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Capítulo 76.3 ❃ O Confronto Decisivo.

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Os guardiões da Banshee avançam impiedosamente em direção a Evangeline, suas armas erguidas e determinadas a destruí-la. Diante da ameaça iminente, a meio-elfa cogita a possibilidade de fugir, consciente de que todos os monstros naquela sala são do mesmo nível que ela ou até superiores. 

”Droga…! Mesmo que eu queira lutar com esse trio, não tenho condições! Se eu me precipitar vou acabar morrendo sem saber o que houve… Mal tive tempo de reação quando aquele troll surgiu e me acertou…” O medo se insinua em seu semblante, pois desconhece os poderes e habilidades dessas criaturas sinistras.

— Não dá… Preciso dá um jeito de fugir e…

No entanto, antes que ela possa tomar qualquer decisão de fuga, a tela do sistema reaparece diante dela, apresentando uma nova missão.


『Sistema』


《Missão》

Confronto Decisivo.

《Objetivo》

Lute e Derrote os guardiões de andar e Elimine o Boss Banshee para liberar acesso ao próximo estágio da masmorra.

➤ Banshee Corpórea: 0/1 Eliminados ☠.

➤ Troll da Perseguição (Undead): 0/1 Eliminados ☠

➤ Ogro da Perseverança (Undead): 0/1 Eliminados ☠


《Recompensa》

50 pontos de Habilidade;

Liberação para o Nível 2 na Masmorra;

Bônus de 45% em XPE



A visão da tela brilhante desperta sua curiosidade e incita sua coragem. 

Apesar do medo latente, Evangeline sente um impulso interno para enfrentar aqueles guardiões e obter sua recompensa por parte da missão, ao desvendar os mistérios que os cercam.

— Uma missão do sistema! Então esses monstros são os chefões de andar… e seu eu não matar eles não vou conseguir continuar, é isso? Argh…! Que seja! Tá na hora de Upar! — Com determinação renovada, ela empunha suas adagas e se prepara para o próximo desafio que o destino lhe reserva.

Comprometida com sua nova missão e determinada a alcançar as recompensas que se alinham com seu objetivo, Evangeline se prepara para a iminente batalha.

Porém, antes que o Ogro e o Troll avancem em sua direção, a Banshee exibe uma expressão calma e intocada, revelando uma tranquilidade intrigante. Num rápido lampejo, a imagem de uma mãe segurando um bebê nos braços surge em sua mente, ambos encolhidos perto de uma árvore em uma densa floresta. Lágrimas escorrem pelo rosto da mãe, enquanto o olhar curioso e confuso do bebê se fixa nela. 

Movida pela expressão do pequeno, a mãe tenta confortá-lo, mas é interrompida abruptamente por uma espada que atravessa seu peito, ceifando sua vida junto ao seu filho. Nesse momento, o ar de tranquilidade da Banshee se desdobra em um lamento. Diversas rugas surgem em seu semblante revelando tamanho sofrimento. 

O que essa imagem significa? O que a Banshee tem a ver com esse lampejo?

Rapidamente, a Banshee percebe seus guardiões avançarem contra a intrusa da masmorra. Ela sente um certo alívio ao perceber que dessa vez conseguirá eliminar a ameaça que até então machucou seus amados filhos. 

Todavia…


Os monstros avançam contra Evangeline, porém, para sua surpresa, a agilidade dos guardiões da Banshee se revela desvantajosa. Seus movimentos são tão lentos que parecem estar caminhando em direção a ela. 

A meio-elfa aproveita essa oportunidade, escapando habilmente dos ataques dos monstros. Embora os golpes sejam poderosos, capaz de trincar e desfragmentar as placas de pedra sobre o chão, a falta de prática e a lentidão dos oponentes são evidentes.

— Realmente, como havia imaginado, eles são bem mais fortes. Porém o que eles têm de força, carecem em velocidade…

Ao presenciar essa lentidão, Evangeline se questiona como o troll conseguiu surpreendê-la anteriormente e como não o viu se aproximar. Afinal, tanto o Ogro morto-vivo quanto o Troll são significativamente mais lentos em comparação com a velocidade da meio-elfa.

”Porém me questiono… Se eles são tão lentos assim, como aquele troll conseguiu me surpreender quando avancei contra a banshee a pouco tempo? Ele mal consegue acompanhar minha velocidade de agora, mas, conseguiu me surpreender antes? Será que ele tem algum tipo d…”

Enquanto Evangeline se questiona como o Troll morto-vivo conseguiu surpreendê-la anteriormente, para sua surpresa, ele reaparece subitamente diante dela. 

O Troll surge do absolutamente nada, como se a própria realidade tivesse o colocado a sua frente para pegá-la desprevenida. E, do mesmo modo anterior, quando atacara ela de forma imprevista, o Troll desfere um poderoso golpe rápido em direção a ela.

No entanto, diferentemente de antes que foi pega de guarda aberta, a meio-elfa reage habilmente com as forças do seu instinto, bloqueando o ataque em cima da hora, empregando todas as suas forças para evitar ser ferida. 

Com destreza em suas adagas, ela impõe o máximo de si nisso, porém, apesar do seu esforço, só consegue bloquear matade do poder bruto do monstro, — sendo arremessada alguns metros para trás.

Durante seu arremesso, Evangeline se questiona o que fez ele reaparecer em sua frente novamente:

”O que está acontecendo? De onde ele saiu?! Eu estava vendo ele atrás de mim

há pouco tempo, porém, em um instante, ele já estava na minha frente!?” Indignada, ela firma seus pés contra a maré da realidade e cai de pé, pronta para contra-atacar.

Recuperando-se do impacto, Evangeline percebe a intensidade do poder do Troll e compreende que enfrentá-lo não será uma tarefa fácil.

— Tsk! Que golpe pesado… minhas mãos continuam dormentes depois daquilo… Merda! Maldição! Como esse bosta consegue fazer isso!? — A dor latejante que percorre seus braços faz o limite de sua razão abaixar, impulsionando um sentimento de ódio e confusão.

A razão desconhecida dos movimentos dos monstros e a falta de informação perante a isso, deixa a batalha, que, mesmo parecendo visivelmente equiparada, se torna um mar de pergunta sem respostas. 

Chacolhando a cabeça, Evangeline tenta abandonar as perguntas, afinal, perguntas e respostas sempre surgem em uma batalha acirrada, e mesmo as possuindo, não implicará no resultado final, se uma das partes permanecer impotente contra a outra.

— Preciso me focar, se não posso acabar morrendo aqui…

Com os braços trêmulos devida a dor que ainda percorre sua carne, Evangeline firma sua convicção, fazendo-os esbanjar poder. Ela ergue sua guarda novamente, pronta para enfrentar as diversidades presente. 

Um fio de certeza cruza seu entendimento, lhe dizendo que precisará usar todas as suas habilidades e estratégias para superar tamanho obstáculo, — que se mostra uma montanha a ser escalada.

Convicta de que precisa se esforçar ao máximo, ela se prepara para avançar contra o troll. No entanto, um borrão de movimento sob a iluminação do local chama sua atenção e a faz olhar parcialmente para cima. 

No alto, um borrão deformado de uma figura grotesca e assustadora surge perante a visão da meio-elfa, — O ogro. Sua pele pálida e em decomposição, tremelica com a pressão de ar que penetra em suas fresta abertas, revelando os músculos, órgãos e tecidos putrefatos que compõem seu corpo deteriorado.

O odor nauseante de carne em decomposição e sangue seco se intensifica a cada centímetro que ele cai em direção a ela, — invadindo as suas narinas e provocando uma repugnância inegável.

— Blueh…! Você nunca ouviu falar em banho não?

No decorrer do seu caminho até Evangeline, O Ogro emite um grunhido confuso, uma mistura entre um rosnar de um lobo faminto e um gargarejo de uma boca cheia d’água, indicando sua natureza bestial e sua falta de consciência clara. 

Seus olhos vazios, desprovidos de vida, parecem brilhar com uma energia macabra de sede de sangue, enquanto sua boca dentada se abre com um sorriso distorcido, — revelando dentes deteriorados e afiados.

A cada centímetro que ele se aproxima dela, o movimento de sua carne pútrida estremece e se contorce, testemunho de sua putrefação contínua e da instabilidade de seu estado morto-vivo.

— Tsk! Acha que pode vir e pular em mim como se eu fosse uma cama elástica? Vai sonhando!

Atenta com a investida do Ogro, Evangeline utiliza sua habilidade de movimento rápido, o 《Mana Flash》, e se esquiva rapidamente, ao se mover alguns metros para frente e, evitando por pouco ser atingida pelo ataque do monstro.

Sem modo algum de seguir seu alvo que escapara bem em baixo do seu nariz, o se prepara para colidir com o chão. Seus músculos se retesam, e ele desfere um golpe poderoso no chão, lançando uma onde de destruição a sua volta. 

O impacto é avassalador, fazendo o chão tremer violentamente e rachar em várias direções.

No lugar, uma enorme cova se forma, afundando a parte da sala em uma cratera profunda.

Os destroços voam pelo ar, fragmentos das placas de pedra entalhada que antes adornavam o chão da sala. As pedras em volta se desprendem, sendo lançadas desordenadamente por todos os lados, espalhando-se por toda a parte. 

O barulho do impacto é ensurdecedor, fazendo com que um eco de fúria se impregne na atmosfera presente.

Enquanto a poeira assenta, uma cortina densa se levanta ao redor do Ogro, ocultando parcialmente sua figura macabra. 

A névoa de poeira dourada paira no ar, criando uma sensação sombria e intensificando o brilho rubro nos olhos do monstro, que agora são revelados como uma expressão sedenta de sangue. A sede de violência, proteção e carnificina é palpável, e o Ogro se prepara para continuar sua investida implacável contra Evangeline.


Em meio ao torvelino de acontecimentos, uma questão sobe na mente da meio-elfa ao se lembrar dos movimentos precisos do Troll undead. 

Um homem surge em sua mente, portando uma armadura imperial impecável, revelando um sorriso tão quente quanto o sol, o soldado anterior que a perseguira por Nakkie em sua fuga.

Durante seu escape, percebera que a velocidade de alguns soldados se equiparava a dela, contudo, diferente de todos os outros soldados daquela cidade, este, em específico, não só conseguia a acompanhar como possuía poder suficiente de capturá-la em questões de poucos dígitos.

”Será que esse troll possui uma variação mais rápida do 《Mana Flash》, que é mais rápido que o meu? Se sim, por que ele não o usar sempre q…”

Enquanto as questões e análises ocupam sua mente, ela é subitamente surpreendida pelo surgimento repentino do Troll undead em sua frente, interrompendo sua fuga do Ogro. 

O monstro se prepara para atacá-la, mas a meio-elfa age com agilidade impressionante. Empunhando suas adagas, ela mergulha as lâminas em uma das três 『Emerald Sphere of Desolation』 que flutuam em suas costas, infundindo-as com chamas esmeralda.

Com suas adagas, imbuídas nas chamas da 『Emerald Sphere of Desolation』, Evangeline com movimentos ágeis e precisos, desfere um ataque de corte impiedoso na lateral das costelas do Troll morto-vivo, — escapando do alcance de seu ataque. 

As lâminas, — imbuídas nas chamas esmeraldas, cortam o ar em arcos fluidos, deixando para trás um rastro luminosos de fogo brilhante e intenso no ar, — iluminando a escuridão que envolve a sala.

Ao atingir o Troll undead, as chamas Esmeraldas envolve a carne podre do monstro, causando uma dor excruciante, fazendo o mesmo soltar um rugido de dor e fúria, enquanto seu sangue pútrido escorre das feridas atingidas.

O odor de carne em decomposição se intensifica conforme as lâminas perfuram e rasgam o corpo do Troll. O fogo esmeralda consome sua pele, queimando os tecidos necrosados e exalando um cheiro nauseante de carne queimada. A dor intensa se manifesta nos rosnados e grunhidos distorcidos do monstro, cuja agonia é agravada a cada segundo que as chamas persistem.

O brilho incomparável das chamas esmeraldas dança e cintila, revelando a beleza sinistra de sua natureza mágica. As lâminas de Evangeline parecem pulsar com uma energia sombria, enquanto o fogo esmeralda se espalha pela ferida causada pelo golpe da meio-elfa. 

O Troll undead se contorce e se debate, tentando extinguir as chamas que consomem sua carne putrefata, mas o fogo persiste implacavelmente, queimando e purificando sua essência maligna.

A determinação brilha nos olhos de Evangeline, sua expressão concentrada e implacável. Ela sabe que precisa se manter em movimento e aproveitar cada oportunidade para atacar seus inimigos. 

Neste mesmo momento ela se lança novamente cotra o Troll, para desferir o máximo de golpes possível. O objetivo é eliminá-lo o mais rápido possível para não ter complicações futuras.

”As chamas da minha 『Emerald Sphere of Desolation』 conseguem ferir eles mais que o normal! Preciso aproveitar isso e matá-lo o mais rápido possível e me apoderar da chance de acabar com esse confronto sem muitos ferimentos.”

O semblante do Troll undead reflete desespero e agonia à medida que as chamas esmeraldas persistem em queimar implacavelmente sua carne pútrida. Seus olhos vazios transmitem um medo primal, enquanto ele bate freneticamente com sua mão na área afetada, numa tentativa fútil de extinguir o fogo. Cada golpe apenas intensifica a dor, pois as chamas parecem queimar como o próprio fogo do inferno, — um veneno ardente que consome sua essência.

Seus movimentos desordenados e desesperados são como os de um animal encurralado, — incapaz de se libertar da tortura infligida pelas chamas esmeraldas. A cada toque em sua pele enegrecida e carbonizada, o Troll parece sentir o calor insuportável do fogo, queimando-o até o âmago de sua existência. O desespero em seu semblante se mistura com a compreensão de que não há escapatória dessa agonia flamejante, que parece abraçá-lo como uma maldição eterna.

Enquanto avança implacavelmente contra o Troll undead, Evangeline revela um sorriso zombeteiro, deleitando-se com a cena desesperada do monstro tentando apagar as chamas esmeraldas que consomem sua carne pútrida. Cada tapa e soco desesperado do Troll só aumenta sua satisfação, pois o monstro se mostra impotente diante da força avassaladora do fogo.

— Seu destino esteve traçado no momento que cruzou meu caminho! Agora morra!

Contudo, antes que Evangeline possa desferir outro golpe certeiro, um portal circular negro surge abruptamente diante do Troll. 

Possuindo uma aparência viscosa, semelhante ao piche negro, o portal engole o Troll por completo, fazendo-o desaparecer diante dos olhos da meio-elfa num instante. 

— Mas… oquê…? — Um misto de surpresa e curiosidade toma conta de Evangeline, enquanto ela observa o portal se fechando, deixando-a em um momento de incerteza e mistério.

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Olá, eu sou HOWL!

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