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Alguns momentos antes desta invasão, Ivan, com o forno em mãos, começa o levá-lo para fora da sala espiritual. Áurea, por sua vez, pede para que o homem se apresse, dado a privacidade que ela quer que o homem libere para Evangeline e ela.

— Vamos, seu velho, saia logo! Precisamos de mais privacidade. Evangeline irá se trocar agora com as roupas que a Amice trouxe e, não quero nenhum pervertido babão observando o corpo da minha aprendiz!

Enquanto o curandeiro escuta aquelas palavras com uma expressão envergonhada, — dado a sua falta de mulher durante anos, Evangeline fica completamente desconfortável, porém não pelo pedido de Áurea, mas sim, com o fato de se trocar perto de outra pessoa.

Durante o breve tempo que se passara neste mundo, Shirogane não teve muito tempo para se acostumar com o corpo feminino que recebeu, dado aos acontecimentos imprevisíveis que fizeram o depositar tamanha atenção. Todavia, isto não difere de nenhum outro, apenas acrescentando Áurea como a primeira pessoa a vê-lo nu com este corpo.

Ivan sai completamente da sala espiritual, cruzando pela densa camada de mana que circula o portal. No momento após a isto, Áurea vira-se para Evangeline a questionando sobre o que ela está sentindo no momento, — visto que, o plano já entrou em jogo.

— Pronto, aquele tarado saiu… e, agora que estamos sozinhas… Evangeline, como você está se sentindo agora? Sente que errou em alguma coisa? Se sim, fale imediatamente que chamarei Ivan de volta para revisarmos mais uma vez.

A meio-elfa chacoalha a cabeça em discordância, negando a preocupação da fada, em seguida, desabotoa a blusa para trocar de roupa e complementa com um tom confiante.

— Não… não precisa se preocupar com o plano, mestra Áurea. Já revisei inúmeras vezes na minha mente, além de algumas vezes com vocês. Então, creio não haver nada de errado nele. Só rezo que ele der certo e…

Ela para de falar por um momento ao perceber que Áurea começa a encarar seu corpo. Em um ato completamente rápido, a meio-elfa tapa a parte da pele exposta com as peças de sua roupa, — algo que faz o espírito rir com um sorriso pervertido e, declarar em seguida.

— O que foi, Evangeline? Você é tímida? A todo momento fala sobre coisas maravilhosas e encorajadoras e, quando é para fazer uma simples ação como trocar de roupas, fica envergonhada?

As falas despreocupadas da fada faz Evangeline demonstrar um pouco de vergonha e raiva.

Mesmo que se ela explicasse o fato dessa ser a primeira vez que troca de roupa perto de alguém, Áurea não entenderia, pelo fato dela possuir uma irmã e, pela maioria dos casos similares, as irmãs sempre possuem intimidade suficiente para fazer tal coisa. 

Porém este não o caso de Evangeline.

Por está sendo controlada por Shirogane, — um garoto, passar por este tipo de situação é um tanto peculiar. Independentemente dele ter passando um longo processo com seu novo corpo feminino, — além de ter o “conhecido melhor”, algo como se expor a outra pessoa ainda é bem complicado. “Como seria a reação da tal pessoa?” “O que ela falaria?” As inseguranças que predominam a mente do garoto no corpo de garota o enchem duvidas.

Olhando para o chão e balançando a cabeça em negação, Áurea, — com as mãos na cintura, fica totalmente decepcionada com a meio-elfa.

No momento seguinte, ela invoca sua varinha outra vez. 

Em um único instante, acumula uma grande esfera de mana de cor alaranjada. 

Por poucos segundos, a fada começa a desenhar e modular uma forma na mana que, seguidamente, ao balançá-la com grande força e destreza, arremessa a massa mágica na parede a frente.

Uma grande fumaça predomina o local atingindo. De primeiro relance, parecia um ataque de um feitiço destrutivo, uma vez que, ao chocar-se na parede, realizara um poderoso barulho, — impressionando deliberadamente Evangeline com ação.

Contudo, para a sorte de Áurea e pelo azar de Evangeline, — com sua dedução errônea, em meio a fumaça surge um grande vestuário, cercado por cortinas alaranjadas.

— Pronto, sua envergonhada, pode trocar de roupa ali dentro. Não ficarei explicando sobre o fato de eu não me importar de você estar ou não estar usando roupa, já que espíritos não sentem esse tipo de coisa por mortais. Então, só adiante-se e troque-se rapidamente, não queremos perder mais tempo.

— Cer-certo!

Com as bochechas altamente rosadas por estar com vergonha, — além dos lábios apertados com a insegurança atual, Evangeline aceita o vestuário improvisado para trocar-se.

Guiando-se em passos largos e rápidos, — com uma muda de roupa em mãos, ela entra e fecha rapidamente as cortinas do vestuário. E, sem demora alguma, começa a separar e terminar de retirar as roupas.

Como um ato de se aproveitar do momento provocado, Áurea, a fim de brincar mais com a situação embaraçosa de Evangeline, declara descontraidamente ao chamar a atenção de sua aprendiz para algo curioso.

— Isso, troque bem rápido, ouviu? Mas não esqueça, nós, espíritos, também conseguimos enxergar através dos objetos que criamos. É meio chato às vezes, contudo para momentos assim fica bem interessante… heheh…

— Dr-droga!

Absolutamente chocada com a possível brincadeira que pode ser verdade, Evangeline, apressadamente, — com ações desorientadas, começa a retirar e colocar as roupas escolhidas por ela do cesto aceleradamente, tudo para que Áurea nem sequer imagine como ela fica nua.

Observando as cortinas balançarem tremulamente, Áurea libera um pequeno sorriso descontraído com a cena, algo que não pendura muito, — extinguindo-se em seguida para uma face completamente séria e preocupante, ao lembrar-se de que Ivan já está do lado de fora com o plano em mãos.

”Espero que ela tenha razão. Espero que o plano funcione…”


Seguidamente, ao ser taxado de pervertido por seu espírito, Ivan, ainda com uma expressão envergonhada, sai da sala espiritual indo de encontro com a biblioteca. 

O homem inspira todo o ar do local para tentar retomar suas emoções anteriores, em seguida, avistando a escrivaninha a poucos metros a frente, despeja, — o não tão pesado, forno-mágico no local.

O curandeiro estala despreocupadamente a coluna, dado a força que fizera para trazê-lo.

Porém, no momento de alívio momentâneo, escuta algumas vozes que surgem da sala de estar.

Com passos não muito furtivos, — dado ao barulho amadeirado de ranger do piso, Ivan, deixando de lado o forno por alguns instantes, tenta esgueira-se entre a entrada da biblioteca para avistar a movimentação da sala de estar.

Com os olhos fixos no local, observa o sofá e janela principal do ambiente, todavia sem constatar ninguém aparente, mas, como resposta a sua dúvida momentânea, — as pessoas, que ainda conversam, adentram a região.

Trata-se de Moira e Bentley, que discutem algo entre si.

O rapaz aparenta estar altamente revoltado pela ausência do curandeiro na casa, enquanto Moira tenta amenizar os nervos dele, contudo ele explode uma vez mais.

— Droga tia! Como aquele velho não está em casa!? Eu senti três presenças na residência, então por que não achamos nada? Tudo que observei até agora foram… essas mobílias horrorosas e totalmente do século passado…

Por um longo período, Bentley veio repudiando e zombando do colega de sua tia, mas isso não é pelo fato do rapaz não gostar do curandeiro e, sim, para enraivecê-la. Pois, antes mesmo de adentrar no armazém dela, ansiava enchê-la de suas revoltas infantis, além de sacanear o filho da mulher por ter também impedido de realizar o que ele queria. Contudo, pelo fato dela estar no comando da operação, ela ignorou completamente o que ele ia dizer, seguindo rapidamente para a casa de Ivan.

Embora não tenha ligado muito para as ofensas desferidas pelo rapaz ao seu colega, Moira decide por fim nas birras dele, já que ele teve o atrevimento de falar mal da luxuosa e cara mobília que ela mesmo presenteou Ivan.

— Bentley… eu não me importo nem um pouco com sua palhaçada de zombar dos outros, pois mesmo que suas falas sejam altamente egocêntricas, não ferem ninguém fisicamente, mas você vir comigo até aqui, destruir o portão e, além de tudo isto, humilhar a linda mercadoria presenteada por mim ao meu colega, eu não aceitarei!

— Então, para com esta birra infantil, moleque ingrato! Não se esqueça que quem manda agora sou eu! Possuo total controle da guarda desta cidade e, não terei receio nenhum em jogá-lo em uma sela para acalmar essa sua criancice. Pense duas vezes antes de insultar meus presentes, pois se eu ouvir de novo sobre este insulto, veras o que farei com você!

A bronca chama a atenção de todos os presentes na casa. Moira está altamente alterada por estar entupida de estresse. 

Ter que transformar seu local de trabalho sossegado em algo movimentado e barulhento a chateou muito. Além de tudo piorou quando chegara na residência, devido ao comandante e agora pelo insulto do seu sobrinho.

”Nossa… ela ficou realmente chateada com o que ele disse da mobília… Me pergunto o que ela faria se atacassem o filho dela…”

Ivan fica totalmente impressionado com a fúria que sua colega demonstra com a ofensa dirigida a seu presente.

Em contrapartida, Oliver libera um sorriso zombeteiro na face, ao finalmente receber o que ele queria, — uma repreensão dela desferia a Bentley. 

— Tsk! 

Bentley fecha completamente o semblante após isso. 

O seu punho cerra-se completamente pela raiva que ele sente neste momento, visto que, a todo momento que chegara nesta cidade, não deixaram ele fazer o que ele queria, — já que ele possui total liberdade na capital, o enraivecendo totalmente.

Um poderoso ar de frustração é retirado dos pulmões da jovem mulher. A expressão furiosa de alguns segundos atrás se extingue completamente, ao retornar para um semblante completamente sério perante a situação.

Sem demora, Moira, com tudo silenciado, — em razão ao poderoso berro de repreensão, chama uma vez mais seu colega para que viesse os atender.

— Ivan, por favor, apareça. Queremos resolver isto de forma pacifica, não quero que este mal-entendido seja contornado em fatos contra a sua pessoa, então, peço que apareça. Não se esconda, já sabemos que está em casa.

Sem muito o que fazer perante a situação que tem, Ivan, ao olhar para o forno-mágico atrás de si, inspira poderosamente, ao colocar enfim o plano em prática.


Alguns minutos se passam e, sem escolhas aparente para si, Ivan começa a pôr em prática o plano revisado anteriormente.

Guiando-se vagarosamente para a sala de estar, ele, com um semblante confuso, — fingido por ele, chega finalmente onde Moira e Bentley estão.

No decorrer a este momento, o portal aberto na biblioteca fecha-se sorrateiramente, sem demonstrar barulho algum, porém, antes de sumir completamente, a cabeça de Áurea sai para averiguar a situação, — olhando de esquerda a direita. 

Após concluir não haver nada de errado, remove a cabeça do portal, o fechando rapidamente.

O curandeiro finalmente chega na sala de estar.

Enquanto Moira observa o seu colega chegar com um semblante completamente confuso, — fingido por ele, devido ao plano, fica com um pé atrás no que está fazendo ali. 

Ela ainda aparenta estar arrependida de ter deixado Bentley destruir o portão do homem e, ao vê-lo com aquele semblante, faz com que aquela ação anterior a inquiete ainda mais.

Contudo, algo além do semblante do homem chama a atenção dela, — o objeto em forma de caixa que ele traz consigo. 

Curiosa com algo que não vira antes, — uma caixa de metal, com o interior a mostra, visível com um painel vidro altamente reforçado por mana, ressalta um grande interesse na pessoa dela.

Bem próximo de todos, Ivan coloca cuidadosamente o forno-mágico na mesa de centro da sala. Em seguida, desamarrotando a vestimenta, além de remover os óculos do rosto, — questiona o motivo de ter muita movimentação em sua casa, — dado o momento da manhã que está acontecendo tudo isto.

— E… ma-madame Moira? O que… como posso ajudar a senhorita? E, por que tem dois homens com a senhora? Aconteceu alguma coisa de errado?

Após a indagação, — perfeitamente atuada do homem, Moira, entreolha seu sobrinho e o comandante da parte de trás, como se esperasse ser autorizada de algo. Ao lembrar da posição que está, — superior a deles, chacoalha a cabeça, fecha os olhos, respira fundo para finalmente respondê-lo.

— Meu colega Ivan… Ivan Flamesworth, o curandeiro chefe do distrito sul de Nakkie. O responsável por atuar e tutelar diversos magos na grande escola a oeste da cidade. Observo em sua expressão que não está entendendo a atual situação, porém antes de prosseguir tenho algo para dizer.

— Como a atual supervisora do caso contra a majin, responsável por tudo que acontece e deixa de acontecer, me responsabilizo principalmente pela destruição de seu portão. Então, primeiramente, peço que desculpe meu descaso.

O homem impressiona-se com a responsabilidade da jovem mulher, enquanto a observa curvando-se.

Altamente sem modos de como reagir a esta ação momentânea, Ivan, balança as mãos ao ar, negando gentilmente as desculpas dela.

— Não, não, não, madame Moira. Não precisa preocupar-se com uma coisa dessas. Meu espírito, Áurea, pode cuidar disto mais tarde. Então, não vejo problema nisto agora, tudo bem? Contudo, me questiono, além de reforçar. Por que estão aqui?

Levantando vagarosamente a postura curvada, Moira encara fixamente os olhos de Ivan com os seus belos olhos azuis-marinhos. Tal ação inquieta um pouco o curandeiro que o faz derramar uma pequena gota de suor no canto do rosto.

Sem demora, ela, com uma voz parcialmente calma e sincera, o questiona o real envolvimento que ele possui com a criminosa:

— Ivan Flamesworth, presumo que esteja ciente do grande anúncio que aconteceu ontem, um pouco mais a frente de sua casa. Caso não, lhe conterei agora…

O homem assente com a cabeça para com a disposição dela.

— Muito bem. Como eu disse, ontem, aproximadamente na parte de tarde, meu irmão, Algust, divulgou inúmeros avisos a toda cidade para relatar nosso mais sigiloso caso, o que eu lhe disse anteriormente na minha visita, o caso sobre a majin criminosa. Neste mesmo anuncio, ele explicou tudo que eu disse anteriormente. Adiante a isto, reforcei junto a ele, que os soldados se esforçariam em capturar e prender a majin. Este é praticamente o resumo. Dito isto, lhe pergunto.

— Qual é o seu envolvimento com a criminosa? Ivan.

— Huh!? En-en-en-envolvimento!?

O curandeiro afasta-se precocemente em passos de perto da mulher. Na sua expressão, encontra-se confusão e dúvida. Ser culpado, nem mais e nem menos por algo, o fez arregalar exponencialmente as órbitas dos olhos, — algo que chama a atenção de Moira e companhia com a atuação dele.

Continuando com a questão, Moira, aproxima-se mais dele, para terminar de interrogá-lo, agora, pondo sobre a mesa as provas que ela possui até agora, — contra o homem.

— Percebo que o senhor não aparenta saber disto. Todavia, existem provas contra o senhor, além de testemunhas altamente capacitadas como o… como o comandante ali atrás…

Erguendo o braço a sua direta, Moira aponta com desdenho para o homem parado na entrada da sala de estar, — sem ao menos olhar para a face dele.

— Com isto em jogo, ainda vai tentar negar?

— Ma-mas madame! Que provas são essas? Que testemunho?

A mulher libera todo o ar de seus pulmões para fora novamente. Aparentemente ela fora muito rápida com o seu julgamento, dando nenhum espaço para revelar o que sabe.

”Muito bem, se acalme… Esta é a primeira vez, mas também pode ser a última… então… acalme-se…”

Moira para por um momento para recompor o ar novamente, logo, olhando novamente para o homem, continua:

— Bem, peço perdão por isto, fui muito rápida e não revelei nada. Então, deixe que eu recomece. Como disse anteriormente, possuímos provas que apontam que o senhor tem envolvimento com a criminosa. Uma delas é o relato do comandante, que sentira uma grande perturbação e descontrole de mana na sua residência. Dito por ele, que o senhor parecia estar altamente suspeito, não os deixando adentrar na moradia no dia em questão.

— Complementando também, com o comportamento peculiar que sua criada apresentou ontem a noite. Tudo isto somado com a pausa repentina que o senhor fez no colégio de magia neste semana. Agora, com tudo em mãos, posso perguntar uma vez mais. Qual é o seu envolvimento com a majin, Ivan Flamesworth?

Um sorriso discreto é liberado por Bentley no momento seguinte a pergunta, por outro lado, Oliver ressalta uma expressão totalmente séria e focada em cima do curandeiro, — esperando que ele tente desmentir tudo, algo que o comandante está altamente acostumado por inúmeros anos de interrogatório.

Abaixando completamente a face para o piso, Ivan desfaz totalmente a expressão de preocupado. 

No momento seguinte, uma leve risada é ressaltada por ele. Moira e Bentley estranham prontamente da reação do homem, explicado em seguida por ele.

— Ahah… Então, foi isto… ahahah! Que susto a senhorita me deu, madame Moira. Por um curto espaço de tempo pensei que a madame fosse me encher de acusações falsas, mas não foi o caso. Me desculpo por supor isto da madame.

O homem curva-se em respeito.

— No entanto, referente ao que a madame disse, ou eu devo chamá-la de supervisora agora?

— Está tudo bem, pode me chamar do modo como chamava antes.

— Ah, está bem, será madame então. Referente ao que a madame apontou, tudo que posso revelar agora, não poderá sair desta casa, está bem?

Uma grande inquietação surge no semblante de Moira, seguida de uma extrema confusão e dúvida. Para ela, Ivan está agindo mais casualmente do que o habitual e tal comportamento a impressiona. Porém o que a mais deixa inquieta é para o objeto que Ivan não para de olhar desde que chegara no local.

— Bem, como certamente reparou antes, o que observas nesta mesa é uma nova invenção. Anteriormente, aconteceu um grande descontrole mágico em casa, logo após, o comandante em questão, além de outro mais novo, me abordaram sobre este acontecimento. Peço perdão por esconder isto e não ter deixá-lo subir no dia, comandante, mas isto ainda é um segredo, logo, não podia ter deixado que mais alguém soubesse além de mim.

— Porém, agora com essa nova versão mais aprimorada, além da intromissão exacerbada da madame, não vejo problema em revelar isto para vocês.

Enquanto o homem tenta desviar o foco da investigação para começar o assunto sobre o objeto desconhecido, Bentley, — com uma expressão completamente revoltada, o indaga com grande fúria.

— Do que está falando, velho!? Está tentando limpar sua barra, é? Não me venha trocar de assunto, eu já sei que está envolvido com a majin. Apronte-se em sair de casa para a prisão agora mesmo e…

Antes de continuar com as acusações sem fundamentos algum, ele é freado bruscamente por Moira, ao levantar apressadamente a mão e tapar sua fala. Um olhar demasiadamente revoltado é disferido ao rapaz, Moira, demonstra uma grande revolta devido à insistência que o seu sobrinho possui em tentar expor uma autoridade nula sobre os outros.

— Bentley… avisei que…

— Está tudo bem, madame Moira, não há problema nisto. Entendo que vieram aqui e, fizeram o que fizeram por acham que eu possuo envolvimento com a criminosa. Todavia, caro rapaz estressadinho, é isso que estou tentando explicar. Então, por favor, acalme-se um pouco antes de apontar sua acusação, tudo bem?

Espanto.

Moira e Bentley demonstram grande espanto com a ação de Ivan para com a revolta do rapaz. Moira, impressiona-se ainda mais com a perspicácia e calma que o homem aborta seu sobrinho, ela desconfia o que ocorrera com o homem para ele mudar tanto em tão pouco tempo, — questionando-se o que o fez mudar.

”O que… será que deu nele? Este em minha frente é realmente o Ivan? Como ele está completamente calmo com tudo isto? Ele nem sequer demonstra uma inquietação. Parece que tudo em sua volta está altamente no seu controle, até mesmo a revolta de Bentley… Eu sei que pessoas que participam de guerras possuem mentes fortes como o aço, porém Ivan nunca foi assim, mas agora é?”

— Deixe eu continuar e explicar o que realmente aconteceu naquele dia. Bom, recentemente meu amigo que mora mais ao norte, próximo às cordilheiras de Behemoth, me enviou dois materiais altamente tecnológicos para eu estudá-los de antemão. O primeiro se chama “Friezy” e, o segundo, é este aqui, chamado de forno-mágico.

— No dia em questão do descontrole mágico ocorreu uma falha no “friezy”. No momento me espantei com a situação, pensei até mesmo que minha casa iria pelos ares, mas graças a Áurea e seu controle com mana, consegui controlar a situação e absorver totalmente a mana descontrolada. 

— Logo após, o comandante, junto ao cadete, me abordaram rapidamente em seguida. Como meu amigo é alguém bem reservado com suas invenções, ele me guiou a não informar nada sobre a sua pessoa e o mesmo com a sua primeira linha de invenções, por isso, eu inventei aquela historia sobre o descontrole de raiva do meu espírito.

Após a explicação do homem, Oliver aproxima-se dele com um olhar demasiadamente analisador. 

Durante este processo de observação, ele tenta constatar qualquer característica irregular na expressão do curandeiro, — que olha fixamente para ele com bastante calma e segurança.

No momento seguinte, Oliver vira a atenção para o forno. 

Na primeira reação, ele dá pequenas batidas na superfície para ver o material do forno, após, — levantando o objeto, investiga o interior e lá encontra três pedras de mana imbuídas em feitiços de chamas e duas com feitiços de ar.

O homem finalmente larga o objeto cuidadosamente na mesa outra vez e, virando-se para Ivan, questiona-o sobre a outra tecnologia.

— Bem, parece que esse forno-mágico realmente possui resquícios do atributo ar e fogo, porém não sinto nada referente a água. Presumo que está no outro equipamento, o “friezy”, que apontou na sua explicação. Então, pode trazê-lo também?

— Cla-claro, comandante. Ele está na cozinha. Só me der alguns minutos. Não demorarei muito.

Enquanto o homem retira-se do local e guia-se para o outro cômodo, Oliver dirige-se para Moira, para confirmar o que pensara durante a explicação do homem.

— Madame Moira, aparentemente este homem diz a verdade. Percebo pela reação da senhora que ele realmente parece dizer tudo que aconteceu de forma altamente detalhada. Com certeza, o descontrole pode ter sido causado por estas invenções e…

Parando por um instante, Oliver estranha a falta de resposta da mulher. Por um momento ele imagina que ela está o ignorando outra vez, entretanto, ao perceber que Moira não apresenta demonstrar um semblante fechado, mas sim um eufórico, ele pergunta:

— É… ma-madame Moira, a senhorita está bem?


Durante o momento que Ivan aplica o plano de distração com a nova tecnologia, Evangeline finalmente termina de trocar-se.

Removendo-se rapidamente de dentro do vestuário, apresenta-se com uma das roupas que estava no cesto.

A roupa em questão é altamente simples, puxado altamente para alguém que mora no campo. Um longo vestido bege rosado com um espatilho marrom que destaca sua esbelta cintura. 

Em sua cabeça encontra-se um chapéu de pano que cobre parcialmente os logos cabelos, — deixando a amostra apenas sua franja e pequenas mechas nas laterais. As botas são de couro, porém não estão a mostra pelos extensos e volumoso babados do vestido.

Enquanto sai de forma rápida do vestiário, Evangeline tropica ao pisar despreocupadamente em uma das camadas do vestido, algo que a irrita e chama a atenção de Áurea com aquela cena.

— Droga! Eu odeio roupas compridas como esta.

Enquanto observa o repúdio de sua aprendiz com a roupa, Áurea, — com bastante destreza, desfaz da existência o vestiário que ela trocara antes. Em seguida, ao fechar os olhos e acumular o máximo de mana em volta do corpo, guia-se para próximo à parede e, encostando a mão sobre a superfície do local, abre outro portal, — que está conectado diretamente ao lado da casa do curandeiro, no beco.

Retornando a visão para Evangeline, explica uma vez mais o que ela deve fazer após sair do local.

— Muito bem, este portal irá levar direto para o beco aqui perto, mas tenha cuidado. Por estarmos no segundo andar da casa, o portal também está na mesma altura, então sugiro que não caia de bunda e chame muita atenção…

— É-e…

— Brincadeiras a parte, como disse anteriormente, para ativar o encantamento de anti-detecção mágica, você precisa guiar sua mana natural para o anel. Isso poderá revelar sua presença momentaneamente, mas após o encantamento ativar, esta impressão será apagada. Contudo, aviso uma vez mais. Quando estiver lá fora, mova-se o mais rápido que puder, sem chamar a atenção é claro, pois o encantamento possui exatamente uma hora e meia.

— Certo, mestra Áurea, pode deixar!

Dirigindo-se para próximo do portal, a meio-elfa segura despreocupadamente a borda rotunda e ondulada dele, — percebendo em seguida que ele é tão sólido quanto uma pedra, a surpreendo pelo fato dele parecer algo mais instável do que se pensa ser.

Colocando parte do corpo para fora, observa a longa distância que o portal está do chão, — aproximadamente seis metros, algo que chama um pouco a atenção da meio-elfa, dado a altura que ela terá que pular sem usar nenhum impedimento mágico.

Entretanto, antes dela seguir o caminho para fora, tem a atenção direcionada para a fada uma vez mais.

— Antes de ir, Evangeline…

Áurea para por um momento ao olhar para o piso, — de modo a ponderar em realmente dizer o quer para sua aprendiz. Notando que não tem muito tempo, ela ignora sua insegurança e continua:

— … Boa sorte!

A pequena fada cerra fortemente os punhos os guiando para próximo do peito, e com um sorriso no rosto, encoraja a meio-elfa e o seu objetivo.

Após as palavras de ânimo de Áurea colidirem no seu entendimento, Evangeline revela um belo sorriso travesso, — assentindo em seguida com a cabeça e, sem demora, passando pelo portal.

”Que os espíritos guiem e iluminem seu percurso, minha aprendiz majin”

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