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Capítulo 50 ❃ O Selo da entrada.

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Nesse meio tempo, Reeves e seus mercenários finalmente adentram a sala da masmorra.

O local é completamente enorme. Se fosse para dizer o seu tamanho apenas visto do lado de fora, poderia se concluir que não é tão grande, porém pelo lado de dentro, a ideia é totalmente contrária.

 “Como uma coisa desse tamanho consegue ficar dentro de um pequeno morro daqueles?“. 

Esta é a questão que sobrevoa a mente do líder dos mercenários, enquanto admira a magnitude e a peculiaridade da enorme sala.

Roger, que está ao seu lado, direciona sua mão para o solo e, fechando os seu olhos, tenta sentir a mana presente no local, mas nada além da mana de seu atributo retorna para seus sentidos e esse fato o deixa frustrado por um breve momento.

Enquanto isso, Connor, que está um pouco mais perto dos dois, questiona a expressão estranha que o seu colega realiza, após fechar os olhos:

— É… senhor Roger, algum problema? O senhor parece frustrado com algo…

O homem olha subsequentemente para o jovem e, para disfarçar um pouco sua incapacidade de sentir mana do local, libera um sorriso descontraído, seguido de sua resposta:

— Está tudo bem, garoto. Só imaginei que, se estivéssemos na masmorra, eu poderia finalmente aprimorar meu sensor de mana, no entanto, me enganei. Tudo que consigo sentir a mana natural da terra e, eu preciso entender que disso eu não passo. Afinal, cão velho não aprende truque novo…

Tanto Reeves quanto Connor se enchem de pena com a situação do seu companheiro, entretanto o líder tenta mudar o seu humor:

— Ah, qual é, Roger, não é para tanto. Não precisa se flagelar com isso e nem tente se enxergar como o resto do grupo. Para nós, você é um ótimo veterano e isso já o torna o mais respeitado.

 — E não precisa se cobrar em conseguir técnicas novas. Não se esqueça, nós somos um grupo e um grupo realiza as ações uns para os outros.

A maioria do grupo assente balançando sua cabeça, menos Oscar, que ainda está dormindo e Vívika, que está tentando o puxar para dentro do salão.

Tanya, se prontifica e aproximando-se de Roger, direciona sua mão para o seu ombro, que como resultado chama a atenção dele. E com bastante cuidado, realiza sua declaração:

— Olha, senhor Roger, pode deixar a tarefa de receptor para mim. Foque em inspirar todos com esses seus músculos enormes, ouviu?

A jovem finaliza dando um piscar de olhos.

Em resposta a isso, o homem libera um leve sorriso de descontração e logo após, todos os outros começam a rir juntos. Vívika, que acaba de chegar no salão, olha para todos confusa tentando entender o que fez todos rirem do nada.

— Que coisa, do que será que eles estão rindo?


Agora com todos presentes no local, o grupo direciona-se para próximo do grande portão da masmorra. Diferente do outro, que a meio-elfa visualizou, esse possui características próprias.

Um extenso portão negro, tão alto que encosta quase no teto, que também é suspenso pelas colunas no salão.

Nele há uma grande abertura no seu centro, que se revela ser uma entrada composta por duas portas e não uma. Toda a sua superfície é adornada por vinhas prateadas com algumas joias coloridas. Ao todo há 5 joias, das cores: Vermelha, Branca, Marron, Ciano e Dourada, todas posicionadas em uma superfície hexagonal no centro das duas portas.

Todas as pedras estão apagadas, no entanto, quando Reeves direciona sua mão direita para uma delas, a joia da cor ciano acende. 

— Realmente… como ele havia dito…

Reeves impressiona-se com o belo brilho produzido pela joia. Essa reação espanta todos presentes e esse brilho é questionado logo em seguida por Djeigo, um pouco atrás de todos, próximo a Vívika e Oscar.

O mago aproxima-se do local, e pondo sua mão no queixo, declara sua admiração:

— Humm… interessante… Então, além de selarem a entrada com uma runa de terra, selaram o portão não com um, mas com 5 atributos diferentes. Com certeza, a pessoa que fez isso deve ser extremamente perspicaz…

Ainda impressionado com a complexidade do selo do portão e o brilho de antes, Reeves assente com a declaração do seu companheiro, o respondendo em seguida:

— Exato, de qualquer modo, melhor não ficarmos muito tempo aqui para descobrirmos quem é que fez isso. Recebemos uma parte adiantada de Crowley, além de suas informações de como entrar na masmorra e, como ele disse, a entrada está selada com um tipo de selo que só pode ser aberto por 5 atributos diferentes.

— Que são: Vermelho para o fogo, Marrom para a terra, Branco para o ar, Ciano para a água e dourado para luz, e, por coincidência do destino, nós todos possuímos um desses atributos…

Um sorriso amargo toma o semblante do líder dos mercenários, pois isso que está em sua frente começa o assustar, não só como algo perigoso, mas sim como algo desconhecido. 

Até então, durante inúmeras expedições que fizeram em masmorras, nenhuma possuía uma característica tão peculiar como esta, afinal, qual seria a razão de selar uma masmorra, um local ideal para que ocasionalmente aventureiros e mercenários frequentam para lapidar e melhorar suas habilidades?

A questão deste fato ressoa no ser de Reeves, o deixando com um semblante inexpressivo junto de uma gota de suor frio que escorre no canto de seu rosto.

Para tentar retornar para a realidade que se encontra, o rapaz solta uma leve tosse e em seguida, começa a arrumar as pessoas para abrirem o selo. 

— COF! — Muito bem, vamos separar as pessoas para abrir os selos…

Certo!

Todos do grupo respondem em uníssono e dirigem-se para frente, formando uma fila horizontal.

No entanto, nem todos ali presentes são Magic Casters que possuem os mesmos domínios de mana.

Roger e Vívika, usam sua mana e seus atributos apenas para fortalecer sua defesa e dano bruto, pois para eles uma luta é apenas no braço ou lâmina e não conjurando algo. Ambos se especializaram em artes marciais e esgrima.

Diferente deles, Reeves e Scotty, se a situação pedir, conseguem lançar magias, entretanto o seu foco de batalha é imbuição mágica. Ambos fortificam suas armas usando seus atributos, amplificando o dano que elas dão. Porém, além de Scotty lutar, ele também possui conhecimento de cura e isso ajuda o grupo a não ficar sem curadores quando tiverem pouca mana.

Djeigo e Oscar, são os únicos Magic Casters que usam 100% de seu poder para lançarem e conjurarem feitiços ofensivos. Tanya, por outro lado, mesmo sendo considerado uma maga em sua guilda, ela se especializou em artes marciais, imbuição mágica e conjuração e com o conhecimento acumulado desenvolveu sua própria classe, o Ranger. 

Os Rangers, usam sua mana para conjurar projéteis e armas, e tem a capacidade de unir seus atributos neles, criando projéteis extremamente eficientes, porém, por serem feitos de mana, somem em um período curto de tempo após a sua conjuração, por não serem usados.

E, por fim, Cíntia e Connor. Ambos não treinaram para se tornarem magos de batalha, pois por possuírem bastante dificuldade em dominar ataques ofensivos, decidiram optar pela cura, sendo eles os únicos que são 100% curadores do grupo.

E mesmo que todos usam meios diferentes para completar o grupo, possuem entendimento básico de como concentrar e doar sua mana.

Direcionando sua mão para o seu queixo, Reeves observa todos em sua frente e pondera em quem escolher. Para ele é um pouco complicado escolher as pessoas certas dos atributos normais, exceto Cíntia, por ela ser a única elfa do grupo que possui o atributo de luz.

Com isso em mente, conclui rapidamente e separa as pessoas certas com os domínios apropriados dos seus atributos para abrirem a entrada:

— Certo, Cíntia, já que você é a única de nos que tem o atributo luz, não a motivo para demorar escolhê-la. Porém… o atributo ar tem o Oscar e Tanya…

Uma voz feminina ressalta do canto esquerdo da fila chamando a atenção do líder, é Vívika, que informa a situação atual de Oscar:

— E… chefe Reeves, meio que o Oscar não vai poder participar…

— Como é?!

— É que… ele está dormindo há um bom tempo e… até então não acordou por nada.

— Não acordou por nada, não é? Eu mesmo vou decidir isso.

Reeves, com grande domínio de sua mana, revela uma imensa presença ameaçadora por toda sala. Por breves minutos, todo o local fica completamente frio e os bafos calorentos da pessoas do grupo tornam-se visíveis no ar.

No entanto, mesmo que isso funcione com todos do grupo, por aparentarem estarem com frio, foi ineficaz contra Oscar, que simplesmente ignora completamente, ao tampar suas orelhas pontudas com seu capuz.

Frustrado com o seu companheiro que se encontra inútil no momento, olha para sua segunda opção e escolhe Tanya, para conectar-se com a joia do Ar.

Droga! Quando ele realmente dorme, não acorda por nada. Espero que ele não fique assim quando precisarmos dele…

— … De todo modo, Tanya, você vai ficar no lugar de Oscar.

— Certo, chefe.

A jovem elfa de um olhar afiado púrpura assente com o pedido do seu líder.

— Enquanto aos outros…


Alguns minutos se passam e todos do grupo são escolhidos para abrir o selo e, ficam separados para cada um, as seguintes joias:

Joia vermelha do atributo fogo, Connor; Joia marrom do atributo Terra, Roger; Joia branca do atributo Ar, Tanya; Joia ciana do atributo Água, Reeves e, por fim, joia dourada do atributo luz, Cíntia.

No bolso do líder dos mercenários, há um papel que mostra como abrir a porta. Lembrando-se desse fato, Reeves o pega e começa a gravar os passos em sua mente. No final, com tudo gravado, guia seus companheiros a realizar o ato corretamente:

— Como o benga… Uhumm! Como Crowley, deu as instruções neste papel, vamos por nossa mana nessas joias, porém tentem não por mais do que os outros. O selo precisa saber que apenas uma pessoa está ponto os atributos sobre ele e, como já estão cientes, precisa simular que o criador do selo estivesse retirando-o.

Em consequência a isso, todos assentem com a cabeça em conjunto, e com olhares focados nas joias, concentram-se em liberar a quantidade mana ideal para cada uma.

De pouco a pouco, cada joia começa a liberar uma luz fraca no seu centro, que no processo preenche todo o seu interior, até que por fim, acende totalmente.

Um ranger metálico seguido de um som enferrujado é ouvido por todos presente, se trata da porta que começa a abrir após o selo ser rompido.

A forma hexagonal que comporta as 5 joias, gira em direção anti-horário, e no final, racha-se e cai sob o solo, o impacto estridente de metal do item ecoa por toda a região, chamando a atenção de todos por poucos segundos.

As duas enormes portas abrem em conjunto vagarosamente e uma densa brisa sai de dentro da masmorra, assoprando todo o local que, por consequência, quase apaga as tochas acesas, suspensas nas colunas.

Um calafrio toma o ser de todos ao olharem para dentro da masmorra e não verem nada além de um solo rochoso e uma escuridão interminável.

Como um ato de retomar os sentidos de todos, Reeves, solta um poderoso brado de ordem, chamando a atenção do seu grupo:

— Certo, pessoal! A passagem está liberada e nosso objetivo está em nossa frente. Tratem de engolir seco, pois agora vamos entrar numa masmorra de Rank C!

No final de sua fala, o rapaz, junto do seu grupo, adentra nas sombras da masmorra e as suas silhuetas se perdem quanto mais se afastam das luzes das tochas. Vívika, deixada para trás de novo, retoma a puxar Oscar e, com um pouco depressa, junta-se ao resto.

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