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Não parecia estar acontecendo nada naquele momento. A cidade de Arch, conhecida como a maior cidade do país, estava soberana como sempre. Uma das cidades mais tecnológicas do mundo, teria sua glória transformada em ruínas. A sua relevância, transformada em insignificância. Era o fim daquela bela cidade.

A calmaria finalizou quando foi ao ar aquele noticiário. Ver todas aquelas pessoas em desespero era atormentador. Sirene tocando, indivíduos gritando, crianças chorando e o medo exalando.

Ajoelhado em meio a calçada enquanto observava a pequena cidade sendo destruída em meio ao desespero da sobrevivência. Era angustiante ser um mero telespectador olhando sua própria cidade caindo em ruínas.

Minha mente estava mais vazia do que uma folha em branco sendo queimada em meio ao fogo da fúria.

Minhas lágrimas escorriam em meu rosto; a impureza presente nelas mostrava a minha inutilidade existencial. Minha vida passava como um filme diante dos meus olhos.

— Qual é a coisa mais importante em meio ao desespero? — uma voz grave vinda de minhas costas, perguntou.

Olhei em direção ao som e vi um homem alto com uma bengala, terno preto elegante e uma cartola preta, me observando de cima para baixo.

— Vamos, me diga. — Um sorriso ele esboçou.

Um questionamento peculiar como aquele em meio a uma situação como aquela, deixaria qualquer um com um pequeno medo do que viria. A sensação que tinha ao olhar em seus olhos azuis, era que se eu desse uma resposta errada, provavelmente eu teria uma punição equivalente ao erro.

Eu não sabia o que responder.

— A calma — respondi com uma certa relutância.

Ele me olhou fixamente enquanto tinha seu sorriso desmanchado lentamente, mudando para um de decepção. Aquele olhar, era um que eu conhecia muito bem.

— Não, meu garoto. Pense melhor.

— Você está me fazendo essas perguntas em um momento como este? Isso é loucura!

O homem se aproximou de meu rosto. Seus olhos arregalados me traziam pavor e, ao colocar sua mão em meu ombro, me vi preso em meio a pressão exalada por ele.

— Cuidado com as palavras, garoto. Me diga uma resposta melhor, agora!

— Eu… Não sei.

— Entendo. — Ele fechou os olhos, se distanciou e deu um suspiro. — Quer saber a resposta?

Naquele momento, uma gigantesca sombra lentamente começou a me consumir. Meus olhos se arregalaram e meu sangue ferveu. Fiquei hipnotizado por aquelas palavras.

Eu sabia, eu sentia, que nada de bom viria. Mas mesmo assim, não me senti com vontade de protestar. Talvez a curiosidade? Era um caminho sem volta.

— Sim, eu quero.


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Olá, eu sou Tanuvis!

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