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『 Tradutor: MrRody 』

— Isso significa que essas pessoas são os saqueadores de antes?

Brown concordou com a pergunta de Hikurod, o que deixou a situação perfeitamente clara. Não poderia ser coincidência que as pessoas orgulhosamente saqueando no terceiro andar acabaram onde estávamos, sendo perseguidas por um monstro.

— Não sei quem são, mas está claro que estão nos mirando deliberadamente — eu disse.

— Embora não saibamos o motivo. Provavelmente estão fingindo que estão sendo perseguidos para poderem se juntar ao nosso grupo — Brown concordou, jogando sua própria opinião. Eu tinha tido o mesmo pensamento.

— E-Então, o que devemos fazerrr agora?

O que havia para fazer? Graças a Brown, tínhamos sido capazes de antecipar seus truques. — Devemos aproveitar esta oportunidade.

Missha inclinou a cabeça. — Aproveitar?

No entanto, não havia tempo suficiente para explicar em detalhes. Parecia que eles já tinham chegado.

— L-Luz! É uma luz! — Com o grito de um homem, dois homens e uma mulher cobertos de sangue entraram apressadamente no raio de nossa tocha.

— Quem não é um ator confiante, apenas fique observando — sussurrei para Brown, fazendo contato visual com ele. Ele assentiu levemente. Eu juro, esse cara me entendia tão bem. Até Hikurod, de quem eu estava um pouco preocupado, parecia entender exatamente o que eu queria dizer.

“Então, vamos começar?”

— Não se aproximem. — Conforme eles corriam em nossa direção, eu imediatamente agarrei meu escudo, avancei e fiquei em seu caminho.

— Ei! Nossa equipe foi dizimada. Nos ajude! Vamos retribuir! — Ele estava mostrando uma expressão desesperada, urgente. Esse cara também era bom atuando. Acho que isso era esperado para um saqueador.

— Deixem as armas no chão.

— M-Mas tem um monstro…! — O humano de uns trinta anos apontou para trás. Um grupo de orcs nos observava além do perímetro da tocha.

— Ch-chwiik!

Como havia mais pessoas agora, eles não podiam se aproximar, mas não podíamos ter certeza de quanto tempo isso duraria.

Esse cara parecia querer dizer “Então se apresse e nos deixe entrar”, certo? Mas e daí?

Falei novamente firmemente. — A escolha é sua, ou deixam as armas ou vazem.

Eles não responderam prontamente à minha demanda. Claro, tenho certeza de que havia muito a considerar. No labirinto, sua arma era sua vida. Eles possivelmente estavam percebendo neste momento que estávamos um pouco desconfiados deles, mas não importava. Qualquer que fosse a escolha deles, não tínhamos nada a perder.

— …Nós vamos. — O homem de bigode tomou sua decisão e largou sua arma no chão. Os outros dois seguiram seu exemplo.

“Decidiram ser gananciosos?”

Aquela decisão foi ao mesmo tempo satisfatória e preocupante. Eles realmente assumiriam tanto risco para nos perseguir? Nem sequer tinha um palpite do porquê.

— Então, andem por este caminho, mas devagar. E fiquem o mais afastados possível um do outro.

— N-Não precisa ir tão longe assim, né? Só queremos ajuda…

— Se querem ajuda, façam o que mandei.

— Okay.

Então, conforme chegavam um por um como instruído, Brown se aproximava deles e verificava por armas escondidas. — Eles não têm nada que pareça uma ameaça.

— Entendi. Hikurod, você fica de olho neles.

— T-Tudo bem! — O anão se endureceu e assentiu com a cabeça, então marchou com os braços e pernas completamente retos como um soldado norte-coreano. Suspirei então. Felizmente, julgando pelas expressões em seus rostos, parecia que o outro grupo não percebeu o constrangimento de suas ações.

— Ch-chwiik…

— Chwiik, chwiik, chwiik!

Depois de deixar Hikurod com o trio de saqueadores e voltar minha atenção para os orcs, os monstros logo se viraram e partiram. Parecia que até eles consideravam muito arriscado lutar contra um grupo tão grande de pessoas.

“Esses monstros são uns bastardos astutos.”

Bem, não eram nada comparados aos bastardos humanos. De qualquer forma, evitar uma batalha desnecessária era uma boa notícia para nós. Dado nosso mais novo problema, ter que nos concentrar numa batalha com os orcs seria muito desgastante.

— Argh. Eu pensei que ia morrer… — Assim que o grupo de orcs desapareceu, a mulher do grupo desabou no chão. Ela recobrou os sentidos um instante depois, então deu uma segunda olhada, levantou-se e curvou-se educadamente para nós. — Ah! Meu nome é Elisa. Obrigada por nos salvar!

Sua camisa rasgada estava revelando seu peito, e o anão tossiu e virou a cabeça. — Ahem. Eu sou Hikurod Murad. — Não parecia que ele estava fingindo ser inocente, considerando o fato de que sua cabeça estava virada, mas seus olhos estavam fixados em uma área específica.

— Então seu nome é Sr. Murad! E os outros?

— Bjorn, filho de Yandel.

— Ah, entendi! — A mulher que se apresentou como Elisa veio até mim e segurou minha mão, então curvou a cabeça novamente como da última vez, é claro, acentuando seu peito. — Ha, muito obrigada a todos! Não sei o que teria acontecido se não tivéssemos encontrado vocês… — Suas respirações ofegantes e voz que parecia acariciar o ouvido eram a cereja do bolo. Agora que eu estava pensando nisso, provavelmente era o motivo pelo qual sua camisa estava particularmente rasgada em comparação às deles…

— Bjorn! Seus olhos estão vidrando! — Murmurou Missha, claramente interpretando mal minha reação.

Não fiz nenhum esforço para corrigi-la naquele momento; teria oportunidade de fazer isso em breve. — Nos dêem seus nomes, um por um. — Para tranquilizá-los, comecei com uma chamada simples.

O primeiro a se apresentar foi o homem de bigode que também parecia ser o líder. — Hans Argo.

O quê? — …Hans?

— É um nome comum. Conhece outro?

— Uh, um, bem… algo assim. — Disse com um aceno de cabeça constrangedor. Hans A teve a cabeça esmagada pelo meu escudo. Hans B conheci por coincidência em uma taverna, mas nunca o vi novamente após o conselho que ele me deu. Eu podia ver Hans C, o homem de bigode, seguindo os passos de A hoje. De qualquer forma, próxima pessoa.

— Meu nome é Irita Taison. — Irita era um lanceiro loiro alto. Ele estava na casa dos vinte e poucos anos e não tinha outras características distintas. Se eu tivesse que escolher algo, seria sua atitude educada. — Pensei que ia encontrar meu criador agora mesmo, mas graças a todos vocês, sobrevivemos para contar a história. Quero agradecer mais uma vez.

Quando Irita se curvou 90 graus, Elisa começou a falar em seu tom distintamente inocente. — É verdade! Se não fosse por vocês, não sei o que teria acontecido conosco… Deve ter sido uma benção de Reatlas!

— Reatlas? — Brown se endureceu com essa palavra específica, então perguntou cuidadosamente. — Pode ser… que você seja…

— Oh, ainda não contei meu sobrenome. Meu nome completo é Elisa Behenk. Como você pode ver… — Elisa se interrompeu e olhou para baixo para suas roupas com uma expressão lacrimosa no rosto. Estavam rasgadas e cobertas de suor e sujeira, mas provavelmente eram brancas antes. — Acho que você não pode realmente ver. Mas atualmente sirvo a Reatlas!

— Ha!

Enquanto o anão apenas soltava uma breve exclamação, Brown fechou os olhos e fez uma breve cruz na frente de Elisa. — Você realmente é uma sacerdotisa. — Uau, esse cara era bom em atuar. — Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você.

Elisa sorriu radiante e fez uma cruz também. — Sim, que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você. — Provavelmente ela pensou que seu plano tinha funcionado. Depois disso, a suspeita no ar pareceu dissipar instantaneamente. Bem, pelo menos foi o que pareceu para eles.

“Já que todos nós sabemos que ela não pode ser realmente uma sacerdotisa…”

— Senhorita Elisa, você poderia dar uma olhada em meu ferimento? — perguntou Hans.

O quê?

— Desculpe! Deveria ter ajudado com isso em primeiro lugar…

Espera, ela era uma sacerdotisa de verdade? Enquanto eu estremecia com essa reviravolta inesperada, Hans C enrolou a manga para revelar um ferimento de facada. Então Elisa recitou uma oração e aproximou sua mão branca e brilhante da área ferida.

“Olha só pra isso.”

Swaa…

A ferida cicatrizou instantaneamente. Embora eu tivesse observado todo o processo com ceticismo, não havia dúvida de que aquilo era verdadeira magia divina. Como eu poderia ter certeza se nunca tivesse visto antes, você poderia estar se perguntando? Para começar, soava diferente de quando uma ferida era curada por uma poção, e também havia a expressão de Hans C para levar em conta. Pacífica, sem o menor sinal de dor.

— Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você…

Isso foi um choque para todos os outros também. Brown congelou por um momento, então se moveu para fazer o sinal da cruz como um pecador que acabara de testemunhar um milagre diante de seus olhos. Sua reação parecia um pouco exagerada para mim, mas na verdade, provavelmente era a reação normal para alguém ter, dada a estrutura deste universo. Assim como outras raças cresciam em suas respectivas terras sagradas, a maioria das crianças humanas aprendia a ler e era ensinada nos templos desde cedo. O peso da palavra ‘sacerdócio’ era diferente para eles.

— Ah! Então podemos ter nossas armas de volta agora? — Elisa perguntou casualmente, como se acabasse de se lembrar de que não tinha a dela. Talvez mostrar seu poder divino fosse o caminho para esta próxima parte. Isso deve ter sido o porquê de terem tomado a decisão ousada de jogar suas armas fora antes.

Mas, uh-oh. — Isso não vai acontecer.

— N-Não?

Enquanto sua expressão se tornava confusa, eu me certifiquei de agir naturalmente. Não havia necessidade de revelar que eu já sabia sua identidade. — Vejo que você é uma verdadeira sacerdotisa. Mas e daí?

Eu era um bárbaro que acreditava apenas em meus ancestrais. O clero nunca tinha feito nada por mim, então não era estranho para mim reagir dessa forma. Elisa sorriu desconfortavelmente e olhou para Brown e Dwalkie, que eram humanos. Parecia que ela estava tentando conseguir ajuda deles, mas cortei firmemente todas as chances disso.

— Devolveremos suas armas quando estiverem saindo, depois de recebermos uma compensação.

— C-Compensação?

— Por que está surpresa? Sacerdotisa ou não, você é uma aventureira enquanto está no labirinto. Você tem que seguir as convenções.

— Ah, sim… Já ouvi falar de tal costume. Então… Quanto devemos lhe dar?

Pretendi pensar por um momento e então disse: — Cerca de dois milhões de pedras devem ser suficientes.

— …O-Quê? — Elisa perguntou para se certificar de que não havia entendido errado, mas eu me mantive firme.

— Não estou tentando ser injusto. — Pelo contrário, era quase nada. Eu ouvira falar de vilões até mesmo pegando equipamentos em troca das vidas de suas vítimas. — Pense no quanto sua vida vale.

— Mas… Não temos esse tipo de dinheiro.

Isso, eu já sabia. Quem levava dinheiro para dentro do labirinto? Agora que a resposta que eu esperava havia sido colocada lá, era hora de mudar de tática.

— Não estou pedindo para baixar o preço. Pelo menos nos deixem pagar do lado de fora…

— Não. Não acredito nas palavras de ninguém além do meu próprio povo. Se vocês não têm o dinheiro, paguem com seus equipamentos.

— …Equipamentos?

— Hmm. A armadura daquele homem deve servir.

Quando apontei para Hans C com o dedo, o homem franziu o cenho. No entanto, depois de trocar alguns olhares com Elisa, ele soltou um suspiro profundo. — Ha… Se é em troca da minha vida, não é uma perda. No entanto, tenho uma condição. Ficaremos com seu grupo esta noite até recuperarmos nossas forças.

— Tudo bem. — Assenti prontamente. As intenções deles eram óbvias, mas eu não ia manter a promessa de qualquer maneira.

— Irita, pode me ajudar?

— Claro.

Hans C tirou sua pesada armadura com a ajuda do sujeito da lança ao seu lado, então entregou o equipamento para Brown. Ótimo. Agora que tínhamos despojado um bastardo de sua armadura, tínhamos tomado tudo o que precisávamos até agora.

— Bem então. Pagamos o preço, então vocês devolverão nossas armas?

Decidi não esperar mais e deixei um sorriso luminoso se espalhar. Para ser honesto, eu não achava que as coisas funcionariam tão bem assim.

A expressão de Hans C se endureceu. — …Por que está rindo?

Não respondi, assim como não corrigi Missha por dizer que meus olhos tinham vidrado enquanto olhava para Elisa antes. Eles logo descobririam, de qualquer maneira.

— Uh, Sr. Yandel? Realmente não podemos nos dar ao luxo de lhe dar mais do que…

— Ah, não há necessidade disso — respondi momentos antes de acertar Elisa na cabeça com minha maça.

Smack!

— S-Senhorita Elisa!

Não importa em que jogo você estivesse jogando, quebrar a cabeça do curandeiro primeiro era uma regra universal.

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