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Enquanto Amice prepara-se para comprar o item para ser encantado, na parte norte da cidade, há uma densa movimentação de soldados.

Eles encontram-se em um lugar semelhante a um porto, porém sem nenhum barco nas redondezas. O local possui diversas caixas de tábuas de madeiras e outras feitas com troncos brutos de árvores.

Nesta região, inúmeros sons animalescos podem ser escutados, de animais de pequenos como taelhos selvagens a enormes como collursos, — que estão aprisionados em gaiolas.

No centro do território encaixotado, encontra-se uma enorme estrutura feita de madeira e partes de um metal avermelhado. Este edifício possui uma altura equivalente a de um gigante, que possui por volta de 20 metros de altura, em uma área exata de 45 metros, a construção é envolvida pelos diversos caixotes. 

Na sua superfície, — coberta por telhas, encontra-se uma estatueta de serpente feita inteiramente de uma pedra branca. Esta serpente chama a atenção de alguns soldados que se dirigem para dentro da estrutura. 

Esta região, que comporta inúmeros animais selvagens e caixotes dos mais derivados itens, pertencem à dona da companhia de comércio da cidade, Moira Hanatsu. 

A razão pela excessiva massa de soldados na região foi ideia do seu irmão, o prefeito, com o intuito de fazer do local uma base de investigação contra a criminosa majin.

No local mais ao sul, destaca-se um pequeno grupo de soldados, — que descem de forma apressada de uma carruagem com teto desforrado, composto por dois homens, que guiam pela frente, uma mulher no meio e um jovem, quem os acompanha em passos pequenos na parte de trás. Estas pessoas pertencem à ronda que fora feita no distrito sul da cidade, o mesmo local onde acontecera o grande anúncio.

Guiando-se entre os enormes caixotes e a intensa movimentação de outros soldados, o grupo finalmente entra no armazém, que também está lotado de mercadorias, porém, diferente do lado de fora, os caixotes, em sua maioria, estão suspensões no teto da estrutura, por um tipo de rede feita de teia de um monstro aranha.

Para muitos mercadores ou vendedores de especiarias, a teia do monstro aranha, Tarachnideos, é um ótimo material capaz de segurar e aguentar uma quantidade excessiva de peso. Porém, para conseguir extrair este tipo de material, precisa de no máximo um grupo de 5 aventureiros de rank C, para conseguir matar e, remover seu abdômen, que comportam as suas teias.

Por ser um mostro dificil de ser morto por meios convencionais, o material se torna algo altamente caro no momento de sua venda e, por estar sendo usado apenas para suspender diversas caixas no armazém, torna Moira uma mulher inteiramente peculiar.

Enquanto o pequeno grupo entra na grande estrutura, um segundo passa por eles, com expressões cabisbaixas e decepcionadas, que afugentam um pouco a calma deles por um instante. 

No centro do estabelecimento, está uma jovem mulher de cabelos longos presos a um rabo de cavalo, ela veste um uniforme comum de pescador, e sua ação no momento é colocar alguns papéis em uma espécie de quadro preso na parede.  Esta jovem é uma das funcionárias do porto e do armazém.

Ao observar de longe que outro grupo de soldados chega, a jovem imediatamente para o que está fazendo para atendê-los.

O primeiro homem a frente do grupo retira seu elmo, revelando um rapaz de um rosto bem bonito. Com olhos inteiramente verdes como uma vasta floresta, e um cabelo castanho como os troncos que a comportam. Com a atenção voltada nele, o homem dirige a fala:

— Com licença, senhorita. Viemos relatar nossa missão para a senhora Moira. Ela se encontra no momento?

A jovem, um pouco impressionada com a aparência do soldado, balança a cabeça assentindo com a pergunta e em seguida completa com sua fala:

— A-ah! S-sim, sim, ela está ali atrás. Es-esperem por aqui, avisarei que vocês chegaram.

Removendo-se de perto do grupo desajeitadamente, ao tropeçar em um item no chão, a jovem curva-se para o homem e sai em busca de avisar sua patroa dos soldados.


Alguns minutos se passam, — e atrás de uma espécie de parede de madeira, Moira aparece, porém, diferente de antes de quando estava vestida inteiramente como uma dama, agora veste-se como um uniforme padrão do seu local de trabalho, não muito diferente de sua empregada.

A mulher mostra-se com uma expressão completamente cansada e desanimada. Durante várias e várias horas, diversos soldados compareceram, apenas para informar o óbvio, que não encontraram nenhuma pista sobre a criminosa e, durante todo esse processo, ela apenas decidiu ignorar a maioria do que falavam e apenas concordava com o que diziam.

O rapaz, que retirara o elmo um pouco antes, aproxima-se de Moira, e apresenta-se formalmente — guiando sua mão para o peito em continência:

— Com sua licença, senhora Moira. Me chamo Adrenalin, e estou no comando dos soldados do distrito sul de Nakkie. Viemos reportar tudo que descobrimos dos moradores nessas 4 horas. A senhora poderia nos doar um pouco do seu tempo?

A mulher, com uma expressão cansada e com olheiras aparentes no rosto, apenas balança sua mão ao vento, a fim de indicar a ele que comece.

— Ahn! Bem, nessas quatro horas de pura investigação, conseguimos algumas pistas de quando ela chegou na cidade…

— Uhum… continue…

Retirando um pedaço de papel de dentro de sua armadura, o rapaz, começa a ler o relato escrito nele:

— … Por volta das 19 horas, um pouco antes da criminosa atacar a estalagem. Uma mulher, que despejava o excesso de água de dentro de casa, por acidente, jogou isso em cima da majin, que andava sorrateiramente nos becos, no seu relato, ela informou que…

Moira levanta sua mão interrompendo a fala do homem, em seguida remove-se de sua posição e, ao sentar-se em uma mesa próxima, declara:

— Isso até seria interessante, se fosse contado a alguns dias atrás,  porém agora é inútil, já que depois do aviso aos cidadãos, dificilmente ela retornaria para esse local…

— Arh…

Moira solta um pesado suspiro de decepção

— Olha… já estou completamente exausta de bancar a “babá” de toda essa palhaçada. Eu não consigo entender como ainda não acharam a majin. Por acaso vocês são tão inúteis assim? Não conseguem encontrar uma única pessoa? Como ainda… conseguem se chamar de guardas?  

Moira dirige sua mão para a cabeça, enquanto olha para o chão com extrema decepção. Por um breve momento, imaginara que finalmente conseguiria algo sólido que pudesse retirar todo o peso dos seus ombros, no entanto, foi apenas uma suposição boba.

A jovem mulher, ainda decepcionada por criar falsas esperanças, levanta vagarosamente sua face, o questionando uma vez mais se existiria algo que pudesse ajudar na situação.

— Ainda referente a isto… descobriu mais alguma coisa? Algo que possa ser útil?

O olhar afiado dela perfura o peito do soldado, que por reflexo dá um passo para trás. O rapaz, em resposta a isso, torna-se completamente cabisbaixo, pois a todo o momento que viera entregar o relatório, sentiu-se completamente inútil por não conseguir nada além de um rumor de esquina.

E como resposta a indagação de Moira, o rapaz gagueja ao tentar expor outra coisa, porém, com medo de ser repreendido novamente por não conseguir nada que pudesse ajudar, ele não diz.

Permanecendo mudo por alguns segundos, Moira conclui não haver mais nada a ser dito, então, com um ato rápido, levanta-se de onde está sentada, e diz:

— Bom, se isso é tudo, saiam. E mais uma coisa… da próxima vez que vieram apenas para me informar o óbvio, façam o favor de não virem. Vai poupar o tempo que eu perco com vocês…

O rapaz, — decepcionado com a sua incapacidade, começa a se lembrar dos rostos cabisbaixos dos seus colegas, antes de sua chegada, e conclui o que fizeram eles ficarem daquele jeito. Por outro lado, Moira, começa a se retirar do local e retornar para atrás da parede que saíra, contudo, é surpreendida pela fala do jovem atrás de todos.

— É-é… ma-madame Moira! E-eu tenho… algo também!

Picture of Olá, eu sou HOWL!

Olá, eu sou HOWL!

Curiosidades sobre Nakkie: Além de ser uma cidade portuária e estar acentuada perfeitamente em uma planície próxima da Grande Floreta de Arrow, Nakkie, tornou-se uma das cidades mais mercantis do reino humano, sendo a segunda de toda a raça. No entanto, por ser governada e gerida negligentemente, mesmo com tal título, o seu povo, por sua maioria, continua sendo bastante pobre, deixando apenas os nobres da região com a riqueza.

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