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Capítulo 54.3 ❃ Fuga.

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No decorrer deste tempo… 

Amice, — que retornara para o quarto de Karenn, aguarda o retorno de sua mestra, visto que ela havia mandado ela esperar com a jovem desacordada até que ela retornasse.

No entanto, do lado de fora, um poderoso golpe é desferido no portão, assustando rapidamente a jovem, que se encolhe mais para próximo da cama.

Fora Bentley, que cansou de esperar que Ivan surgisse.

Durante todo o tempo que se passara na sala espiritual. Moira e os soldados, — próximos do portão, ficaram chamando Ivan para que viesse abrir a entrada, no entanto nem ele e nem mesmo Amice apareceram, irritando no processo Bentley junto ao seu pavio curto.

Moira, impressionada com a agressividade do seu sobrinho, o adverte:

— Bentley! Você está maluco!? Isto não é uma coisa que possa ser destruído levianamente. Ivan ainda é o curador mais importante da cidade. Desrespeitar sua moradia é uma afron…

Todavia é interrompida pelo rapaz, que corta as falas dela como uma lâmina inundada de verdades:

— A única que não está batendo bem da cabeça aqui é você, tia. O cara é claramente um criminoso que acobertou a majin que atacou os cidadãos da estalagem. E você fica aí tentando suprimir este fato. Por acaso está querendo amolecer a situação para seu amiguinho?

A jovem mulher fica completamente sem palavras, visto que a resposta afiada dele é realmente verdadeira.

A todo momento Moira torcera para que o relato do guarda fosse falso. Ela não queria acreditar que seu amado colega e professor do seu filho, estivesse em cumplicidade com a majin. Pois, para ela, a personalidade dele não combina, — ou muito menos dá a entender, que ele é um homem que ajudaria alguém assim.

E, este foi o porquê dela tentar atrasar a cada momento esta investigação na moradia.

Atrás dos dois, Oliver se enfurece com as falas que o rapaz desfere à sua tia.

Para ele, Bentley deveria ser muito mais compassivo com ela, dado que Moira é uma parente, — a tia dele, alguém deveria ter a maior calma do mundo, mas isso é apenas em sua convicção, — mesmo que esteja altamente certo a se pensar isso, é altamente alterado pela atração que ele sente pela bela mulher.

Elevando uma voz enraivecida para adverti-lo, o comandante tenta corrigir esta ação do rapaz:

— Olha esta boca, moleque! Você não devia falar assim com uma dama, muito menos quando faz parte da família. Pelo visto sua língua afiada não serve apenas para perfurar os soldados como também os parentes…

No entanto, no meio desta advertência, é interrompido por Moira, que levanta a palma da mão em direção ao comandante, — freando sua fala por completo. Em seguida, ela complementa aceitando a repreensão do sobrinho.

— Pode parar agora, comandante. Entendo sua frustração, mas isto não lhe convém, nem a minha situação, muito menos a minha família. Então, não se intrometa! Mesmo que ele tenha sido grosso, eu aceito,  já que possui razão em suas falas…

Impressionado com a declaração de Moira, Oliver tenta contra-argumentar. O intuito que ele tenta criar, é para que ela o veja como um homem a ter algum tipo de sentimento, — um sentimento que a faça se sentir apaixonada por ele.

— Mas madame, não posso permitir uma ação desta. Uma bela dama como voc…

Todavia, ele não prossegue com a declaração, visto que, ao tentar ir contra a vontade dela, fez com que Moira o visse como um homem altamente repulsivo, — dirigindo um completo olhar de desgosto.

— …

As palavras dele não conseguem surgir em sua boca, tamanha a sensação de repudiação que ele sente ao presenciar tal olhar. Um belo olhar azul, que muitos invejam, porém, sendo usados como uma arma, — uma lâmina, que perfura completamente as chances dele tentar se aproximar mais dela.

Como um ato de complementar com a sua insatisfação, Moira, pergunta para o homem com uma voz desdenhosa:

— Já acabou? Podemos prosseguir?

— Ca-claro… madame…

A mulher se vira por completo, — deixando Oliver para trás, com apenas a visão de suas costas. Durante está ação dela, ele sente que não deveria ter dito aquilo.

”Tsk! Mas que merda! Com certeza eu falei algo que a chateou mais que aquele moleque que se acha disse. Como ela consegue aceitar as falas duras desse infeliz e abolir as minhas cheias de compaixão? Que se dane! Isso não importa, terei outras chances. E quando esse momento chegar, aquele lindo corpo…”

Enquanto o homem se ilude em pensamentos, Moira o repudia ainda mais nos seus:

”Quem esse homem pensa que é!? Nem mesmo o conheço, e ele chega tentando controlar minha situação, meus sentimentos, até… o jeito que lido com minha família?! Não entendo o que ele quer, mas dado o seu conhecimento inteiramente inferior, presumo que não é nada além de soberba. De todo modo, foi até bom, isso acabou aliviando um pouco da tensão que estava sentido…”

Inclinando o rosto para atrás de si, Moira, observa o comandante totalmente parado, — olhando para o vazio com um sorriso obsceno no rosto. Uma pequena fagulha de estresse eleva-se nela, que a faz assumir de vez a posição de supervisora:

— O que está fazendo aí parado! Vamos, apronte seus homens! Nós vamos subir.

Ao ser surpreendido com a declaração pesada da jovem mulher, o homem é retirado abruptamente dos seus pensamentos, — que já estavam sendo dirigidos para cenas libidinosas que imaginara com Moira, concordando com a ordem em seguida:

— Cer-certo!


Enquanto o comandante se apronta em arrumar os soldados presentes, os cidadãos em volta, após presenciarem o forte impacto de Bentley, — que ecoou completamente na região, ficam bem atentos no que está acontecendo próximo à residência de Flamesworth.

Algumas crianças, que andam com seus pais nas ruas próximas, amedrontam-se com o forte barulho, — escondendo-se em seguida atrás das pernas deles. Por outro lado, outras pessoas e alguns de idades mais elevadas, se impressionam com a destruição da entrada, — observando focadamente a pequena fumaça empoeirada que paira sobre a região golpeada.

Todos que observam aquela cena com seus olhos ficam completamente confusos. Dado que, a notícia de que Ivan Flamesworth, pode ser o atual cúmplice da criminosa majin, ainda é um segredo.

Pois, mesmo que ele seja o mais indicado a esta posição no momento, ainda é incerto concluir firmemente que este é o caso dele.

Diferente de Bentley, que não dá a mínima que é ele ou não, Moira, por outro lado, pensou cuidadosamente nesta situação. Se ela se propusesse em anunciar algo que pode ser um completo engano, não só arruinaria a posição do homem com mentiras sem fundamentos, como também a autoria dela nesta situação. Visto que, quem acreditaria em alguém que só usa a autoridade para pregar mentiras?

Com essas conclusões em mente, Moira decidira não fazer tal ação, até que confirmasse com os próprios olhos a real situação de Ivan neste caso.

Os cidadãos, ainda boquiabertos com a cena que observam diante de si, reparam Moira, junto ao rapaz do evento, — entrarem na residência do curandeiro.

Durante esse processo, uma mulher, — ligeiramente idosa, com cabelos grisalhos e roupas condizentes de uma camponesa de baixo calibre, surge no meio da multidão.

A aproximação da idosa foi uma surpresa para alguns, no mesmo momento que ela começa a comentar sobre a cena, que ocorrera recentemente.

— Nossa! Eles destruíram mesmo o portão da casa dele… Deveee~… deve ser bem chato… quando não achamos a chave de casa, não é mesmo? Não canso de pedirem para os amados guardas destruírem a minha porta, uma hora outra, dado as circunstâncias da minha frágil memória…

Enquanto alguns ficam impressionados com o surgimento da figura da mulher no meio de todos, — sem ao menos terem percebido a chegada dela, outros, que ficaram um pouco assustados com o barulho da destruição, conseguem aliviar um pouco da confusão e tensão, ao darem uma leve risada sobre o que a senhora disse.

Um jovem rapaz, por volta dos 24 anos, — um funcionário de uma taberna próxima do evento, aproxima-se da mulher idosa, — liberando uma pequena risadas com o comentário que ela fizera.

— Ahahah…

Agora, bem perto dela, o rapaz inicia uma conversa, para aliviar um pouco mais a tensão:

— Ahahah! Essa foi boa, hein vovó!

A mulher idosa, olhando para o lado, observa o rapaz que toca no seu ombro, para começar a conversa. Na face dela há um sinal de surpresa, pois, — assim como alguns e, também, o rapaz em questão, que não notaram a aproximação dela na multidão, ela também não notara a chegada dele até que a tocasse.

Afastando-se um pouco do rapaz, a mulher libera um sorriso gentil, complementando com sua declaração amistosa:

— Ai, que nada, meu querido. Só estou dizendo verdades. Já que realmente minha memória não é muito boa.

O rapaz a observa de pé a cabeça, como se procurasse algo de suspeito na senhora. Tal ação chama a atenção dela. E, para tentar encobertar o que faz, ele libera mais uma risada, dirigido de um comentário um pouco peculiar.

— Ahahah… Você é ótima em contar piadas, hein vovó, mas espera… a senhora é alguma visitante de fora da cidade? Não lembro de alguém como você por essas bandas.

Após esta indagação, o coração da mulher de idade elevada começa a bater em sintonia com a emoção de surpresa. Ela começa a observar a face do rapaz e nota que expressão dele está rígida com um olhar completamente afiado. Para sair dessa situação um tanto incomum, a mulher inventa sobre sua moradia na cidade.

— Ah, não, meu querido… eu sempre morei por aqui sim… É que eu nunca saio, sabe? Vivo aqui há muitos e muitos anos, desde quando o prefeito anterior governava, sa-sabe?

Uma expressão de dúvida surge no rapaz, enquanto ainda a cerca com um olhar totalmente rígido, sem ao menos piscar.

— Ah… é serio? Meu amigo Antorzio mora aqui há muito tempo também, ao contrário de mim. Deixa eu chamar ele, para te conhecer também. Talvez ele já tenha uma relação de amizade com a senhora, pois ele possui amigos em todos os cantos do distrito sul…

— Hey, Antorzio! Chega mais, venha conhecer a… Espera, qual é o seu nome mesmo?

Antes que pudesse perguntar o nome da senhora, ela some misteriosamente sem deixar rastro algum. Do mesmo modo que surgira na multidão, saíra do mesmo também.

Ao notar o desaparecimento repentino dela, o rapaz começa a procurá-la.

No pequeno tempo que o rapaz tenta achar a mulher idosa pela multidão, Antorzio, seu amigo de trabalho, aparece, — o questionando sobre o que ele quer.

— Lenyu, o que foi? Estava servindo os clientes. Por que está aqui fora e… por que destruíram a porta do senhor Flamesworth?

Ao olhar para Lenyu, observa uma expressão pálida e vazia, pois ele finalmente reconhece a senhora que vira, contudo…

— Lenyu? O que deu em você?!

— A-ah… nada… nada não… Acho que foi apenas minha imaginação.

Todavia, não fora isso.

Durante a procura pela senhora no meio da multidão, observara no alto de um dos postes, um retrato de uma mulher idosa, com as mesmas características da que conversara com ele, que morrera há muito tempo. Observando aquilo, o rapaz fica completamente sem palavras, tendo que acreditar que falara com um fantasma ou coisa do tipo.

No entanto, este não é o caso.

Em um local mais distante da multidão, a mulher idosa entra em um beco com a cabeça tampada com um cachecol vermelho. 

Retirando o extenso decido carmesim de cima da cebeça, ela enrola em seu pescoço e, nesta ação, libera um sorriso de alívio, após ter saído daquela situação.

— Ufaaa… essa foi por pouuuco~… quase que me descobriram… Se eu não fosse rápida o suficiente, aquele carinha iria descobrir sobre meu disfarce… E, falando em disfarce…

Olhando para as mudas de roupa sobre o corpo, libera uma expressão de completo desânimo, pois em sua concepção, o excesso de roupas amonturadas não vai do seu feitio, — complementando após com outra declaração:

— Aah mas que roupas mais chaaataaas~. Por que será que gente velha anda toda tapada assim? Eu mal consigo me mexer. Beeem, de todoooo o mooodooo~ não preciso mais disso daqui…

Levantando a mão para o alto, ela estala rapidamente os dedos. Após esta ação, uma pequena névoa começa a jorrar da ponta da cabeça até a parte mais inferior das pernas.

As roupas sobre o seu corpo começam a desprender-se uma após a outra, caindo no chão como pedaços de musgos mortos.

A ação de distorção das roupas pendura por alguns minutos até que da parte inferior surge a real vestimenta dela.

Enquanto a névoa escura cessa vagarosamente, as suas pernas surgem em meio a escuridão do beco.

Sua pele, — diferente de antes, que parecia branca e murcha como uma uva-passa, mostra-se bronzeada e reluzente, como um jarro de cobre. Nos pés, encontram-se botas pequenas, similares as de um elfo, algo que, na convicção dela, ajudam na velocidade, — dado seus encantamentos que ressaltam na escuridão.

Ela veste-se com um short bem curto de couro preto, complementando com a meia calça da mesma cor que cobre quase totalmente as pernas. No seu torço há um tecido bem similar ao do cachecol, porém feito de uma fibra mais reforçada, — entre a seda e o couro, também com encantamentos desconhecidos presentes.

Alguns instantes se passam e, finalmente, a névoa cessa por completo, revelando enfim a face da bela jovem. 

Ela possui um cabelo chanel, — curto, com a palheta prateada. Seus olhos são amarelos como a de um gato, e reluzentes como joias de citrinos refinados, — que fazem contraste com pequenos feixes solares que invadem o corredor escuro.

A jovem é completamente bela, — uma beldade se comparar com as damas de Nakkie. Se houvesse um concurso de beleza de todas as mulheres da cidade no momento, apenas Moira e Rubra poderiam competir com ela.

Agora, completamente livre do desconforto anterior, — o excesso de roupas, ela, com um sorriso felinesco que expõe na face, comenta uma vez mais sobre sua quase descoberta.

— Aaarrh… beeem melhooor~… aquelas roupas eram tãooo chaaataaas~… mas o que me impressionou mais foi a dedução daquele carinha… Ele deve ter alguma coisa que não fez eu sentir sua presença… Se ele fosse um assassino… eu estaria “mortinha da silva”. Ainda bem que não foi o caso…

Guiando o dedo indicador, — que possui uma garra dourada na ponta, para o queixo, continua:

— Acho que não foi uma boa ideia me misturar com o povo do distrito sul… eles parecem ter mais mana que o resto da cidade… Deeee tooodoo o mooodooo~, foi uma boa ideia eu ter ficado mais um “tiquinho” para ver a situação da “Evazinha”… Não sabia que isso levaria a um excesso de soldados. Mesmo que minha missão não envolva me meter na situação dela, de alguma maneira ela me atrai…

— Aiii… aiii… aiii…

Tendo um pequeno devaneio, — um tanto incomum, a bela jovem envermelhece o semblante, demonstrando um pouco de vergonha com o que diz, — dando pequenos pulinhos de alegria.

Inspirando o ar para dentro dos pulmões, emana um semblante de calma e, outra vez, o quebra ao demostrar novamente outro do seu sorriso peculiar.

”A minha missão era conseguir todo tipo de informações sobre os majins, mas não esperava encontrar logo uma aqui, ainda mais sendo uma conhecida dele. Pooooxaaa~ eu não nenhuma espiã… eu queria muito testar meus veneninhos novos… ”

De repente, um pequeno garoto observa a silhueta dela no beco, — aproximando em seguida, pois a criança pensara que trata de sua mãe, que a procura em meio a multidão por estar perdido.

— Ma-mamãe?

Bem próximo dela, puxa o cachecol e, quando ela vira-se, expõe uma face de um monstro aranha, assustando a criança que libera um poderoso berro.

— Oooolaaaa queridiiinhooo~

— Aaaaahhhh!

— Tsk! Criança chata, não sabe nem brincar.

Enquanto o seu rosto retorna ao normal, a verdadeira mãe da criança surge, perguntando em seguida sobre o grito dele filho:

— Filho, o que houve?

O mo-mo-monstro, mamãe. No be-beco.

Porém, quando olha para o beco não encontra nada além de um corredor escuro e úmido.

— Está tudo bem, meu pequeno, o monstro foi embora.

Todavia, a bela jovem, um pouco antes de chegada da mãe do garoto, moveu-se em uma alta velocidade, tão alta que daria inveja a um vendaval, — ao pular e agarra-se entre as paredes do beco, até subir no topo de uma casa.

Agora bem no alto, com vista para a casa de Ivan, ela complementa:

— Bom… como eu disse antes… não é conforme com a minha missão, mas é melhor eu ficar de olho naquele grupo de soldados. A saída da “Evazinha”, também vai de acordo com o que vim fazer aqui…


Um pouco antes desta ação…

Moira, junto a Bentley e Oliver, adentram a residência de Ivan. 

No decorrer da entrada deles, cinco dos dez soldados, posicionam-se em guarda na frente da carruagem, — prevenindo-se de um possível embate que possa acontecer. Três, prontificam-se a segurar os cavalos para não fugirem ou sejam roubados, enquanto outros dois, acompanham Oliver em retaguarda.

Dada a posição de cada um nesse filamento, mostra a real importância que Oliver expôs em sua ordem. Porém essa cautela não é referente a força da majin, pois para ele, quando sentira pela primeira vez a possível mana da criminosa, não se impressionara muito, dada a pequena força que ela possui comparada a dele. Todavia, fez formações meticulosas, para caso Ivan ou o espírito os ataquem, — algo que, na convicção dele, possa ocorrer caso invadam a moradia.

Por outro lado Moira, não sente esta preocupação, dado a relação que ela tem com o seu colega curandeiro. E, para ela, se Ivan a ver de primeiro relance, possivelmente não atacaria, por isso ela escolhera ir pela frente, — por esta razão e também por conhecer melhor o lugar.

Então, um pouco mais acostumada com a casa, — por causa de suas inúmeras visitas, Moira, guia Bentley e o comandante pela frente.

No pequeno espaço de tempo que andam pelo local, avistam uma escada em espiral que liga o térreo ao segundo andar. Ao notarem o caminho para o piso superior, Moira, ainda na frente dos homens, os guiam pelos degraus, enquanto os dois soldados, — um deles sendo Luke, o jovem de confiança sobre o caso atual, aguardam na parte inferior, caso a criminosa passe por eles em escapatória.

Estando no último degrau da escada, Moira dá de face com a entrada, — indo em seguida tentar abrir a porta, porém, indubitavelmente ela está trancada.

Um pouco antes do descontrole de Bentley com a entrada da residência, Amice, ainda receosa sobre a possível visita forçada dos soldados na casa, traca a porta do segundo andar. Pois, em sua concepção, ajudaria mais o seu patrão, — atrasando-os de entrarem no local. 

Algo que para ela foi outro erro.

Após ouvir o estrondoso golpe, — que ainda ela desconhece o que fora, no portão, arrepende-se de ter trancado a porta, dado que, só seria questão de tempo até destruírem também a do segundo andar.

Neste meio tempo que Moira tenta forçar a entrada na porta trancada, Bentley, uma vez mais, se estressa.

— Mas que merda! Esse velho com certeza é cúmplice daquela majin. Para que outro motivo ele trancaria a casa, estando dentro dela?

Porém Moira contra-argumenta o comentário do seu sobrinho, tentando amenizar este empecilho:

— Não seja tão direto assim Bentley, ele é um suspeito a ser cúmplice da criminosa. E as portas trancadas não possuem relevância nisto, pois ainda é bem cedo, além de ser comum trancá-las quando se vai dormir.

— Tsc! 

Ao estalar a língua com uma possível refutação da mulher, ele tenta avançar contra a porta, para assim arrombá-la também, todavia é freado por Oliver, que tapa o percurso do rapaz com o braço. Tal ação irrita ele, que almeja ainda mais oferecer um soco na face do homem, contudo, apenas se contendo em lhe entregar um olhar enraivecido.

No meio deste tempo, Moira ainda continuando com a insistência nula na porta, é observada em seguida pelo comandante. 

De repente, o homem lembra-se da chave mestra da cidade, que fica em seu chaveiro particular. Logo após essa lembrança, ele chama a jovem mulher, para informar isto:

— É… madame Moira… com todo o respeito, mas esta porta não irá abrir se insistir deste jeito. Permita-me lhe oferecer este chaveiro. Ele possui a chave mestra da cidade e, certamente, poderá abrir esta porta com grandes facilidades, dado a sua peculiaridade mágica. Então, é só escolher a…

Antes de poder dizer qual chave é verdadeiramente a chave mestra, Moira, — em uma ação rápida, toma o chaveiro da mão do homem. 

Na face dela encontra-se um sorriso bem forçado enquanto o olho esquerdo pisca inquietamente.

Durante todo o momento que ela tentara forçar a porta para entrar, Moira esperara que alguém lhe oferecesse alguma ajuda, — uma que não destruísse a porta, para que abrisse a entrada. E, ao perceber que o comandante tinha a chave com ele o tempo todo, fez ela perder a última fagulha de calma que lhe restara, — dado o comportamento anterior de Oliver.

Enquanto a mulher emana um sorriso incomum para o homem, ela assente com a ajuda insignificante lenta do comandante, — retornando em seguida para tentar abrir novamente o lugar, — pulando de uma chave para outra.

Observando aquela ação, Oliver fica completamente desconfortável com a sua segunda falha ao se aproximar mais de Moira, visto que ele não teve a chance de dizer para ela qual realmente é a chave mestra.

Porém, ao observar o olhar ameaçador que a mulher emanara, calculou que, se ele tentasse dizer logo agora, — após inúmeras tentativas de chaves erradas, só resultaria ainda mais na raiva da jovem mulher. Escolhendo ficar com está informação para si, até que ela perguntasse.

”Droga… eu falhei outra vez, eu devia ter dito qual era a chave antes de entregar para ela. Certamente se eu disser agora ela vai me olhar de novo com aquela expressão, ou fazer algo pior… Me impressiona ela ser uma mulher desse gênero, mesmo não possuindo controle mágico, ela emana uma presença sufocante… E, isto reforça ainda mais de como preciso dessa mulher para mim…”

Por outro lado, Bentley, observando a cena de sua tia forçando a porta com inúmeras chaves erradas, revela uma expressão cabisbaixa e afadigada, dado que ela aparenta está bastante estressada para não perguntar qual é a chave correta e, já se passara um período razoável desde que ela pegou o chaveiro e ainda não conseguiu abrir.

”Tsk! Mas que merda em… Quando ela fica assim não tem mais jeito. Deixa que este comandante da ralé ature isto. Eu que não vou me meter…”

Picture of Olá, eu sou HOWL!

Olá, eu sou HOWL!

A chave mestra de Nakkie: A chave mestra da cidade é dada para todo o comandante da guarda, — dividindo as chaves nos 4 distritos. Ao todo possuem quatro, portados pelos comandantes e, Oliver Phox, possui a posse de uma dessas ferramentas especiais.

A peculiaridade da chave mestra é ir além das imaginações impostas comumente. Diferente de uma chave altamente fabricada que possui medidas especiais para entrar em qualquer fechadura, está possui características mágicas, que facilitam o uso do portador.

Para a chave, qualquer fechadura, — derivada da cidade, pode ser aberta por ela. Visto que, ao direcionar a pequena ferramenta para qualquer fechadura na cidade, uma habilidade encravada nela é ativa, o 《Master Unlocker》, que converter o formado do objeto para se adequar perfeitamente na fechadura, — abrindo a porta com um simples giro.

Devido a sua peculiaridade, muitos ladrões a procuram por todos os cantos, dando tudo que possuem para poder terem nem mesmo uma cópia dela, algo que é altamente mais inferior, — enquanto outros, não ligam de assassinarem os portadores dessas chaves. E, por inúmeros assassinatos e roubos, foram entregues para os responsáveis mais fortes da cidade, para terem força o suficiente para sobrepujar qualquer um que tentem tomar isto deles.

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