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A noite está aparente nas ruas, as nuvens agora cobrem totalmente o céu e uma brisa fria paira sobre as regiões da cidade. É chegada a hora do início do inverno, o momento em que a pesca se torna comum em Nakkie.

Algumas horas haviam se passado desde o desmaiar da criada, e a explicação feito por Ivan. Amice, que acaba de sair da sala espiritual carregando uma pequena algibeira de pano, — com algumas moedas dentro, dirige-se para a saída de casa, mas ao lembrar de pegar o cesto em cima da mesa, observa o quarto onde está Karenn, no caminho de volta.

Um frio irregular corre por suas costas e uma sensação de déjà-vu a toma. Apreensiva com algo que não consegue distinguir o que seja, ela move-se sorrateiramente para a porta do quarto, e, ao abri-la vagarosamente, falha ao entrar silenciosamente, — visto que o ranger amadeirado expõe sua intenção.

Pondo o pé para dentro e em seguida o rosto pela porta, observa a jovem Karenn, ainda dormindo na cama. Todo o desconforto gerado por esse sentimento desaparece ao perceber que a jovem ainda está do mesmo jeito que ela havia deixado algumas horas antes.

Durante todo o momento, nesses 6 dias, Amice, com todo apoio e cuidado, tem ajudado Karenn. Ela a ajudara a se lavar e alimentar, tudo para que quando acordasse, estivesse forte para poder caminhar firmemente.

Tranquila por não ter nada fora do normal no quarto e feliz por ter se preocupado atoa, ela remove-se de lá, com o intuito de continuar com o plano. No entanto, por um breve momento, os dedos da jovem desacordada, se retraem em um ato de reflexo, por parte da brisa que vira da porta.


Ao sair para o lado de fora e fechar o porta da casa, Amice recolhe o cesto que deixara no chão por um momento e segue caminho para uma loja de bijuterias próxima.

É evidente para ela que nas ruas que há uma grande quantidade de soldados, tanto os que pregam e distribuem os avisos, quanto os que fazem a ronda por elas. Visualizando a movimentação excessiva de soldados na região, Amice tem a brilhante ideia de chamar a atenção de alguns deles.

A sua ideia e retirar a atenção da casa de seu patrão para ela, e depois disso, sair do local com esses soldados. 

”Pelo visto foi como o patrão imaginou. Há muitos soldados circulando esta área… mas parece que eles ainda não sabem que a senhorita Evangeline está aqui dentro. Preciso chamar a atenção deles para longe quanto antes… ”

Com a ideia já planejada, coloca em prática a ação.

A jovem começa a olhar freneticamente para os lados da rua, — como se quisesse procurar ou notar algo próximo. A sua ideia é se passar por suspeita e chamar a atenção dos soldados para si e, como reação a isso, um soldado junto a outro, que andam do outro lado da rua, — realizando a sua ronda, observa a criada e a estranha ação peculiar dela.

Enquanto a observa agindo de forma estranha, o soldado, dirige-se para o outro e o chama, com o intuito de mostrá-lo o que notou:

— Psiu! Hey, Tayrim! Olha aquela garota ali.

O homem de armadura aponta sorrateiramente para ela, e no momento seguinte, abaixa a mão. Tayrim, o seu colega de turno, olha diretamente para a Amice, sem disfarçar, deixando-o irritado com isso.

— Droga, Tayrim! Vê se disfarça um pouco!

— Vish, foi mal…

Tayrim está confuso. Até o momento ele não entendeu o que seu colega está tentando dizer para ele, então ele pergunta com um tom um pouco alto, — alto o suficiente para que a Amice escute do outro lado.

— Mas… o que tem aquela garota, Nyer? Você curtiu a aparência dela? Ta sendo… atraído por maids agora?

Nyer espanta-se com a lerdeza dele somado com a falta de discrição e, com um ato extremamente ligeiro, move sua pesada mão para a cabeça dele, o golpeando com força. 

A força do impacto amassa um pouco o elmo do soldado, que o obriga a retirá-lo. Ainda confuso com as falas dele e com um pouco de dor, por conta do elmo não ter o protegido inteiramente do golpe, Tayrim esfrega a parte golpeada na cabeça.

— Aiai! Qual é o problema Nyer? Por que me bateu do nada?

A ação atrapalhada dos dois soldados chamam a atenção de algumas pessoas na rua. Amice, ao perceber que conseguiu o que queria, começa o seu plano secundário de chamar a atenção para si, no entanto, sem perder de foco o que viera fazer.

A jovem, entra em um beco mais a frente para que fizesse ambos a seguirem. Claro que, fazer dois homens desconhecidos te seguirem, em uma cidade quase deserta no meio da noite, certamente não é uma ideia muito boa, porém, Amice não pensou nessa variável e decide continuar a segui-la cegamente, pois tudo que ela quer é dar mais tempo para Ivan.

Revoltado com a situação que seu colega provocara, Nyer o repreende com extrema revolta:

— Droga! Tayrim, você é muito burro! Não viu que aquela garota estava agindo de forma estranha?

— E… que papo é esse de que eu curto maids? Eu sou casado caralho!

— A-ah é, fo-oi mal…

Tayrim desculpa-se pela burrada que fizera, enquanto esfrega a parte inferior da cabeça envergonhado com o ocorrido. Após esse período, agora com a criada um pouco mais distante, Nyer, prossegue:

— Presta atenção, você vir comigo atrás dela, e não vai fará nenhum pio, ouviu? E melhor torcer por ela não ter escutado a gente…

No meio disso, um jovem cadete mais a frente, — que durante todo momento escutou a conversa dos dois, tenta aproximar-se deles, no entanto, uma soldada, que está em cima de uma carruagem com o teto desforrado, — junto a outros dois, chama a sua atenção, interrompendo o seu percurso:

— Qual é, cadete! Vamos logo e suba aqui! Precisamos chegar quanto antes no armazém.

O jovem se vira subsequentemente após ser chamado e, assentindo com a ordem, declara com um tom de voz extramente baixo, tão baixo que a mulher quase não o escuta:

— Ce-certo, Cabo Rubra! Já e-estou i-indo…

Enquanto isso, Amice, que virara no beco, escuta cuidadosamente a conversa dos soldados, dirigindo-se para o beco. Um sorriso discreto surge em sua face, a sua ideia de chamar a atenção dos soldados funciona, mesmo que tenha chamado apenas dois, porém ela não tem tempo de ficar esperando eles virem e, com passos ligeiros, começa a caminhar pelo local.

”Isso! Consegui fisgar os dois, agora só falta virem atrás de mim… ”

Sons de passos metálicos começam a ecoar pelo beco, a jovem, ao ouvir isso, vira-se e observa duas silhuetas aproximando-se, em seguida, retorna para sua caminhada. Os soldados, a observando bem longe, iniciam sua perseguição discreta, — que de discreta não tem nada.

Durante o percurso, Amice passa por diversos atalhos. O seu objetivo e confundir e desorientar os soldados pelos becos mal iluminados, fazendo com que a percam de vista.

Por breves segundos, os homens trajados apertam os seus passos para alcançá-la, no entanto, suas ações parecem ser em vão, visto que, a cada curva que fazem, observam a criada cada vez mais longe.

Alguns minutos se passam, e, Amice, — que está andando apressada pelo beco, para por um momento ao avistar a rua novamente. Aproveitando do momento, observa a sua parte de atrás, — em busca de tentar enxergar os soldados, porém eles não estão lá.

Durante todo o momento dos rodeios feito pela criada, os soldados que a perseguiam a perderam de vista, além de não conseguirem nem mesmo avistar o seu rosto. Com esse fato em mãos, desistiram da perseguição e voltaram para sua ronda com semblantes completamente cansados.

Um sorriso sutil floresce no rosto da jovem, ao notar que o plano funcionara, no meio disto, declara alegremente em pensamentos:

Não sei se isso foi o suficiente, mas pelo menos eu consegui afastar aqueles dois de perto da casa do patrão Ivan. De todo modo, melhor eu me apressar e torcer para a loja continuar aberta.”

Saindo do beco e, caminhando mais para o centro da cidade, observa bem ao longe a loja de bijuterias ainda aberta, apressadamente ela corre para o local, antes que o mesmo feche suas portas.

Aproximando-se da loja, tem a vontade de olhar novamente para trás, a fim de observar as ruas novamente, contudo, não encontra nada de anormal, em seguida, continua até entrar no estabelecimento.

”Realmente aqueles soldados não me seguiram até aqui… Bom, deixe isso para lá, melhor eu comprar logo aquilo”

No final, a jovem entra no local, cruzando pela porta que possui uma sineta em cima, que chama a atenção do dono que a cumprimenta.

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