Selecione o tipo de erro abaixo

Capítulo 48 ❃ Um pesadelo Profético?

sdomTest


No decorrer da história contada por Ivan, a explicando o fato dela ser chamada por todos como Majin, Amice, desacordada no assento, presencia um angustiante pesadelo.

Nele, Amice está na sala de estar do seu patrão, e junto a ela está: Ivan, Áurea e uma figura masculina muito bem vestida, porém com seu rosto ofuscado por uma espécie de neblina.

Todos no local estão completamente estáticos, olhando um para a face do outro sem dizer uma sequer palavra.

Nesta situação, onde até mesmo a sensação do passar do tempo parece ter desaparecido, ela toma-se por consciência, e, olhando furtivamente para os lados, nota que sua amiga meio-elfa não está presente com eles.

Com isso em mente, uma sessação fria corre por sua espinha, seguida de uma preocupação momentânea. A fim de procurá-la, ela pede licença para todos presentes no local, e as reações deles a isso é apenas um olhar extremamente aterrorizante, no entanto, Amice não percebe isso, pois já começara sua procura.

Após alguns minutos, e, passando pelo quarto onde está Karenn, que se encontra com a porta aberta, a observa de pé em frente a cama, com seu semblante abaixado e seus longos cabelos castanhos tampando a sua face. 

Tal cena, congela a criada por breves segundos, porém, ignorando isso, dirige-se para próximo de Karenn e a cumprimenta.

— Senhorita Karenn, você acordou! Evangeline ficará extremamente feliz com isso!

Apesar disso, mesmo que as palavras proferidas por Amice tenha sido em um tom não muito alto, Karenn, parece não ter a escutado. Ao observar esse fato, ela espera alguns segundos, contudo, a resposta da jovem em pé não vem.

Um pouco preocupada com isso, a ajuda a deitar novamente na cama com muito cuidado. Por fim, Karenn, já deitada novamente na cama, fecha seus olhos e dorme.

Assustada com este fato, Amice, apressa-se em sair do quarto, e retoma a sua busca por sua amiga e, ao lembrar que ela está treinando na sala espiritual, segue para o local, que ainda se encontra aberto na biblioteca de seu patrão.

Na sala, ela olha todos os cantos, porém, nenhum sinal da meio-elfa é encontrado. Confusa, e um pouco mais assustada com tudo que está acontecendo, retorna para a sala de estar em passos apressados. 

Durante seu percurso, observar uma silhueta masculina ao longe. Esta pessoa aparenta-se ser um elfo, ele veste-se com peças inteiramente chiques, de cores azuis e vermelhas, mas o que chama mais a sua atenção para ele, é alguém que está ofuscado atrás.

Próxima de todos novamente, pondera em perguntar ao seu patrão, onde se encontra Evangeline, porém, ao olhar furtivamente para o elfo novamente, entra em choque. A pessoa atrás dele é Evangeline, no entanto, seu corpo está todo debilitado.

Arranhões, cortes e hematomas são visíveis por todo o corpo da jovem.

Espantada, ela aponta o dedo para a meio-elfa. Tudo o que ela quer é uma resposta para aquela cena diante do seus olhos:

— O-o quê… O QUE VOCÊS ESTÁ ACONTECENDO?! Evangeline está…

Em reação a isso, todos a observam novamente com suas expressões de antes, mas agora ela está presente para ver. 

Suas expressões enrijecidas com um sorrido medonho, junto de uma presença intensamente pesada, cai sobre a criada. Um medo primordial a toma, e uma pequena hiperventilação é ouvida no local. É Amice, que se sente muito pressionada com os olhares, contudo, para poder ajudar sua amiga, tenta ignorar esse sentimento, seguindo em passos para próximo dela.

Em uma ação rápida, para interrompê-la, Ivan, segura fortemente o seu braço.

Parada a força pelo curandeiro, ela dirige o olhar para ele, e o questiona com dificuldade:

— O que você… está fazendo, patrão Ivan? Ela está… muito ferida, cure ela… por favor!

Porém a resposta que sai de sua boca, faz uma súbita rajada de frio perfurar sua espinha.

— Não, ela está morta, morta como uma carne. Não há como curar carne. Agora desista desta palhaçada, Amice.

O curandeiro não parece ser a mesma pessoa que Amice está acostumada. As palavras frias proferidas por ele a torna confusa. O homem, parece um completo zumbi, tanto na sua expressão quando no seu tom de voz.

Por breves segundos, as palavras deles sobrevoam sua mente, até que ela retoma para sua realidade, libertando-se da mão dele.

Afastando-se para bem longe de todos, e com uma imensa tristeza em seu semblante, Amice tenta dizer algo, mas é engolida rapidamente pelo chão, ao caminhar sem olhar para trás.

A criada cai em uma cenário completamente caótico e distorcido, que difere muito de onde estava até pouco tempo. O lugar parece uma grande cidade que parece estar dentro de uma guerra. 

Sons de explosões, e gritos incessantes são aparentemente ouvidos por ela, enquanto caminha sem rumo.  A única maneira de descrever este lugar sem a benção dos céus é “um grande inferno”.

Um medo encarnado deste cenário junto de inúmeras lamentações a toma em pânico, que a faz correr sem olhar para atrás. Tudo o que ela quer no momento e fugir deste inferno que ela surgiu. 

Durante seu caminho, observa inúmeras pessoas presas em escombros que gritam por ajuda, mas mesmo com isso em sua visão, não cessa sua corrida. Não porque ela não liga para a situação deles, pelo contrário, se ela pudesse ajudá-los, ela assim faria, mas essas pessoas estavam inteiramente carbonizadas e com seus membros totalmente desprendidos do seus corpos.

O pânico está escrito em seu rosto enquanto ela observa o brilho das chamas carbonizando as pessoas em volta. 

A sua respiração é rápida, seu coração está batendo forte o suficiente para que ela sentisse que estouraria, e suas pernas tremem poderosamente. Não faltaria muito tempo, até que o cansaço colocasse suas mãos sob seu corpo.

Porém, no meio do percusso, uma enorme esfera em chamas despenca dos céus em sua frente. O forte impacto cede seus ouvidos, os tornando surdos por breves segundos. As chamas que nele estavam são distribuídas no local. É visível que tomam completamente toda a passagem aberta que ela corria.

De esquerda a direita as enormes e escaldantes chamas a cercam.

De pouco a pouco sua audição retorna, e algumas vozes clamando por ajuda chamam a atenção dela. São uma família 4 pessoas, com uma jovem mãe e seus três filhos. Eles chamam por Amice.

Diferente dos outros que ela vira pelo seu percurso, esses não estão tão debilitados.

A oportunidade de salvá-los desse lugar surge, e para ela é a mais que suficiente. 

Amice corre fortemente até eles, até ter seu percurso ser interrompido novamente, mas agora por uma enorme viga de madeira em chamas.

A passagem é inteiramente barrada, e tudo que ela pode fazer é observá-los de longe. 

Ela tenta de todo modo passar pela viga indo por baixo, mas as chamas são muito fortes, e a empurram ao chão com uma reação combustiva de uma pequena explosão.

Olhando para eles novamente em pânico, não observa expressões tristes e nem raivosas, mas sim felizes. 

Amice estranha essas expressões, e pergunta-se como poderia ajudá-los, afinal, eles são os únicos que podem ser salvos daquele lugar, contudo, no meio deste período, é tomada uma forte dor em sua cabeça, e as pessoas que estão em sua frente se tornam familiares em sua visão.

Diferente de antes, que tentara ajudá-los, ela afasta-se deles, pois um medo a toma por completo. Amice, olhando inteiramente para a região que se encontra, percebe que está em um local conhecido.

O forte odor férreo de sangue presente no ar, com a densa fumaça, a faz ficar sem oxigênio. A jovem começa a hiperventilar e respirar como se lhe faltasse ar, e no processo disso tudo, a estrutura que comporta a pequena família em sua frente desaba, os matando de imediato.

O poderoso impacto, seguido de uma grotesca explosão de sangue e vísceras, é presenciada por ela. A cena a choca, que a faz entrar mais ainda em pânico.

Essa cena retoma memorias que ela havia esquecido, memorias semelhantes que a fazem repetir diversas vezes a seguinte frase:

— Aqui não, de novo não.

Encolhendo-se ao solo, para esperar a sua vez de morrer naquele lugar, é surpreendia com uma brisa intensamente poderosa e fresca que levanta seus cabelos.

Estranhando isto, olha finalmente aos céus e nele encontra uma silhueta conhecida por ela.

— Você é…

Picture of Olá, eu sou HOWL!

Olá, eu sou HOWL!

Comentem e avaliem o capítulo! Se quiser me apoiar de alguma forma, entre em nosso Discord para conversarmos!

Clique aqui para entrar em nosso Discord ➥