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Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Note – Nosoran 』

Uma proporção adequada de gelo para líquido realmente elevava um copo de refrigerante a um nível completamente novo de refrescância.

Eu girei o copo um pouco para resfriá-lo antes de beber tudo de uma vez. Afinal, o sabor acabaria ficando aguado se eu deixasse o gelo derreter, certo?

— Kah…!

Sim, isso era bom. Eu sentia tanta falta desse sabor. A maioria das coisas neste mundo eram toleráveis, mas não tinha refrigerante. Eu conseguia ter uma vaga sensação daquela efervescência na cerveja daqui, mas mesmo assim, era completamente diferente da carbonatação moderna que eu tanto ansiava.

“…Devo voltar?”

O sabor foi o suficiente para reacender meu desejo de voltar para casa, que quase havia desaparecido. Alguém deveria avisar o Baekho. No tempo que ele passou arquitetando aquele esquema com a Pedra da Ressurreição ou o que quer que fosse, ele poderia ter me dado alguns copos de refrigerante, e eu teria reconsiderado seriamente voltar ao mundo real.

— Senhor, por favor, me sirva mais um.

Depois de esvaziar um copo, pedi um refil. No entanto, desta vez, não bebi de uma vez, mas saboreei cada gole.

— Você… parece realmente feliz por algum motivo.

Uau, que jeito de estragar o clima. Eu era do tipo que se irritava imediatamente quando alguém me dizia algo assim.

— Muito bem, então me diga — Auril Gavis disse, depois de me dar mais um tempo para aproveitar minha bebida. — Como você a conheceu?

— Ah, a Bruxa?

— Sim. Eu realmente não consigo entender. De qualquer forma que eu olhe, você nunca esteve em uma posição para ter se encontrado com ela…

“Hmm.” — Por que você tem tanta certeza disso, senhor? — Perguntei, estreitando os olhos.

Ele ficou em silêncio novamente, seus próprios olhos desviando enquanto ele tentava encontrar uma desculpa.

Para ser honesto, isso era perturbador. Será que ele realmente esteve vigiando todos os meus movimentos? Esse tempo todo? Como…?

O velho optou por desviar da minha pergunta. — Bem, cronologicamente, tenho certeza de que você não a conheceu no Primeiro Subsolo. E, pelo que me lembro, você estava muito ocupado antes disso… entre estabelecer seu clã e a Torre Mágica e tudo mais. Você também não derrotou dois Lordes do Andar nesse tempo?

Bem, era verdade que eu estava ocupado naquela época. Além de todas as outras coisas que eu precisava resolver, eu também tive que lidar com as acusações do Conde Alminus contra mim. Mas isso não significava que eu aceitava suas desculpas fracas.

— Ah, você já bebeu tudo. Me dê aqui. Vou te servir outro. — Ele rapidamente pegou meu copo de volta para enchê-lo novamente. Embora possa soar estranho, em certo sentido, esse velho era bastante previsível em alguns aspectos. Ele sabia quando tinha vantagem ou desvantagem em uma situação e sempre se ajustava de acordo.

— Senhor, mesmo que você faça isso, não posso te responder de graça. Eu também quero algo em troca.

Quando estabeleci meus termos, a fúria iluminou sua expressão, tão evidente quanto o fato de ele ter tirado a máscara assim que ficamos a sós. — De graça?! O que você quer dizer? Eu não estou te dando todas essas bebidas?

— Sim, e eu sou grato por isso.

— Quando alguém é genuinamente grato…

“Ei, não force.”

— Se tudo pudesse ser resolvido com refrigerante, por que teríamos dinheiro e pedras de mana? — Perguntei zombeteiramente. — No seu mundo, não seria dar uma bebida a alguém o suficiente para resolver tudo?

Sua expressão se endureceu. — Toda vez que nos encontramos, sou lembrado de que você tem um talento para irritar as pessoas.

O ar na sala despencou vários graus quando o homem que andava por aí sorrindo como um vovô amigável deu uma virada súbita. Mas e daí? Não era minha primeira vez enfrentando isso, e neste ponto, eu sentia que tinha uma boa noção do que fazia esse cara funcionar.

— Não finja que está bravo. Não vai funcionar — disse, afastando sua raiva como se não fosse nada.

Sua expressão suavizou, voltando ao normal como se ele nunca tivesse me encarado com raiva. — Haha, você não é um cliente fácil. Então… o que você quer de mim?

Como o castigo não funcionaria, ele só podia usar a recompensa.

— Deve haver algo que você queira — ele arriscou. — Não é por isso que está fazendo tudo isso?

Para ser honesto, não havia nada em particular. Ou melhor, havia tantas coisas que eu queria perguntar a ele que estava tendo dificuldade em escolher qual priorizar. Eu precisava classificá-las por nível de prioridade.

“Eu poderia perguntar o que ele está tramando, mas isso seria muito amplo.”

No final, decidi fazer uma pergunta mais focada.

— Por que você está tentando fechar o Caça-Fantasmas? — Perguntei, focando em suas motivações para seu último movimento.

— Hmm, eu apenas te respondo? Não há mais nenhuma joia aqui para te ajudar a discernir a verdade das mentiras.

Seu tom implicava que ele faria outra joia imediatamente se eu pedisse, mas eu recusei. — Está bem, então apenas me responda. E não é como se eu pudesse confiar cem por cento em você de qualquer maneira, mesmo com a joia.

— Então você vai decidir por si mesmo se o que eu digo é a verdade.

— Sim, então, por favor, me dê uma resposta adequada. Se você mentir aqui e for pego, será sua perda.

— Minha perda?

— Porque eu não vou acreditar em nada que você disser no futuro.

Pode soar infantil, mas era uma ameaça decente. Se esse velho queria me manipular, ele precisava manter uma relação amigável o suficiente comigo para se aproximar.

— Hmm…

Mas por que esse velho estava me olhando daquele jeito em vez de dizer alguma coisa?

— O que foi? — Eu o incitei. — Tem algo a dizer sobre isso?

— Não.

— Se não, então por que ainda não começou a falar?

Quando o olhei com um olhar que dizia para ele parar de enrolar, Auril Gavis finalmente falou. — É apenas que é admirável. Sua visão sobre confiança, quero dizer.

O que diabos ele estava falando agora?

O velho continuou, ignorando minha óbvia perplexidade. — Se alguém te trai, você se certifica de punir essa pessoa pessoalmente. Isso é o que confiança significa para você.

Todo mundo não é assim? O quê, existem pessoas por aí que são apunhaladas pelas costas e simplesmente dão risada depois?

Apesar das perguntas que corriam pela minha mente, mantive a boca fechada e continuei ouvindo.

— Assim como leis mais rigorosas reduzem o crime, sua confiança ou falta dela também atua como um fator de dissuasão que…

Sim, esquece, eu não podia ficar sentado aqui ouvindo esse cara tagarelar. Ele estava tentando fazer parecer que eu era um maníaco por controle que não conseguia confiar em ninguém, a menos que tivesse a vantagem sobre eles o tempo todo.

— Senhor — Perguntei diretamente — você talvez não esteja bem da cabeça? Como você chegou a uma conclusão dessas a partir da pergunta que fiz?

— Hmm…

— Lembre-se, foi você quem se voltou contra mim primeiro. Como eu poderia confiar em algo sobre você depois disso?

— Então, seus companheiros são diferentes?

“Obviamente.” …foi a resposta que tentei dar, mas por algum motivo, não consegui dizer isso. As palavras do velho ressoavam nos meus ouvidos.

— Se alguém te trai, você se certifica de punir essa pessoa pessoalmente.

Punição. Talvez fosse isso que eu estava fazendo com a Missha. Independentemente disso, mudei de assunto.

— Vamos seguir em frente. Apenas responda à pergunta que te fiz. Por que você está tentando fechar o servidor?

— Se eu responder, você também vai me responder?

— Vou pensar no caso — respondi sem hesitar — se a informação que você me der for valiosa.

Em outras palavras, eu estava pronto para largá-lo a qualquer momento. Auril Gavis, sem dúvida, seria capaz de ler nas entrelinhas e perceber que minha resposta era vaga e não prometia nada.

— Certo. Então decida depois de ouvir o que tenho a dizer.

Apesar disso, ele aceitou meus termos sem argumentar.

— Uau, senhor. Você está sendo bem tranquilo hoje — comentei.

— … Você poderia parar com essas mudanças repentinas de tom? Parece que está me tratando como uma criança.

— Ah, não se importe comigo. — Com um sorriso benevolente, perguntei — Então, a resposta?

Ele soltou um suspiro. — O motivo pelo qual estou fechando o Caça-Fantasmas é simples. Este lugar não está tendo um efeito positivo nos jogadores. Não está cumprindo o que eu pretendia.

— Um efeito positivo?

— Este lugar não é diferente de um refúgio seguro para os jogadores. Eles falam sobre as casas que deixaram para trás e compartilham sua solidão com pessoas que estão na mesma situação.

— E isso é ruim por quê?

— É um problema. Pessoas que estão satisfeitas com o status quo tendem a se acomodar com ele.

— Ah… — Eu meio que entendi o que ele estava tentando dizer. Honestamente, só de dar uma olhada no quadro de avisos da comunidade já comprovava sua afirmação. Havia muitos posts falando sobre aluguel, casamento ou até mesmo ter filhos aqui.

— Nossos amigos de antes são iguais. Há apenas alguns anos, eles nunca teriam desistido de uma oportunidade como essa.

Então o velho ainda estava amargurado com o fracasso do show de perguntas. Bem, justo.

— Então você vai se livrar disso? Porque, se o servidor continuar ativo, eles não se preocuparão em voltar para casa?

— Algo assim.

Isso significava que ele estava definitivamente segurando muita informação.

— E aí, que tal? Isso foi o suficiente? — ele perguntou.

— Não. Eu teria respondido sua pergunta se você me desse um grande segredo, mas concluí que a qualidade da sua informação é baixa demais para eu trocar pela minha sobre a Bruxa.

Basicamente, eu estava pronto para sair sem pagar. No entanto, inesperadamente, Auril Gavis aceitou a notícia com tranquilidade, sua expressão serena. Era como se a conversa pudesse terminar ali e ele não tivesse nada a perder de qualquer maneira. Será que ele estava fingindo para manter sua máscara de controle?

No final, fui eu que cedi primeiro. Não podia sair sem conseguir nada disso, não quando tive a rara oportunidade de sentar com ele. — Então… não pode simplesmente deixar a comunidade em paz? Eu te dou informações sobre a Bruxa se fizer isso.

Na verdade, eu não estava dizendo isso por um interesse genuíno em preservar o Caça-Fantasmas. Eu só estava curioso para ver como ele responderia…

— Isso não é possível, receio.

É, ele recusou. O que significava que fechar a comunidade era uma prioridade maior para ele do que saber mais sobre a Bruxa. Mas por quê? De qualquer forma que eu olhasse, jogadores ficando complacentes não podia ser o único motivo.

Ele escolheu encerrar isso. — Parece que nossa reunião de hoje chegou ao fim.

— Acho que sim. Não é como se você fosse me dar mais informações mesmo que eu pergunte, certo?

— Haha, você precisa confiar mais nos outros.

— Eu confio. Mas apenas naqueles que merecem.

Com essas palavras vazias, nossa conversa chegou a um ponto natural de encerramento.

— Então, vou indo agora — ele anunciou. — Tenho algo mais que preciso fazer antes que a comunidade feche suas portas, mas nos veremos mais tarde.

— Certo. Não sei quando isso será, mas espero que você esteja disposto a me contar tudo o que passa pela sua cabeça quando esse momento chegar — ofereci.

— É uma maneira estranha de ver as coisas. Eu te contaria tudo agora se você estivesse disposto a confiar no que digo.

Cada palavra era uma mentira.

Eu ri do absurdo, e Auril Gavis soltou uma risada. Aparentemente, ele esperava essa reação. — Não sei se você vai acreditar em mim, mas vou te dar um último conselho.

— Conselho? Vou ouvir, então vá em frente.

— Baekho Lee.

— Ele…?

— Não se aproxime muito desse seu amigo. — O conselho realmente me pegou de surpresa, mas não tive a chance de perguntar o que diabos ele queria dizer. — Isso é tudo. Nos vemos no futuro.

Com isso, Auril Gavis deixou a Távola Redonda.

Eu fiquei olhando, vago, para o lugar onde ele estava, depois rapidamente sacudi a cabeça para sair do meu transe. Uma possibilidade repentina passou pela minha mente.

“Baekho Lee…”

Talvez…

Eu não tinha certeza, mas talvez…

Será que ele era o motivo pelo qual Auril Gavis decidiu fechar o Caça-Fantasmas? Da mesma forma que alguém pode queimar uma casa para matar uma aranha, talvez ele tenha destruído o servidor para garantir que Baekho Lee e eu não pudéssemos nos comunicar mais.

Bem, isso era só uma teoria.

— Velho trapaceiro. Você não disse uma única coisa com clareza — murmurei, e então soltei um suspiro que ecoou na sala vazia.

Logo em seguida, o silêncio tomou conta.

Cadeiras vazias cercavam a Távola Redonda, agora desprovida de sua joia.

“Realmente parece o fim de uma era.”

Mesmo sabendo que eu precisava sair e voltar ao trabalho, não consegui me mover. De alguma forma, apesar de mim mesmo, eu ainda estava incrédulo.

O Veado e o Lua Crescente saíram após a primeira rodada, e com a chegada repentina de Auril Gavis, o resto seguiu o mesmo caminho, um por um.

Tap.

Peguei a máscara de Leão que tirei para beber meu refrigerante e a coloquei no rosto novamente. Esta provavelmente seria a última vez que a usaria.

Eu tinha me afeiçoado a ela.

— Isso é realmente o fim…

As palavras saíram lentamente da minha boca, e mesmo depois de ditas, não conseguiam preencher a sala vazia. Eu não estava esperando uma despedida alegre e amigável, como em uma formatura do ensino médio ou algo assim, mas nunca pensei que terminaria desse jeito.

Talvez fosse por isso?

— No entanto, não consigo sentir nenhuma gratidão por você.

— Você acha que isso é um jogo? Acha?

Por alguma razão, as palavras deles ecoaram na minha mente.

Rapidamente sacudi a cabeça para clarear os pensamentos.

“Não pense nisso. Não é como se tivéssemos vindo aqui para fazer amigos.”

Sorri de forma amarga e coloquei a máscara sobre a mesa antes de dar uma última olhada na sala vazia.

— …Não. Não é nada divertido.

E com isso, a reunião final da Távola Redonda chegou ao fim.


Depois de testemunhar o fim da Távola Redonda, voltei para o quarto de Hansu Lee. Deitei na cama e fiquei vegetando por um tempo antes de me recompor o suficiente para levantar e verificar minha caixa de entrada.

“Tenho uma mensagem…”

Apesar do que eu esperava, não era do GM.


【De: HS123】


HS123, a mensagem era de Hyeonbyeol.

“Acho que não conseguimos nos despedir direito por causa do Baekho.”

O que havia dentro? Quando abri com um clique, o texto apareceu na minha tela.


【Antes, quando perguntei sobre revelarmos nossas identidades um ao outro, sei que você bateu o pé, mas decidi que vou começar a fazer o que me agrada, como você faz. Os administradores podem ser capazes de vasculhar nossas caixas de entrada, então não posso te dizer quem sou nesta mensagem, mas…】


O coração da mensagem dela estava na última linha.


【Me encontre lá fora.】


Lá fora…

Bem, se eu fosse fazer isso, primeiro precisaria sair do labirinto.

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Olá, eu sou MrRody!

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