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Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』

Naquela época, o chefe me disse: — Se você quer minha posição, torne-se mais forte, guerreiro, e prove que é digno. Eu vou observá-lo.

Se eu provasse que era digno, ele me entregaria a posição. Então, como eu deveria provar isso? Não me preocupei em perguntar, porque, com base nos bárbaros que eu conhecia, havia apenas uma resposta.

— Espere, vamos nos mover para outro lugar!

— …Você realmente é um guerreiro sábio.

A luta, que quase começou dentro da tenda, foi movida para um campo aberto graças à minha perspicácia.

— Behelaaah!

— Behelaaah!

A batalha começou com cada um de nós avançando um contra o outro com um grito.

Bang!

O chefe balançou o machado que uma vez decapitou impiedosamente Oreum, filho de Kadua, e eu usei minhas habilidades arduamente conquistadas para lutar de volta. Mas em termos de resultado…

— Eu venci.

Após cerca de uma hora de luta, fui derrotado. Um dos fatores-chave por trás da minha derrota foi a falta de variedade. O chefe e eu éramos do mesmo tipo. Se nossas táticas fossem completamente diferentes, a luta poderia ter sido mais imprevisível, mas como ele me dominava apenas pela força, não houve surpresas.

“Como esperado, ainda não estou pronto.”

Aceitei a derrota com graça. Claro, o resultado poderia ter sido diferente se não fosse uma luta de treinamento. Você não podia borrifar Fluido Ácido nos olhos do oponente ou falar bobagens para confundi-lo antes de atacá-lo de surpresa durante um treinamento1. O fato era que, quando fui imobilizado no chão e minhas mãos e pés foram amarrados, eu não mordi seu pescoço com os dentes. Simplificando, essa era uma luta onde nossos finalizadores definitivos estavam selados. Mas como foi o teste?

— Você ainda não está pronto — disse o chefe para mim. — Se você quer minha posição, torne-se mais forte.

Puxa, achei que o limite seria o sexto andar. Eu ainda não estava lá? Tinha certeza de que ele não faria algo como recusar a me dar a posição de chefe até eu derrotá-lo…

— A ponto de você ser capaz de derrotar até mesmo um velho como eu.

Ah, talvez fosse ser bem assim.

“Vencer contra um aventureiro do oitavo andar… isso vai levar mais tempo.”

Deixei de lado minha impaciência. Essa também era uma das forças da raça bárbara. Mesmo se eu falhasse em suceder, não havia nada a perder. Pelo contrário, havia muito a ganhar. Embora meu corpo tenha sido espancado a ponto de eu ter que beber algumas garrafas de poção assim que a luta terminou, eu ainda fiz muito progresso. Isso era diferente da última vez, quando fui nocauteado com um único soco. A batalha durou quase uma hora.

“O número de essências que sei que ele tem é seis.”

Confirmei várias das essências do chefe. Não só isso, mas também aprendi seu estilo de luta até certo ponto. Da próxima vez, eu seria capaz de enfrentá-lo com muito mais facilidade.

“Bárbaros são definitivamente bons lutadores.”

Eu teria que lutar com ele mais algumas vezes para acumular mais experiência, mas através dessa batalha, fui naturalmente capaz de aprender as tendências do chefe, que uma vez foi um guerreiro no oitavo andar.

— Ele lutou contra o chefe por uma hora!

— Olha! Aquele chefe mesquinho está bebendo uma poção!

— Ele pode parecer bem por fora, mas por dentro deve estar mal. Como esperado, Bjorn, filho de Yandel, é um grande guerreiro!

Além disso, quando a luta de treinamento terminou, meus colegas bárbaros que preenchiam o campo também não pareciam particularmente desapontados com minha derrota. Bem, eu ainda estava no meu primeiro ano.

— Achei que levaria pelo menos mais cinco anos.

— Hmm, talvez a tribo mude de mãos muito mais cedo do que o esperado. — Até os anciãos assentiram com satisfação. E assim, posso ter perdido, mas ganhei muito. O chefe, por outro lado, não ganhou nada.

“Sim, acho que pode-se dizer que venci.”

Enquanto eu vencia a batalha mental, minha motivação voltou. Logo, me levantei e encarei o chefe. Ele parecia curioso sobre o que eu queria dizer, considerando que eu passei todo o tempo em silêncio.

— Você está se sentindo desesperado?

— Claro que não. — Ri e disse: — De novo.

Afinal, era raro ter a chance de enfrentar um oponente sem precisar se preocupar com qualquer risco.


Lutei contra o chefe um total de três vezes e todas terminaram em minha derrota. No entanto, à medida que o número de lutas aumentava, a duração de nossos combates se prolongava. Isso graças à força de Hansu Lee, não de Bjorn. Eu era bom em autoavaliação. Isso porque eu tinha experimentado muitas falhas na minha vida, e a cada vez, o que eu buscava desesperadamente era a razão por trás de cada falha. Encontrar essa razão era minha especialidade.

“Ele definitivamente conhece muitas pequenas técnicas graças a toda sua experiência.”

As diferenças entre o chefe e eu não estão apenas em nossos atributos, mas em nossa habilidade como guerreiros, em nossa capacidade de tomar decisões rápidas e em nosso instinto de perceber as menores fraquezas de um oponente, mesmo em uma batalha onde pensar antes de agir retardaria seu tempo de reação. Essas eram todas as coisas que eu precisava aprender. Não era suficiente estar satisfeito com o papel de escudo de carne, mesmo agora que eu havia consumido a essência de um Ogro.

Eu precisava ser capaz de lutar melhor. Esta também era a melhor maneira de proteger meus companheiros.

“Se meus aliados estiverem em perigo, eu só preciso eliminar os inimigos para que não estejam mais em perigo.”

Esse era meu destino, meu novo destino como tanque, que eu tinha que trabalhar para alcançar a partir de agora.

— …Parece que você percebeu algo.

— Ah, sim, obrigado. Aprendi muito.

— Haha, é para isso que serve o chefe da tribo!

O que esse homem estava falando? Ele não parecia, mas era realmente fraco para elogios. — Posso voltar em breve?

— A qualquer momento.

Estava lentamente se aproximando do pôr do sol. Depois que meu combate com o chefe tribal finalmente chegou ao fim, os bárbaros que estavam aproveitando o entretenimento se dispersaram para fazer suas coisas.

— Bjorn! Você está indo para casa?!

— Não imediatamente. Planejo dar uma volta por um tempo.

— Sério? Posso ir com você?

“Não há porque negar.”

Depois do combate, caminhei com Ainar. Não tínhamos um destino específico em mente. Apenas caminhamos na direção oposta às muralhas da cidade.

— Faz um tempo desde a última vez que vim aqui.

Depois de deixar o acampamento, fomos recebidos por uma floresta densa e selvagem, a mesma floresta onde as almas de inúmeros guerreiros, incluindo o ancião que realizou o ritual de Sucessão de Alma para Ainar, estariam vagando. Mas continuei caminhando.

— Não há nada além da barreira naquela direção. Por que você está indo para lá?

— De repente fiquei curioso sobre aquela barreira.

Depois de aumentar minha velocidade e caminhar por cerca de uma hora, logo cheguei ao meu destino.

Tap.

Uma parede invisível apareceu diante de mim, sinalizando que este era o limite até onde eu podia ir. A floresta continuava além dela, se espalhando à distância.

Quando bati na parede com as costas da mão, Ainar pulou e me parou.

— Ei! Bjorn! O-O que você está fazendo?! Se a barreira de proteção se quebrar, será um desastre!

“Verdade, este é um mundo onde todos morreriam sem uma barreira para protegê-los. Ou pelo menos é o que dizem.”

Essa era uma questão que surgiu na minha cabeça depois de visitar Bifron: o mundo exterior estava realmente no estado que o palácio dizia estar?

— Hehehe, guerreiro, faz um tempo. — Quando me virei para a presença atrás de mim, vi um ancião bárbaro com uma bandagem nos olhos.

— Xamã!

— Sim, faz um tempo para você também, Ainar, segunda filha de Fenelin.

Era fascinante para mim todas as vezes. Como ele conseguia se locomover tão bem sem os olhos?

— O que está fazendo aqui? Poucos guerreiros vêm tão fundo na floresta.

— Só vim porque estava entediado. E você? O que está fazendo aqui?

— Hehe, o que mais um xamã estaria fazendo na floresta? — O xamã mostrou-me suas mãos, que estavam manchadas com um pó branco. Ao olhar mais de perto, era pó de osso, e era humano, não animal.

— Você estava realizando um funeral. — Quando os corpos mortos deixados na floresta finalmente se transformavam em ossos, o xamã triturava os ossos em pó e espalhava pelo vasto bosque como a última etapa do processo funerário.

— H-Hoje foi a vez de Kiduba, terceiro filho de Tohar?

— Ele ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser devolvido à floresta. — Simplificando, isso significava que o ancião que atuou como mentor de Ainar ainda tinha um longo caminho a percorrer antes de acabar como um esqueleto.

— …Entendi.

— Estou voltando para a aldeia agora. Por que vocês dois não vêm comigo? — o xamã nos perguntou.

Respondi que voltaria mais tarde.

— Sério? Se é isso que você quer. — O xamã se virou sem hesitação. — Tudo tem uma ordem, guerreiro. Ainda não é hora de se perguntar o que está além dela.

Com essas palavras enigmáticas, ele foi embora.


— Haha, pensando bem, faz um tempo desde que ficamos sozinhos.

— Sério?

— Que tal um encontro pela primeira vez em um tempo? Você não saiu mais na mão comigo esses dias porque está se recuperando.

Oh, ela queria dizer uma luta. Parecia que minha luta com o chefe mais cedo havia despertado o espírito de luta dessa garota também… esses bárbaros.

— Hoje não. Vamos fazer isso amanhã.

— Tudo bem. Você provavelmente já sabe disso, mas sou bastante paciente.

“Uh-huh, claro.”

Assenti distraidamente e passei mais algum tempo estudando a barreira protetora. Talvez fosse só por causa das palavras de despedida do xamã, mas algo parecia estranho. Mas não consegui descobrir o que era.

“Ha… se eu fosse um mago em vez de um bárbaro, teria sido capaz de aprender algo aqui?”

No final, voltei sem ganhar nada. Havia uma boa distância entre a barreira protetora e a muralha do castelo, mas a jornada de volta não foi entediante. Afinal, Ainar era uma tagarela. Ela gostava especialmente de conversar sobre coisas bárbaras, falar sobre equipamentos, quem lutou com quem e venceu, e quais lugares tinham as mochilas mais desajeitadas e legais hoje em dia.

— Oh, você ouviu? Kharon vai ser pai em breve.

— O quê? — Fiquei genuinamente surpreso. — Como? Ele nunca mencionou isso no labirinto?

— Haha, parece que, quando ele chegou ao terceiro andar, começou a encontrar mulheres. Ah, e só ouvi sobre a gravidez da mulher há alguns dias, então ele provavelmente não teve tempo de te contar.

Depois, Ainar explicou a situação em detalhes. A mulher era uma das guerreiras da tribo, o que fazia sentido. Humanos não podiam dar à luz bárbaros. Não era impossível para diferentes raças conceberem juntas, mas no final, uma criança humana nascia. Os bárbaros preferiam seu próprio povo de qualquer maneira. Seus padrões para o que tornava alguém atraente eram diferentes das outras raças.

“Mais importante, dessa forma não há questões ideológicas com a gravidez.”

Na sociedade humana, casar e depois ter filhos era a maneira correta de proceder, mas essa tradição não existia na sociedade bárbara. A criança era criada pela terra sagrada, e a mulher considerava dar à luz uma criança uma questão de grande orgulho. Não só isso, havia também benefícios práticos em dar à luz. Era pequeno comparado ao pacote que os humanos recebiam, mas o palácio concedia aos pais dois anos de isenção fiscal.

E a gravidez em si é curta.

Cada pessoa era diferente, mas em média, levava quatro meses para uma bárbara dar à luz, e o tempo de recuperação também era muito curto. Talvez fosse por isso que as mulheres bárbaras eram tão tolerantes com a maternidade. Era meio difícil dizer isso, mas a maternidade não era apenas um processo nobre. Orgulho ou não, se os fatores econômicos não fossem resolvidos, isso levaria a uma baixa taxa de natalidade.

— Pensando bem, quais são seus pensamentos, Bjorn?

— …Hã?

— Crianças. Ouvi dizer que as guerreiras da tribo estão de olho em você…

Ah, então era isso que ‘estar de olho em mim’ significava. Não é à toa que continuavam cutucando meu corpo e elogiando-o. Eu genuinamente pensei que estavam elogiando meus músculos e vinha exibindo-os ao máximo a cada vez.

— Ainda não quero nenhuma.

— Oh, por quê? Não que eu seja a melhor pessoa para falar, mas estamos atrasados. Alguns guerreiros que passaram pelo rito de passagem depois de nós já tiveram filhos!

Foi porque era a primeira vez que tive esse tipo de conversa? Por algum motivo, eu estava começando a sentir medo pela primeira vez desde que entrei nesse corpo bárbaro.

Enquanto tentava esconder o fato de que estava tremendo de medo por dentro, Ainar parecia chegar a algum tipo de conclusão. — Ah! Poderia ser por causa da Missha? Não se preocupe! Missha vai entender. Nós somos bárbaros! Ela só pode dar à luz a terians! — Ainar parecia uma pessoa diferente para mim naquele momento. Pensar que ela diria ao Sr. Urso que preferia gatos, mas teria esses pensamentos em sua cabeça.

— Estou bem. E você? — Mudei de assunto, me sentindo desconfortável. Para colocar em termos de Wuxia, estava empregando o método de redirecionar o ataque do oponente para outro inimigo.

— E-Eu? — No entanto, quando a flecha foi direcionada a ela, Ainar não conseguiu esconder seu constrangimento. O motivo era simples. — E-Eu não poderia, mesmo que quisesse. Q-Que guerreiro gostaria de uma mulher pequena como eu…?

Ah, malditos padrões de beleza. Involuntariamente acabei tocando em um dos pontos fracos da Ainar.

Mas no momento em que eu estava prestes a pedir desculpas por isso, ela disse:

— E… Eu também não quero nenhum agora.

“Hã?”

— C-Claro! Quanto mais tempo passo com você, mais jovens e pouco másculos os outros bárbaros parecem! — Ainar gritou quase em desespero.2

Fiquei igualmente perplexo e sugeri que ela procurasse um compatriota bárbaro que tivesse acumulado anos de senioridade. Mas sua resposta foi inesperada.

— Eu não gosto de homens mais velhos!

“Ela não gosta de anciãos, e pessoas da nossa idade parecem muito jovens…”

Ela era incrivelmente exigente, mas para ser honesto, isso era bom para mim. Se ela de repente engravidasse e não pudesse entrar no labirinto por alguns meses, eu teria que lidar com as consequências.

“Espera aí, como a conversa chegou a esse ponto?”

Hansu Lee, de vinte e nove anos, envelheceu mais um ano neste mundo estranho e chegou aos trinta.

— Enfim, me avise quando você decidir! Vou te apresentar a um bom guerreiro!

Mas esse tipo de conversa continuava sendo tão incômodo como sempre.


Dois dias depois, após o café da manhã e uma troca de golpes com a Ainar, saí sozinho. Oh, acho que não poderia chamar de ‘sozinho’.

— Você chegou ao seu destino. A loja foi inspecionada, mas fique em guarda, de qualquer forma. — Eu estava acostumado à fiel escolta dos cavaleiros.

— Certo, obrigado. — Agradecendo rapidamente pelo trabalho, desci da carruagem e entrei no local de encontro. Era uma casa de chá que eu havia visitado cerca de três vezes antes.

— Oh, Sr. Yandel! Aqui, aqui! — Shavin Emoor, a assistente administrativa de sétimo nível, estava empoleirada no canto e acenando para mim. Ao lado dela, sentada em silêncio, estava Ragna, a bibliotecária. Quando me sentei com elas, todos os membros do nosso usual encontro amigável estavam oficialmente presentes.

— Primeiro, obrigado por vir. Depois que você recebeu o título de baronete, pensei muito se poderia ou não pedir para você vir.

— Você se preocupa com coisas estranhas.

— Isso mesmo, Shavin. Você acha que este homem vai mudar só porque agora é um nobre? — Ragna sorveu3 seu chá, com um tom indiferente. Bem, ela estava certa sobre isso. Eu não tinha intenção de exibir meu título em todos os lugares que fosse.

“Então o título de baronete não é um grande negócio para você, é?”

Sua reação casual me dizia que ela fazia parte de uma família realmente prestigiosa, embora eu não soubesse exatamente qual família era. O fato de ela não agir de forma diferente, mesmo diante do meu comboio de cavaleiros, me deixava ainda mais curioso. Quem poderia ser?

Desviei meu olhar para Shavin. Ao contrário de Ragna, ela lançava olhares aos cavaleiros pelo canto do olho. Bem, qualquer um ficaria desconfortável.

“Vamos direto ao ponto.”

— Então, qual é o seu negócio hoje?

— Hã, desde quando nos encontramos apenas para negócios?

— Você tem o hábito de enrugar o nariz quando mente.

— Hã? S-Sério? Eu nunca soube!

“Claro que não sabia.”

— Eu menti.

— Ah…!

Diante da expressão perplexa de Shavin, Ragna soltou uma risada discreta. — Esta é uma visão realmente rara.

— Talvez para você. Isso não é nada para os bárbaros. — Na verdade, se eu começasse a agir como um bárbaro de verdade, a maioria das pessoas faria aquela cara. — Enfim, então? Conte logo seu negócio.

Quando retomei a conversa de onde paramos, Shavin recobrou os sentidos e trouxe seu assunto à tona.

— Quero contratá-lo, Baronete Yandel, em nome do escritório administrativo.

Hmm, um trabalho de meio período? Não é como se eu estivesse com pouco dinheiro agora, mas nunca se pode ter dinheiro demais neste mundo.

— Conte-me, que tipo de comissão é?

Devo ouvir primeiro.

  1. SMCarvalho:Você sabe quais são as 2 formas de deixar alguém irritado?[]
  2. MrRody: Óh a Ainar revelando os sentimentos ae gente![]
  3. O mesmo que: absorveu, aspirou, chupou, hauriu, sugou.[]
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Olá, eu sou MrRody!

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