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A vontade de competir e de acreditar, por parte da humanidade, se transfigurou numa terra fora do alcance humano: Hue. Nela, humanos, animais e a própria mitologia vivem lado a lado, e a maioria desses seres é envolta pela força na qual fundou esse lugar, chamada Nejireta. Essa força era requerida por todos, mas ninguém conseguiu dominá-la por completo.
Com isso, se formou a primeira guerra da misteriosa terra: a Shirīzu senkyo. A guerra separou a Nejireta em 5 forças diferentes:Chikara, Ridatsu, Dentō, Kyōsoku e Shizukesa. Junto a essas forças, se formaram comandantes capazes de dominar uma força por completo, e assim se sobressaíram na guerra. Esses comandantes são conhecidos como Shirei-Kan.
E com eles, a guerra acabou, e 5 regiões se formaram: Araukaria, Nantō, Atsui nettai, Seruta chiku e Ten’nen hai. Honrando a força que os criaram, os Shirei-Kan realizam a cada Kisetsu(tempo usado a partir da Shirīzu senkyo), um torneio para medir a força entre lutadores de toda terra: o Gurētofue.

Kisetsu 61, 2ºGenme — Araukaria, Capital Berugamotto

A caminho da sala do Shirei-kan de Araukaria, dois mosqueteiros novatos, Lup e Telly, conversam sobre o torneio da Kisetsu atual:

— Diminuiu para quatro, Guri.

— Do que você está falando, Lup? — disse Telly

— Quatro. É o número de Kyapens que teremos no próximo Gurētofue.

— Eu estava sob as ordens do Shirei-Kan durante o último torneio e não acompanhei. Qual Kai saiu do torneio?

— “Quais” é a palavra certa, Telly — corrige Lup, com ênfase — Foi o Kiribuza e o Concheda.

A expressão de Telly muda para espanto. Ele balbucia:

— Concheda saiu? Eu jurava que ele duraria pelo menos mais duas kizetsu, desde aquele acontecimento. Ele nunca mais foi o mesmo desde então.

— Sim. E com a saída dele, perdemos o último Kyapen de nível Muhai, guri.

— Não posso acreditar… O Kiribuza, até entendo, pois ainda não alcançou todo o seu potencial. Mas o Concheda?

— Aquele torneio foi realmente atípico.

— Só por isso, já me parece evidente. Mas Lup, eu contei apenas três Kyapen restantes.

— Ah, esqueci de mencionar. Futomo, o excêntrico, voltou.

Telly leva a mão à testa, expressando sua frustração:

— Ah não… o Futomo de novo? Ele nunca desiste?

— Parece que não. A cada torneio, aquele cientista fica cada vez mais desvairado e não para de inventar coisas malucas. Mas quem sabe ele nos surpreenda nesta Kisetsu.

— Que seja… Eu ainda não gosto dele. Bem, vamos lá para o salão principal. O Shirei-Kan está nos esperando.

— Certo, guri.

Eles adentram em um majestoso salão repleto de mosqueteiros. As amplas janelas exibiam vitrais espetaculares que contavam a história da jornada do povo de Araukaria até aquele momento. No centro do salão, um trono imponente, adornado em azul e vermelho, ocupava o lugar de destaque, e atrás dele, uma deslumbrante imagem vitral retratava um mosqueteiro, acompanhado de uma mulher com traços nativos.

Foi então que se desenrolou uma acalorada discussão entre o Shirei-kan e seu oficial.

— Mas senhor, os Chimara não demonstram interesse em se reunir conosco. Para eles, esta terra é habitada por assassinos, e acreditam que tomamos parte de seu território. O incidente também foi inesperado para nós, mas para eles, é apenas mais um exemplo de hostilidade da nossa parte.

É notado a inquietude do shirei-kan ao ouvir tais palavras. Como se ele pensasse em muitas coisas ao mesmo tempo, enquanto seu oficial relatava o fato.

— Além disso, eles continuam a atacar nossos mosqueteiros que atravessam a Floresta de Cobre, buscando apenas passagem pacífica. Não temos como chegar a um acordo, e sem acordo, sem paz.

[GURENāRU II — ATUAL SHIREI-KAN DE ARAUKARIA]

— Isso é intrigante… Eu pensava que a questão de Kosuta estava resolvida. Todos nós sofremos consequências com aquele acidente.

— É verdade, comandante. Mas alguns Chimara ainda duvidam de que tenha sido um acidente e acham que não podemos coexistir pacificamente. Sempre haverá desconfiança e comparação de nossas culturas distintas, o que torna a união cada vez mais distante.

— Estou ciente disso, Evos. É por isso que a região permanece separada dessa forma. Se meu pai estivesse aqui, ele provavelmente iria pessoalmente até eles, apesar de ser um mosqueteiro puro, e encontraria a melhor maneira de resolver o problema.

— Não duvido disso, comandante. No entanto, é arriscado visitar uma região que ainda é pouco conhecida pelos mosqueteiros, especialmente após o que aconteceu com os mosqueteiros lendários.

— Minha mãe compartilhou muitas histórias sobre Dō no Mori comigo. Ainda planejo convidar alguns Chimara para o palácio, pois também sou responsável por governar sobre eles. Além disso, desejo demonstrar que estamos todos do mesmo lado e que nossos únicos “adversários” estão no torneio Gurētofue.

— O torneio será bem complicado nessa kisetsu dessa forma, comandante

— O torneio vai acontecer, querendo ou não. Mas devemos resolver essa questão pendente antes. Nossa região vem em primeiro lugar.

— Entendido, senhor. Deveríamos então chamar Kosuta para cá?

— Não, Kosuta não é o problema. Trazê-lo aqui apenas provaria que não consideramos Dō no Mori como nosso lar. Problemas desse porte requerem soluções igualmente significativas. Precisamos selar a paz da forma mais sincera e pessoal possível. Sem cartas, sem intermediários, apenas a velha conversa olho no olho.

Gurenāru então se levanta de seu trono, decidido do que fazer.

— Não irei considerar os Chimara como inimigos, afinal, tenho o mesmo sangue que o deles. Vamos unir Araukaria e fazer com que as nossas culturas sejam a única diferença entre nós.

— Entendido, senhor — diz Evos, convencido pelo comandante — O que planeja fazer?

— Bem… Onde está Renāto?

Um começo de jornada! Os dilemas em Araukaria começam a se desenrolar!

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Olá, eu sou Silas Santos!

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