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『 Tradutor: Otakinho 』

Alguns grandes eventos ocorreram durante o período inicial da Grande Fusão. Durante esse tempo, os elfos ainda não foram capazes de se adaptar ao seu novo ambiente, e nenhum poderia sequer considerar a ideia de que um monstro nascido da transformação de uma alma humana pudesse se infiltrar em seu refúgio. Porque não podiam se preparar para isso, a devastação que aconteceu, como resultado, foi terrível. A coisa mais importante que aconteceu, no entanto, não foi que os elfos foram mortos. Era que havia monstros capazes de assumir seus corpos depois de destruir suas almas.

Era apenas natural; suas habilidades foram otimizadas para matar a alma, mas deixam a carne intacta. Seria estranho se nenhum elfo tivesse seu corpo roubado. O problema era que, uma vez que o corpo de um elfo era tomado, tornava-se difícil distingui-los de outros elfos. Com o passar do tempo, os monstros continuaram a sofrer mutações, perdendo lentamente suas memórias de quando eram humanos e, eventualmente, perdendo a capacidade de encontrar seu parceiro. Mas e os monstros que tiveram sucesso antes que isso acontecesse?

Os elfos se orgulhavam da pureza e nobreza de sua alma e rejeitavam aqueles que não conseguiam manter suas almas puras. Eles não podiam admitir que as almas humanas foram capazes de invadir o corpo de um elfo. Então, a dúvida havia nascido. Eu podia acreditar em qualquer um que não estivesse comigo desde o início no campo de batalha. Antes de ir e dizer que seria bom encontrar os outros elfos, eu tinha que ter certeza de sua identidade primeiro. Ninguém podia estar convencido de que a pessoa que usava o rosto de um elfo era realmente um.

Os elfos criaram este mundo para se protegerem e, ao mesmo tempo, se tornarem seus piores inimigos. Não podiam mais permanecer unidos. Não havia necessidade de me proteger deles; esses elfos dispersos presos a este campo de batalha não poderiam ser meus inimigos. A questão eram aqueles que estavam isentos disso. Isso me deu uma pausa, pois eu estava considerando apenas o Campo de Batalha dos Novatos como um novo lugar para treinar.

“Eu nunca vi os Cavaleiros de Elakatra antes.” Mireina disse enquanto descascava uma fruta laranja. Tinha a forma de um triângulo e só crescia nas florestas dos elfos.

“Eles têm uma enorme fortaleza aqui no campo de batalha, certo?”

“Isso mesmo.” Eu estava me fazendo de bobo, e isso parecia ser o suficiente para convencer Mireina. Ela não duvidou de mim, sua sinceridade era tão pura que eu não conseguia evitar de me perguntar como ela sobreviveu por tanto tempo.

“Ou, pelo menos, havia uma. Eu me perguntei na época por que foi construída. Eu me pergunto se estavam esperando um ataque. Se soubessem… teria sido bom se contassem para o resto de nós.

“Acho que, se avisassem, faria todos entrar em pânico e fugir. Isso poderia interferir em nossa sobrevivência.”

“Isso não é justo, somos todos da mesma raça, certo? Se todos fossem legais como você, todos nós poderíamos unir forças para derrotar os monstros.”

Eu escolhi não responder a ela, em vez disso, fiquei mastigando a fruta que tinha recebido enquanto pensava. Eu pensei sobre aqueles que tinham perspectivas diferentes daquelas, e aqueles que eram de alto escalão entre os elfos. Como se prepararam como se soubessem que um ataque aconteceria aqui.

Fazia algum tempo desde que entrei no Campo de Batalha dos Novatos, mas não tinha certeza de quanto tempo. Lembrei-me do que Rain me contou sobre aqueles que eram chamados de ‘Nativos’ pela sociedade humana. Aqueles que assassinaram brutalmente aqueles que escaparam dos elfos do passado e enfureceram os caídos. Eles me lembravam os Cavaleiros de Elakatra, aqueles que juraram proteger seu próprio povo e ainda assim os deixaram para serem mortos.

“É um pouco assustador. Temos que falar sobre isso?”

“Não.” Sorri amargamente e balancei a cabeça. Se eu tivesse mais tempo, gostaria de investigá-los mais a fundo, mas só recentemente soube dos Cavaleiros de Elakatra. Eu estava perto de evoluir novamente também. Seria mais sensato me contentar com o que sabia e me retirar por enquanto. Não queria arriscar anunciar minha presença a esses irregulares. Afinal, um ataque surpresa seria mais eficaz se eu soubesse do inimigo, e eles não soubessem de mim.

“É hoje?”

“Parece que está começando.” Um vento desastroso que nunca pararia até que elfos e monstros fossem exterminados, passava como uma brisa por meus cabelos. Eu tinha me acostumado com isso, mas ainda não podia deixar de me sentir um pouco nervoso. Eu não podia me deixar levar por esse sentimento, no entanto.

Este era o momento em que os monstros que se esforçavam para destruir as almas dos elfos se fundiam com o propósito de destruir todas as coisas que encontrassem. Embora eu não me sentisse ameaçado por eles, não importa o quanto pudessem se fundir, eu não podia deixar de sentir um pouco de nojo deles.

“Parece que não há monstros por aí.”

“Tenha cuidado, não sabemos quando isso vai mudar.” Mireina disse enquanto agarrava minha roupa. Sorri amargamente para ela e expandi o alcance da minha detecção. Sua atitude era um pouco lamentável, mas não estava errada. Quando o Vento de Eutinus começava, nada era certo. Eu não ficaria surpreso se um monstro tivesse se formado bem acima da minha cabeça. Mas não era um monstro que o vento de hoje tinha convocado. Aconteceu em um instante, algo estranho dentro do meu campo de detecção.

“Quem são vocês dois?”

Uma elfa apareceu do nada na nossa frente – uma linda mulher vestida com um pano branco puro e vestindo um cachecol vermelho. Eu tinha encontrado vários elfos desde que visitei o Campo de Batalha dos Novatos, mas este parecia diferente. Os outros que conheci se sentiam… inseguros. Eles não podiam confiar em nós, e nós não podíamos confiar neles. Mas esta era diferente, parecia firme e confiante. Ela exalava força, e eu estava convencido de que ela tinha que ser um dos Cavaleiros de Elakatra. Mireina estava ao meu lado, trêmula, incapaz de responder.

“É bom encontrar outra de nossa raça.”

“Nossa raça? Não nos considero iguais.” Ela franziu a testa, levantando sua espada para apontá-la diretamente para mim.

“Para mim, raça se refere a Elnim, líder de Elakatra, e meus companheiros.”

Eu não pude deixar de me perguntar por que um membro dos Cavaleiros de Elakatra estava aparecendo na nossa frente aqui, identificando-se livremente. Eu tinha muitas perguntas para começo de conversa.

“Bem, você matou os monstros por aqui?”

“Ouvi dizer que eles têm sido um problema ultimamente.” Ela exalava confiança.

“Mas eu não tenho necessidade de explicar nossos planos para você. Se algo ficar em nosso caminho, vamos removê-lo. Isso é tudo.”

“Até mesmo um de sua própria raça?”

“Não somos da mesma raça.” Naquele momento, eu estava em todos os lugares, usando Onipresente para pular. Ela preparou sua espada e sua mana, apontando para quando eu reapareceria perto dela.

Sangue espirrou pelo ar. A fumaça preta atingiu seu braço esquerdo, tentando mordê-lo. Ela resistiu, lutando contra minha mana, mas não era párea para parar meu poder de Predação se eu pudesse arrancar o controle dela. Sua magia estava aumentando rapidamente, o gosto de seu braço amargo e pouco apetitoso. Fiquei chocado com o quão duro parecia ser, mas igualmente animado com o quão forte eu poderia me tornar devorando-o.

“Você…!” Ela empurrou seu corpo para longe de mim, gritando.

“Você ia tentar nos matar, não ia?” Eu flutuei ao redor dela, extinguindo a magia que tentava atirar em mim.

“Fuja antes que você seja pega nisso, Mireina.”

“Mas!” Eu não tive tempo de ouvir sua resposta, um florete piscando em direção ao meu pescoço em uma velocidade incrível. Não consegui bloqueá-lo adequadamente, mas consegui desviar seu curso no último segundo.

“Larga meu braço!”

Eu a ignorei enquanto aumentava a mana na fumaça que estava presa ao seu braço esquerdo, puxando-o com força. Ela cerrou os dentes enquanto tentava se libertar dele, incapaz de me impedir de quebrá-lo. Foi muito difícil para mim fazer mais, mas eu poderia pelo menos imobiliza-lo por enquanto.

“Não posso usar minha magia de comunicação!”

“Você estava tentando nos matar?”

Minha atenção foi desviada dela, incapaz de ignorar o Vento de Eutinus agora. O vento que mudava a vontade de um monstro e o fez fazer coisas estranhas. Quem fez isso?

“Mireina, fuja!”

“Não posso!”

Eu cerrei meus dentes, notando o sorriso distorcido desta mulher que estava de pé contra mim.

“Vamos, você não pode deixar esse negócio de mamãe e filhinha para mais tarde?”

Sua espada brilhou novamente, tiros de energia mágica voando a acompanhando. Lutei para parar o ataque com minha própria espada, me perguntando se poderia continuar assim e proteger Mireina. Continuei a procurar nesse oponente por algum tipo de lacuna em suas defesas enquanto nossas espadas colidiam, aumentando minha detecção ao máximo. No entanto, era difícil conseguir uma leitura sobre ela, e suas habilidades de combate eram igualmente compatíveis com as minhas. Não havia lacunas visíveis em sua defesa, e cada ataque era pesado. Eu não vou ser capaz de manter o ritmo.

‘Devo correr?’ Não, eu nem sei se conseguiria escapar, muito menos Mireina. Eu realmente não gostava da ideia de protegê-la, mas ela não era o tipo de desistir e fugir só porque era difícil. Por que eu deveria ser pior que ela? E, mais do que isso, o olhar dessa mulher diante de nós, olhando para nós como se não fôssemos nem criaturas vivas em sua opinião, me incomodou.

“O que você quer?”

“Não tenho nada para te dizer. Morra.”

Um enorme bloco de gelo se chocou contra mim, entrando em contato com as chamas que mal havia ativado. Fogo e gelo colidiram, vapor saia descontroladamente. Através da névoa de vapor, seu florete voou mais uma vez, bloqueado pela minha espada larga. Eu precisava descobrir uma maneira de forçar um oponente com defesas tão completas, para mudar completamente essa situação.

Havia uma maneira, a ideia surgiu em minha mente de repente. Abri minha boca, ativando uma habilidade familiar.

“Kiaaaaaaah!” Um som estranho saiu da minha garganta, um que nem mesmo monstros poderiam produzir com suas cordas vocais. Apenas ouvi-lo perturbava o equilíbrio do corpo e danificava a mente. Foi desastroso para aqueles que não puderam evitar ou resistir. Ruído Ensandecedor. Só poderia significar uma coisa aqui.

“Maldito!”

Sorri para ela enquanto me lançava com a espada larga, aproveitando sua confusão. Criei várias armadilhas no ar com Trapaceiro Lunático, bloqueando seus ataques mágicos com explosões.

[Ahhhhhh!]

Monstros estavam começando a se aglomerar em nossa direção, uma grande quantidade proporcional ao som do meu  Ruído Ensandecedor.

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