Rise of the Godking – Capitulo 27 – Chegando
>> Tradutor: Metal_Oppa <<
Daneel ficou espantado com o que ouviu de Reese, ainda digerindo o que o velho curandeiro tinha acabado de dizer.
Ele observou enquanto o homem corria para um armário diferente próximo, um que ele não tinha aberto até agora enquanto curava as feridas de Daneel. Dentro havia apenas algumas garrafas pequenas, seu conteúdo brilhando mesmo na escuridão do Poço.
Ele pegou um deles e fez apenas uma gota cair na palma da mão, antes de forçá-la na frente do nariz de Daneel.
Ele respirou inadvertidamente e, imediatamente, uma onda de sonolência varreu sua mente.
Seus olhos abriram e fecharam como se alguém tivesse acabado de acordar de um sono profundo, e seus lábios se abriram e se separaram, mas nenhuma palavra saiu.
“O caminho será traiçoeiro. Você precisa disso. Apenas durma … e você acordará no seu destino. Lembre-se de uma coisa: você partiu há um dia. Todos os preparativos já foram feitos.”
“Mm … carne …”
Os resmungos infantis de Daneel foram recebidos por um pequeno sorriso de Reese.
“Sim, carne … Acho que se você tiver sorte, vai encontrar um pouco lá, mas isso depende da pessoa que você vai ‘ser’. Ele pode ser … azarado também. Boa sorte. Estarei esperando para ver o que você vai conseguir.”
E essa foi a última coisa que ele ouviu. Como se o silêncio de alguma forma tivesse o poder de amplificar a força da droga que ele havia inspirado pelo nariz, a sonolência o dominou e o fez cair em um sono que o fez roncar.
Ele só se lembrou de ter visto pedaços e mais pedaços de carnes dançando depois disso. Ele sabia vagamente que estava sendo jogado de um lado para o outro, mas não havia nada que pudesse fazer a respeito, exceto afastá-los como uma mosca e continuar seu sonho onde ele estava sentado na cadeira gigantesca na cidade anã, enquanto todos os anões cantavam uma canção de ninar para ele. Na maior parte, ele teve um tempo agradável, mas uma vez, ele pensou ter visto um vislumbre de uma carroça cheia de fezes, e um fedor incrivelmente horrível atingiu seu nariz. Felizmente, a droga ainda era poderosa o suficiente para mantê-lo sob controle, então, quando a imagem desapareceu, Daneel a tirou da cabeça. Ele também poderia ter jurado que um saco foi colocado em sua cabeça, mas em seu mundo, ele era livre, livre como qualquer um poderia ser, então ele realmente não se importava. (TLN: usou pedra? Kkkjj )
Depois do que pareceu um longo, longo tempo, ele acordou com relutância, pois não queria deixar o mundo maravilhoso em que se afogou até então. Só que … a realidade era estranhamente insistente, então ele se espertou mais um pouco e foi arrastado de volta ao seu corpo, e de volta a um monte de novos detalhes que eram tão surpreendentes que ele piscou meio grogue olhando ao redor, se perguntando se isso era um sonho dentro de um sonho.
Havia uma luz brilhante entrando pela janela bem na frente dele. O quarto em que ele estava era pequeno, com um colchão em que ele estava deitado que era confortável. Ele estava vestindo uma túnica preta limpa com uma faixa vermelha em volta da cintura e havia um pequeno corte no queixo no meio dividindo a faixa em duas pontas.
Todas as fontes de dor que estiveram com ele antes de ser drogado ainda estavam lá, e também havia outras novas que não eram tão fortes, mas ainda o incomodavam. Principalmente as suas costas estavam doendo muito. Parecia que ele estava curvado por anos, resultando apenas no simples ato de se levantar que se tornou uma tarefa árdua.
Ele se levantou e esticou os braços. Seus ossos estalaram como se não tivessem sido movidos há muito tempo e, apesar da dor, foi ótimo.
Localizando um pequeno espelho próximo, ele foi até ele para olhar para si mesmo … e engasgou ao ver um rosto quase estranho olhando para ele.
Ele só tinha visto este rosto uma vez antes, naquele balde de água quando ele chegou neste corpo. Esta foi a segunda vez e, ao contrário de antes, onde sua cabeça estava coberta de lama e seu rosto coberto de fuligem, um homem limpo era visível no espelho, seu cabelo penteado para trás com cuidado como se ele fosse um estudante se preparando para ir para escola.
“Ah, ele já acordou! Pode vim, executora, você pode perguntar o que quiser a mim. Ainda estou ensinando a ele o que ele precisa fazer, mas ele parece um aprendiz rápido … é de se esperar, é claro, de alguém que recebeu uma educação na superfície. “
Uma voz enrugada chegou até ele da única porta da sala. A porta se abriu lentamente e, por um instante, Daneel entrou em pânico, perguntando-se se deveria se esconder.
Então, de repente, as palavras que Reese havia sussurrado antes de ser enviado para aquele sono voltaram para ele. Com a mente trabalhando rapidamente, ele cruzou as mãos atrás das costas e ficou ali confiante, como se não fosse o homem que tinha acabado de matar um escravo e fugir do Poço.
Um velho corcunda, sem um fio de cabelo na cabeça apareceu primeiro. No breve instante em que aquele que estava com ele ainda não havia entrado, ele lançou um olhar de advertência a Daneel e se virou gentilmente para trás.
Ele foi seguido por uma mulher de meia-idade com uma cara severa. Seu rosto parecia estar em uma carranca eterna, e suas roupas eram familiares: eram as dos executores do Poço. Esta foi a primeira vez que ele os viu claramente, sem a escuridão do Poço para obscurecer suas características, mas aqueles trapos que não eram muito melhores do que os que os escravos usavam eram inconfundíveis por ser de cor branca.
Daneel manteve o rosto firme. De alguma forma, já era … mais fácil fazer isso em uma situação como essa. Ele sabia que se isso estivesse acontecendo com ele alguns dias antes, ele teria feito papel de bobo … mas ele havia crescido em tão pouco tempo, e isso transparecia.
O velho estava bem vestido, embora não tão bem quanto os membros de sua antiga família na superfície. Ele usava um terno velho e largo que obviamente tinha sido lavado tantas vezes que sua cor original havia desbotado quase toda, mas tinha sido bem cuidado, sem buracos à vista. Sua pele estava extremamente enrugada, sua boca quase sem dentes, mas seus olhos eram firmes e calculistas, com muito mais presença e força do que se poderia esperar de alguém tão velho.
A executora grunhiu e olhou Daneel de cima a baixo.
“Você está aqui há um dia? Então você não deve ter nenhum problema em me dizer o maior marco da Refinaria.”
Os olhos do velho arregalaram-se ligeiramente. Ainda assim, a mente de Daneel era uma piscina clara que parecia não poder ser perturbada, então uma resposta veio a ele rapidamente, como se aquele fosse um teste para o qual ele já havia estudado antes.
“Não, executar, temo que não possa responder. Tenho estado escondido aqui, estudando o que devo fazer, então não tive tempo para passear.”
Ele estava quase satisfeito consigo mesmo … mas a próxima pergunta o deixou perplexo.
“Oh? E para qual trabalho que está aqui, afinal?”
Sentiu o pavor a rastejar pelo canto da sua mente, ameaçando chegar e fazê-la ficar em branco… mas agarrou-se à sua serenidade recentemente encontrada, sabendo que era a sua única salvação.
Havia também uma mesa na sala, com um livro em cima. Ele não tinha tido tempo para o ler… mas não tinha um amigo?
‘Sistema, o que o livro diz?’
[Respondendo ao host]
[Título do livro: Registro de entrada e saída da Refinaria]
[Há também um pedaço de pergaminho ao lado do livro no qual conjuntos de números foram calculados.]
A resposta tornou-se óbvia em apenas um momento, e ele deixou escapar assim que a executora começou a apertar os olhos, desconfiada.
“Para ajudar na contabilidade da Refinaria!”
A executora levantou uma sobrancelha e fixou seu olhar, como se pretendesse quebrá-lo, mas ele apenas olhou para trás inocentemente. Finalmente, ela bufou e se virou.
“Tudo parece em ordem aqui. É uma pequena questão de uma escrava morta … mas ela tinha conexões, e há alguns que querem que o assassinato seja achado. Eu geralmente não confraternizo com os executores lá embaixo, mas isso foi um pedido de alguém que eu conhecia muito bem. Peço desculpas pela intromissão, Sr. Executor. Vou embora agora. Você não precisa me acompanhar. “
Jogando a última frase por cima do ombro, a mulher foi embora, e o velho humildemente continuou olhando em sua direção até que a porta se fechou.
Então … ele se virou para Daneel com o rosto vermelho, seus olhos quase saltando das órbitas e sua boca cuspindo enquanto exclamava: “Aquilo foi por um tris, quase dentro da tua bunda! Se você já tinha visto o livro e o papel, por que que você fez aquela pausa? Você quase neste velho um ataque cardíaco, seu peste! Eu juro, se não fosse pelo fato de que ainda estou orgulhoso de meus dois filhos, apesar de serem escravos … Eu não teria aceitado esse tipo de pressão sobre mim mesmo, não mesmo. Meu jovem! Agora, venha comigo! É melhor você ver aquele ponto de referência antes que alguém apareça perguntando … “
Daneel fez uma pausa, pensando no que o homem havia dito. Quando ele percebeu que este era o pai de Reese e Sebastian, suas sobrancelhas se ergueram, já que Reese parecia um homem bastante velho.
‘Bem … o Poço envelhece muito as pessoas prematuramente.’
Com este pensamento, ele avançou, com a curiosidade voltando, pois ele queria ver para onde que ele tinha sido mandado.
Eles estavam em uma casa de tamanho pequena, com mais dois quartos presentes ao redor do corredor e cozinha. Cambaleando para a porta da frente, o velho a abriu e saiu, e depois que Daneel o seguiu … seu queixo caiu e ele congelou na porta.
Havia uma estrada na frente dele com outras casas próximas, mas seus olhos se fixaram em um prédio que se erguia ao longe. Eles estavam definitivamente no subsolo, mas todo o lugar estava bem iluminado como se estivessem na superfície … devido ao sol artificial que flutuava acima desta grande estrutura. Era uma torre solitária feita de pedra escura que ofuscava tudo ao seu redor e, enquanto Daneel ficou com os olhos cravados para esse sol, ouviu o velho resmungar ao lado dele.
“Bem-vindo à Refinaria. O que você está vendo é a chama que derrete os cristais. Ninguém sabe quem a fez … mas é linda. Aproveite, meu jovem, porque provavelmente é a única coisa bela que você vai ver por aqui. Agora, então, é hora de andar atoa por ai! “
Combo 11/30
