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— Quem será que é a essa hora? — questiona Áurea, ao se dirigir para a janela e observar de quem se trata.

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Com sua face voltada para a parte exterior da janela, ela se depara com a figura de uma mulher muito bem vestida com um longo vestido Victória da cor vinho, com inúmeros babados na parte inferior e nas suas mangas. Os seus babados possuem uma coloração dourada que ressaltam a luz e o brilho do sol, de modo a atrair a atenção das pessoas em volta que passam na rua.

Sua cabeça é coberta por um chapéu feito com penas de pavão branco. Em cada ponta da pena, sua cor é degradada, saindo da cor branca até o azul. Em sua mão direita encontra-se um grande leque da mesma cor do vestido, porém em cada dobra do objeto refletido uma coloração prateada, mostrada com o seu abanar na face da mulher.

Sua característica mais marcante é a sua beleza, uma mulher por volta dos seus 28 anos, pele clara, cabelos loiros e presos no topo de sua cabeça, ofuscado pelo seu chapéu plumado. Os seus olhos são azuis como o oceano e seus lábios são rosados.

Se trata de uma das mulheres mais importantes da cidade, que visita semanalmente o curandeiro. Após perceber de quem se trata, retorna para seu contratante e o informa, ao espantá-lo e o interromper de realizar a abertura da passagem espiritual.

Enquanto a moça bate no portão, Ivan se apressa e desce para o andar inferior, a fim de atendê-la.

Após abrir a porta, convida a bela dama para entrar, que sobe imediatamente com o homem para o andar superior da casa. Em seguida, visualiza a sala de estar e se senta na poltrona que está próxima à mesa, cruza as suas pernas, e espera até que a companhia do senhor apareça.

Extrema angústia e inquietação vem à mente de Ivan. A possibilidade de que sua aluna, Evangeline, que está na sala espiritual, sofrer uma sobrecarga é extremamente alta. A sua forte emoção toma os seus pensamentos, que são cortados de imediato pela fala de sua visita.

— Ivan! Não fique aí parado, venha me cumprimentar adequadamente, afinal não nos vemos a um bom tempo — declara, a fim de chamar a atenção do homem, que está parado em pé no local encarando o vazio.

— (…)

— Ah, que isso madame Hanatsu, só se passaram apenas 5 dias, desda ultima vez que me visitou — retruca, de modo a se sentar na cadeira à frente da moça.

— Uhuhu! — risos. — Cinco dias? Pelos deuses! Parece que foram meses, mas Ivan, não precisa se direcionar a mim pelo meu sobrenome — rebate.

— E… está bem… Madame Moira. Então, como está o seu filho Lumiel? Ainda com dificuldade no atributo fogo? — pergunta.

— Oh, não! Não, não, não, não. Graças a você e aos deuses do conhecimento absoluto, Lumiel já está quase completando o seu ensino — responde, ao esboçar um sorriso em sua face que demonstra alegria e empolgação, para com a capacidade de seu filho.

— Humm! Isso é ótimo, madame Moira. Espero que ele conclua quanto antes, pois possui muita prática e calma, tudo que um praticante de magia precisa ter  — expõe, a fim de alegrar ainda mais a mulher, com a capacidade de seu filho.

— Que ótimo ouvir isso do professor do meu filho, estou realmente orgulhosa, porém eu lhe pergunto, ficou sabendo da festa que demos semana passada na casa de meu irmão, o Prefeito? — questiona, de modo a chamar a atenção do homem para o novo assunto.

Ivan, cruza suas pernas e endireita a sua postura na cadeira, e em seguida aproximá-se ainda mais da mulher: — Ah, sim! Todos da cidade ficaram sabendo desta festa. Muitas pessoas importantes compareceram, não é mesmo? — indaga, a fim de saber sobre os detalhes do evento.

— Uhuhu! — Risos. — Sim, sim! Todos os nossos parentes de Lothingar vieram, até um dos Phoenix compareceu na festa, você acredita? — pergunta.

— Nossa! Um dos phoenix? Com certeza foi um evento daqueles. Então madame Moira, sobre o que foi essa grande festa? — questiona Ivan, curioso com os acontecimentos do evento em questão.

— Bem, vou parar com o suspense, afinal tem dedo seu referente ao que aconteceu — declara, ao deixar o curandeiro confuso com a afirmação da mulher.

— Graças a sua tutela, o meu filho Lumiel, na semana passada descobriu o seu segundo atributo, ou seja, ele já pode se tornar um divergente! — anuncia, um pouco entusiasmada com a revelação, com o intuito de esperar uma reação apropriada para com a sua notícia.

— Nossa! Isso é incrível madame Moira, o seu filho agora possui 2 atributos. O que pretende fazer referente a isso? — questiona.

— Bom, já que ele se tornou mais forte, pensei em matriculá-lo em Soffione, assim ele poderá se tornar um divergente, do mesmo modo que meu falecido pai. O que você acha? — considera, ao abanar seu leque, a fim de saber a opinião do curandeiro.

— Eu? Eu acho a ideia ótima, com certeza o senhor Wagner, ficaria orgulhoso de seu neto, assim como sua filha, além de que, em Soffione será muito mais prático para ele aprender — concorda, ao acenar com a cabeça.

— Muito bem, então assim será. Já que o professor de magia do meu filho concorda com está ideia, matricularei ele lá — finaliza, ao observar a criada de Ivan, Amice adentrar no local carregando sua cesta com os mantimentos de sua compra.

Finalmente em casa, Amice, se direciona para a cozinha e começa a preparar o café da manhã, porém antes, serve uma xícara de chá para a visita, que fala: — Mas olha só, parece que sua criada já está bem adulta, já decidiu o que vai fazer com ela? — pergunta, após observar a criada retornar para seus afazeres.

Enquanto prepara o café e assa alguns biscoitos para serem servidos para a visita de seu patrão, Moira a observa de longe, a bela jovem na cozinha, e com segunda intenções fala: — Mas olha só como ela já está crescida. Já é uma mulher bela, então Ivan, o que pretende fazer com ela? — pergunta, ao voltar seu olha para o homem.

— Desculpe madame Moira, eu não entendi a sua pergunta. O que quer dizer com, “o que pretende fazer com ela?”, pode me explicar? — questiona, de modo a prestar muita atenção na resposta de sua visita.

Moira esboça um sorriso em sua face e realiza uma expressão sádica, totalmente diferente de sua postura anterior, que deixa o homem um pouco inquieto com a resposta que está por vir.

— Ah, o que é isso, Ivan, você entendeu o que eu quis dizer. Olhe bem para ela, uma jovem mulher, bela e além disso obediente, porque não a toma logo como sua mulher, com certeza você já deve ter feito algo com ela — responde, a fim de irritar o seu ouvinte com suas estranhas suposições.

Surpreso com a ideia de Moira, e irritado com as suas suposições sujas e de mau-caráter, responde com uma voz séria: — Que isso madame, não sou esse tipo de homem que se aproveita de sua criadas, e continuo, Amice é como filha para mim, que eu a criei desde criança, nunca passou em minha mente uma vez sequer a ideia de tomá-la para mim.

— Mesmo que eu não seja seu pai verdadeiro, tudo o que quero é que ela por si só encontre o seu parceiro. Isso sim passou em minha mente. Então eu peço desculpas pelo meu tom de voz alterado, pois eu fiquei realmente irritado com a sua ideia — finaliza, de modo a impressionar a mulher com a sua resposta, pois se trata de um homem diferente do que lembrava.

— Ah… B-Bem, fa-faça como quiser, afinal a criada é sua — rebate, um pouco envergonha por levar uma bronca do senhor.

Tanto a vergonha de Moira, quanto a ira que Ivan demonstrou com a ideia, deixam o local em silêncio. Enquanto se encaram, Amice, traz consigo uma bandeja que comporta um bule e 2 xícaras com café, além de um pequeno prato com biscoitos feitos de chocolate.

— Aqui está! Me desculpe pela demora, patrão Ivan, as ruas da cidade estão muito movimentadas essa semana, acabou dificultando um pouco na hora de comprar os mantimentos diários — explica, de modo a atiçar os ouvidos da mulher, a fim de contar um novo assunto.

— Ah, deixe disso Amice, está tudo bem, não precisa se preocupar com essas coisas, só faça suas tarefas direitinho, e não se importe com os empecilhos — esclarece, a fim de confortar a criada que esboça um sorriso em sua face.

— S-Sim, patrão Ivan, irei me lembrar. Agora com a vossa licença, voltarei para os meus afazeres — finaliza, ao encaminhar para a biblioteca com um espanador feito de penas pretas.

De modo a retirar o silêncio entre os dois, Moira dirige sua fala para o curandeiro: — Ma-Mas então Ivan, ficou sabendo que aconteceu essa semana na cidade? — indaga.

Sem falar nada, Ivan, chacoalha sua cabeça negando.

— Compreensível, pois esta notícia ainda não foi revelada para o povo. Se trata de uma Majin que invadiu a estalagem de Bramir, a mesma que meu irmão frequenta com a sua filha, e lá ela sequestrou uma humana — descreve, ao fazer o homem arregalar os seus olhos sobre o que acabara de revelar.

— Es-Espera um momento, você tem certeza disso, madame Moira?

Olá, eu sou o HOWL!

Olá, eu sou o HOWL!

Um pequeno aviso rápido: Algumas nomeações poderão se trocadas de agora e mais para frente. Como pode perceber, toda menção referente a demônio voltada para a protagonista foi trocada pela palavra Majin, e alguns nomes de habilidades também poderão aparecer em inglês.

Bom, esse foi o aviso, nada de radical que possa mudar a história ou coisa do tipo, e obrigado por escolher ler Sonhos de Outro Mundo.

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