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Nesse meio tempo, — exatamente nas terras a oeste, um pouco fora da cidade, a sentinela que fora a caminho da residência Hanatsu, chega apressadamente nas redondezas do local, e como esperado de sua reação perante a magnitude da estrutura, ela fascina-se.

É uma construção monumental.

Certamente, seria facilmente confundida com um castelo de um barão ou um título superior, no entanto, é apenas a residência mais protegida de toda a Nakkie. Tal construção é contornada por longas e grossas muralhas em seu arredor, conectados perfeitamente com quatro torres de vigias.

O local, é circulado por enorme poço, tão fundo que quase não consegue se ver o seu fim, abrigando inúmeros peixes tropicais e algumas algas, — que servem de alimentos para os animais marinhos.

Como é de se esperar, na entrada da residência, encontra-se uma ponte movediça, suspensa em duas correntes, presas em pilares escondidos dentro da muralha. O portão em si, destaca-se com sua limpidez e plenitude, um enorme portão amadeirado da cor branca, tão branca como neve, — em contraste com as muralhas de aparência escura, que se abre no mesmo instante que a ponte desce.

A cada ação realizada pelos aparatos tecnológicos da residência em sua frente, impressiona cada vez mais a soldado, — que abre sua boca com admiração por baixo do elmo.

Durante esse processo, alguns guardas, que cruzam o perímetro em cima da muralha, avistam a mulher, em seguida, tocam a sineta dentro de uma das torres.

Minutos após a isso, — com a ponte movediça abaixada, dois guardas, trajados com uma armadura equivalente a dela, aproximam-se para questionar a sua aparição na residência, além perguntarem o fato dela possuir o corcel mais rápido de sua senhora.

O primeiro dos dois, — mais próximo dela, que se encontra sem o elmo, com o cabelo ligeiramente despenteado, — demonstrando um semblante de decepção, aproxima-se, com um tom de voz forte:

— Hey, soldado da cidade, qual é a sua intenção neste local? E… o que faz com o corcel de nossa senhora?

A jovem, após ser abordada pelo rapaz, desce subsequentemente do corcel, e os informa sobre sua intenção, — omitindo deliberadamente todo o assunto passado, por possui bastante pressa no exato momento:

— Bem, eu… Hmph! Bo-bom dia, senhores, vim até ao domínio dos Hanatsu’s, em busca de Bentley, o sobrinho da madame. Poderiam trazê-lo até aqui?

Ambos os guardas se entreolham, tentando entender a ousadia que ela acabara de realizar. Visto que, ela, uma soldada, desconhecida por eles, que acabara de chegar montada em um dos animais preferidos da sua senhora, sem dizer nada referente ao que perguntaram, ainda sim exigir que, o lorde das terras vizinhas Bentley, aparece especialmente para ela. Faz as coisas ficarem mais suspeitas. 

Por consequência deste ato, ambos os guardas da residência entram em posição de combate. O guarda ao lado adjacente do que está sem o elmo, aproxima-se da jovem com intenção assassina, pois para ele o que ela realmente parece é uma ladra que roubara sua senhora.

Prevendo a ação impensada de seu colega de trabalho, o homem, tapa o percurso de seu parceiro com o seu braço, o interrompendo de imediato, antes que faça algo que, não só, o prejudique, como também a ele. Ao olhar para seu colega cabeça quente com um olhar severo, — o adverte com um tapa em sua armadura, chamando a atenção dele de imediato.

Desistindo de sua ação por isso, ele aceita a repreensão e afasta-se, ao voltar para sua posição inicial, enquanto o outro, dirige sua declaração, agora, com um olhar extremamente ameaçador, no entanto, demonstrando um semblante calmo.

— Mm… Deixa eu ver se entendi… Você surge do nada no corcel de nossa senhora. Não explica nada de como o conseguiu e, para complementar a seu atrevimento, exige que chamemos o sobrinho da milady? Por acaso… você está de brincadeira?

Após a sua declaração, o guarda prontifica-se em revelar sua espada, removendo-a totalmente de sua bainha, — que, como resultado, desencoraja quase que completamente a jovem, ao dar passos vagos para próximo do corcel, — enquanto demonstra uma expressão de espanto em baixo de seu elmo metálico.

Preocupada com a situação atual e para complementar, com medo de que seja repreendida por Moira novamente, a jovem trava. Nesta situação, que não importa para onde vá, será penalizada por isso, decide ignorar a pressa imposta por Moira, reformulando completamente sua conduta de antes.

— E-e-e-e… Nã-não, não! Espere! E-e-e sinto muito por me entenderem deste mo-modo. E-e-entendo que fui negligente, mas a razão é por que possuo um pouco depressa. Então, peço que perdoem por isso. E, também, peço que deixe-me recomeçar de novo, para eu poder explicar tudo de antemão para os senhores.

O comportamento inusitado da jovem, impressiona ambos os guardas por breves segundos, dado que ela, até a pouco tempo atrás, aparentara ser alguém mais confiante do que agora.

Ela, com a atenção total em sua pessoa, adianta-se dando um passo a frente, em seguida, remove o seu elmo.

Durante a remoção da parte de sua armadura, ambos os homens ficam completamente paralisados, enquanto visualizam a ação, — tentando imaginar como é realmente a aparência dela, dado que, para cada um, há uma grande curiosidade. 

Com a remoção feita, um extenso e volumoso cabelo cor carmim cai sobre os ombros armadurados da jovem, mostrando sua real aparência, com seus belos olhos turquesa, semelhante ao mar do caribe e uma pele morena por conta da exposição solar e, para complementar com a sua aparência, o alvorecer solar surge atrás, irradiando ainda mais a cor e o brilho do tom de seu cabelo.

Tal beleza hipnotiza ambos os homens por breves segundos, ao admirá-la 

No entanto, mesmo sendo bela para os padrões da cidade, demonstra em sua feição uma enorme inquietação e medo, quebrando totalmente o clima provocado por ela.

— De-deixe q-q-que eu me apresentar, sou Rubra, cabo da divisão 3, do distrito sul de Nakkie, meu co-co-comandante se chama…

Após se removido de sua admiração momentânea, — provocada pela fala tropicada da jovem, o homem, levanta a sua mão, a impedindo de continuar.

Em seguida, após analisar por um breve momento em sua cabeça as informações mais importantes dela, declara, demonstrando uma voz ligeiramente cansada, guiando para fora o seu discreto bocejo, — tampado por sua mão.

— Uahh! Cer… Certo, certo… Rubra, não é? Olha… uahh… eu… eu não estou a fim de ouvir uma biografia de sua vida e nem de onde você é. Só me diga logo o que aconteceu para você ter o corcel, pois já está de manhã e eu preciso terminar meu período…

Semelhante a cor de seu cabelo, a jovem fica completamente vermelha de vergonha, pelo fato de ter se empolgado com a apresentação e exagerado no processo, contudo, lutando mentalmente para não abaixar seu semblante por isto, continua a declarar, desculpando-se novamente no processo para prosseguir com o relato.

— De-desculpe… Ce-certo, então… Exatamente há cinco horas…


Depois de um breve momento de mal-entendido, a cabo Rubra, revela tudo que acontecera no armazém, e o real motivo por está com o corcel de Moira. 

Durante o relato feito por ela, ambos os guardas estranham e duvidam da veracidade, no entanto, ao presenciarem o animal favorito de sua senhora junto a ela, tentam acreditar.

No final do relato, o homem sem o elmo, — movendo-se em passos largos para próximo à ponte, exclama com a sua poderosa voz em ordem, que por consequência chama a atenção de um dos guardas que fazem perímetro em cima da muralha. 

Com a atenção imposta sobre ele, o rapaz direciona sua autarcia.

— Hey! Você! 

O guarda em questão, — ao ser chamado, entra em postura de continência e, olhando firmemente nos olhos do homem, pergunta:

— S-sim, Tenente, como posso ajudar?!

— Vá agora mesmo chamar o lorde Bentley, ele precisa saber disto. E faça questão dele vir o mais rápido possível! Diga que é um assunto que só ele tem entendimento. Seja rápido!

— Si-sim, senhor!

Retornando, novamente, para próximo da jovem, declara calmamente, com um semblante completamente rígido.

— Espero que isso seja verdade… Rubra… e que não esteja apenas… tentando nos enganar, com essa armadura e tal, pois mesmo que conte tudo isso, para mim você é só uma ladra com uma ótima história.

Um medo recai sobre o corpo dela e, para se recompor desta situação, tenta refutar o homem com suas falas trêmulas:

— Nã-nã-não… e-eu nunca faria uma coisa dessas… Eu juro!

No entanto, apenas para se agraciar um pouco mais no pavor transparecendo na face dela, ele complementa, a fim de assustá-la ainda mais:

— Muito bem, é melhor que seja, pois se o lorde Bentley sentir que foi enganado… não serei eu que irei puni-la, entendeu?

Picture of Olá, eu sou HOWL!

Olá, eu sou HOWL!

Residencia fortaleza Hanatsu, localizada exatamente ao oeste de Nakkie, construída durante a terceira guerra das grandes raças, pertencente ao Baronete Wagner Hanatsu, o falecido marido de Moira, e antigo prefeito de Nakkie.

Durante vida, Wagner fora um ótimo governante para com a sua cidade mercantil. Porém, 4 anos após o nascimento de seu filho Lumiel, morrera de uma doença desconhecida, substituído em seguida por seu cunhado, Algust Phesto, o atual prefeito e governante de Nakkie e Moira, a sua esposa, que gere atualmente o comércio da família.

Sua residência fora projetada para ser um escape de um possível ataque durante a guerra, o seu intuito era ajudar o máximo de pessoas da cidade que necessitassem de abrigo. No entanto, após sua morte, esta ideia fora abandonada, tornando o que ela é hoje, uma das maiores residências mais protegidas de toda a cidade.

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