Capítulo 162 – Diabo, O Rei Demônio (4)

Queria acompanhar a evolução de Mireina, mas não tinha mais tempo. Eu experimentei várias mudanças violentas quando evoluí antes, como quando me tornei um ser superior, mas agora estava experimentando uma evolução diferente daquela. O que eu poderia dizer? A trajetória que eu estava traçando era diferente do meu passado; Eu não estava voltando para o Baal que eu tinha sido, embora isso certamente me afetasse. Eu era o demônio chamado Baal; afinal, eu tinha a mesma alma.

Mas isso estava sendo misturado com meus poderes de Ganância, Gula e Inveja. Formei um novo eu misturando tudo o que adquiri com o nome e o poder de Baal. O que não deveria ser misturado foi aparado, onde as partes restantes foram unidas sob uma vontade forte. A evolução ocorreu em um reino muito além da dor. Ou para ser mais preciso, a dor não fazia mais sentido para mim. A dor nada mais era do que um alerta de perigos para o corpo, mas eu estava muito além disso. Eu já tinha alarmes de perigo muito mais claros e utilizáveis.

[Ahh.]

Meu corpo anterior estava completamente quebrado, e eu não podia vê-lo. Havia apenas mana. Mana fervente que me deixou saber que eu ainda existia – mana suficiente para quebrar até o céu. O poder dos meus subordinados já havia sido devolvido a eles, então era todo meu. a Magia Nova e Magia da Alma, divididas em dois ramos, foram torcidas e esticadas. Elas se moveram com um impulso aterrorizante enquanto comiam um ao outro, finalmente se unindo e irradiando uma luz brilhante.

Seres no sistema inferior tinham um corpo puramente físico com pouca mana, mas eventualmente recebiam mais à medida que cresciam. Uma ser superior abandonou esse corpo para formar um corpo e uma alma puramente baseados em mana. E agora eu, achando até mesmo essa distinção um fardo, estava juntando tudo. A fronteira entre o corpo e a alma foi destruída. O corpo era a alma, e a alma era o corpo. Agora eu sabia por que Lúcifer tinha um gosto tão doce – ele era a única comida completa que eu já comi. Uma alma e um corpo unidos, assim como eu.

Mas havia uma coisa que não tinha derretido completamente em mim: aquele atributo misterioso, coberto de pontos de interrogação. Sempre esteve comigo, sob o nome de sorte. Mas talvez fosse o destino em vez disso. Eu não sabia como isso me afetaria, então deixei sem vigilância, mas agora todo o resto estava sendo revelado, aquele ponto de interrogação que ainda se escondia de mim era irritante.

Eu poderia dizer agora que eu havia recuperado a maioria das minhas memórias como Baal. Era um conceito. Coube a mim interpretá-lo. Isso ainda era algo que faltava. Esse poder que levava o nome de sorte e agora destino, ou talvez só tenha esse nome porque eu o nomeei, ainda estava claramente escondido dentro de mim. Mas eu não tinha a chave para destrancá-la. No momento em que pensei sobre isso, a mana que estava girando ao meu redor parou e começou a formar uma forma no ar.

Fui eu. Todos os poderes que eu havia devorado até agora estavam se juntando para formar minha imagem.

“Finalmente…!” Ouvi a voz de Belphegor, dominado pela emoção, e sorri suavemente. Meu rosto já estava completo, e eu podia sentir os músculos do meu rosto se movendo. Em pouco tempo, quando não tinha uma forma exata como ser, senti uma sensação infinita de liberdade e frustração. Eu estava livre, mas incapaz de entrar em contato com outras pessoas sem minha forma física. Talvez foi para interagir com os outros que alguns seres se fixaram na forma de matéria. Com um pensamento tão irrelevante, eu pisei no ar. Para um ser cheio de mana, não importava se havia terra ou ar abaixo dos pés.

A dica já existia desde o início: Belkena e Belkatina, seres com meu nome. Claro, apenas saber não teria sido suficiente. Agora eu tinha chegado ao nível 9 em Inveja e Predação, que eram os poderes centrais que me definiram. Como a Ganância estava operando em um nível mais fundamental, ela não era especificada pelo poder das habilidades, mas eu podia senti-la em todas as minhas palavras, pensamentos e ações. Fora isso, tudo o que me restava era a habilidade Ceifador, Dominação e minha habilidade Magia.

“Mireina?”

“Ainda não. Eu acho que sua evolução deve acabar em alguns minutos.”

“Entendo…” A atitude de Belphegor em relação a Mireina permaneceu inalterada, apesar de ela ser uma companheira que estaria por perto por um tempo, supondo que tivéssemos sucesso contra o Céu. Foi tudo por causa da origem de Mireina como descendente do Campo de Batalha. Pensei em suas origens e na vida e morte de Lúcifer. Ao fazer isso, a luz ao redor de Mireina começou a desaparecer gradualmente.

“Eu me sinto um pouco estranha.” Mireina absorveu a luz e caminhou em nossa direção.

“É como se houvesse outro eu dentro de mim.”

“Isso significa que você está exercendo o poder corretamente. Acalme sua mente e controle-o.”

“Ok. Eu posso fazer isso.”

“Hum…?” Senti uma pequena sensação de incongruência nela. Mas eu não tinha certeza se era por causa de sua mudança violenta de sua evolução, ou por causa do jeito que ela estava falando.

“Fate?”

“Ah, não é nada.” Não era importante. Olhei para Belphegor, chamando meu nome e estendendo a mão. Tudo correu como planejado e impedimos a destruição do Subterrâneo.

“…” Baixei minha mão silenciosamente, só agora percebendo a mudança no Campo de Batalha.

“Onde estamos agora?”

“O Campo de Batalha dos Novatos, é claro… Mestre Fate?”

“Onde estava localizado?”

“Terra, não?”

“Sim.” Lúcifer, aquele filho da puta. Achei que tinha impedido o Campo de Batalha de se tornar um mundo independente, mas esse foi o meu erro. Lúcifer separou o Campo de Batalha da Terra antes de qualquer outra coisa! Não seria restaurado mesmo se ele desistisse do poder da Inveja.

“A partir de agora, o campo de batalha retornará à Terra…!”

“Não, é impossível porque este mundo já está desmoronando… merda!” O que eu tinha conseguido desde que me tornei um goblin agora era inútil. Tudo por seu desejo de se tornar o criador de um novo mundo, por esse desejo de merda! Quão fugaz foi, quão patético. Ele mataria L, a única outra pessoa que ele se importava, com tanto desejo. O que faríamos? Eu poderia usar minha força para restaurar o Campo de Batalha ao seu estado original e então forçar uma conexão com a Terra?

“Não, não há como os céus ignorarem isso…!” Tínhamos três semanas originalmente, mas agora eram cerca de duas. Se eu fosse falhar, seria por causa do Céu. Isso não!

‘O que eu faço? O que devo fazer?’ A conexão entre os dois mundos foi quebrada. O Campo de Batalha não estaria mais conectado ao subterrâneo e desapareceria em poucos minutos. O subterrâneo desapareceria; todas as pessoas que eu amava desapareceriam sem deixar rastro. Um vento frio soprou no meu coração enriquecido pela evolução. Minha cabeça estava vazia diante desse evento inesperado. Será que tudo terminaria assim? Para Lúcifer, que já havia morrido? Eu finalmente ficaria de joelhos?

Foi então; um pensamento veio a mim como uma iluminação divina.

Havia um mundo que poderia ser conectado ao subterrâneo.