Segurando-se fortemente na borda do portal, Evangeline observa detalhadamente o corredor que irá pular.
Ao dar uma boa olhada nas paredes rústicas do local, nota algumas cordas e telhas em janelas que poderá usar para pendurar-se, contudo, pela fragilidade aparente nesses objetos a faz ponderar se isso é realmente a coisa certa a se fazer. Visto que, se ela pendurar-se em uma das cordas ou telhas para cair sem chamar muita atenção para o local, não adiantará muito, caso alguns desses objetos ceda ou quebre.
”Droga… e agora? Não tenho muitas escolhas em relação a isso. A mestre Áurea podia ter se esforçado mais em deixar o portal mas baixo… Não, ela me avisou que não é possível criar um portal mais longe do local marcado por ela.”
“Queria ter tido a chance de me despedir da Karenn… Maldito prefeito! Ele pagará por tudo que fez comigo. “
Guiando o máximo de ar para os pulmões, os libera fortemente, — criando um pouco de coragem no que está prestes a fazer.
— Bem… espero que isso dê certo.
Pulando rapidamente na parede a frente, Evangeline esqueira os dedos entre as frestas dos tijolos, logo, pendurando-se em um dos buracos da parede, segura a corda em questão. Como resposta ao peso acima do normal, a corda se rompe, removendo a outra parte presa na parede.
Aproveitando da situação provocada pelo erro previamente esperado, a meio-elfa usa a frágil corda para descer o mais rápido que pode.
De repente, um estalo ressoa para ela.
É a corda.
A frágil corda usada como varal para estender as roupas molhadas está prestes a ceder. Sem muitas escolhas aparentes, solta-se dela e segura-se no telhado de uma janela próxima.
Por breves segundos a jovem fica pendurada no local, porém tal ação não dura por muito tempo.
Uma mulher, exatamente de meia-idade com cabelos castanhos escuros, abre a janela despreocupadamente pela manhã e, como de resposta ao encontrar uma pessoa pendurada nela, libera um poderoso berro de confusão, — chamando a atenção do seu filho que está prestes a sair de casa.
Soltando-se do telhado, Evangeline despenca em queda até o chão.
Como contra-medida para não torcer o tornozelo com o impacto, ela ventila o chão com seu feitiço de redemoinho.
Do modo o esperado por ela, ao chocar-se com o solo, a velocidade de queda é desacelerada ao colidir com a massa de vento.
— Isso! Deu certo… mas pode chamar a atenção de receptores próximos…
Contente por funcionar do jeito que planejara, — não totalmente, Evangeline alegra-se imprudentemente, desativando em seguida o feitiço do chão e, finalmente, pisar sob ele.
Todavia a alegria é momentânea.
A mulher que a vira pendurada sob a janela, reconhece a face dela, gritando pelo beco no momento após.
— A criminosa! A majin está no beco!
O berro da mulher chama a atenção da meio-elfa, que corre apressadamente para dentro do beco.
Como resposta ao grito da mulher na janela, alguns soldados próximos da casa de Ivan correm para o local para averiguar a situação.
Ao todo são três soldados.
Anteriormente estavam apenas cuidados dos cavalos da carruagem, porém ao ouvirem o clamor da mulher no beco, correm rapidamente para o local.
Os seus passos metálicos ecoam pelo região. Cada um deles averiguam precisamente as redondezas em busca da criminosa, contudo um deles, ao olhar para cima, avista a tal mulher.
— Ah, não… tinha que ser ela…
Um dos soldados parece reconhecer a mulher em questão, — adiantando-se em seguida em parar a procura dos seus parceiros.
— Hey, vocês dois, podem parar de procurar. Não terá nada aqui.
— Ah, é? Como você sabe?
Um dos soldados questiona o companheiro, pela tal afirmação que ele expõe.
— Isso é bem fácil, olhe para quem gritou.
O soldado questionador olha para aonde o seu companheiro aponta, — avistando no momento seguinte a mulher na janela.
— Ah, droga… É só a senhora Bonora de novo…
Alguns minutos após concluírem de quem é o clamor no local, um homem, de aparência jovial, pele clara e olhos castanhos e cabelos da mesma cor que a mulher em questão, — revela a face para fora da janela. É o filho da senhora, que olha para o local para entender o que fez a sua mãe berrar daquele jeito.
Avistando três soldados no local, os questiona o que está acontecendo:
— É… com licença, senhores guardas… O que aconteceu? A minha mãe gritou do nada…
— Ah, cidadão, está tudo bem, não precisa se preocupar. Não tem nada de errado por aqui. Certamente foi só mais um dos devaneios da senhora Bonora outra vez.
O rapaz olha fixamente para a mulher com uma expressão analisadora, notando nela uma expressão meramente assustada.
— É, pode ser isso. Desculpe novamente pelo incômodo, senhores guardas. Minha mãe não está muito bem da cabeça como antes. Da última vez, disse que viu uma grande carruagem de metal em forma de disco no céu. E quando fui ver, não tinha nada. Então, novamente, me perdoe pelo incômodo.
— Mas… realmente tinha uma majin aqui…
A mulher tenta convencer o filho, porém nem ele e nem os guardas sequer acreditam nela.
— Claro, claro, mãe… Talvez ela tenha ido com as carruagens de metal em forma de disco que voam…
O jovem rapaz caçoa de sua mãe com um sorriso no semblante.
Os três soldados entreolham-se com a pequena brincadeira do rapaz, — as suas reações ficam confusas, dado o relato sobre carruagens de metal em forma de disco que voam.
Ao perceberem que foi um possível mal-entendido, — devido à mulher um tanto paranoica, decidem não ligarem para o relato dela.
— Está tudo bem, cidadão. Já estamos acostumados com os devaneios do povo da cidade, mas tente não deixá-la ficar sozinha, pode ser perigoso. Tudo bem?
— Pode deixar, senhor guarda. Como o homem de casa, preciso proteger minha mãe e irmãs.
O jovem rapaz levanta o braço, ressaltando os bíceps.
— Muito bem. Melhor voltarmos para a vigilância na carruagem.
— Sim. Foi uma pena, pensei que seriamos os primeiros a encontrar a majin…
O soldado fica cabisbaixo com o possível engano.
Após o pequeno mal-entendido, os três soldados retornam para próximo da carruagem novamente. Em contrapartida, Evangeline, que observara toda a conversa, — libera uma forte respiração de alívio, dado a grande sorte que caiu sobre suas costas.
— Ufaa! Essa foi por pouco… Ainda bem que consegui correr a tempo e suprimir minha mana, caso o contrário, eles iriam me descobrir aqui. Porém parece que nenhum deles era um receptor. Bem, de qualquer forma, ainda bem que a vizinha do senhor Ivan tem um parafuso a menos, não consegui escutar tudo o que eles disseram, mas parecia que ela já tem um histórico de paranoias. Devo agradecer por isso, pois acabou me ajudando.
Olhando para o dedo anelar na mão, Evangeline posiciona seu dedo indicador no anel de prata encantado. Com bastante concentração, guia parte da mana natural para o objeto, — ativando imediatamente o feitiço de anti-detecção mágica.
— Melhor eu ativar logo isso, foi uma grande sorte eles não terem me notado aqui… e sorte não é algo que anda lado a lado comigo o tempo todo…
Observando a região em volta de si, Evangeline repara em uma fileira de corredores atrás de cada casa que emendam-se em inúmeros becos no decorrer do percurso.
Ao mover-se sorrateiramente para frente, ela para e retoma a visão para o beco anterior, — seu intuito é constatar a presença de pessoas que possam segui-la, seguidamente, conclui não haver ninguém por perto, — mesmo tendo a impressão de alguém a observando.
— Muito bem, parece que não tem ninguém por perto… mas isso é estranho, eu sinto fortemente que tem alguém me observando, contudo não consigo distinguir onde está… Ah, deixa para lá… O encantamento já está ativado e não tenho muito tempo. De acordo com que a mestra Áurea disse, só possuo uma hora e meia antes que o anel desapareça…
”Droga, seria muito mais fácil se eu usasse o 《Mana Flash》, mas isso chamaria muita atenção, algo que não quero. Então, o que me sobra é apenas correr…”
Logo após a raiva momentânea, — por não ter liberdade em usar suas habilidades para escapar, Evangeline dirige-se para o próximo corredor, cruzando e cruzando inúmeros becos despreocupadamente, enquanto o seu extenso e recheado vestido, — com uma boa quantidade de babados, balança revoltadamente sob o vento impactante.
Neste meio tempo, na sala de estar de Ivan…
Ivan finalmente chega na sala com o freezer em mãos.
A expressão de todos para o objeto é um pouco inferior de quando observaram o forno-mágico.
Por ser a primeira linha de montagens de Evangeline após vir para este mundo, — além da falta de materiais e peças que possuía na ferraria de Anastácia, o freezer é muito menos interessante visualmente, — assemelhando-se apenas como uma caixa comum de aço.
Colocando a invenção em cima da mesa de centro, Ivan, apresenta ansiosamente os dois objetos para sua colega Moira.
— Muito bem, obrigado por me esperarem trazer o “friyzer”, ele estava bem guardado… em cima do armário… Enfim, comandante, se o senhor quiser analisar este aqui também, certamente achará o atributo que procura.
Chacolhando a cabela em negação, Oliver responde à proposta:
— Não, não precisa. Eu já sinto de onde estou e, realmente, ambas tecnologias possuem atributos mágicos, atributos que não deveriam ser de itens inanimados como estes. Porém, o que me deixa curioso é esse seu amigo inventor.
— Você disse que ele não gosta de se revelar, além de morar próximo às cordilheiras Behemoth… Toda essa conduta peculiar de se esconder… é um tanto estranha… todavia, todos os inventores são estranhos. Então, não vejo problemas em me desculpar pelo mal-entendido, Ivan Flamesworth.
Curvando-se respeitosamente com esmero perante a Ivan, Oliver tenta se desculpar por dirigir tamanha anarquia para a residência do curandeiro, contudo é freado por Moira, que pede para ele parar:
— Pare por aí, comandante. Ainda não acabamos aqui…
Todos da sala espantam-se com a declaração de Moira.
Como de esperado por Ivan e Oliver, a explicação dada responde precisamente o que ocorrera durante a pertubação, além de mostrar provas que constatam o real descontrole mágico. No entanto, a jovem mulher parece não aceitar completamente.
Olhando fixamente para Ivan com um olhar focado, Moira finalmente expõe o que está pensando.
— Ivan Flamesworth… você é um mentiroso… Como consegue omitir palavras assim levianamente? Como tem coragem de não revelar tudo…
Um frio irregular desce aceleradamente pela espinha do curandeiro após esta declaração.
A preocupação dele perante a falha no plano passara diversas vezes em sua mente. Seu semblante começa a alterar-se e pequenas gotas de suor jorram do seu rosto, — o homem está altamente apreensivo.
Porém, como contra-medida para libertar-se desse sentimento, Áurea surge ao seu lado com um olhar convicto, informando a ele, — sem dizer uma única palavra, que Evangeline conseguiu sair sem preocupações da sala espiritual. Entretanto, a insegurança não cessa totalmente, não até notar as ações de Moira.
Observando a mulher, nota nela algo peculiar, semelhante a um touro revoltado que anseia pela cortina vermelha, — uma poderosa corrente de ar calorenta sai de suas narinas. A expressão dela revela uma grande euforia, seguida do grande aperto que Moira faz ao segurar os ombros dele.
Constatando tal comportamento incomum dela, Ivan lembra-se do que fez dentro da sala espiritual quando visualizou o forno-mágico pela primeira vez, — ficando um pouco mais tranquilo no que fizera, dado o modo meramente parecido que Moira realiza neste momento.
Em seguida das do ações peculiares, — que não se importa em demonstrar para o seu sobrinho e o comandante da guarda, Moira, questiona fortemente a funcionalidade das duas tecnologias.
— Ivan, por favor! Peço por tudo que é mais divino, me revele como funciona estas, estas… estas maravilhas!
A entonação na voz de Moira chama a atenção de Áurea, que senta-se no ombro do curandeiro com uma expressão altamente depravada, com o comportamento da mulher de classe elevada da cidade.
— Tsk! Fracamente, vocês mortais são todos iguais. Não conseguem se conter ao observarem algo novo… isto é meio que… patético.
Ao perceber que está passando dos limites com a reação, Moira, retoma sua posição anterior, endireita seu uniforme de trabalho, libera uma pequena tosse, — um tanto falsa, refazendo a pergunta.
— Coff! Perdoe-me por isso… Eu não pude me conter em observar tamanha invenção. Entrei em panico ao pensar que Ivan não revelaria sua funcionalidade para nós. Me dói ver algo tão tecnológico como esta invenção, que usa pedras de mana para funcionar e não possuir uma sequer demonstração. Então, me desculpe por isso, Ivan…
O curandeiro fica totalmente conformado com as desculpas da jovem mulher, dado ao comportamento similar que ambos fizeram ao verem tais invenções.
— Está tudo bem, madame. Entendo fortemente o que está sentindo, já que reagi… quase da mesma forma…
Guiando uma pesada mão em alta velocidade, Áurea golpeia a cabeça do curandeiro com um cascudo, para fazê-lo revelar verdadeiramente o que fez.
— Ai, ai, ai… está bem, Áurea… Eu reagi da mesma forma, madame. Então, não há motivo para se envergonhar. Contudo, não se preocupe. Já tinha em mente que a senhorita pediria uma coisa dessas, então já planejei mostrar a funcionalidade deles.
Moira revela uma grande expressão de refrigério, ao ouvir da boca de seu colega que ele realmente mostrará a funcionalidade do forno. Entretanto, Bentley, — altamente revoltado com toda aquela palhaçada, manifesta-se novamente.
— Tsk! Pare com está encenação, velho! Eu sei que está escondendo algo nesta casa. Pensa que não reparei que o seu espírito estava olhando para aquele corredor o tempo todo? Pensa que eu não consigo sentir a mana de todos nesta casa? É ali que a majin está, não é?
— Não, eu…
Antes de terminar a fala, um poderoso barulho de um jarro quebrando ecoa em local afastado da casa.
O vaso de flores frescas que Ivan colocou no quarto de Karenn parece ter sido quebrado, mas por quem? O curandeiro fica altamente confuso com o barulho inesperado, milhares de coisas passam por sua cabeça em um único segundo, por fim lembrando-se rapidamente da pessoa que não está com eles neste exato momento, — Amice.
Em contrapartida, Bentley, demostrando um sorriso maléfico cheio de certeza, guia-se em direção ao barulho do corredor, a fim de procurar a pessoa que provocara tal barulho.
Observando que o rapaz guia-se exatamente para o quarto onde está Amice e Karenn, Áurea, com um grande mau pressentimento, — do que pode acontecer caso Bentley as encontre, voa apressadamente para a frente dele, — com o intuito de pará-lo de andar.
Posicionando na frente dele, ela abre os braços para frear o seu movimento.
— Pode parar por aí! Daqui você não passa!
Todavia é uma ação em vão.
Com um olhar completamente revoltado, Bentley eleva a mão em direção a fada, — a golpeando fortemente sem demonstrar nenhum arrependimento.
— Tsk! Pensei que espírito altos fossem mais fortes…
Certamente espíritos de Rank High são mais fortes que os de Rank Great, No entanto Áurea, sequer pode ser considerada desta forma, — dado o processo de acúmulo e reconhecimento que precisa ser feito ao evoluir de um estágio ao outro. Algo que ela não teve tempo de fazer.
O forte golpe realizado pelo rapaz, arremessa fortemente Áurea em direção a parede. O impacto racha levemente o local, — caindo no chão seguidamente.
Observando o comportamento exacerbado do seu sobrinho, Moira tenta pará-lo em gritos e ameaças:
— Bentley! Você já foi longe o suficiente! Eu disse que tacaria você em uma prisão…
Contudo as ameaças da jovem mulher são ignoradas pelo rapaz que continua a procurar a pessoa.
Altamente preocupado com seu espírito, Ivan corre apressadamente para próximo de Áurea, — agarrando e pegando-a do chão.
Levando sua amiga para perto do rosto, ele pergunta sobre o estado em que ela estar.
— Á-Áurea? Vo-você… você está bem!?
— Coff! Nã-não ligue para isso… se-seu velho bobo… Você sabe que eu me curo ra… rapidamente… Um golpe desses nã-não é nada…
— Áurea…
— Não me ve-venha com essa… não ban-banque este homem forte que…
Antes de finalizar as declarações, Áurea torna a desaparecer.
Seu corpo começa a desfragmentar em pequenos brilhos laranjas, que no final adentram no núcleo de Ivan.
No mesmo processo que Áurea adentra no ser de Ivan, um forte sentimento de dor o preenche, — a forte dor que o espirito sentira a poucos segundos com o golpe desferido.
Ódio.
A cena de ver o sua amada amiga ferida daquele modo fez Ivan demonstrar um sentimento antigo em seu ser. A sensação crescente de ódio começa a predominar o homem. Contudo, o ódio não é dirigido apenas para Bentley, mas também para si mesmo.
Ivan sente ódio de não ter tido força de vontade para salvar seus colegas durante a guerra, — os deixando morrer por puro medo dos majins. Ódio por ter se tornado um homem fraco que não se defendia de nada e ninguém e, finalmente, ódio de não ter agido antes de Áurea para interromper o rapaz.
Ele escolheu não agir por que pensara que sua amiga podia pará-lo, — algo que ele sabia que não era verdade.
Um forte arrependimento surge na mente do homem.
Por um longo tempo ele se arrependeu por ser fraco, fraco para não realizar o que queria durante sua mocidade. Porém, no meio deste período de lamentação, lembra-se do olhar cheio de esmero de sua aluna. Ela o olhou com grande respeito durante as aulas e contos que contara sobre a guerra e, por nenhum momento, julgou ele, mas sim esforçou-se em torna-se alguém tão forte quanto.
Levantando vagarosamente do chão, Ivan finalmente libera sua forte aura mágica, a aura mágica que adquiriu com o seu ardo treino para lutar contra os majins. Mesmo não sendo a mesma potência que teve no seu ápice da mocidade, para ele, será o suficiente para sobrepujar o jovem.
Uma forte onda calorenta invade a sala de estar. Oliver e Moira, ao observarem aquilo, espanta-se com o poder mágico do curandeiro.
Enquanto anda vagarosamente até a posição de Bentley, observa que sua querida criada está jogada ao chão com uma expressão de pânico, — dando a ele mais determinação no que está prestes a fazer.
Bem atrás de Bentley, Ivan move a mão para o ombro direito do rapaz. Liberando sua poderosa e massiva mana de anos de treinamento durante a guerra, — o curandeiro expõe seu poder.
Medo.
Durante toda a vida, Bentley, por três vezes demonstrara medo. O primeiro indício desse sentimento foi durante a confusão no orfanato, ele sentira medo do seu amigo que estava totalmente descontrolado na época. O segundo momento, foi quando Wagner, o seu tio, o treinou rigorosamente para torna-se um cavaleiro exemplar e, por fim, o terceiro. O momento em que Ivan mostra a ele a diferença de alguém experiente em comparação a um jovem em começo de carreira.
Um temor primordial desce em forma de um choque gelado por sua espinha, algo que não pendura por muito tempo, devido a forte onda de calor que as mãos imbuídas em chamas produzem no ombro do rapaz.
Virando vagarosamente o rosto até a mão dele…