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Capítulo 65 ❃ A única determinação que preciso.

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Uma forte luz no interior da sala ofusca a escuridão do corredor cavernado. Passos constantes e padronizados. Sombras irreais perambulam sem rumo no interior e, além desses fatores, grunhidos bestiais e desconexos de seres comuns são aparentes dentro daquele lugar.

Um forte peso de insegurança cruza o corpo da jovem em um raio de clareza.

A possibilidade de que tais monstros podem ser muito poderosos ainda assombra sua cabeça. O fato de ter sobrevivido até agora foi devido a sua capacidade de assimilar as possibilidades de uma batalha e contornar em cima da hora. Contudo, ela não consegue reconhecer nenhuma silhueta naquela sombra, o que indica que é incapaz de bolar algo sem entrar primeiro.

— E-então… aquelas sombras são de… monstros?

Uma dúvida transborda todo o seu pensar. 

De qual tipo são os monstros? Como eles são? São completamente hostis ou só atacam quando sentem perigo? É possível evitar um combate antes de analisá-los completamente?

Devido a sua rápida remoção da entrada para tal sala desconhecida, tais questões sobrevoam sua mente. ”E se eu tivesse ficado mais um pouco para olhar direito?”, “E se não tivesse recuado e invadido o lugar?”

A incerteza de do seu ato de reflexo a flagela incessantemente quanto mais perguntas a preenche. Evangeline mal teve tempo o suficiente para distinguir qual monstro está presente naquele lugar. 

São animais como os da florestas? São espíritos malignos, similares aos elementais? São humanoides? São inteligentes ou atacam por extinto? Possuem armas poderosas? São rápidos? Diversas perguntas cada vez mais surgem em sua cabeça, e nenhuma resposta aparece para apaziguá-la.

Contudo, a única resposta que importa e que responde todas essas dúvidas, está bem em sua frente. A alternativa infalível, — a entrada para a sala desconhecida.

Após a massiva desordem em sua cabeça, a jovem cede com o peso do cansado e cai no chão, dobrando os joelhos vagarosamente que por fim se encostam um no outro no solo. 

Colocando as mãos sob o chão para tentar tatear a realidade, — devido ao último teste de ilusão, ela percebe que isso não é outro teste do mesmo calibre, é uma realidade, — o corredor real, diferente do último, esse sim a levará para desbravar a inevitável masmorra.

Nesse processo, ela rapidamente olha para trás, entretanto nada encontra.

Talvez tenha um portal, ou talvez algo que bloqueia sua visão?

Seja o que a esteja de impedindo de ver o início do corredor, a faz perceber que não há como fugir deste fato, ela deve avançar, mesmo que fira-se ou morra no processo. Afinal, Evangeline decidira e prometera que traria uma cura consigo e isso ela não poderá negar.

Cerrando os punhos com grande pressão e força, Evangeline percebe sua incompetência. Ela a todo momento elevou sua voz em promessas que a credibilizou a todo momento. Ganhou uma festa por seus feitos. Porém, a causa para ela tentar negar o convite para sua festa é…

”É mentira. É tudo mentira… Eu não quis lutar para proteger o vilarejo, eu só queria ficar mais forte, ter mais poder, mas eu não sabia que seria tão difícil… Mesmo após ter derrotados os monstros, não significou que eu era superior eles. Foi apenas o fato de ter tido sorte… Mas agora, não existe sorte, não existe chance para falhar. Tudo que tenho é a determinação de todos, algo que não posso usar, pois não mereço tal coisa.”

— Porém, eu decidi!

Erguendo o rosto em direção a luz na entrada da sala, seus belos olhos cor rubi, cintilam em determinação. A convicção que a teve mantendo forte por todo esse tempo desperta dentro de si com alguns flashs de sua memória anterior.


Foi exatamente há uma semana, no entanto as memórias dela são tão aparentes quanto um dia para o outro, talvez uma hora para outra.

Um beco escuro ecoa por sua cabeça. Chuvas pesadas e incensantes prendem-se em sua memória. O cheiro, o som e o tato do solo úmido. O respingar das gotas de chuva chamam sua atenção. Porém a única coisa mais nítida, tão pura quanto a realidade do dia em questão, está no sentimento que sentira ao presenciar uma figura que reconhecera de imediato.

A figura jogada no chão como um saco de lixo. Seus olhos ambares estavam opacos, nebulosos e sem vida. Seu cabelo da altura dos ombros estava bagunçado, com pontas dublas e quebradiças. O rosto, estava inchado como se fosse um saco de pancadas, havia numerosas manchas vermelhas e pálidas por toda a pele junto a vestes parcialmente rasgadas.

Uma cena imaginaria surgiu naquele instante para a meio-elfa. Um violentamente aconteceu naquele lugar, uma ação que ela entendeu de imediato ao perceber a saia daquela jovem jogada no beco completamente rasgada, — mostrando parcialmente as genitálias. 

O fato já havia se tornado presente para ela naquele momento. A sua irmã Karenn havia sido violentada e, pela expressão inchada dela naquele lugar, ela sofrera muito no processo.

Naquele momento, uma fagulha como uma chama vulcânica surgira dentro de sua alma. Fora naquele momento que a segunda alma no ser da jovem reacordou com um espírito de vingança.


— Não sei o fato de eu me sentir desse jeito, ou por que anseio em tanto em me vingar. No entanto concordo com esse sentimento. Eu abraço ele com todas as minhas forças, pois os desgraçados vão pagar em cem vezes o sofrimento que ela passou. E essa é a única determinação que eu preciso para enfrentar meu objetivo!

Cerrando os punhos com grande força, acidentalmente corta a carne de sua palma com as unhas. Uma pequena corrente de sangue começa a jorra da mão dela que, no momento seguinte, é curado instantaneamente em um brilho laranja e encalorado.

Liberando um sorriso confiante no rosto, Evangeline salta alguns passos para trás, — evitando que qualquer monstro dentro da sala, até então desconhecida, sinta sua presença.

— Ainda não sei se os monstros daquele lugar consegue sentir minhas partículas de mana ou minha presença, mas uma coisa é certa. Se eu ficar de bobeira nessa altura vou me ferrar de vez! Então é melhor não dar sorte pro azar e regenerar minha mana.

Fechando os olhos rapidamente ao sentar na posição de lótus, Evangeline concentra-se em regenerar toda a mana esgotada com sua técnica que absorve a mana da atmosfera. E, durante esse processo, lembra-se das explicações dos seus colegas professores da escolinha.

Fora quando contara de sua ideia de avançar a magia da escolinha, e o fato de usar a mana espiritual no processo da tutela. E, durante o momento de diálogos com eles, descobrira a força total de um mago espiritual.

”Seria uma boa se eu tivesse o entendimento apropriado de usar a mana espiritual para o ataque. Poderia ser um tipo de último recurso no momento… porém algo assim eu não tenho ainda, e duvido muito que o senhor Ivan possa fazer algo semelhante, se não, já teria me ensinado há muito tempo.”

— Argh…!

Uma grande corrente de ar de frustração é jorrada de sua respiração ao perceber os fatores que a impedem de dar tudo de si.

— Pensar em coisas que eu poderia ou não fazer não vão me ajudar em nada. Talvez quando eu sair daqui eu peça a ajuda da Teldra, afinal, foi ela que me deu esses espíritos inferiores.

Após uma breve questão momentânea que cercou sua mente durante sua meditação, Evangeline cede e ignora a sensação de impotência para se concentrar completamente em sua regeneração de mana.

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