvore primária: Indefinida.
Árvore secundária: Indefinida.
Árvore secundária: Indefinida.

Mestre da espada; nível 05.

HP: 430. 100.
MP: 1.800. 320.

Habilidades:

Força: 350
Destreza: 230
Agilidade: 210
Inteligência: 1035

O queixo de Colin quase foi ao chão quando ele viu tais informações. Ela era tão forte que Morgana, o HP superava o de Brighid e o MP era o maior que ele já viu desde que pisou naquele mundo.

“Que merda é essa? A diferença dela pro juiz anterior é astronômica! Não tem como eu vencer essa coisa sozinho.”

— Eu disse a você, garoto, você não venceria Drez’gan no seu nível atual, nem conseguiria vencer os arquiduques dos fossos superiores, quiçá os seus apóstolos.

Ela suspirou e deu de ombros.

— Para ser sincera, acho que você tem potencial, mas falta experiência.

Colin engoliu o seco.

— O que você é? — indagou.

Jane fez uma reverência.

— Sou Arachne Jane, a arquiduquesa do oitavo fosso e também uma antiga rainha do abismo.

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Olá, eu sou Stuart Graciano!

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