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Capítulo 76.4 ❃ O Confronto Decisivo.

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— Mas… oquê…?

Freando sua investida abruptamente, Evangeline para no lugar e varre o ambiente com o olhar, procurando freneticamente pelo Troll que foi engolido pelo portal negro. Sua mente se ilumina com uma lembrança repentina: 

‘’Aquele portal pertence a Banshee! ‘’

Um sentimento de incerteza toma conta dela, enquanto busca compreender a situação que se desenrola diante de seus olhos.

Nesse momento, seu olhar se fixa na figura divina e fantasmagórica da Banshee, que permaneceu imóvel durante todo o acontecimento, mas agora revela um sorriso macabro em seu semblante. 

‘’Nem fudendo!’’ O coração de Evangeline acelera, percebendo que a luta voltou a pender para o lado do seus oponentes.

No meio de sua pausa, rapidamente o Ogro undead surge novamente para atacá-la de surpresa. Enquanto Evangeline se prepara, o Ogro salta em sua direção em uma investida desesperada. Sem hesitar, a meio-elfa empunha suas adagas de fogo esmeralda e com um som que parece como um schwing, — desfere um golpe certeiro de uma ponta a outra do monstro. 

Um jorro de sangue negro e pútrido respinga e mancha o chão, espalhando o terror da morte pela sala.

Assim como o Troll, o Ogro se contorce em agonia ao sentir as chamas esmeraldas queimarem seu corpo. Porém, o fogo não se contenta apenas em consumir sua carne exterior. Ele penetra em seu interior, — percorrendo seus órgãos e queimando até o âmago do monstro. 

O ar se enche com o odor de carne queimada e a sala se ilumina com as chamas verdes dançantes que consomem o Ogro até o seu derradeiro fim.

— Tsk! Você me fez usar uma das minhas esferas inteira para te acerta, agora minhas lâminas estão sem fogo algum! Espero que aproveite o momento e se torne o churrasco que apenas os demônios apreciam no inferno!

Enquanto Evangeline observa o Ogro undead ser consumido pelas chamas esmeraldas, um novo portal se forma ao seu redor, engolindo o monstro por completo e negando-lhe o merecido fim. A meio-elfa sente a frustração crescer dentro de si, pois a Banshee continua a impedir que ela complete a derrota de seu adversário.

— Mas que diabos! Por quanto tempo vai ficar me atrapalhando!? Que saber, que se dane, você pediu por isso!!

Movida pela raiva, Evangeline avança decidida em direção a Banshee, determinada a confrontá-la de uma vez por todas. No entanto, antes que ela possa alcançar seu objetivo, o Troll surge subitamente de um portal negro bem diante dela, interpondo-se em seu caminho.

Em um movimento ágil e preciso, Evangeline mergulha suas adagas nas 『Emerald Sphere of Desolation』, imbuindo suas lâminas com um fogo verde intenso.

— Maldito, você deveria estar morto! Mas não se preocupe, farei o favor de realizar essa ação para nós dois… Agora o corte 『Blade Emerald Fire of Desolation』! — Nomeando suas lâminas imbuídas no fogo do desespero esmeralda, ela avança impiedosamente contra o Troll morto-vivo, o cortando-o novamente de ponta a ponta, dilacerando a carne de seu braço que segura a clava de madeira.

Um grito efêmero de agonia e desespero escapa dos lábios do monstro, revelando que ele é sim, capaz de sentir dor. 

Ao se aproximar um pouco mais do Troll, Evangeline percebe que ele parece estar preso em um estado entre a vida e a morte, como se uma maldição o mantivesse assim.

Ela rapidamente lembra das palavras de Teldra explicando sobre os Draugrs e sobre a maldição da deusa da morte que impregna toda a masmorra e impossibilita que as pessoas morram. Todavia, ela imaginava que apenas tal maldição funcionasse apenas em humanos, não em monstros como um Troll ou um Ogro.

”I-Impossível…! Esse Troll é um draugr que está com a maldição da deusa da morte!? Então significa que aquele Ogro também está com esta maldição…?” Essa constatação a distrai por um instante, fazendo-a baixar sua guarda. Nesse momento, o Ogro, surgindo de um portal acima dela, surpreende com um ataque repentino.

Evangeline se esforça para bloquear o poderoso golpe do Ogro, mas a força é avassaladora, jogando-a violentamente ao chão. Suas mãos e braços estão marejados pelo impacto do bloqueio. 

— M-Merda…! Me distraí de novo…!

Após o ataque devastador do Ogro, que corta de cima para baixo, Evangeline fica momentaneamente vulnerável. 

O monstro, imbuído de uma aura poderosa de sede de sangue, aperta com toda a força seu taco de pedra polida, preparando-se para desferir o golpe final e esmagar a cabeça da meio-elfa, com o objetivo de acabar com sua vida de uma vez por todas. 

A tensão é palpável no ar enquanto o Ogro se prepara para o golpe fatal.

No entanto, num momento de incrível resistência, Evangeline se recupera parcialmente de seu atordoo. Com um movimento rápido e preciso, ela se esquiva do golpe mortal, escapando da iminente destruição. 

Seus instintos aguçados e seu treinamento a salvam no último segundo. A meio-elfa aproveita o breve instante de vantagem e foge, — deixando o Ogro perplexo com a fuga inesperada.

A medida que Evangeline se afasta, o rugido frustrado do Ogro ecoa pelo ambiente, — misturado-se com a raiva, frustração e desespero do Troll junto da sede de sangue que emanam deles. 

A batalha está longe de terminar, mas a sobrevivência da meio-elfa é prova de sua coragem e determinação implacáveis.

Enquanto corre para longe, ela balança suas adagas, liberando um corte em formato de arco que vão em direção ao Troll e ao Ogro. 

Os monstros tentam bloquear o ataque mágico, mas são atingidos em cheio pelas chamas, que começam a queimar suas peles pútridas. O odor de carne em decomposição e o brilho do fogo esmeralda refletem o desespero nos olhos dos monstros enquanto lutam para extinguir as chamas vorazes.

Conforme a batalha prossegue, as chamas das adagas de Evangeline consomem os corpos do Troll e do Ogro, um fedor insuportável de carne podre queimando se espalha pela sala. O odor pútrido penetra nas narinas de Evangeline, fazendo-a sentir náuseas e repulsa. 

— Blueh…! Maldição… de quem foi a ideia de fazer um churrasco hoje? Um demônio? — É um cheiro nauseante, um aroma que só poderia ser comparado a um churrasco realizado pelos demônios mais perversos do inferno.

A atmosfera se torna densa, impregnada com essa essência macabra. 

A cortina de fumaça e o cheiro fétido parecem dançar juntos, envolvendo a sala em um ambiente sinistro e sombrio. 

Os destroços das carnes decompostas das criaturas adicionam um toque de destruição à cena, — criando uma paisagem macabra de carnes carbonizadas e suas partes mutiladas.

No ápice do desespero dos mortos-vivos consumidos pelas chamas esmeraldas, Evangeline aproveita o momento de caos para recuperar-se dos danos sofridos. 

Por todo o seu corpo, uma aura turquesa junto de uma laranja avermelhada a engolfa, curando suas feridas e restaurando suas energias parcialmente, enquanto se concentra em recuperar o fôlego e reunir suas forças para o próximo confronto. 


Numa fração de segundos, — antes que pudesse se reerguer por completo, os dois mortos-vivos surgem velozmente dos portais, investindo contra ela, determinados a atacá-la novamente. Evangeline percebe o perigo iminente, dado que suas chamas esmeralda não o consomem mais, devido a um fator que existe no portal que sempre as apaga. E, instintivamente, se esquiva no último instante, — evitando por pouco ser o alvo direto do Ogro e do Troll e seus poderosos ataques combinados e devastadores

Contudo, a força combinada dos dois seres é avassaladora, colidindo violentamente contra o solo, — lançando uma onda de choque que arremessa Evangeline violentamente para longe como uma boneca de pano desamparada. 

Seu corpo colide com o solo, causando um tremor que ecoa pela sala. Ela sente a dor lancinante percorrer cada fibra de seu ser, mas se recusa a sucumbir a fraqueza. 

Com determinação, ela se levanta preguiçosamente do chão, sentindo uma energia renovada invadir seu ser. Ignorando o desconforto e a dor, pronta para enfrentar os mortos-vivos mais uma vez.

Evangeline, com sua mente ágil e estratégica, percebe que precisa lidar com a Banshee antes de tentar derrotar os mortos-vivos. Ela compreende que as chamas esmeraldas se apagam assim que seus inimigos cruzam o portal negro de piche. 

— Droga…! Desse jeito não vai prestar! Toda a vez que eu os ataco com minhas chamas, elas são desfeitas por aquele portal de piche negro! Se eu estivesse na mesma condição de antes, com certeza eu ignoraria esses bossais e focaria na banshee… porém agora…  

Uma sensação de frustração a envolve ao pensar que não pode enfrentar a Banshee como antes.

Enquanto a determinação queima em seu interior, a dor latejante percorre seus braços marejados pela lesão causada pelo golpe do Ogro. 

Sua agilidade é prejudicada pelos ataques imprevisíveis que surgem dos portais. No entanto, Evangeline sente que, em comparação com o combate contra o quarteto de mortos-vivos, a sensação de estar à beira da morte é ainda mais intensa neste momento.

”Aqueles dois… eles são draugrs de verdade… Não posso bobear aqui, se não posso acabar me tornando alguém igual a eles, controlado pela masmorra… Não posso fraquejar aqui… meu corpo só dói e não tenho força pra continuar com ataque diretos… tudo que me resta e lançar meus feitiços, mas isso abriria minha guarda pra eles me atacarem…”

— Mas que inferno! Não posso me entregar aqui, morrer lutando e morrer sem fazer nada não tem diferença no final. Se é pra entregar tudo de mim, eu vou fazer aquilo!

Apesar das adversidades, a meio-elfa se mantém firme, recusando-se a desistir. 

Ela sabe que precisa encontrar uma estratégia para superar esses desafios e garantir a vitória. 

Seus olhos brilham com uma mistura de coragem e determinação, enquanto ela busca em seu interior a força necessária para continuar lutando.

Com passos determinados, Evangeline se prepara para enfrentar os inimigos mais uma vez. Ela sabe que não pode se deixar abater pela dor e pelo medo da morte iminente. Agora, mais do que nunca, ela está disposta a arriscar tudo para proteger seu objetivo e provar seu valor como guerreira destemida.

Enquanto Evangeline se concentra, uma aura mágica começa a envolvê-la lentamente. É uma manifestação da sua mana natural, uma energia ancestral que flui através dela. A aura é uma sinfonia de cores brilhantes e intensas, que brilham com uma beleza hipnotizante.

Iniciando com um prateado impecável, a aura se forma ao redor do corpo da meio-elfa como um manto luminoso. A tonalidade prateada irradia uma sensação de pureza e serenidade, como se representasse a essência mais profunda de sua alma.

Conforme a concentração de Evangeline se aprofunda, uma coloração turquesa inesquecível começa a se misturar com o prateado. Esse tom exala uma energia mágica e enigmática, lembrando a força dos mares profundos e a vastidão do céu. É uma cor que transmite tanto poder quanto mistério, envolvendo-a com uma sensação de confiança e força.

Por fim, um rubro inquietante começa a pulsar e dançar dentro da aura mágica de Evangeline. Esse vermelho intenso traz consigo uma energia ardente e apaixonada, representando a fúria e a determinação incansável da meio-elfa em sua batalha. É uma cor que desperta um senso de urgência e resiliência, impulsionando-a a superar os desafios diante dela.

As três cores se entrelaçam harmoniosamente na aura mágica, criando um espetáculo visual que reflete a complexidade e a profundidade da personagem. A prata, o turquesa e o rubro se misturam, brilhando com intensidade enquanto Evangeline mantém seus olhos fechados, — totalmente imersa em sua concentração.

No entanto, a Banshee percebe a abertura e ordena aos monstros que a ataquem, instigando-os com gritos e sede de sangue nos olhos.

YAAAAAAARRRRRHHH! — Os mortos-vivos avançam sem hesitar, determinados a acabar com Evangeline.

Um deles salta no ar, preparando um ataque poderoso de cima para baixo, enquanto o outro se agacha, prestes a realizar um ataque inverso. 

Parece que os golpes estão prestes a atingi-la, mas antes que isso aconteça, uma onda de pressão mágica poderosa emana da meio-elfa, — empurrando os dois monstros para trás, lançando-os a vários metros de distância.

Após isso, um singelo sorriso se revela no semblante da meio-elfa, revelando um êxtase com o poder que percorre seu corpo nesse momento.

— Muito bem… a partir de agora eu só tenho 15 segundos para usar minha habilidade 《Invencível》.

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