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Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Note 』

Você sabia qual é o fator mais importante de qualquer mentira bem-sucedida? Não era criar uma desculpa lógica e sensata, nem o tempo e esforço que você investia para cultivar um senso de confiança com a outra parte.

Era sua expressão.

— É… Isso… Isso tudo é um mal-entendido!

Como eu deveria acreditar em uma palavra do que ele estava dizendo, se ele estava me olhando daquele jeito?

— Eu só não percebi que tinha respingos de sangue em mim, e…

Existiam alguns mentirosos profissionais por aí que conseguiam controlar até os menores músculos do rosto. Felizmente para mim, esse cara não era um deles.

— Eu estou te dizendo… Isso é um mal-entendido…!

— Então explique. Vou ouvir o que você tem a dizer.

Não havia necessidade de ficar enrolando. Chamei Versyl para lançar um feitiço de verificação nele.

— …Esse homem é mais forte do que parece.

Infelizmente, o feitiço falhou. Bem, de certa forma, eu já esperava por isso. Esse tipo de magia não funcionava se a Resistência à Mana ou o atributo Espírito de alguém estivesse acima de um certo limiar, e esse clã tinha mais de vinte membros. Mesmo que eu não reconhecesse o nome deles, seria estranho se o capitão não fosse forte o suficiente para resistir a um feitiço assim.

— O que devemos fazer agora?

O que devemos fazer, hein? Bem, não havia realmente sentido em perder tempo tentando arrancar uma resposta honesta desse cara, não quando havia várias outras testemunhas presentes.

— Tente naquele ali.

Apontei para um arqueiro que parecia estar com uma aura fraca. Versyl foi até ele e lançou o feitiço de verificação novamente.

— Funcionou.

“É, eu imaginei que funcionaria nele.” — Certo, você aí.

— Sim, meu senhor…

— Conte-me. O que aconteceu aqui?

O arqueiro ficou pálido. Seus olhos se moviam nervosamente entre mim e o capitão, sem saber como responder. — Uh… bem, nós estávamos, uh…

Era hora de aumentar a pressão. — Vendo que você não quer me responder — murmurei, com um tom frio como gelo — estou supondo que eu não entendi errado?

O capitão olhou para o arqueiro e acenou com a cabeça. — Jason, você pode contar a ele.

— Ok… Eu vou explicar, então.

Após ter a permissão do capitão, o arqueiro finalmente começou a falar. Ouvindo a história, parecia que eu havia realmente entendido um pouco errado o que aconteceu aqui. Resumindo, esses caras não estavam mentindo quando disseram que encontraram esse lugar primeiro. No entanto, logo depois, um grupo de seis aventureiros se aproximou deles, e uma luta começou.

— Eles estavam tentando roubar seus achados?

— Não é bem isso, mas…

— Pare de enrolar e diga logo.

— Bem…

Teria sido melhor se aqueles seis aventureiros não os tivessem visto de jeito nenhum, mas infelizmente, eles perceberam rapidamente que o clã havia encontrado algo. Bem, era isso que o clã supunha, de qualquer forma. Com medo de que o grupo fugisse e vazasse informações sobre a localização para outra pessoa, o clã os subjugou.

— E então houve um incidente.

— Que tipo de incidente?

— Enquanto os subjugávamos, eles resistiram violentamente e acabaram matando um dos nossos primeiro…

Como resultado, uma batalha completa estourou e o grupo menor encontrou seu fim ali na caverna escura.

— E os corpos deles?

— …Depois de tirar o equipamento, derretemos eles com ácido.

Entendi. Não é à toa que havia um cheiro estranho no ar.

— Tudo o que eu disse é verdade. Por favor, acredite em mim. Eles nos atacaram primeiro, então…

“O que esse cara está dizendo?” — Se vocês tivessem conseguido capturá-los, vocês realmente os deixariam ir sem uma luta?

— Mas nós… — Talvez o arqueiro soubesse que não podia responder a essa pergunta sem mentir, porque ele rapidamente ficou em silêncio.

Finalmente, o capitão, que estava calado o tempo todo, falou. — O que fizemos de tão errado?

— O quê?

— Você acha que aqueles seis eram melhores? Se fôssemos nós em menor número, eles também teriam nos matado e roubado nossa descoberta.

Então era isso que ele estava tão ansioso para dizer. Não que ele estivesse completamente errado, mas…

— É por isso que ninguém pode nos culpar por isso. Nem mesmo você, Barão Yandel! — gritou o capitão com coragem, claramente convencido de seu próprio argumento.

— Então o que você está dizendo é que não tem problema se eu matar todos vocês aqui, certo? Afinal, segundo sua lógica, ninguém poderia nos culpar.

Quando joguei a própria lógica dele de volta na cara, seus olhos se arregalaram em descrença.

— Mas se você fizer isso, sua reputação…!

— O quê? Vai correr por aí espalhando rumores como um fantasma?

Foi então que ele finalmente pareceu perceber que o Barão Yandel não era tão nobre quanto os rumores diziam.

— Tanto faz — disse eu, encerrando a conversa rapidamente agora que havia ouvido tudo que eles tinham a dizer. — Já é suficiente.

Com isso feito, reuni minha equipe para uma reunião, com apenas um item na pauta. — O que vocês acham que devemos fazer com esses caras? Não deixem suas opiniões transparecerem, apenas me digam o que pensam.

— Sou a favor de matá-los.

Erwen foi a primeira a dar sua opinião, sem hesitação. Seguindo seu exemplo, os outros membros começaram a expressar suas opiniões também.

— Missha, e você?

— Não sei. Acho que os matar… seria melhor…?

— Concordo com a Srta. Karlstein.

Missha e Versyl também estavam do lado ‘de matar’. Auyen e Ainar, por outro lado, queriam deixá-los viver.

— Eu também sou a favor de mantê-los vivos.

Inesperadamente, Amelia também votou para deixá-los viver.

Não pude evitar perguntar — Por quê?

— Se realmente queremos responsabilizá-los por suas ações, é justo deixar essa questão para a Guilda.

“Qual é a dela…? Nunca esperei ouvir uma resposta tão certinha da parte dela, logo dela.”

Fitei-a, completamente perplexo, enquanto Amelia desviava o olhar. — E… Acho que isso seria melhor para você.

— …O quê?

— Essa é só minha opinião, então leve em consideração.

— Não, não é isso. O que estou me perguntando é o que você quer dizer com isso ser a melhor opção para mim? — perguntei genuinamente.

Amelia ponderou sobre minha pergunta por um momento antes de finalmente abrir a boca. — Yandel, não se ofenda e apenas me ouça. Você está muito instável agora.

— …Instável?

— Eles te machucaram? Tentaram te matar? Não, não tentaram. E não é como se fossem representar qualquer ameaça para você no futuro se os deixarmos viver. No entanto, enquanto falamos, você ainda está procurando uma justificativa para matá-los.

Então era assim que ela se sentia. Ainda assim, não era como se eu fosse algum tipo de selvagem sedento por sangue ou algo assim. — Emily, acho que estamos em páginas diferentes aqui. Eu não…

— Estou errada?

“Mas eu realmente não estou tentando matá-los por matar.”

No entanto, quando encontrei os olhos da Amelia para lhe dizer isso, descobri que não conseguia dizer uma única palavra. O olhar dela não era de discussão ou crítica. A única coisa que encontrei ali foi uma preocupação sincera.

— …Acho que, no fim, estamos em três a favor de matá-los e três a favor de mantê-los vivos — ela resumiu. — Então, Yandel. A escolha é sua.

O que eu deveria fazer?

Matá-los ou mantê-los vivos… Nunca pensei que teria que agonizar tanto por um problema como esse.

“Mas no fim…”

Provavelmente foi pelo que a Amelia disse. Após ouvi-la, eu também comecei a sentir uma pontada de preocupação por Hansu Lee, o cara comum que tinha ficado preso no corpo de um guerreiro e forçado a lutar, a matar, durante anos para sobreviver.

— Você, o arqueiro.

— …Sim?

Perguntei a ele uma última coisa. — Alguém do seu clã, incluindo você, já teve alguma experiência com saques?

— …Não, não tivemos. Não somos esse tipo de clã. Desta vez, foi só… Todos foram cegados pela ganância. Não estávamos em nosso juízo perfeito por um momento.

— Ele está dizendo a verdade.

Então, foi isso.

— Versyl, pegue os depoimentos deles mais uma vez e certifique-se de usar um cristal de gravação quando fizer isso. Emily, revire os pertences deles em busca dos cartões de identificação das vítimas. E não se esqueça de pegar qualquer coisa que deva ser enviada à Guilda como evidência.

— Isso significa…

— Vamos deixar para a Guilda decidir se vocês serão considerados saqueadores ou não.

Essa era uma maneira irritante e complicada de lidar com as coisas. Embora esse tenha sido meu pensamento imediato, depois de tomar a decisão e começar a trabalhar, tudo correu bem.

— Não arrumem mais encrenca até que o labirinto seja fechado. A Guilda vai assumir e investigar suas ações durante essa expedição.

— C-Certo!

Ok, então isso era o fim disso. — Então, o que vocês encontraram lá dentro?

— T-Tem uma pedra aqui.

— Uma pedra?

Seria mais rápido ver eu mesmo. Enquanto Amelia e Versyl cuidavam de coletar os depoimentos e as evidências, me aproximei da parede. A rachadura era tão pequena que eu não tinha esperança de passar por ela.

“Por que parece que eles estão discriminando os bárbaros?”

Com esse pensamento, eu bati meu martelo contra a parede.

Boom! Crash!

Pedaços de rocha caíram no chão em uma pilha enquanto eu abria mais um buraco nela. Após mais alguns golpes, a parede acabou desmoronando completamente, revelando um caminho escondido.

— Oh! Parece uma pedra de portal!

— Que interessante.

— Então será que ela também abre um portal se tocarmos nela?

No final do caminho havia uma grande pedra a cerca de dez metros de distância. Imediatamente me aproximei e estendi a mão para tocá-la, mas nenhum portal se abriu.

É, eu já imaginava que foi fácil demais encontrar isso. Então isso significa que existem condições especiais para ativá-lo?

Ainda assim, parecia pelo menos o lugar certo. Afinal, originalmente não havia uma área secreta como essa na Caverna de Cristal. Além disso, as paredes quebradas também não estavam se reformando.

Foi exatamente por isso que a estratégia mais fundamental para procurar um elemento oculto era destruir tudo. Se você quebrasse algo e isso não se restaurasse, havia uma grande chance de que tivesse encontrado um Easter egg.

— Vocês encontraram alguma coisa?

— Ainda não…

— Entendi.

Assim que Amelia e Versyl terminaram de coletar as evidências e os depoimentos, juntaram-se a nós para procurar. Aquele clã aparentemente deu no pé assim que terminaram.

— T-Tem certeza de que é realmente seguro deixá-los ir?

— Sim. Eu disse para não causarem mais problemas.

— Mas você realmente está de acordo com isso? — perguntou Versyl, cautelosa. — Eles podem espalhar a informação.

Isso era verdade. Na verdade, eu também pensei que seria mais limpo simplesmente matá-los na hora, mas… — Não importa, mesmo que façam isso.

— Não importa?

— Um clã qualquer conseguiu encontrar este lugar antes do terceiro dia. Isso significa que não foi uma descoberta tão impressionante assim. Eles estavam errados em pensar que era uma informação tão valiosa. É só uma questão de tempo até que todos os outros também encontrem esse lugar.

— Isso… faz sentido.

— Então pare de se preocupar com isso. E Versyl, venha aqui. Quero ver se você consegue detectar alguma magia por aqui. Algo pode estar escondido.

— Claro.

Rapidamente terminamos uma busca mágica preliminar, mas infelizmente não encontramos nada.

— Sr. Yandel, acho que seria melhor irmos embora. Não creio que haja mais nada para encontrar…

— Bjorn! — Ainar gritou, interrompendo Versyl. — Tem algo escrito aqui!

De repente, uma pista foi descoberta em um lugar completamente inesperado. Ainar, que estava cavando em volta da pedra, revelou algumas palavras escondidas na base dela.

— Bom achado.

— Haha! A intuição de uma guerreira treinada não é diferente da magia. Essa é uma das muitas razões pelas quais os bárbaros são a raça superior!

Me agachei para ler o texto, ignorando as besteiras da Ainar.

— Está na língua antiga…

— Tudo bem — disse, distraído. — Eu consigo ler.

— V-Você consegue ler isso…?

“Ah, eu não disse a eles? Acho que seria mais rápido mostrar.”

Rapidamente li em voz alta a língua antiga que estava escrita no chão ao redor da pedra. — Uma estrela, um sol, uma lua. Toda criatura que existe aqui nesta terra é igual quando vista de cima. E eu olharei para vocês.

Assim que terminei de ler, expressões gêmeas de inquietação apareceram nos rostos de Erwen e Versyl.

— Sr. Yandel, isso…

— É a mesma inscrição de antes, certo?

— Sim.

Era o mesmo texto que vimos escrito no Altar da Bruxa.

Infelizmente, Ainar parecia não se lembrar. — …O quê? Onde vocês ouviram isso antes? Do que estão falando?

— Esqueça.

Continuamos a cavar em volta da pedra para ver se havia mais alguma coisa, mas não encontramos nada. Decidindo que já havíamos encontrado tudo o que havia para encontrar ali, rapidamente cobrimos o texto com terra novamente e saímos pela parede quebrada.

— Isso não é bom. Não acredito que depois de tudo isso, não encontramos uma única pista.

Amelia parecia desanimada, mas eu não me sentia assim. Como assim, não encontramos uma única pista?

— Uma estrela, um sol, uma lua.

Isso estava praticamente nos dando a resposta.

— Precisamos ir para o segundo andar.

Se nos apressarmos, talvez ainda possamos entrar na área secreta antes que o labirinto feche.

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Olá, eu sou MrRody!

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