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Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』

— Como foi?

Em uma biblioteca com um leve cheiro de livros, a mulher loira, SoulQueen, respondeu após um momento de reflexão. — É um lugar muito interessante.

Essa era a descrição mais apropriada. Um lugar onde o Coletor de Cadáveres era um dos membros e até alguém como ele estava fora da sua zona de conforto? Ela nunca percebeu que existia uma sala de chat assim na comunidade dos Caça-Fantasmas.

— Tenho certeza de que minhas opiniões pessoais não são o que mais lhe interessa — provocou SoulQueen, e o homem não negou. Isso porque havia outro motivo para ela infiltrar-se nos Sentinelas da Távola Redonda.

Talvez os Sentinelas da Távola Redonda sejam uma reunião privada criada para evitar nossa detecção.

Quer fosse um espião do palácio, ou talvez um jogador de outro reino, o homem a havia enviado lá para investigar ambas as possibilidades. Mas qual era o veredicto?

SoulQueen sorriu. — Parece que você estava certo novamente, Sr. Love.

— Em que sentido?

— Os Sentinelas da Távola Redonda definitivamente parecem um espaço criado por um jogador de outro reino.

— Devo ouvir mais detalhes então.

SoulQueen explicou lentamente o que havia acontecido lá: o Leão, que exercia uma presença esmagadora; o Palhaço, cuja identidade como Coletor de Cadáveres havia sido revelada; o Veado, que presumia-se ser filiado ao palácio; e o Goblin, que era tão mediano que parecia quase deslocado ali.

— Hmm, eu não sei sobre a Sra. Raposa. Não acho que ela seja reservada, mas não consegui conversar muito com ela.

Ainda assim, valia a pena ficar de olho na Raposa, e com razão, porque ela havia solicitado falar com o Leão no final. E se isso tivesse sido algum tipo de encontro secreto?

— Você desconfia do membro chamado Leão.

— Sim. Se realmente há um jogador de outro reino entre eles, ele é o único que poderia ser. — O homem perguntou a sua justificativa e SoulQueen respondeu sem hesitação: — Ele levou o Coletor de Cadáveres quase ao ponto de Poluição Mental apenas com intenção assassina. E, vendo que ele recuou antes de chegar a esse ponto, acho que ele tinha mais a oferecer.

Esse fato por si só tornava isso óbvio. Um feito como esse era impossível com uma mente humana comum, a menos que ele fosse um jogador de outra dimensão que tivesse sido deixado neste mundo e sobrevivido aqui por mais de cem anos. Esse também não era o único motivo. Na segunda rodada, o Leão havia dito isso:

Quem criou os Caça-Fantasmas foi um espírito maligno de outro mundo.

Em resposta à sua afirmação de que não foi o GM quem criou a comunidade, ele mencionou uma informação que apenas alguns sabiam quase despreocupadamente, como se também soubesse sua identidade. Foi então que ela teve certeza disso.

Sim, deve ter sido isso.

Esse homem, que já parecia incrivelmente perigoso, não era um simples jogador.

— Pensando bem, você disse que ele sabia da identidade do Coletor de Cadáveres desde o início?

— Sim. Para esclarecer, os outros membros já suspeitavam que o Leão conhecesse suas identidades.

— …Isso é muito estranho. — A segurança dentro da comunidade era impecável. Mesmo ele, que havia assumido os direitos de administrador e criado a versão moderna dos Caça-Fantasmas, não conseguia descobrir as identidades dos usuários no mundo real.

— Como você acha que ele sabia quem eles eram?

— Eu não sei. Se ele realmente sabe, há duas possibilidades. — O homem apresentou duas teorias possíveis em resposta à pergunta da SoulQueen. — Uma, o Leão está no mesmo nível do arquimago de outro reino que criou este subespaço, ou ele tem um companheiro  que está. E dois…

— Dois, o Leão está no mesmo grupo que o criador dos Sentinelas da Távola Redonda. Certo?

— Sim, isso mesmo. Até este ponto, os membros atuais foram reunidos por essa pessoa, o Mestre, então se este Mestre contasse a ele quem eram os membros, isso faria sentido.

— Mas então não faria sentido ele saber quem eu sou.

— Mas não temos certeza disso ainda. Da próxima vez, jogue uma isca para confirmar se esse cara realmente sabe sua identidade ou não.

— Eu farei isso.

— De qualquer forma, o importante agora são informações sobre o Mestre. Você descobriu algo?

— Ainda não encontrei o Mestre. Mas consegui saber com o Sr. Goblin que no dia da conexão estranha mostrada no log, ele havia visitado a Távola.

— Então isso significa que a pessoa que se infiltrou na comunidade naquele dia tem o apelido 0720.

— Suponho que essa seja a única coisa que faz sentido. Queria descobrir mais, mas parece que o Sr. Goblin ainda está desconfiado de mim…

Mesmo depois disso, os dois conversaram por cerca de uma hora. O tópico da conversa não era apenas os Sentinelas da Távola Redonda, mas o incidente recente, as mortes de muitos jogadores, qual era a maneira mais eficiente de aumentar o recrutamento de novos membros no futuro e até mesmo o maior problema que surgiu recentemente.

— O que você fará sobre o Sr. Baekho? Ele está virando a Torre de Magia de cabeça para baixo procurando por você. Agora, você pode ser apenas um suspeito entre muitos, mas não acho que será fácil manter sua identidade escondida para sempre…

— Ainda estou debatendo isso. Por enquanto, parece que ele é hostil ao palácio, mas… temos que ser cuidadosos. Pode ser uma armadilha.

— Sim, deixarei essa parte com você, Sr. Love.

— Enquanto isso, Elfnunna. Como está indo a investigação sobre ele?

— Todas as postagens dele foram deletadas, então vai demorar um pouco para recuperá-las. Mas ele tem bastante GP.

— É tudo do Sr. Baekho?

— Não, ele conseguiu quase tudo no primeiro dia vendendo algumas peças de informação de qualidade. — SoulQueen continuou explicando que essas eram coisas que se podia saber jogando o jogo até certo ponto, e que as outras postagens e comentários deixados por ele foram todos deletados, então levaria um tempo para recuperá-los.

— Hmm, entendo… — Love tamborilou no braço da cadeira com o dedo indicador, ponderando sobre isso. Havia uma razão pela qual ele estava investigando Elfnunna: porque ele teorizava que Bjorn Yandel e Elfnunna poderiam ser a mesma pessoa.

Bjorn Yandel era um bárbaro cuja ascensão nas classificações tinha sido meteórica. Estranhamente, ele escolheu um escudo durante sua cerimônia de maioridade. Elfnunna, por outro lado, havia adquirido GP facilmente vendendo informações do jogo dentro da comunidade. Além disso, ele era um coreano que Baekho Lee via como um irmão mais velho. Isso era algo muito importante sobre esse homem. Se esses dois fossem a mesma pessoa, havia a possibilidade de que ele também fosse a pessoa que Love estava ansiosamente esperando.

“Espere.”

Um pensamento passou por sua mente e Love abriu os lábios.

— SoulQueen.

— Sim, pode falar.

— Você disse que o Leão era asiático?

— Sim, mesmo com uma máscara, você não pode esconder a cor da sua pele.

Como era um jogo ocidental, a porcentagem de jogadores asiáticos de Dungeon and Stone era muito pequena. Veja o próprio Baekho Lee. Ele abriu uma sala de chat esperando por coreanos, mas levou vários anos para encontrar um compatriota, e esse compatriota foi Elfnunna, a mesma pessoa agora suspeita de ser Bjorn Yandel.

Love endireitou a postura. — o Leão mencionou abertamente apenas uma identidade: a do Palhaço. Correto? — ele perguntou.

— Uh, é difícil dizer, já que esta foi minha primeira visita, mas é o que acho, julgando pela atmosfera quando ele mencionou isso.

— Nesse caso… — ele murmurou e caiu em pensamentos.

Bjorn Yandel havia lutado recentemente contra o Coletor de Cadáveres. Tudo isso poderia realmente ser apenas uma coincidência? Claro, como não tinham como descobrir se ele era a mesma pessoa que Elfnunna, tudo isso permanecia como uma especulação exagerada. Mas por causa disso…

— Quando é a cerimônia de conferência de Bjorn Yandel?

— Eu lembro que será em três dias.

— Três dias… — Logo, Love tomou uma decisão. — Vou sair pela primeira vez em muito tempo.

Em vez de ruminar sobre isso por mais cem dias, ele pode muito bem encontrá-lo pessoalmente.


— Ei, acorde, acorde! Acorde!

Na manhã seguinte a passar um tempo na comunidade, acordei com um tapa da Missha. Eu estava cansado pra caramba de usar intenção assassina pela primeira vez em um tempo.

— O que você fez ontem para estarrr tão exausto esta manhã!?

Depois das noites na comunidade, era melhor acordar no horário, mesmo que tivesse que exagerar. Para qualquer um que soubesse sobre aquele lugar, dormir até tarde poderia parecer suspeito. Agora havia mais olhos em mim do que nunca.

“E um maldito assassino está a caminho…”

Ontem, eu desmaiei de pura exaustão, mas não achava que dormiria bem a partir de agora. Ha, tão irritante.

“Por que esse povo todo não pode simplesmente me deixar em paz?”

Eu também não seria capaz de lutar como de costume no meu estado atual. Os suspiros vieram naturalmente, mas rapidamente lavei o rosto e desci para compartilhar uma refeição com os outros. Era uma visão um pouco estranha. Isso porque havia uma pessoa a mais na mesa de café da manhã do que o usual.

— V-Você está acordado?

— Claro. Não fique apenas parada, sente-se. A comida vai esfriar.

— S-Sim! — Erwen se sentou, com a expressão nervosa enquanto começava a comer.

Um silêncio estranhamente constrangedor caiu sobre a mesa. Felizmente, a Missha notou e perguntou com entusiasmo:

— Então, como está? Minha comida.

— E-Está boa… obrigado…

— Avise se quiser comer alguma coisa. Eu farei para o jantar mais tarde. Oh, e também me diga se há algo que você não pode comer. — Como sempre, Missha foi atenciosa até nos menores detalhes.

— Cenouras! Eu não posso comer cenouras! — Ainar se intrometeu nesse ponto também e recebeu um tapa.

“Você realmente acha que isso vai funcionar? Eu tentei a mesma coisa dez vezes, mas todas as tentativas terminaram em fracasso.”

Aparentemente, tínhamos que comer isso já que comíamos carne todos os dias.

“Estou grato, mas… um bárbaro tem que viver um estilo de vida bárbaro.”

— E-Eu vou lavar a louça!

Depois da refeição, Ainar partiu para a terra sagrada como sempre e o resto de nós passou um tempo juntos. O clima não estava tão ruim quanto eu pensava que estaria. Acho que poderia dizer que parecia que a hierarquia estava totalmente estabelecida.

— Errrwen, venha sentar aqui. Devemos conversar.

— S-Sim!

— Pode ser um pouco cedo para perguntar isso, mas o que você vai fazer a partir de agora? Nosso grupo já está cheio, como você sabe.

— Ah… — Erwen hesitou e me olhou. Ela devia estar perguntando se era ok falar sobre o clã.

Bem, não havia razão para que ela não pudesse. Mas eu não tinha energia sobrando para discutir isso em detalhes agora, então só dei uma resposta evasiva. — É cedo demais, Missha. Nós nem sabemos se seremos capazes de entrar no labirinto no próximo mês.

— Isso é… verdade.

Para ser honesto, a menos que essa situação fosse declarada resolvida, seria sensato parar de explorar o labirinto por um tempo. Não era como se estivéssemos passando por dificuldades financeiras agora.

“O irritante é que a cidade também não está tão segura.”

Entre o Matador de Dragões, o Coletor de Cadáveres, o misterioso assassino de Noark e até as ações do palácio, que eram todas muito enigmáticas, havia inúmeras razões para eu ficar mais forte o mais rápido possível.

“Ainda assim, seria melhor ficar de olho na situação até que se acalme em certa medida.”

Tentei deixar minha impaciência de lado. Como dizia o ditado: ‘Mesmo quando você está com pressa, vá pelo caminho mais longo para estar seguro’.

“Essa parte vou ter que discutir com a Raven depois.”

De qualquer forma, depois disso comemos petiscos e conversamos sobre isso e aquilo. No início, Erwen parecia abatida e desconfortável, mas porque a Missha a tratou com gentileza, ela logo se acalmou.

“Ainda assim, parece que ela processou o que aconteceu com sua irmã antes de vir aqui.”

Isso foi um alívio. No futuro, ela inevitavelmente teria que suportar ainda mais pesados fardos, mas Erwen estava atualmente de pé por conta própria. Não havia dúvida de que ela seria capaz de ir ainda mais longe.

— Huh? Você tem uma irmã mais nova?

— Sim, ela ainda é jovem e vive na terra sagrada. Quando ela crescer… eu terei que cuidar dela. Assim como minha irmã fez por mim…

— Nyaha, não se preocupe muito. Você ainda tem um longo caminho a percorrer. Até lá você terá muito mais espaço de manobra.

— Você acha…? — Surpreendentemente, a conversa delas foi amigável. Mas Erwen de repente se curvou para ela do nada. — E-Eu nunca me desculpei por aquela vez, não é? Sinto muito, deve ter tido algo errado na minha cabeça naquele dia…

— Não se desculpe. Está tudo bem. Afinal, algo bom saiu de tudo isso.

Eu inclinei a cabeça. ‘Naquela vez’? As duas tinham algo para se desculpar?

— M-Mas você está bem, irmã…?

— Prrr que não estaria? Meus pensamentos também mudaram muito desde então… Não é como se eu estivesse qualificada para aquilo que falamos em primeiro lugar. — Missha me olhou de cima a baixo. Por algum motivo, eu estremeci.

Toc, toc.

Uma batida soou na porta da frente.

— Eu vou ver. — Levantei-me rapidamente e fui até a porta. Normalmente eu a teria aberto imediatamente, mas descobri ontem que um assassino poderia ser enviado atrás de mim. Primeiro, perguntei quem era.

— Meu nome é Rayman Keplow, um cavaleiro da Segunda Guarda Real.

O cavaleiro revelou educadamente sua identidade, suponho que porque eu estava prestes a receber o título de baronete. Quando verifiquei pelo olho mágico, a armadura parecia legítima e outros cavaleiros estavam atrás dele, cercando-o.

“Isso não parece um truque.”

Abri a porta porque tinha uma suposição do porquê de eles estarem lá, e confirmei o motivo da visita cara a cara. Foi a primeira boa notícia que recebi em um tempo.

— Uma ordem veio do topo.

— Uma ordem?

— Recebemos instruções para proteger o Lorde Yandel de qualquer pessoa perigosa que pretenda lhe causar dano.

Então, o Veado fez um movimento.

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