Capítulo 18 ❃ O espírito de fogo.

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— A cara, e la vamos nós! — exclama a jovem, ao sair de perto do monstro, ao correr em direção a saída da caverna.

O monstro ao notar que a jovem avança para fora da caverna, e vai de encontro até a mesma enquanto corre em uma velocidade incrível, enfatizando seus 15 pares de perna, que a ajuda a se locomover anormalmente, por conta de seu incrivel tamanho.

Ao observar o monstro que vem para trás de si, a mesma se prepara para atacá-lo, ao usar suas chamas concentradas, as mesmas que usou para super aquecer as rochas da entrada da caverna.

— Tss! Ele é muito rápido! Não tenho escolhas aqui.

Evangeline se vira por completo perante ao monstro que avança, ao carregar uma intensa chama em sua mão, a arremessa no monstro em sua frente, e acrescenta: — Vamos ver se você curte um calorzinho — alfineta, ao unir as chamas no seu gás e torná-las ainda mais intensas.

As chamas acertam precisamente o monstro, e causa uma massiva explosão no interior da caverna, pois a jovem acumulou gás de mais e o mesmo se espalhou nos arredores.

Logo após, a explosão repentina, uma fumaça predomina todo o interior, e torna a visão da meio elfa ainda mais difícil, por estar escuro e agora nublado. A fumaça começa a se abaixar ao poucos, a jovem, ainda com as chamas em suas mãos, a aponta para frente para analisar a situação do monstro, porém o monstro surge diante dela sem um arranhão sique, por conta de seu exo-esqueleto de inseto incrivelmente resistente.

A jovem encara o monstro, e surpresa que seu ataque foi parcialmente anulado com a resistência do monstro, e critica: — Droga! É serio que esse bicho não levou dano daquelas chamas? A caverna tremeu com a pequena explosão do ataque.

A jovem, com a usa magia de ar, a suga toda a fumaça do local, e, ao olhar para sua direita corre, e cria uma espécie de esfera de fogo que a segue, iluminando a sua tragetória. Ao parar sua corrida, observa a silhueta do monstro se mexe novamente.

— Que saco, se aqui não estivesse tão escuro eu poderia… — Para sua fala, ao lembrar do que viu mais cedo. — A porta! Atrás daquela entrada deve está bem mais iluminado do que aqui — constata, ao pôr em prática um modo de abrir a porta.

O monstro finalmente chega próximo da jovem, e inicia seu ataque, Evangeline se joga ao chão, de modo a esquivar das mordidas da lacraia, dirige-se para o canto da caverna, enquanto corre, pensa.

”Preciso de algo que possa destruir aquela porta. Não há garantia que tenha luz do outro lado, mas é de lá que vem o miasma, por isso que ta cheio desses monstros anormais em todo lugar.”

A jovem para abruptamente sua corrida, e pensa: ”Espera! Tenho algo que pode ajudar, como antes com o taelho… Aquela habilid… ”

De forma rápida, o monstro surge perante a mesma, e a acerta com uma investida em suas costas, que interrompe seu pensamento. A meio elfa, por reflexo, protege-se do golpe ao cruzar seus braços, de modo a amenizar o ataque sobre si.

A garota se levanta um pouco machucada de um amontuado de rochas rochas, que trouxe consigo ao atravessar inúmeras estalactites, as destruindo no processo. Um pouco frustada e com raiva do ataque repentido da lacraia, diz..

— É serio que você não vai me deixar pensar? — questiona, ao observar o monstro quem vem em sua direção, enquanto emite um som agudo. 

— Certo, usarei ela. Como antes, estou cheia de raiva, deixarei me consumir, e agora que sei nome, pronuncio. Ativar Berserker! — brada, ao correr na direção do monstro, o investindo em alta velocidade.

Em uma fração de segundos uma imensa energia envolve o seu corpo, seus cabelos levantam-se gradualmente, por conta de toda concentração de poder em seu corpo. Os seus olhos tomam por completo um tom vermelho florescente, que brilham intensamente.

A jovem percebe que em sua volta o tempo está desacelerando, se trata de sua velocidade amplificada com a habilidade. Próximo do monstro, cerra seu punho direito e acumula toda a energia do seu corpo nele. Uma imensa massa de energia começa a circular sua mão, e por fim, a usa para golpear o enorme monstro invertebrado.

Com este impacto, que foi ligeiramente rápido como um piscar de olhos, o monstro por si só não percebe, e recebe em cheio o soco da jovem, e acaba sendo arremessado em direção a entrada curiosa cheia de runas. O seu impacto a destrói por completo, e a atravessa, que libera uma passagem para dentro de algo, similar a um salão.

Toda a energia acumulada pela jovem se dissipa com seu ataque no monstro. Surpresa com a potência absurda do golpe ironiza: — Credo! Que ataque fraquinho foi esse? — declara, ao esboçar um sorriso irônico. 

A jovem olha para o estrago que realizou, ao fazer o monstro atravessar a porta, ao se aproximar, nota que não só a porta, como toda a parede da caverna que a segurava foi destruida com o corpo da grande lacraia.

— Parece que àquela porta se foi, a couraça do monstro serviu como um tiro para destruir a parede — conclui, ao observar o punho da sua mão direita, ainda surpresa com a potência do golpe concentrado de energia.

A mesma segue em direção a entrada destruida, e fala: — Então vamos dá uma olhada na fonte do miasma. — declara, ao entrar no local, e deparar-se com um salão cheio de colunas.

O salão é enorme, com inúmeras colunas que seguram o seu teto. Um caminho que segue um percurso até uma espécie de portão, com gravuras e runas também desconhecidas. Em cada coluna se encontra uma tocha, que acende uma após a outra, de acordo com o movimento da jovem que se aproxima.

Após todas as tochas terem se acendido, a jovem finalmente observa o enorme portão no final do percurso. Surpresa com o local, retrata: — Nossa! Que local é esse? É similar a uma entrada de masmorras que tem no sephyra… Será que isso também se trata de uma? — questiona a jovem, ao se aproximar do portão, e notar algo atrás da coluna jogado.

Se trada do corpo jogado do monstro, omitido pela visão da jovem, por está atrás de uma das colunas. Sua couraça se encontra completamente rachada, por conta do ataque explosivo de antes, o monstro enrolado em seu interior em posição fetal, retorna a se mexer novamente.

A jovem se afasta de perto da besta mágica, e murmura: — Droga! Esse bicho ainda ta vivo depois daquele soco? — indaga, ao notar o monstro que tenta se levantar novamente.

De repente, o monstro começa a se contorcer, e solta um poderoso grunhido estridente, que faz a jovem tampar as suas orelhas pontudas por reflexo. Uma espécie de névoa é expelida pela criatura, que cobre parcialmente o local, que se faz visivel apenas o topo das colunas.

Angustiada com a persistência do monstro, a jovem dirige sua fala para o monstro, e faz uma pergunta retórica, de forma a insultá-lo, dizendo: — Por quanto tempo ficará me atrapalhando? Seu piolho-de-cobra!

…

A intensa névoa dissipa-se, e de lá surge o monstro novamente, agora com seu corpo parcialmente curado. Seu abdômen torna-se completamente negro, similar ao resto do seu corpo, e com uma camada fina feita de mana, o reforça.

O monstro agora totalmente diferente de antes, usa suas antenas e desfere um golpe em uma das colunas próximas de si, e as faz cair uma sobre a outra, em movimento dominó, com o intuito de fazer elas caírem sob a meio elfa, e esmagá-la.

Por fim, e por consequência disto, a coluna próxima da jovem cai sobre ela, entretanto algo inesperado acontece, uma imensa aura de mana a cerca, e faz com que a coluna se destrua ao se chocar com a mesma, assim não gerando dano algum perante ela.

Com uma expressão totalmente revoltada, e cansada de ter que lutar com um monstro atrás do outro, Evangeline desabafa: — Já estou farta disso tudo. Não sei se você se importa por ser um monstro e tal, mas eu não estou nenhum pouco a fim de está aqui.

— Estou bem estressada com esse problema chato, monstros, mutações e miasma, e esse lance de dríade que surge do nada e me pede ajuda, mas o que me irrita mais e não usar meu ataque mais forte para te matar de uma vez…

Fecha os seus olhos, libera sua mana por completo, e continua sua fala: — Mas agora chega disso, foda-se se a caverna for destruida, eu vou fazê-lo — anuncia, ao acumular uma imensa mana de vento e circulá-la em volta de todo o seu corpo.

Pequenos feixes de raios surgem contornando a jovem, ao abrir os seus olhos, encara a besta mágica, e esboça um sorriso sádico, e, por fim declara: — Faz tempo… Faz tempo que não luto com tudo que tenho de forma séria… pois se eu fizesse, os duelos seriam incrivelmente chatos por terminarem rápido. 

Por fim, a sua magia de raios se completa. A jovem retira a sua espada da bainha, e a joga para longe, para que não puxasse a atenção da magia de raios para si, e, ainda com um sorriso em seu rosto, declara.

— Prepara-se, pois aí vou eu, darei o melhor de mim para destroçá-lo — afirma, enquanto caminha calmamente até o monstro.

O monstro solta um poderoso grito, e investe até a mesma, e a golpeia com sua perna pontuda, porém, ela se desfaz ao entrar em contato com a aura densa de raios da jovem. 

O monstro urra de dor e se distancia da mesma, e expele novamente sua névoa, entretanto, a névoa se dispersa de imediato, pois, a corrente de ar no salão, está totalmente focada na meio elfa, que gira em torno de si, e dissipa qualquer gás ou névoa presente no local. 

O monstro desesperado crava suas pernas pontudas nos destroços das colunas, e as arremessa, porém cada um é completamente vaporizado, sem mesmo tocar no corpo da jovem. Ainda caminhando no salão, e com um olhar vingativo, junta sua magia de raios com suas chamas verdes.

Atrás da meio elfa, se observa uma pequena esfera de luz, similar a um vaga-lume da cor vermelha, se trata de um pequeno espirito de fogo, que a segue por trás, despeja uma espécie de mana na mesma, que aumenta ainda mais suas chamas.

Já próxima do monstro, Evangeline o encara, e cria uma densa esfera de raios e fogo, feita de sua aura de mana, e o encosta no corpo do monstro, sem escolhas e completamente com medo, o monstro apenas aceita seu destino, ao ser queimado pelas chamas e desintegrado por raios em simultâneo.

O monstro urra com uma dor agoniante, seu corpo é totalmente carbonizado e destruído, apenas sobrando o seu núcleo, que cai de imediato e rola para próximo a jovem.

Evangeline, por ter usado completamente sua mana, cai abruptamente no chão, e com um sorriso no seu rosto sussurra: — Acabou… — declara, ao  perder a consciência, e logo em seguida desmaia.

Enquanto a jovem dorme, a voz do sistema se pronúncia, e diz.

…

Algumas horas haviam se passado, desde que a jovem desmaiou. Já está amanhecendo, é por volta das 5 horas, Evangeline recobra a consciência, e coloca imediatamente sua mão na sua testa, por está com uma dor de cabeça abismal, por conta do uso excessivo e massivo de mana em altas concentrações.

A jovem, ainda com a sua mão na cabeça, se expressa: — Aai! Parece que me deixei levar pelas emoções, e usei muita mana… — conclui, ao olhar em volta, e logo perceber o núcleo da besta mágica no seu lado, e logo em seguida o pega.

— (…)

— Esse deve ser o núcleo daquela lacraia bizarra que morreu. Será que possui uma habilidade em seu interior como a do taelho da floresta? — questiona-se, ao usar de imediato sua habilidade Examinar.

— (…)

— Realmente tem uma habilidade nele, Proteção do Ancião, deve ser a proteção de mana que ele usou como último recurso. Bom, isso poder ser útil no futuro, então e melhor guardá-lo por hora — acentua, ao guardar o objeto em sua bolsa.

A jovem se apoia no chão, e com um pequeno impulso levanta-se rapidamente. Ao bater a poeira de suas roupas, nota que seu bracelete pisca novamente, e logo fala: — Opa, parece que eu passei de nível. — declara, enquanto encara o seu bracelete que pisca, logo após, pressiona a joia que abre a tela de status.

Continua…