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Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Note 』

Há um ditado que diz: ‘Verifique o quarto do seu parceiro antes de se casar’. Em outras palavras, as coisas em um quarto podem revelar muito sobre a personalidade de alguém. Você pode não apenas perceber se a pessoa prefere o luxo ou a simplicidade, mas também se ela é preguiçosa ou trabalhadora. É possível descobrir quais cores ela prefere, quais hobbies tem, que tipo de trabalho faz e muito mais. Mesmo que você não conheça nada sobre uma pessoa, pode ter uma ideia aproximada de como ela é apenas observando seu quarto.

Um exemplo claro disso era a sala de recepção em que eu estava sentado.

O interior da sala imediatamente transmitia uma sensação de luxo. Embora a decoração não fosse exagerada ou ostensiva, os poucos móveis e decorações presentes eram claramente caros. Era evidente à primeira vista que os itens deviam ter custado uma fortuna.

Nhoc.

Os petiscos dispostos na mesa para mim também eram abundantes. Era difícil imaginar que tantos tipos diferentes de guloseimas deliciosas tivessem sido preparados apenas para uma pessoa.

Gulp.

Havia até um servo que permanecia à entrada o tempo todo, reabastecendo meu copo meio vazio sempre que eu bebia dele. E isso nem era o melhor de tudo.

“Esta pode ser a primeira vez que vejo uma sala de recepção com sua própria música ambiente.”

No canto da sala, um músico careca tocava uma música relaxante em um instrumento de cordas.

Ele também não parece um novato contratado especificamente para hoje.

Só de olhar em volta dessa sala de recepção, eu podia entender claramente que tipo de pessoa era o dono desta casa.

“Ele tem o coração de um comerciante.”

Tudo naquela sala me dizia, sem sombra de dúvida, que o dono colocava a hospitalidade acima de tudo, em vez de simplesmente priorizar a exibição de sua imensa riqueza. Bem, se eu esperasse aqui um pouco mais, seria capaz de ver como ele realmente me trataria quando chegasse.

“A hora marcada para o nosso encontro é daqui a cinco minutos. Ele definitivamente vai chegar na hora certa.”

Cruzei as pernas e abri um jornal aleatório de uma pilha próxima, apenas para descobrir que a matéria da primeira página era sobre mim. Para ser justo, eu imaginei que a manchete seria a mesma, independentemente de qual eu escolhesse.

O Grande Herói registrado na Pedra da Honra, Barão Yandel, desembainhou sua espada e apontou-a para os traidores do império que se escondem no submundo…!

Fazia três dias desde meu episódio no mercado negro, e a história finalmente estava nas manchetes. Não havia como a Mozlan não ter tentado manter o incidente em segredo, mas deve ter sido impossível esconder do público os 397 escravos que foram libertados.

“Embora tenham deixado de fora o fato de que a maioria das pessoas que frequentavam o comércio de escravos eram nobres…”

Embora o artigo estivesse faltando alguns detalhes importantes aqui e ali, ele ainda fornecia uma visão geral decente da situação. Por exemplo, mencionava como os escravos conseguiram recuperar seu status de cidadãos comuns e que atualmente estavam hospedados em um abrigo temporário que a Mozlan havia preparado. Uma política de isenção de impostos de cinco anos também havia sido criada para ajudá-los.

Ah, e havia uma entrevista.

— …ele disse àqueles caras, que ele não se arrependeria, mas que eles definitivamente se arrependeriam.

O entrevistado era anônimo, mas, a julgar pelas declarações que deu, era claramente o garoto que conheci, aquele que estava preso na cela.

“Então o mercado negro fechou completamente? Bem, acho que faz sentido eles se manterem discretos por enquanto.”

Enquanto eu lia o artigo, o servo se aproximou educadamente de mim. — O Conde Alminus chegou.

— É mesmo? — Fechei o jornal que estava lendo e o coloquei na mesa. — Diga-lhe para entrar.

Era hora de trabalhar.


【Sua Reputação aumentou em +10.】

【Sua Reputação aumentou em +10.】

【Sua Reputação aumentou em +10.】

【Sua Reputação aumentou em…】

【Sua Reputação aumentou…】


— Hahaha!

— Haha!

A sala estava cheia do riso rude, mas sincero, de um homem velho. Ao lado da mesa, havia um fotógrafo, tirando fotos com paixão de nós dois. Então, era por isso que ele queria se encontrar comigo, para tirar uma foto nossa com um paparazzo que cobrava 2,135 bilhões de pedras por fotos de primeira linha.

— Barão Yandel, um pouco mais… bárbaro… Não. Pode tentar sorrir mais como um homem?

— Claro! Hahaha!

— Agradeceria se pudesse sorrir assim enquanto olha para o conde.

— Claro. Haha! Hahaha…!

Em troca de retirar seu processo de 2,1 bilhões de pedras contra mim, o Conde Alminus concordou em resolver as coisas com uma sessão de fotos amigável. Afinal, essas seriam fotos que seriam preservadas através dos tempos. Como ele era um homem idoso que não tinha muito tempo de vida, tudo o que queria era uma forma de ser lembrado após sua morte.

Claro, assim que ouvi isso, imediatamente assumi que ele tinha algum tipo de motivo oculto ou esquema em mente. No entanto, depois de pensar um pouco, fiquei convencido de que não tinha. Quer dizer, eu admito que acharia incrível se meu avô tivesse uma foto com Einstein.

— Hahaha!

— Haha! Hahaha…!

Seja como for, nós dois continuamos a sorrir amplamente e a rir juntos enquanto o fotógrafo tirava fotos. Essas fotos contariam a história de uma amizade que transcendeu tanto a idade quanto a raça. Eventualmente, depois de tentar algumas poses diferentes, o fotógrafo me entregou uma garrafa de cerveja barata e deu ao conde uma taça de vinho para fazermos um brinde.

— Perfeito! Absolutamente perfeito!

Assim, conseguimos a nossa foto. O conde foi até a imagem, animado, e, satisfeito com o resultado, deu ao homem um generoso bônus.

E isso marcou o fim dos nossos negócios.

— Haha, bom trabalho, Sua Senhoria — o conde sorriu. — Você deve estar cansado, então coma algo antes de ir.

— Não, está tudo bem. Não estou com fome.

“Espera, opa, erro meu.”

— Oh, uh — gaguejei — quero dizer, tenho alguém me esperando em casa, então é melhor eu voltar agora. É uma pena, mas teremos que compartilhar uma refeição em outra ocasião.

— Haha, sim… é melhor sentar-se para comer com a família sempre que puder. — Como o velho extremamente astuto que era, o conde sorriu e ajudou a encobrir meu deslize. Antes que eu pudesse aceitar a saída que ele me deu e ir embora, porém, ele de repente falou. — A propósito, vi que você realizou algo bastante extraordinário recentemente. Invadir o mercado negro para libertar aqueles 397 escravos.

— Oh…

— O que você fez por essas pessoas enviou uma onda de paixão correndo pelas minhas velhas veias pela primeira vez em muito tempo. Por isso, achei que seria prudente oferecer minha ajuda também…

“Ah, estava me perguntando aonde ele queria chegar.”

No final das contas, isso era apenas uma forma educada de tentar conseguir sua parte no bolo. Fui recusar, mas o que ele disse em seguida mudou minha opinião imediatamente. — São quase quatrocentos deles, e eles ainda não têm um lugar adequado para morar, certo?

— …Certo.

— Se me permitir, gostaria de ajudá-los. Embora estejam isentos de impostos por enquanto, ainda devem ter uma residência adequada para recomeçar.

Fiquei genuinamente surpreso com a oferta, atônito que ele estivesse disposto a fornecer moradia para quase quatrocentas pessoas.

“Bem, acho que a Casa Alminus não é considerada a mais rica do reino à toa.”

— Claro — aceitei prontamente. — Este mundo poderia usar mais heróis. Por que eu recusaria? — Mesmo que ele não tivesse as intenções mais puras, isso não mudava o fato de que seria uma grande ajuda para os escravos que haviam sido libertados.

— Não se preocupe. Vou garantir que não roubem seu destaque.

Com nossa conversa encerrada, saí da casa do conde. Na manhã seguinte, havia um artigo na primeira página do jornal que ocupava a página inteira.

O Conde Alminus prometeu doar dois bilhões de pedras para a causa. Quando perguntado por quê, ele disse que era simplesmente para ajudar um velho amigo…

Acompanhando o artigo estava a foto que tiramos ontem.

— Hah, ele deve estar adorando a fama.

Assim que terminei de ler o jornal, sentindo-me estranhamente sujo, Shavin, a chefe da nossa equipe administrativa, entrou furiosa na minha tenda.

— Faz séculos que o labirinto fechou, e você decide aparecer só agora? — ela me repreendeu, visivelmente irritada.

— É… Sim?

— Pegue esses documentos primeiro. A partir de agora, nem pense em sair desta tenda até ter analisado e aprovado todos eles!

Shavin estava muito mais dura do que eu lembrava. No entanto, isso provavelmente era resultado do estresse causado pelo excesso de trabalho.

Sorri e decidi ignorar o tom dela. — Tudo bem. Vou analisar, então não fique irritada, tá? Mas, afinal, por que tem tantos desses documentos? Eu já deleguei a maior parte do meu poder para você.

— …Essas são coisas que eu não posso decidir com o poder que você me deu. Como nossa dívida continua aumentando, fomos forçados a fazer o orçamento mês a mês. Só que eu não tenho poder para definir o orçamento, e como você não aparecia, tudo o que pudemos fazer foi assinar provisoriamente e administrar o livro de forma não oficial. O que deveria ser um processo simples precisou ser dividido em duas ou três partes, só porque você não estava aqui para assinar!

— Ah. Sério…?

“Como é que eu saio dessa?”

Shavin me fulminou com o olhar no instante em que o pensamento me passou pela cabeça. Era como se ela pudesse ler minha mente. — Nem pense em tentar fugir agora.

— …Você não poderia fazer isso por mim?

— Ha! Claro, não há nada que eu não possa fazer, né! Que tal eu criar todo o orçamento da tribo? Já que estou nisso, também vou decidir o custo das terras sem sua aprovação e definir meu próprio salário! — ela gritou, com a voz tensa de quem estava prestes a explodir.

Mesmo assim, eu não entendia por que ela estava agindo assim. Ela mesma disse que podia fazer tudo isso, então qual era o problema? — Então por que não faz?

— …O quê?

— Shavin, eu confio em você. Não sei sobre os outros, mas tenho total fé nas suas decisões. E se você cometer um erro, não vou culpá-la… assumirei toda a responsabilidade. O motivo de eu ter lhe dado essa posição é porque acredito que você faz esse trabalho melhor do que qualquer outra pessoa. E, como sou o chefe, tenho o poder de fazer isso.

Shavin ficou sem palavras.

— Então tente confiar em si mesma. Não importa o que digam, sei que você é a melhor nesse tipo de coisa. Eu sou um especialista quando se trata do labirinto, e sua vocação é a administração. Ninguém tomará decisões melhores do que você nessas questões, nem mesmo eu.

“Certo, julgando pela expressão dela, quase a convenci. Agora era hora de dar o golpe final.”

— Então você não precisa esperar pela minha assinatura. Confio que você pode cuidar de tudo sozinha. E o mesmo vale para seu salário. Pode pegar o quanto achar justo.

— …Mas certamente é perigoso você me dar um cheque em branco?

— Não acho. Se é isso que você diz que vale, não vou discordar.

Shavin apenas me olhou em silêncio, até que finalmente quebrou o silêncio para dizer:

— …Durante anos, sempre pensei comigo mesma: ‘Eu não faria isso se estivesse na posição deles. Eu teria feito um trabalho melhor.’ Sempre tive esses pensamentos, mas no final das contas, acho que era porque eu não sabia o quão assustador era assumir uma posição tão importante.

— Todos têm medo no começo.

Com minhas palavras de encorajamento, ela fechou os punhos, aparentemente tomando uma decisão. — …Vou tentar. Se eu não tentar depois de ouvir tudo isso, qual seria o ponto? Que desculpa eu poderia ter? Não sou do tipo que recua.

— Certo. Tenho certeza de que você fará um ótimo trabalho.

Depois de executar com sucesso minha fuga de emergência, saí correndo da tenda sem olhar para trás. Em minha caminhada, cruzei com a Ainar, então aproveitei para lhe dar uma nova missão.

— Você quer que eu reúna todos os guerreiros na terra sagrada?

— Sim. Tenho algo para lhes dizer.

Eu realmente senti pena da equipe administrativa que estava trabalhando sem parar, mas o verdadeiro motivo de eu ter vindo aqui hoje não era para eles. Na verdade, era hora de dar um pequeno show.

— Tudo bem, vou reunir todos, mas provavelmente vai ser muita gente.

— Muita gente?

— Você não sabia? Hoje em dia, todos os guerreiros estão na terra sagrada, focados em construir suas casas.

— Mas nós deveríamos ter acabado de fazer a terceira rodada de vendas. Não deveria haver tantos guerreiros construindo casas.

— Bem, você não pode construir uma casa sozinho, pode? Todos estão trabalhando juntos. Eles estão chamando seus amigos e os amigos dos amigos para ajudar.

“Ah, então é isso.”

— De qualquer forma, traga todos para cá! Certifique-se de dizer que vamos nos divertir!

— Diversão…?

— Você vai entender o que quero dizer em breve.

— Uhuu! Você está planejando algo de novo! Não sei o que é, mas vamos lá! Vou dar tudo de mim! — Ainar saiu correndo, cheia de entusiasmo, para reunir os guerreiros.

Fui para o local de encontro para esperar. Com o passar do tempo, os guerreiros começaram a chegar um por um. Era estranho vê-los andando por aí com martelos e pregos nas mãos em vez de armas, como grandes e musculosos carpinteiros.

— Chefe!

— Ohhh! É o grande guerreiro cujo nome foi escrito na Pedra da Honra!

Os guerreiros soltaram gritos de excitação ao chegarem. Honestamente, eu estava preocupado que eles ficassem irritados por eu ter os chamado aqui e os interrompido no meio do trabalho.

— Ouvi dizer que vamos nos divertir!

— Qual é a coisa divertida que ouvi falar?!

— Vamos nessa!

O trabalho monótono de construir uma casa deve estar drenando eles.

— Esperem! Eu vou contar tudo quando todos tiverem chegado!

Depois de cerca de uma hora, toda a floresta estava cheia de bárbaros. Assim como no festival de alguns meses atrás, todos os guerreiros começaram a cantar com uma paixão ardente.

Boom! Boom! Boom!

Em algum momento, eles até começaram a bater no peito como se fossem tambores.

— Bjorn.

— Quando estamos na terra sagrada, me chame de Chefe.

— …Chefe, reuni todos.

— Entendo. — Então era hora de começar.

Não havia necessidade de fazer um longo discurso para esses guerreiros animados. — Todo mundo! Me! Sigaaam! — Eu simplesmente gritei as ordens sem nem dizer para onde estávamos indo. No entanto, assim que comecei a andar, os guerreiros automaticamente começaram a me seguir. Quando chegamos na estrada de terra, tínhamos uma verdadeira procissão atrás de mim.

— Woohoo!

— Bjorn, filho de Yandel!

— Vamos nessa!

Era uma parada cem por cento bárbara.

Quando chegamos aos portões da cidade, os guerreiros de guarda os abriram imediatamente, sem questionar ou suspeitar.

Clang, clang.

O portão começou a se abrir com um rangido mecânico, e, assim como no primeiro dia em que acordei neste corpo, uma cidade cinzenta familiar apareceu além de sua boca. E ao longe, enfiada entre suas estradas bem conservadas e prédios de pedra, uma alta torre perfurava o céu.

— Vamos lá!

Enquanto marchávamos em direção ao nosso destino, os transeuntes nas ruas começaram a se jogar nas calçadas como se fôssemos uma carroça desgovernada. A princípio, pensei que estávamos sendo um incômodo para eles, mas minhas expectativas estavam erradas.

— Uau! É o Barão Yandel! Você é o Barão Yandel, certo?

— É ele mesmo…!

— Wuuhuu, uau!

Surpreendentemente, a reação dos espectadores não foi negativa, mas positiva o suficiente para que ainda mais cidadãos começassem a se aglomerar ao nosso redor para assistir ao desfile improvisado.

Thud!

Janelas se abriram enquanto os moradores da cidade enfiavam suas cabeças para fora de suas casas para assistir enquanto marchávamos pelas ruas. A visão de nossa passagem deixava todos com as mesmas perguntas na cabeça.

— Mas… para onde eles estão indo?

— Pois é, né…?

— Não deveríamos chamar alguém? É realmente seguro um grupo tão grande marchar assim pelas ruas…?

Não demorou muito para que membros da Agência de Paz Pública fossem urgentemente enviados para nos confrontar. — É-É uma honra conhecê-lo, Barão Yandel.

— Há algum motivo para me pararem?

— É-É porque… recebemos… um relatório e…

— Vocês estão pensando em me prender? Mesmo sabendo que estamos apenas andando pela rua?

— N-Não! Claro que não! Nunca faríamos algo assim!

— Ótimo. Então saiam do caminho.

Ao meu comando, o capitão do grupo se afastou apressadamente, parecendo confuso.

— Behelaaah! — Soltei um grito poderoso enquanto continuávamos nossa marcha até o centro do distrito.

Logo os cavaleiros finalmente apareceram. — É uma honra conhecê-lo, Barão Yandel. — Eram um grupo de cavaleiros da Mozlan, conhecidos por sua abordagem autoritária na aplicação da lei. No entanto, eu não precisava mais me preocupar com isso. — Com licença, mas podemos saber para onde estão indo?

— Por que eu deveria responder?

— Não fomos informados de que haveria um evento assim hoje. Nenhuma outra organização foi, por isso estamos apenas… pedindo uma confirmação.

Eu não tinha motivo para dar-lhes uma explicação honesta. — Estou apenas dando uma caminhada, então não se preocupem.

— …Uma caminhada? — O capitão dos cavaleiros parecia perplexo. Se eu fosse uma pessoa comum, ele certamente teria me interrogado mais até que eu cedesse. Ou talvez até me prendesse por perturbação da ordem pública e por me recusar a cooperar com a lei.

— Eu disse que estamos apenas caminhando. Está duvidando de mim?

Mas eu agora era um barão deste reino.

— Claro que não. Só estávamos preocupados depois de ouvir que um grupo de mil guerreiros bárbaros havia se reunido nas ruas. Pedimos também que considere a posição em que nos encontramos.

— Não vamos deixar Ravigion. Isso responde à sua pergunta?

Ao ouvir que eu não tinha intenção de ir para o distrito comercial de Kommelby ou para a capital real, os cavaleiros assentiram com suspiros de alívio. — Então… você se importa se seguirmos vocês?

— Bem, não tenho razão para impedir que também andem pelas ruas.

— Obrigado…

No final, os cavaleiros da Mozlan perceberam que não podiam me parar e concordaram em nos acompanhar.

— Os bárbaros!

— Os bárbaros estão aqui!

Conforme continuávamos nossa marcha pelas ruas, a notícia começou a se espalhar pela cidade, e os moradores vibravam de empolgação. As pessoas começaram a esperar ao longo das ruas para nos ver passar, como se fosse um desfile. Devíamos estar formando uma visão bastante incomum.

— A Torre Mágica…! Os bárbaros estão indo para a Torre Mágica!

Eventualmente, começaram a perceber a direção em que estávamos indo. E os bárbaros que me seguiam começaram a ficar ainda mais animados à medida que seus comentários chegavam aos ouvidos deles.

— A Torre Mágica? Estamos indo para a Torre Mágica?!

— Bjorn, filho de Yandel, o Grande Guerreiro!

— O chefe está nos levando para uma batalha sagrada!

— Vamos fazer um banquete com a carne dos magos!

— Behelaaaaaah!

Como um enorme exército se dirigindo ao campo de batalha, os rugidos dos guerreiros podiam ser ouvidos a quilômetros de distância. E os cidadãos que os ouviam entravam em pânico.

— E-Eles perderam a cabeça…?!

— Eles estão realmente tentando lutar contra a Torre Mágica?

— O quê? Mas por quê?

— Seus corações! É por causa dos corações dos bárbaros! Os magos estão usando-os como ingredientes mágicos!

— …Não sei o que vai acontecer, mas tenho a sensação de que estamos prestes a testemunhar algo incrível.

Não importava o que as pessoas ao nosso redor dissessem, continuávamos a marchar.

Tromp.

Eventualmente, parei quando chegamos ao nosso destino. Incontáveis espectadores haviam se reunido na praça em frente à imponente torre negra, incluindo centenas de magos que vieram nos encontrar, aparentemente após ouvirem sobre nossa marcha. Quando ficamos cara a cara, uma onda de silêncio se espalhou pela praça e pelas milhares de pessoas que a preenchiam. Estava tão quieto que consegui ouvir alguém próximo engolir em seco pela tensão. Então, um velho mago deu um passo à frente para servir como o representante da Torre Mágica.

— Eu sou o Mago Chefe da Escola Lengman, Wilbeth Gwollen. — O Mago Chefe era semelhante em hierarquia a um discípulo de longa data de um mestre de artes marciais. Em outras palavras, como o mestre da Escola Lengman era o chefe da Torre Mágica, este velho era seu segundo no comando. — Que tal se apresentar também?

Mesmo sabendo quem eu era, ele ainda perguntou. Talvez fosse porque ele era um mago, mas esse cara parecia gostar muito de formalidades.

— Uma apresentação… — Sorri. O Gigante, Chefe do Clã Anabada, Líder dos Bárbaros, Barão de Rafdonia… não havia necessidade de listar nenhum dos títulos que ganhei. — Bjorn, filho de Yandel.

O velho mago respirou fundo com minha breve apresentação, então assentiu. — Entendo. Bem, é uma honra conhecer o herói de quem eu só tinha ouvido histórias. Mas o que o traz à Torre Mágica?

— Estou aqui para fazer o que já deveria ter feito há muito tempo.

— Algo que você deveria ter feito há muito tempo… Embora eu seja bastante velho, não sei a que se refere.

— Sério? Então acho que vou ter que lhe dizer. — Com isso, levantei minha voz em um grito para que todos os cidadãos reunidos na praça, incluindo os idosos e aqueles com dificuldade auditiva, pudessem me ouvir. — Eu sou Bjorn, filho de Yandel! E estou exigindo que a Torre Mágica pare de usar nossos corações como ingredientes mágicos!

— Isso é realmente… só por causa disso…? — murmurou o velho, esfregando a testa com um suspiro pesado. — Esta é uma área legítima de pesquisa — disse ele calmamente, tentando me convencer com lógica. — Pode ser que você seja um barão deste reino e o chefe dos bárbaros, mas isso não lhe dá autoridade para interromper pesquisas que estão sendo conduzidas para o bem da sociedade. Se ainda assim discordar, peço que apresente formalmente uma queixa à família real e…

— Muito longo!

— …Desculpe?

— Não fale tanto, idoso.

Será que chamá-lo de velho o ofendeu? — Como parece que o barão não me entende quando eu ‘falo demais’, serei breve. — Todo o seu ato de ‘velho paciente e benevolente’ caiu por terra enquanto ele me olhava diretamente nos olhos, sua expressão se deformando em um olhar feroz. Completamente indiferente à nossa situação, ele cuspiu — Nós recusamos.

O sorriso desdenhoso nunca deixou seu rosto. Era uma conduta infantil, imprópria para um homem de sua idade.

— Então — perguntou o velho mago — o que você vai fazer agora?

Após um breve momento, levantei o queixo e dei a ele minha resposta. — Guerra.

Essa única palavra foi mais do que suficiente.

— …G-Guerra!

— É guerraaa!

— Peguem suas armas!

— Behelaaah!

Eu diria que já jogamos de maneira amigável por tempo suficiente, não acha?


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【Sua Aprovação aumentou…】


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Olá, eu sou MrRody!

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