— Sua… intenção?
Antes mesmo de entender as palavras do espírito, Teldra em um único instante, move-se para próximo de Ulagg.
Completamente atônita com a aparição repentina de Teldra, Evangeline fica sem entender o que acabou de acontecer.
Em poucos momentos o seu dialogo se transformou em uma luta unilateral onde ela certamente morreria, e antes disso acontecer Teldra aparece e a salva no último momento.
Olhando para a dríade com olhos perplexos, Evangeline tenta assimilar o que acaba de acontecer.
”Te-Teldra!? De onde ela veio? Eu nem mesmo senti o calor de seu corpo mesmo estando próxima de mim… E-e-e… como ela parou aquele ataque!? O golpe de antes aniquilou completamente a paisagem e ela parou com as mãos nuas!? Mas… como…?”
Enquanto tenta compreender o real poder absurdo que presenciara, Teldra, — próxima de Ulagg tenta acalmá-lo.
Aparentemente agitado com o odor de humano que sentira em Evangeline, Ulagg entrou em um estado protetor, pois em sua concepção o fato que implicou na eliminação da sua família estava presente de novo.
Ele nem mesmo considerou escutar Evangeline após perceber isso e guiou o seu mais poderoso e rápido golpe com intensão de não só matá-la, mas extingui-la de toda a região.
Nesse momento, Teldra começa a acariciar os cabelos cacheados do gigante, sussurrando algo em seu ouvido. E, durante esse processo, pequenas lágrimas começa a jorrar dos enormes olhos dele.
Observando tal cena peculiar, Evangeline que não está entendendo nada, torna-se cada vez mais confusa.
Por que o monstro que atacou de repente está chorando? E por que sua amiga Teldra está consolando ele em vez de explicar o que acabou de acontecer com ela? Estas questões sobrevoam a mente da meio-elfa, deixando-a ainda mais sem entender a situação.
Depois de um certo tempo, Ulagg consegue se acalmar e se aproxima de Evangeline. E, como ato de reflexo, a jovem retira rapidamente suas adagas das bainhas e prepara-se para avançar com tudo para cima dele.
Após observar tamanha força desigual e ter abaixado sua guarda para tal figura assombrosa, ela se prepara para atacá-lo com todo o seu poder, mesmo que isso resuma sua mana para zero no processo. Porém suas ações são freadas pela dríade.
— Espere, Evangeline! Não há necessidade.
Um olhar de completa descrença é dirigido para dríade. Evangeline não intende como ela não avisou sobre esse tipo de monstro na floresta, afinal, se ela realmente se importasse com sua segurança, ela diria, certo? E, por que em vez de ajudá-la se recuperar de toda essa desorientação, se aproximou do seu inimigo para acalmá-lo?
Uma aura de raiva ergui-se em volta da meio-elfa após ouvir as falas de Teldra. O fato dela proteger o gigante de seu ataque iminente de agora é porque ela na verdade é sua inimiga?
Essas ações imprevisíveis deixam Evangeline completamente irritada, todavia, ser freada de se defender foi a gota d’água.
— Huh? Não há necessidade?! Eu quase fui morta, Teldra! Esse gigante não me deu chance nenhuma de resposta e me atacou do nada! Como você ousa falar que não tem necessidade de me defender disso?! E por que você ta protegendo essa coisa!?
Um sorriso amargo se forma no semblante da dríade após ouvir as reclamações da meio-elfa.
Teldra entende completamente como ela se sente nesse momento. Se arrastada para uma briga sem vitória é realmente assustador, ainda mais quando anceia por algo que possa ajudar sua irmã no processo. Pois presenciar a morte pode quebrar muito a confiança de alguém que confia, intensificando quando esse alguém é seu dito amigo que ajuda seu inimigo em vez do aliado.
Enquanto é encarada pela jovem sem descanso em busca da resposta por sua interrupção, Teldra expira todo o ar do seus pulmões para poder finalmente contá-la o que estava em sua mente.
— Eu devo me desculpar com você, Evangeline. Pois tudo isso é culpa minha…
— Culpa sua?
Aparentemente desorientada por tudo que acontecera em poucos momentos, Evangeline a questiona com uma carranca duvidosa no rosto.
‘’Como assim é tudo culpa dela? O que ela está tentando dizer agora? Então ela realmente é uma inimiga?’’
Diversões questões sobem e descem na mente da meio-elfa.
O que acontecerá se realmente Teldra for inimiga? Ela nem mesmo conseguiu lidar com os ataque consecutivos de um gigante que devastou boa parte da floresta. No entanto, Teldra com um simples movimento parou completamente o ataque como se fosse nada. Além de que, o poder mágico dessa dríade é totalmente uma incógnita, pelo fato dela não emanar presença nenhuma para a jovem.
Mas algo não bate nessa questão.
Se Teldra realmente for a sua inimiga, por que ela se importou em salvá-la? Ela é o tipo de pessoa que gosta de brincar com o psicológico de alguém?
”Não… mesmo que duvide da minha aliança com ela, Teldra não é um tipo de pessoa que bolaria algo complexo assim… afinal, ela é um livro aberto com suas emoções. Se ela estivesse planejando me matar, há muito tempo eu perceberia, pois a única coisa que consigo perceber nela, são suas intenções.”
— Sim… Mas não confunda! Não era a minha intenção que ele te matasse… Eu só queria… fazer um… p-pequeno teste…
— …
Mais confusa do que espantada com as falas da dríade, a meio-elfa a encara em silênico, em busca da resposta por toda a confusão em sua cabeça ser respondida.
— Quando deixei você na floresta, mudei… um pouco o percurso marcado no rastro para fazer você se encontrar com Ulagg… A minha ideia era ver o quão forte você estava e se realmente tinha poder para entrar na masmorra…
‘’Então foi isso?’’
— Mas que caralhos, Teldra! Você é maluca, ou o quê!?
Completamente envergonhada com suas ações mal pensadas, ainda mais sendo um espírito mais velho que qualquer ser presente ali, — Teldra abaixa vagarosamente a cabeça com arrependimento.
— Me desculpe…
Em sua concepção, essa ideia de teste era realmente a melhor coisa que ela poderia fazer para ajudar sua amiga. Na sua cabeça, uma luta de verdade atiçaria muito seu senso protetor e daria experiencias de batalhas naquele lugar perigoso, que nem mesmo ela, — como uma dríade, entende o que tem.
No entanto, ao perceber que seu plano fora um fiasco e que sua única amiga, — a pessoa que a ajudou anteriormente com a própria impotência, morrer diante disso, a deixa totalmente envergonhada.
Mesmo sendo uma dríade, o espírito superior do mais alto escalão do reino do espíritos, Teldra ainda é um ser altamente jovem em faze de amadurecimento. E, mesmo que tenha uma forma adulta, espíritos como ela não são categorizados pela aparência e sim por sua sabedoria.
Olhando a cena patética que sua amiga planejou para si, Evangeline tenta relevar a elevação de voz.
— Certo… não é pra tanto! Só me avise antes de fazer tal coisa. Isso me pegou de surpresa, e também…
Parando por um instante, Evangeline olha para paisagem completamente devastada. O que antes poderia se dito como uma poderosa concentração de pureza, tornou-se algo em que se encontra em uma guerra, — tudo arruinado.
Árvores destruídas, troncos e animais mortos por todos os lados, folhas e lama em todas a direções. Um único ataque do gigante tirou a vida daquele lugar.
— … Esse cara destruiu completamente esse lugar…
Coçando a cabeça após a falas dela, Ulagg tenta se desculpar pelo que fez.
— Ulagg sente muito! Ulagg sentiu raiva de humanos, então tentou descontar em majin… Ulagg está arrependido.
Mostrando um belo de um sorriso amarelado, o gigante tenta se desculpar com Evangeline, ao revelar um belo de um sorriso a ela.
Encarando a gigantesca criatura em sua frente, Evangeline observa uma grande inocência em seu semblante, não tão longe de uma criança que havia se revoltado por perder seus brinquedos. Mesmo que esse ser seja incrivelmente poderoso e quase a matou, ela percebe que isso não foi dirigido a ela de proposito.
— Argh…! Quer saber? Tanto faz! Afinal, se fosse comigo, eu também usaria tudo de mim para atacar qualquer um que tivesse envolvimento na morte da minha família…
Chutando uma pequena pedra próxima para longe, — que quica freneticamente em cima das poças de lama, Evangeline se esforça para perdoar as ações de Ulagg e Teldra, corando seu semblante no processo, — e murmurando seu objetivo principal em seguida.
— Bom, não que eu não vá fazer isso…
”Realmente, esse gigante, apesar do seu tamanho e infantilidade, ele se parece comigo. Se eu tivesse a chance de ver os babacas que fizeram aquilo com a Karenn, não pensaria nem uma vez antes de avançar contra eles, mesmo que isso significasse minha morte! Qualquer um que anceia em destruir a felicidade dos outros não merece misericórdia!”