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Rise of the Godking – Capitulo 61: Deitado em Espera


>> Tradutor: Metal_Oppa <<


As colinas na frente de Daneel se estendiam indefinidamente, sem vida e nuas, salpicadas de aglomerados de arbustos agarrados desesperadamente à vida, apesar da natureza empoeirada da terra que haviam escolhido para criar raízes.

No entanto, se alguém se deitasse no chão, eles esqueceriam tudo sobre o que estava ao seu redor, pois a magnificência do que estava acima era realmente algo a se contemplar.

Nuvens flutuavam aqui e ali, movendo-se preguiçosamente devido ao vento que ia e vinha em rajadas, abruptas, mas bem-vindas no calor úmido da noite. Milhões de estrelas brilharam no dossel dos céus, olhando para aqueles amaldiçoados com a habilidade de ver, mas nunca cresceram fortes o suficiente para alcançá-los e descobrir seus segredos. Uma lua amarela pairava meio escondida atrás das nuvens, mostrando-se de vez em quando e cobrindo a paisagem com seu brilho pálido.

Deitado de bruços no topo de uma colina que dava para um local vazio na terra morta, Daneel respirou lentamente, com medo de fazer o mais leve som que pudesse alertar sua presa. O solo abaixo dele parecia áspero, mas ele estava acostumado a enfrentá-lo com todas as partes de seu corpo durante as sessões de treinamento que ele já estava sentindo falta.

Obviamente, seria tolice ir e se colocar em uma posição perigosa mesmo depois do que aconteceu na mansão do Lorde. Mesmo que não devesse haver motivo para eles suspeitarem dele, era algo que ele simplesmente não se sentia confortável em fazer, mas tinha o deixado com um buraco vazio causado pelo fato de seu crescimento em poder ter sido interrompido.

No entanto, esse sentimento desapareceu no instante em que ele se lembrou do que havia conquistado na Cidade dos Anões. Depois que finalizasse essa tarefa, ele esperava obter todos os tipos de fontes das quais pudesse melhorar seu poder até que se tornasse irreconhecível pelo que era agora. Apenas o pensamento de sentir toda aquela energia fluindo por seu corpo o fez sorrir levemente, e ao avistar isso sob a luz do luar, Reese perguntou – “Pensando no futuro? Eu também. Principalmente… Estou pensando em cumprimentar o pai.”

Ele falou em um sussurro, quase inaudível, embora estivesse a apenas alguns metros de distância de Daneel. Afinal, eles tinham que ser prudentes, pois aquele era o lugar onde a maior parte da troca aconteceria, e não seria bom assustar tolamente aqueles que eles estavam tentando capturar chamando a atenção para eles próprios.

Daneel acenou com a cabeça e respondeu com uma voz tão suave quanto a de Reese.

“Sim… mal posso esperar para ver um sorriso naquele rosto velho.”

Depois de sorrir por um momento, Reese voltou para o lugar vazio. Seguindo ele de perto, Daneel a procurar uma localização mais adequada para sua tocaia novamente, para se certificar de que não cometeu nenhum erro.

A mensagem que eles interceptaram continha apenas detalhes da hora, mas não do lugar. Mesmo assim, colocando-se no lugar do Lorde, parecia fácil identificar o local onde havia menos risco de que qualquer atividade ilegal pudesse ser detectada.

O Rei Anão havia fornecido a ele os detalhes dos caminhos tomados pelos Executores encarregados da missão de patrulhar os arredores da cidade. Nesse dia em particular, havia um buraco claro no padrão e, embora Daneel não soubesse se era intencional ou coincidência, ele tinha certeza de que era o que seria escolhido pelo Lorde.

Eles continuaram sua vigília silenciosamente, os olhos treinados no lugar vazio quase como se tivessem medo que ele fugisse deles, ocasionalmente olhando para a paisagem vazia para ver se havia algum sinal de alguém chegando para a troca.

Houve três luas que apareceram ao longo de todo o mês na Cidade de Graiton. Amanhã, a segunda daria lugar a terceira lua, então agora, ela estava brilhando tão forte quanto possível no céu, com a intenção de fazer sua presença conhecida antes que tivesse que partir pelos próximos vinte dias.

“Você viu isso?”

Ele quase pulou ao ouvir o comentário apressado de Reese. Seguindo o olhar do homem, ele voltou seus olhos para o leste… e com certeza, ele podia vagamente ver uma figura no horizonte que estava crescendo lentamente.

“Sim. Provavelmente é aquele que levará a mercadoria!”

O alívio jorrou por ele quando viu que estava certo. Este era o local e, em breve, o Lorde encontraria seu destino.

A figura se aproximava cada vez mais, materializando-se em um homem alto vestido com uma capa longa e escura com um estranho chapéu na cabeça. Era circular, mas tinha a forma de uma ponta de prego projetando-se para o céu, sua ponta afiada claramente visível apesar da distância. Isto o fez parecer estranhamente com uma presa de uma besta gigantesca que tinha sido arrancada de sua boca e que agora fugia para um lugar seguro, e Daneel teve de sacudir a cabeça para se livrar da imagem.

Quanto mais perto ficava, mais cauteloso o homem agia. Ele costumava fazer desvios, subindo colinas fora de seu caminho para espiar os arredores e só continuava quando estava satisfeito de que estava sozinho.

Normalmente, Daneel teria ficado preocupado em ser descoberto… mas quando o homem chegou a trinta metros deles, ele sussurrou: “Agora.”

Lentamente, os dois se levantaram e olharam para trás para confirmar onde estavam os buracos que cavaram depois de vir para cá. Abaixando as pernas para eles, eles usaram as mãos para se mover cada vez mais para trás até que apenas suas cabeças estivessem acima do solo.

Puxando dois arbustos próximos que eles já haviam preparado, eles os arranjaram cuidadosamente para cobrir este último fragmento de si mesmos visível para o mundo. Quando terminaram, não havia chance de ninguém ser capaz de identificá-los, mesmo se estivessem a poucos metros de onde estavam, então, sem qualquer preocupação em sua mente, Daneel se voltou para o alvo que alcançaria seu destino em apenas alguns minutos.

‘Até agora, nada deu errado. Com sorte, nada vai dar…’

Como se os deuses tivessem ouvido seu pensamento, Reese de repente cochichou em um tom cheio de preocupação.

“À sua direita! Aquele é o carrasco?”

Esticando o pescoço, Daneel se virou na direção indicada para encontrar aquele que quase lhe concedeu a morte em seu primeiro dia neste corpo. Como se seus músculos protuberante não fosse prova suficiente, a lua apareceu por entre as nuvens no momento em que ele subia uma colina no caminho, expondo claramente a cicatriz que descia por sua bochecha, brilhante e inconfundível no rosto cruel cujo único amante era a morte.

“Ele provavelmente está aqui para se certificar de que a costa está limpa! Se ele estiver por perto, não poderemos enviar o sinal! O que vamos fazer?”

Os dois estavam aqui porque haviam recebido a importante tarefa de sinalizar aos guardas que logo estariam enxameando sobre essas colinas, em busca dos estoques de comida roubados de seu mestre. Se eles chegassem muito tarde ou muito cedo, todo o plano seria arruinado, então eles precisavam ter certeza de que o momento seria perfeito.

O plano era que um deles corresse para chamar os guardas, mas se o carrasco estivesse a caminho, isso seria impossível.

Imediatamente, Daneel viu que era um problema genuíno que precisava ser resolvido rapidamente. O homem encapuzado logo chegaria, e se não tomasse a decisão agora, o carrasco estaria muito perto do local, fazendo com que qualquer confronto resultasse no alerta do culpado.

“Eu vou cuidar dele.”

“Você não pode estar falando sério! Ele está pelo menos duas categorias acima de você! Ele é um dos indivíduos mais fortes da cidade… então você tem certeza que não é um desejo de suicídio?”

Se ele tivesse ouvido essa pergunta um dia atrás, ele definitivamente teria vacilado.

Mas agora… checando o bolso da calça que tinha ganhado na Cidade dos Anões que tinha sido feita especialmente para ele, ele juntou as mãos em volta dos cristais que havia tirado com a desculpa de que eram seu amuleto da sorte pois sabia que a tarefa seria difícil, mas não impossível.

Dando a resposta num tom confiante, ele se levantou… e saiu para se livrar um pouco da grande pilha de vingança que ele tinha com aquela cidade em que havia tentado mata-lo quando chegou a este corpo.

“Não se preocupe com isso. Apenas confie em mim.”

Olá, eu sou o Metal_Oppa!

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