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Capítulo 81.2 ❃ A Interminável Horda.

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6º dia do mês, Grande Inverno. Masmorra [Corredor] – 08:37 AM.

Em um ambiente onde uma densa cortina de poeira paira, um corredor amplo e extenso se desenha gradualmente à medida que a poeira se dissipa. Apesar da amplitude arquitetônica, a ausência de luz impede a visão completa do local. 

Na extremidade, próxima à antiga área da Antecâmara, uma jovem de cabelos ruivos se ergue, seus olhos brilhando em um matiz sutil de vermelho, suas pupilas dançando de um lado para o outro em busca de qualquer presença hostil. 

Cof…! Cof…! Eu… consegui fugir do desmoronamento… mas… parece que ainda não acabou… eu acho…

”Esse lugar completamente escuro me passa uma sensação estranha, como se alguém estivesse me observando de muito longe… Pode ter algum tipo de monstro me encarando por aqui, ou talvez eu deva ter enlouquecido de vez… De todo modo, não posso dar o luxo de abaixar minha defesa…” Sua postura, rígida, mas preparada para enfrentar qualquer desafio inesperado, a coloca no meio da vastidão obscura, aguardando uma ação iminente de qualquer direção. 

Ela permanece assim, a falta de energia mágica nos monstros enfrentados até então gerando uma incerteza, pois a qualquer momento um adversário, seja tão frágil quanto um coelho ou poderoso como um troll, poderia emergir naquele local onde as trevas a envolvem. 

”Tsk…! Preciso me curar rápido… antes que isso se agrave permanentemente no meu corpo… Aquele choque do ataque daquele esqueleto fez meus ossos racharem… sinto todo o meu corpo gritando por dor… mas ainda não sei o que tem aqui… não posso chamar atenção nem fazer barulho…”

Gradualmente, ela se ajoelha no chão, seus joelhos dobrando-se cuidadosamente, sua intenção de evitar qualquer ruído, um ato incomum após a destruição da Antecâmara, cujo estrondo reverberou por todo o ambiente, ecoando nos recantos escuros.

”Mesmo sem saber… eu preciso me curar… mesmo que isso revele minha localização nesse lugar estranho…” Evangeline apoia sua mão direita no abdômen enquanto a esquerda se firma em uma parede ao lado. 

De sua mão direita, uma luz límpida irrompe em um tom turquesa, materializando-se em uma pequena esfera de água. A esfera se dissolve sob as vestes da meio-elfa, percorrendo seu corpo a uma velocidade impressionante. 

A expressão de Evangeline, apesar da seriedade diante da situação, revela nuances de alívio quando seu feitiço de cura começa a restaurá-la, curando ferimentos e eliminando vestígios de sangue como se a situação nunca tivesse ocorrido. 

Após a conclusão do processo de cura, toda a água invocada pelo feitiço se projeta para fora do corpo dela, caindo no chão tingida em uma tonalidade avermelhada. 

O contraste entre a pureza da cura e a sinistra coloração da água adiciona uma camada de complexidade visual ao ambiente.

— Hah… me sinto completamente restaurada…e parece que… ninguém percebeu minha presença nesse lugar… — Evangeline expira um suspiro de alívio, imersa na imensidão escassa de luz, tão quieta quanto um sepulcro. 

A presença iminente de um inimigo, embora uma incógnita, parece não detectar a fraca luminosidade emanada pelo feitiço de cura dela, levando-a a acreditar que está sozinha. 

Nesse instante, flashes de memórias do primeiro corredor da masmorra retornam, uma escuridão vasta e impenetrável. 

Apesar da incerteza sobre o ambiente após sair da antecâmara, Evangeline fecha os olhos com cautela, buscando nuances de energia mágica que possam indicar sua localização. 

Recordações do primeiro corredor, onde indícios mágicos de uma antiga magia de ilusão e espaço surgiram, incitam-na a rastrear sinais semelhantes neste novo local.

”Realmente… esse sentimento… a sensação de está sendo observada… me parece familiar… igual aquele primeiro corredor, que era tão escuro quanto esse… Será que isso também é um tipo de corredor com um desafio mágico…?”

— Preciso tentar entender esse ambiente. Mesmo quieto e aparentando está vazio, não há como provar nada… — Com os olhos fechados, ela os move como se procurasse algo em sua própria mente. 

Subitamente, uma familiar sensação se revela, pequenos indícios de um feitiço mágico, mas, ao contrário do primeiro corredor, essa sensação se manifesta apenas nas laterais.

”Sinto ondulações mágicas vindo das laterais desse lugar… Parece que realmente isso é algum tipo de corredor… Não consigo medir sua distância, mas a largura parece ter por dez metros de diâmetro… Também consigo visualizar algo nessas laterais… isso são…”

— Focos de luzes mágicas…? — Concentrando-se, Evangeline visualiza pequenos focos de luz em sua mente, em tons azulados e pálidos. 

Ao inclinar a cabeça para cima, percebe que um desses focos de mana está diretamente sobre ela. 

— Tem um logo em cima de mim… o que será que é essa coisa…? — Com destreza, ela toca o objeto, sentindo algo rígido e ligeiramente áspero, como pequenas deformidades e arranhões na superfície. 

Levantando-se, começa a explorar o objeto com as mãos para tentar desvendar seu mistério. 

Nesse momento, uma ansiedade sutil a envolve, uma sensação que insiste para injetar mana no objeto desconhecido. 

Entretanto, ela visa afastar essa ideia de sua mente, recordando-se da antecâmara, onde a mesma sensação a levou a injetar mana em um dos pilares, liberando os quatro esqueletos. 

”Esse sentimento novamente… É como seu eu quisesse fazer uma coisa e, ao mesmo tempo, não quisesse fazer… Esse desejo de me fazer colocar minha mana nisso foi igual na antecâmara… não consigo entender isso, mas não posso dar o luxo de ativar outra armadilha.”

Repetir essa ação agora, em um ambiente ainda desconhecido e totalmente mergulhado na escuridão, seria problemático.

Persistindo por mais alguns instantes, Evangeline explora meticulosamente o objeto, percorrendo sua superfície com as mãos e identificando contornos e irregularidades inesperadas. 

Uma representação começa a se formar em sua mente, delineando uma pequena caixa retangular de pé, com bordas que parecem ser de ferro nas laterais. 

Em seguida, move sua mão um pouco mais para cima e encontra uma corrente conectada a um pêndulo aparentemente feito de pedra.

”Essa caixa está pendurada em algum tipo de pêndulo preso na parede… Não lembro de ver algo desse tipo antes na masmorra… o que exatamente é isso…?”

O sentimento anterior retorna, como se alguém insistisse para que ela infunda parte de sua mana nesse objeto. 

”Novamente esse desejo estranho… me pedindo para colocar mana nessa coisa… Por que sempre isso retorna mesmo eu tentando afastar…?” Uma questão imersa em sua mente, questionando a origem desse impulso rebelde. 

Mesmo resistindo à ideia, sua mente parece compelir a realização da ação. 

”Não sei exatamente o que isso significa, porém, compreendo que possa ser algum tipo de desejo impulsivo da outra alma nesse corpo… Mesmo que eu entenda isso, e saiba que se trata da verdadeira dona desse corpo… por que isso retornou logo agora…?” Evangeline compreende a dualidade em seu ser, uma dualidade que se manifestou de maneira evidente quando encontrou Ivan em Nakkie, descobrindo a situação de Karenn. 

No segundo estágio da masmorra, essa sensação ressurgiu, uma sensação de divisão, é como se ela estivesse em uma sala com um grande espelho, realizando movimentos contínuos, mas sem seu reflexo repetir tal gesto. 

”Quando consegui entender sua existência, eu pensei estar tudo bem eu usar seu corpo para concluir o objetivo de salvar sua irmã… então por que ainda continua insistindo em se manifestar nesse momento, me dizendo para realizar coisas estranhas como essa?”

— Argh…! Não tenho como saber, pois não tem como ouvir sua resposta… De qualquer forma, não tem outro jeito de saber se isso é perigoso se eu não arriscar… — Apesar das dúvidas sem resposta, ela sucumbe ao pedido insistente e injeta parte de sua mana no objeto.

Rapidamente, ela se afasta, postando-se defensivamente, suas mãos configuradas como garras, envoltas por chamas esmeraldas que dançam freneticamente. 

Alguns segundos se desenrolam, e a mana injetada se materializa em uma luz, revelando ser uma lamparina de ferro negro pendurada em uma corrente ligada a um pêndulo de pedra. 

A energia percorre a corrente, alcança o pêndulo e, finalmente, instaura-se na parede, revelando intrincadas runas mágicas que percorrem uma extensa superfície. 

Inúmeros pêndulos se desprendem da parede, cada um abrigando uma lamparina que se acende sequencialmente. 

Esse processo continua até que toda a metade esquerda do corredor se ilumina com uma tonalidade azulada, pálida.

— Então aquela coisa era uma lamparina o tempo todo… parece que fiquei cautelosa demais com isso… Mesmo que não tenha acontecido nada igual na antecâmara… não posso perder o foco… Porém, agora que sei que não passam de luzes, vamos iluminar isso por completo, me lembro que tinha rastro de mana nas duas laterais… — Observando atrás, Evangeline identifica outra lamparina e, agora um pouco menos hesitante, infunde outra porção de sua mana nela.

A ação se replica, iluminando completamente o corredor para a jovem exploradora.

No entanto, divergindo do antigo corredor que ligava a antecâmara à sala do chefe do primeiro estágio, este em si exala o mesmo sentimento da agora desfeita antecâmara — a sensação de ter sido erguido por uma cultura ancestral. 

O corredor, construído inteiramente com pedras robustas e imponentes, parece ter sido esculpido diretamente de uma montanha majestosa. 

Entalhes intricados adornam as paredes, com figuras estranhas esculpidas nas placas de pedra, revelando silhuetas humanoides entrelaçadas com bestas selvagens e construções antigas. 

Uma narrativa visual de contos ancestrais sobre cultura e batalhas heroicas emerge, onde figuras enfrentam criaturas estranhas com armas imponentes, como machados, clavas gigantes, espadas majestosas e arcos.

Esses entalhes percorrem as superfícies de pedra das paredes, como um testemunho da bravura daqueles que lutaram em tempos remotos. Colunas majestosas, esculpidas com motivos entrelaçados aos desenhos das paredes, sustentam um teto abobadado. 

O teto, polido a ponto de refletir a luz suave das lamparinas estrategicamente dispostas nas laterais do corredor, complementa a narrativa visual com uma iluminação neutra. 

As lamparinas, agora com chamas prateadas, lançam uma luz sutil e neutra sobre as histórias esculpidas, criando sombras dançantes que dão vida aos contos.

Diante dessa arquitetura imponente, Evangeline sente um estranho respeito e admiração, como se o lugar estivesse tentando contar-lhe uma história. 

”Impressionante… esse lugar… passa um sentimento eufórico… é como está em um livro de história… Esse sentimento é igual quando visitei as pirâmides no Egito quando criança… é como se algo grandioso me revelasse um segredo que havia esquecido há muito tempo…”

Observando o teto côncavo, com entalhes de figuras atravessando uma porta e seguindo para um novo caminho, memórias de sua passagem pelo portal que conduzia ao corredor do segundo estágio da masmorra ressurgem em sua mente. 

Ela se questiona se, de alguma forma, adentrou um lugar diferente do que estava antes. Na primeira fase da masmorra, tudo parecia homogêneo, sem nuances narrativas. 

No entanto, ao atravessar o portal, tudo parece se encaixar, como se a própria masmorra quisesse contar a história das pessoas que por ali passaram.

— O desenho dessa passagem ondulada… é similar aquele tipo de portal que estava no final do primeiro estágio da masmorra… Será que de alguma forma esses desenhos contam algo que aconteceu nesse lugar…?

Imersa nessa admiração, um som alto reverbera pelo corredor, distante, mas potente. Assemelha-se a uma marcha realizada por uma legião de soldados. 

— Me-Merda! O que é isso!? O que é esse som!? — O semblante de Evangeline se transforma em espanto. 

”Merda, merda, merda, merda…. de novo não… Será que acabei ativando outra armadilha…? Merda! Eu sabia que isso era suspeito! Esse sentimento que me pede para fazer essas coisas, com certeza quer me matar!”’ 

Ela se questiona se libertou novamente algum monstro ou desencadeou a marcha de uma legião, dado o som de passos coletivos ressoando pelo corredor.

De relance, ela observa para trás, deparando-se com a entrada outrora majestosa da antecâmara agora reduzida a destroços, eliminando qualquer rota de fuga. 

— Porra! Por que sempre me ferro desse jeito!? Agora nem fuga tenho desse lugar! 

Um furor profundo de ira a envolve quando recorda suas ações precipitadas na antecâmara, aniquilando uma porção significativa do local na vã esperança de subjugar os esqueletos com um único feitiço de chamas, resultando na própria libertação deles e no desencadear do colapso do lugar. 

— Tsk! Que se dane! Fui até aqui e não voltarei só por causa de alguns monstros… mesmo que eu tenha que usar minha habilidade única, não morrerei desse jeito tão estúpido… Eu me recuso! — Um estalo de desapontamento ressoa em seus lábios, contudo, resignada, só lhe resta aguardar a iminente aparição dos monstros.

Assumindo uma postura de combate, as 『Emerald Sphere of Desolation』 giram freneticamente em suas mãos enquanto ela conjura mais esferas de chamas esmeraldas, preparando-se para o embate iminente. 

Contudo, um acontecimento inesperado interrompe esse prelúdio. 

Após longos vinte minutos de espera, Evangeline baixa sua guarda, indagando-se quanto mais terá que esperar pelos monstros. 

— Mas que raios! O que tá acontecendo? Não era para vir inúmeros monstros agora…? Por que até então não apareceu nada…?

O som de passos marchantes parece próximo, mas, ao mesmo tempo, distante, como se o corredor possuísse curvas acústicas, brincando com a percepção da proximidade do som.

— Tsk! Isso é estranho… não parece ser algum tipo de ilusão, por parecer muito real esse som, mas, ao mesmo tempo, apesar de perto, nunca parece chegar… É melhor eu dar uma olhada nisso… — Recolhendo suas esferas de fogo esmeralda para as costas, agora ultrapassando a marca de vinte após o tempo de conjuração, ela inicia uma caminhada reta em direção ao som. 

Apesar da insegurança, o mesmo impulso anterior a guia para prosseguir. 

— Hahah… novamente essa sensação, com toda a certeza vou me fuder de verdade nesse caminho… Por causa dessa sensação ativei novamente outra armadilha… Como eu havia dito, essa coisa quer me matar… — Uma ardência no coração a acompanha, culpando-o por possivelmente desencadear outra armadilha. 

— Argh…! É melhor eu me acalmar, preciso me concentrar agora… ficar com a mente nublada com raiva pode ser complicado se acontecer verdadeiramente uma luta… —- Apesar dos pensamentos turbulentos, Evangeline fecha os olhos, tentando exorcizar esse sentimento que parece ser uma manifestação da verdadeira dona do corpo, guiando-a a um destino incerto.

Coçando a nuca, ela pondera se esses impulsos inconscientes são uma tentativa de fortalecimento, uma busca de poder que, por vezes, parece superar o desejo de encontrar a cura para sua irmã neste novo mundo. 

”Esse sentimento me fez ativar o selo que aprisionava aqueles esqueletos, que quase me mataram se eu não tivesse uma agilidade muito alta… porém, graças aquilo consigo invocar minha 『Emerald Sphere of Desolation』 quando eu bem-quiser… E agora, essa situação… Será que de alguma forma… a dona desse corpo que eu evolua minha força…?”

— Que conclusão mais nada a ver… é melhor eu esquecer isso e continuar… — 

Sacudindo a cabeça para afastar tais pensamentos, Evangeline intensifica seu percurso, agora com passadas mais rápidas, focada no som que, surpreendentemente, não aumenta com a passagem do tempo.


6º dia do mês, Grande Inverno. Masmorra [Corredor] – 08:59 AM.

Minutos se escoam enquanto a meio-elfa desloca-se velozmente pelo corredor. O som persiste, um eco constante que não vacila em intensidade, tornando-se uma trilha sonora macabra para sua corrida. 

O corredor, além de interminável, é adornado por entalhes narrativos nas paredes e teto, repetindo a épica batalha de guerreiros enfrentando bestas monstruosas e figuras atravessando portas que os guiam para reinos celestiais. 

”Esse lugar… esses desenhos nas paredes e teto… eles parecem familiares… Parando para analisar… parece serem desenhos de alguma civilização antiga… iguais as que tem na Terra… como os Maias ou os egípcios, que costumavam relatar suas histórias nas próprias construções… ” 

Uma reminiscência de seu antigo mundo ressurge em sua mente, recordando-a das construções antigas espalhadas por toda a terra, testemunhas de civilizações e contos, que foram esculpidos em pedra e narrados em livros históricos.

— Parece que finalmente… cheguei… — A memória desvanece quando, finalmente, o som de marcha se avoluma. 

Passos concatenados ecoam, um exército de seres avançando ininterruptamente, a terra tremendo sob seus pés, as lamparinas nas correntes tremeluzindo em resposta. 

Ao chegar a uma curva no corredor, Evangeline se oculta, espiando a cena a distância. 

Mais de trinta metros adiante, uma horda sinistra de esqueletos avança, desprovidos de armas ou armaduras, apenas a pura força da marcha a conduzi-los. 

”Es-Esqueletos!? Esse barulho imenso por causa de esqueletos…? Mas são algumas dezenas deles juntos… O que isso significa…? Será que esses são tão fortes quantos os anteriores da antecâmara…? Se esse for o caso… o que aconteceria se essa horda invadisse uma cidade…?”

Diante desse espetáculo macabro, a meio-elfa indaga se essas criaturas são tão formidáveis quanto os esqueletos da antecâmara, ponderando sobre a capacidade de aniquilar uma cidade inteira.

”Droga… por eu não conseguir sentir a energia mágica de morto-vivos, não consigo medir sua força! Merda…! Se esse exército tiver a mesma força que os quatro esqueletos anteriores… será que conseguirei avançar…?” A dúvida se manifesta em uma gota de suor na testa de Evangeline. 

Pode ela superar essa extensa legião de esqueletos com sua força atual? 

As questões se acumulam em sua mente, entrelaçadas com a preocupação sobre a impossibilidade de fuga, resultante do desmoronamento da antecâmara.

A verdadeira força desses esqueletos permanece obscura.

Slap!

— O-o… que… foi isso…? U-Um tapa… eu… fiz isso…? — Num estalo realizado por um tapa, como um chamado à realidade, a meio-elfa se vê repentinamente afastada de seus pensamentos, questionando se foi um movimento voluntário ou involuntário de seu corpo.

Contudo, a missão imediata se impõe diante dela: avaliar a força, a resistência e a consciência de combate dos esqueletos que se aproximam.

”Cer-Certo… é melhor eu me concentrar e não me afundar no pânico… preciso avaliá-los de algum modo… só assim poderei saber do que são capazes durante a luta…” 

— Como no último confronto com os quatro esqueletos da antecâmara, eles tinham um certo receio das minhas chamas esmeralda… então… — Com destreza, Evangeline desloca cinco 『Emerald Sphere of Desolation』 de suas costas para a palma de sua mão, fundindo-as em uma única e imensa esfera de fogo esmeralda. 

Nesse momento, aponta na direção do grupo de esqueletos, lançando a esfera em sua direção. 

O feitiço corta o ar em alta velocidade, vaporizando a umidade ambiente e deixando um rastro de calor. 

Em instantes, a 『Emerald Sphere of Desolation』 colide com os esqueletos em uma explosão ensurdecedora, ecoando pelos corredores confinados.

Evangeline, ágil, cobre seus ouvidos diante do estrondo, observando a cena desdobrar-se diante dela. A explosão arremessa os esqueletos para o ar, criando uma parede de chamas esmeralda que cobre toda a largura do corredor. 

Contudo, surpreendentemente, esqueletos emergem do meio das chamas, resistindo ao fogo. 

— Como esperando, o feitiço, apesar de forte, não foi o suficiente para derrotar todos eles, fazendo os continuar a marcha… agora só preciso ver a durabilidade e a tolerância deles com minhas chamas… — A meio-elfa, prevendo essa possibilidade, tem em vista confirmar se esses esqueletos possuem resistência semelhante aos anteriores.

Enquanto os esqueletos atravessam as chamas, entram em combustão e perecem. 



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Janelas do sistema surgem, indicando a aquisição de pontos de habilidade para cada morte realiza por ela. 

— Nem… fudendo… Eles dropam pontos de habilidade… mas eles são muitos… dezenas… talvez uma centena… Se cada um dropar pelo menos um ponto de habilidade… isso significa que… Heheh… — Um sorriso traquina se forma no rosto de Evangeline, vislumbrando a oportunidade de um plano para farmar pontos. 

No entanto, suas chamas se extinguem, interrompendo a sequência de mortes. 

— Tsk! Já se apagaram? Foi bem mais rápido do que eu imaginava… parece que esqueletos morrendo constantemente nessas chamas fez com que a potência dela diminuísse gradualmente… mas pelo menos, eu consegui quase trinta pontos de habilidade só com esse feitiço… — A meio-elfa percebe que a durabilidade das chamas está vinculada ao número de esqueletos consumidos.

— Só com essa única parede de chamas que se formou após a explosão… consegui vinte e quatro pontos de habilidade… Se esses esqueletos realmente tiverem uma quantidade maior do que algumas dezenas, se eu espalhar diversas paredes como essas no caminho deles… terei uma grande farme em minhas mãos!

Seu olhar, então, se volta para o corredor que percorreu, visualizando um terreno propício para estabelecer múltiplas barreiras de chamas, permitindo a morte contínua dos esqueletos e, consequentemente, a obtenção de inúmeros pontos de habilidade.

Subitamente, um aviso de missão surge, quebrando as expectativas de Evangeline. 



《Missão》

Ressuscitação Sombria.

《Objetivo Principal》

Diante do exímio exército de sombras e ossos, encontre e adentre a câmara ancestral do Grão Mestre Necromante, onde se urdem teias nefastas de domínio sobre o Poderoso Rei. Com a magia entrelaçada nas paredes sombrias, desfaça os planos de dominância que ameaçam a linhagem real.

➤ Grão Mestre dos mortos(Necromante)

➤ Sacerdote das sombras (morto-vivo)

➤ Mago Sombrio (morto-vivo)


《Recompensa》

Escudo Ósseo de Sombras(Raro):

Este escudo raro, forjado nas profundezas das trevas, exibe uma estrutura feita de ossos entrelaçados, emanando uma aura sombria

Habilidade:

Sua característica marcante reside na capacidade de absorver parte da energia mágica que permeia os ataques direcionados ao portador.


《Objetivo Secundário》

➤ Requisitos:

Antes de derrotar o Necromante, faça-o entrar em sua fase primordial, deixando-o com extrema fúria de você.

《Recompensa》

Bolsa Eterna do Horizonte(Épico):

Esta bolsa épica, tecida por artesãos místicos em dimensões além da compreensão humana, é um tesouro entre os aventureiros. Sua capacidade extraordinária transcende as limitações físicas, permitindo que seu portador carregue até mil libras de peso com facilidade. O segredo de sua vastidão repousa em um espaço oculto conectado a horizontes inexplorados, onde as leis da física são moldadas pela essência da magia.

Habilidade:

Espaço dimensional.



O sistema revela a missão de derrotar um necromante em uma sala oculta do corredor. 

— Hmmm… então a missão pede para eu derrotar um Necromante em algum lugar desse corredor… Então isso significa que esses esqueletos são invocações dele, e não uma armadilha que acabei acionando por acidade… — A meio-elfa, ao encarar novamente o exército de esqueletos, compreende serem meras invocações do necromante, sugerindo que ele pode ser uma ameaça significativa. 

— Certo! Para prosseguir com a missão e encontrar esse Necromante, preciso reduzir ao máximo a quantidade de esqueletos. Para isso, preciso reafirmar minha tática anterior… desse modo conseguirei derrotar o máximo de esqueletos possível e ganhar pontos de habilidade no processo! — Ela inicia uma retirada estratégica, estabelecendo, a cada quinze metros, grandes muralhas de chamas esmeraldas, amplas o suficiente para cobrir cinco metros quadrados.

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