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Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』

Um alquimista era uma pessoa que podia transmutar pedras de mana em materiais. Não havia muitas pessoas com esse trabalho, mesmo em Rafdonia, então eles eram considerados os recursos mais importantes da cidade. Quanto a Noark, que estava em situação muito pior, nem é preciso dizer como eles tratavam seus alquimistas.

— Bom dia, Srta. Marlene!

— Está a serviço do alquimista? Isso parece pesado. Vou carregar para você.

Era por esse motivo que todos na cidade eram gentis com Marlene. Ela era a única aprendiz do alquimista. Quando o dia chegasse em que ela herdasse todo o conhecimento dele, ela estaria encarregada da cidade a partir de então.

“Vovô não está agindo como de costume esses dias…”

Para ser honesta, seria uma mentira dizer que esse papel não era pesado, mas realmente não havia mais ninguém para assumir, então sua única escolha era arcar com a responsabilidade e seguir em frente. Também não era apenas um papel que ela havia assumido por dever.

— Vovô!

— Eu te disse para me chamar de Mestre.

— Certo, Mestre! E sobre as coisas? Estão aqui?

— Estão. Há bastante, então você pode olhar e pegar o que precisar.

O alquimista jogou para ela um subespaço de duplo acesso e Marlene pegou para confirmar o conteúdo. Continha as coisas que ela havia pedido.

— Por favor, agradeça por mim!

— Vou fazer isso.

Marlene assoviou e moveu os itens para sua bolsa pessoal. Este era um privilégio claro. Sem o título de aprendiz de alquimista, seria impossível para ela usar esse subespaço de duplo acesso, que deveria ser usado estrategicamente, para ganho pessoal. Sem mencionar que os infiltrados fora da cidade não teriam ouvido seu pedido em primeiro lugar.

— Uau, vovô! Experimente isso. Eles fazem biscoitos muito bons!

— Eu te disse para me chamar de Mestre. Oh, mas esses biscoitos são mesmo deliciosos.

— Mas o que é isso? Parece um elixir por fora, mas tenho certeza que não pode ser…

— Haha, bem observado.

— Huhhh? É-É-É realmente um elixir? — Marlene, que estava mastigando os biscoitos sem pensar muito, pulou de pé, e com razão. Com os ingredientes sendo tão caros e o processo de produção tão difícil, mesmo seu mestre havia feito apenas cinco frascos de elixir em sua vida.

“Ele também já usou dois frascos…”

Agora só restavam três elixires em Noark, e um desses frascos estava atualmente nas mãos de seu mestre. Por quê?

Quando os olhos de Marlene brilharam de curiosidade, seu mestre sorriu e explicou a situação.

— Você precisará saber disso no futuro, então vou te contar. Hoje, vou dar este elixir para o Matador de Dragões Regal Vagos e tentar restaurar sua memória, dependendo de como ele se recuperar.

— Para Regal Vagos…? — Marlene franziu a testa subconscientemente.

— Por quê, você não gosta dele?

— …Ele só parece assustador.

— Não julgue as pessoas pela aparência. É por causa de uma lesão. Ouvi dizer que ele era bastante bonito antes da queimadura. Bem, eu tenho outro motivo para não gostar dele, no entanto.

— C-Certo? Não sou só eu, então?

— Haha, você sempre escolhe o que quer ouvir.

— Isso porque também não é só pela aparência para mim. Aquele homem é tão rude. A maneira como ele também fala sem maneiras com você…

— Que criança.

Um momento de silêncio constrangedor se seguiu, depois do qual Marlene ouviu os detalhes de seu mestre. O motivo pelo qual o precioso elixir estava sendo entregue àquele homem dragão era muito simples, pelo menos na superfície.

— O poder do Coletor de Cadáveres foi drasticamente reduzido recentemente, então aparentemente nossas forças precisam ser suplementadas.

— Esse homem é tão forte assim? Ouvi dizer que ele foi enfraquecido por uma maldição.

— Ainda assim, sua Fala de Dragão é especial. Não que ele possa usá-la como quiser… Mas esperam que ele possa usá-la uma ou duas vezes após tomar este elixir.

O chefe da Orcules fez o pedido diretamente ao senhor do castelo e ele concedeu. Foi um pedido unilateral, mas ele não teve escolha, porque era parcialmente responsável pelo que aconteceu ao homem dragão. Embora tenham tentado tratá-lo, por algum motivo, a saúde de Vagos piorou ainda mais.

— Tsk, é um mistério, no entanto. Tenho certeza de que nada do que fiz poderia ter causado isso.

— Do jeito que vejo, é tudo uma farsa! Para nos incriminar de alguma forma e nos assustar!

— …Não acho que seja uma farsa, mas sei o que você quer dizer. O senhor do castelo não pode ser influenciado por eles para sempre. — Orcules era como um cálice envenenado, especialmente no sentido de que era impossível largá-lo, mesmo sabendo que era prejudicial. — Agora então, os preparativos estão completos, vamos.

Depois, Marlene seguiu seu mestre até o quarto do homem dragão.

— Gruhhh… — Deitado na cama, ele não conseguia nem falar direito. Seus membros estavam paralisados e as únicas partes do corpo que ele conseguia mover eram os olhos.

— Como você não tem problemas para ouvir, vou apenas falar. Isso será uma boa notícia para você. O senhor do castelo lhe concedeu um elixir.

— Guhhh…

— Então vamos começar imediatamente.

O processo de tratamento dele não era tão complicado, e com razão, porque o elixir não era um item comum. O único requisito era garantir que o elixir fosse alimentado cuidadosamente para não derramá-lo. Depois de cerca de dez minutos, o homem dragão foi capaz de levantar o torso e falar.

— Droga, o que diabos vocês fizeram comigo antes? — Essa foi a primeira coisa que ele disse. — Que tipo de tratamento me colocou naquela condição!?

Marlene queria responder, mas se lembrou das palavras de seu mestre mais cedo e se conteve.

— Haha, é por isso que trouxemos o elixir. Espero que você seja gentil o suficiente para entender.

— Ha… se você não fosse o alquimista…

— Agora, vendo que você está melhor, vamos passar para a próxima coisa.

— Próxima?

— O que você ia dizer naquela época. Você desmaiou tão de repente que não pôde terminar sua frase. Agora você deve ser capaz de recuperar suas memórias perdidas.

— Isso não causará complicações, certo…?

— O procedimento pode falhar, mas não prejudicará seu corpo nem nada do tipo.

— …Vou confiar em você. — O homem dragão assentiu de maneira condescendente, como se ele fosse o superior ali. Marlene ficou descontente com isso, mas não podia dizer nada enquanto seu mestre estava em silêncio.

— Engula isso. Este é um remédio secreto chamado Maldição de Lethe. Oh, e pode doer um pouco, mas no seu estado atual, você deve ser capaz de suportar, então não se preocupe.

O homem dragão aceitou o remédio com óbvia suspeita, mas engoliu de uma vez. — …É amargo.

— A dor virá em breve, então deite-se.

O homem dragão seguiu obedientemente as instruções do alquimista e deitou-se na cama novamente. Depois de um tempo, Vagos, que estava sofrendo e suando profusamente, abriu os olhos novamente.

— Então? Suas memórias voltaram?

— …Eu não sei. Acho que sim.

— Pode levar um tempo.

— É uma sensação muito estranha. Posso me lembrar vividamente de coisas que aconteceram quando eu era jovem.

— Esse é o efeito da droga.

— Antes de falarmos disso, você tem algo doce? Quero algo para mastigar…

A pedido do homem dragão, o alquimista olhou para Marlene. O olhar dizia que ela deveria dar algo a ele se tivesse.

— …Vou trazer algo. — Marlene correu de volta ao seu quarto e buscou os biscoitos que havia deixado para trás mais cedo. No entanto, quando voltou, seu mestre não estava mais na sala.

— Seu mestre foi convocado pelo lorde. Então, e o lanche?

— Aqui… — Marlene entregou os poucos biscoitos restantes. Ela não queria, mas o que poderia fazer?

“Esses são da Srta. Amelia…”

O homem dragão era ganancioso e não parou em um biscoito. Ele mastigou vários de uma vez. Depois de um tempo, ele de repente agarrou a testa como se as memórias esquecidas daquele dia tivessem de repente invadido sua mente.

— Ugh… minha cabeça! S-Sim…! Foi aquele desgraçado…!

Logo, o homem dragão soltou uma exclamação aguda e satisfeita enquanto olhava para o nada, mas seu momento de alegria não durou muito.

C-Cof!

Ele começou a tossir alto, sua expressão crescendo em angústia. Obviamente não era devido a algo preso em sua garganta. Antes que percebesse, a pele do homem dragão começou a inchar bizarramente.

“Vovô nunca mencionou esse efeito colateral!”

Desconhecendo essa possibilidade, a mente de Marlene ficou completamente vazia.

— Você! — De repente, o homem estendeu a mão em direção a Marlene com óbvia hostilidade. Marlene, que passou a vida inteira aprendendo alquimia, não teve esperança de reagir a tempo. — Krr! — No entanto, a mão nunca tocou seu corpo. O homem tentou se levantar, mas perdeu o equilíbrio e caiu da cama.

Gaakh!

A saliva continuava a pingar de sua boca aberta. Se seus olhos não estivessem lhe pregando peças, também pareciam haver manchas de sangue. Como isso havia acontecido?

— Você… o que colocou… no biscoito…?

— O-O quê? É só um biscoito comum… — Marlene respondeu, nervosa.

O homem desabou completamente no chão. — Sua… m-maldita… vaca. — Mesmo no meio do que parecia ser um envenenamento, o homem dragão se esforçou para olhar para cima. Claro, isso também não durou muito.

Plop.

Vagos deixou cair a cabeça fracamente. — S-Sangue de dragão… reage com canela…

Tudo isso graças a uma alergia à canela.



【As condições de ativação para a Bênção das Estrelas foram atendidas.】


A terceira videira se foi. Eu não sabia por quê. Se eu tivesse que adivinhar, o cara deve ter estado incansavelmente tramando outro plano maligno antes de ser punido por Deus por isso, porque esta era uma relíquia sagrada imbuída de poder divino. De qualquer forma, a razão não era importante.

“Maldição”

Agora, o Matador de Dragões poderia vir atrás de mim a qualquer momento. Isso significava que eu tinha que ficar ainda mais alerta no futuro.

“A segunda videira só quebrou no mês passado.”

Como isso pôde acontecer? Um suspiro escapou dos meus lábios automaticamente, e com razão, porque eu ainda não podia dizer que estava totalmente preparado.

“Acho que podemos dar conta dele, se estiver sozinho…”

O problema era que não havia garantia de que ele viria se vingar sozinho. E se ele viesse com o Palhaço? E se não fosse ele, e sim acompanhado por numerosos subordinados?

“Parece que a barreira também se abrirá em breve.”

O palácio havia até encontrado uma maneira de demolir a barreira de Noark. Se se tornasse possível viajar entre a cidade subterrânea e sua contraparte acima do solo, também seria possível encontrar o Matador de Dragões em Rafdonia. Claro, isso ainda não era algo para se preocupar agora.

“Por que aqui…?”

Deixei escapar um suspiro silencioso e olhei ao redor.

— Bjorrrn, isso é…?! — Sabendo o que o anel de videira significava, Missha estava horrorizada. O cavaleiro, por outro lado, parecia apenas estar se perguntando que tipo de coisa estranha estava acontecendo agora.

Mas o paladino era diferente. — …É uma relíquia sagrada de nosso templo. E uma que eu nunca vi antes. — Sven Parav, o vice-comandante da Segunda Ordem dos Paladinos de Reatlas, estreitou os olhos. Como o religioso que era, ele reconheceu que se tratava de uma relíquia sagrada. — Pode ser que a profecia que foi dada naquela época…

— Pare.

— Ah… desculpe. — Quando o interrompi, o paladino percebeu seu erro e fechou a boca, mas já era tarde demais.

— Então Sir Bjorn recebeu a profecia…

— …A confidencialidade é essencial para as operações de escolta, então não se preocupe.

“Não se preocupe, uma ova. Eles podem dizer que tudo isso é confidencial, mas vão me delatar para seus superiores de qualquer maneira. Ha, tão irritante.”

Três cavaleiros e um vice-comandante. Embora apenas quatro pessoas soubessem meu segredo, o fato era que esse número aumentaria gradualmente no futuro. Quanto tempo levaria para chegar aos ouvidos do chefe?

“…Ele não vai realmente me expulsar da tribo, certo?”

Bem, eu não sabia disso, mas era claro que haveria problemas. O chefe até parecia descontente com meu novo título. Convencê-lo de que era para o bem da tribo foi uma outra tarefa.

“Vai me levar um longo tempo para chegar ao estágio nove da Impressão…”

Era sufocante, especialmente porque não havia nada que eu pudesse fazer agora. Mesmo que eu pedisse para eles manterem segredo, eles só diriam sim na minha frente.

— Então vou indo. — Assim, saí do templo sem dizer nada. O que eu poderia fazer quando o jogo já estava entregue?

“Não tenho escolha a não ser assumir a tribo o mais rápido possível.”

Tudo isso poderia ser resolvido se eu me tornasse o chefe e mudasse as tradições da tribo. E nesse sentido… eu tinha trabalho a fazer.

— Missha, você pode ir para casa agora.

— Nyan?

— Vou parar na terra sagrada por um tempo.

Eles disseram para agir enquanto o ferro estava quente. Eu imediatamente me separei de Missha e fui para a terra sagrada. Os cavaleiros me acompanharam apenas até a entrada e não entraram. Isso porque os bárbaros ainda seguiam a tradição de proibir a entrada de outras raças.

— Então vamos esperar aqui.

— Estarei fora até o anoitecer, então descansem por perto.

— Sim, meu senhor.

Quando entrei pelos portões abertos da muralha, uma paisagem florestal que seria difícil de encontrar na cidade apareceu. Eu não tinha certeza se isso era um resquício do guerreiro cujo corpo eu estava, mas por algum motivo, esse lugar cheirava mais a lar do que o quarto de Hansu Lee.

“O ar aqui é definitivamente agradável.”

Caminhando ao longo da estrada cheia de mato, em vez das pavimentadas da cidade, logo cheguei à seção residencial da terra sagrada. Havia cabanas construídas sem nenhum critério.

— Bjorn, filho de Yandel, é um guerreiro invencível abençoado pelos deuses ancestrais!

— Deus e invencível!

— Agora, vou contar a história de Bjorn matando o mais perverso Coletor de Cadáveres do mundo, então prestem atenção!

— P-Prestem? O que isso significa!?

— Significa abrir os buracos das suas orelhas e ouvir!

Em uma clareira próxima, jovens guerreiros podiam ser vistos recebendo treinamento inicial. A instrutora era… Ainar.

Ainar era diferente em casa e fora de casa. Seus ombros, que nunca se abriam na frente da Missha, estavam largos, e sua expressão transbordava confiança. Ela carregava quatro mochilas. Isso porque o número de mochilas que se carregava era um símbolo de sucesso para os bárbaros. Ela devia querer se exibir na frente de seus juniores. Eu adivinhava que ela realmente gostava de sua posição aqui porque sua rotina diária consistia em vir para a terra sagrada todas as manhãs.

“…Vamos passar rapidamente.”

Debati ir até Ainar para cumprimentá-la, mas me contive porque senti que a interação drenaria minha energia. Vim para a terra sagrada hoje por outro motivo. Eu precisava conservar minha força.

Whip.

Quando cheguei à casa do chefe, abri a aba da tenda e entrei. Esse era um dos benefícios de ser um bárbaro. Você não precisava bater.

— Oh, você já está melhor?

— Sim.

— Para que negócio você veio aqui? — Como um homem que servia como o pináculo da raça bárbara, o chefe foi direto ao ponto. Eu gostava que as coisas aqui sempre fossem diretas. Isso significava que eu não tinha com o que me preocupar.

— Tenho algo a dizer.

— Fale.

Na sociedade bárbara, a honestidade era considerada uma virtude, então eu disse o que queria dizer.

— Vim sucedê-lo como chefe.

— Suceder… — O chefe pegou um machado encostado no canto da tenda e disse: — Não use palavras complicadas. Lute comigo.

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