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Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Note – Nosoran 』

Enquanto jogava, às vezes você se deparava com momentos como este, um evento em que, em vez de lutar, você precisava cumprir alguma outra condição alternativa para resolver o enigma.

— Hmm…

Pensando bem, se o objetivo fosse resistir aos ataques de Presuntinho, não teria sido tão difícil. Presuntinho não tinha nenhum ataque poderoso direcionado a um único alvo. Mesmo que tivesse, o tempo de conjuração seria longo o suficiente para que pudéssemos nos defender.

“Um buff onde minha regeneração aumenta quanto mais dano eu levo.”

No entanto, mesmo com tudo isso em mente, esse corpo de mercenário havia sido especializado para resistência, e Erwen, que estava praticamente fora de combate devido ao seu debuff, conseguiu causar algum dano por conta própria enquanto usava seu Circuito do Caos.

“Tudo parece sem sentido agora…”

Fizemos o nosso melhor para derrotá-lo, mas tudo o que precisávamos era resistir. Parecia que tínhamos desperdiçado nossa energia à toa, mas decidi ver o lado positivo.

“Não, se você pode derrotar seu inimigo, você deve derrotá-lo.”

Sim, meu julgamento não estava errado. E daí se eu pudesse progredir apenas resistindo? O que fiz foi melhor porque poderia ter avançado sem fazer nada. A recompensa obtida ao utilizar seus próprios métodos ativamente seria maior do que se você não tivesse feito nada.

Como assim.

— Realmente… Eu só queria ajudar…

— Presuntinho.

— …Fale, mortal.

O Presuntinho, que havia dito que eu nem tinha o direito de fazer perguntas e me tratava como se eu não fosse humano, de repente se tornou educado. Foi uma mudança que nunca teria ocorrido se o cenário tivesse se desenrolado como nós resistindo desesperadamente e Presuntinho nos mostrando misericórdia no final. Nesse caso, ele poderia simplesmente ter nos dado este item aleatório e ido embora sem nos dar uma explicação adequada.

Bem, isso não ia mais acontecer.

— Entendo que você não fez isso com más intenções, então me diga. O que é isso? — perguntei.

— Se você der isso para aquela garota humana ali, será de grande ajuda para ela no futuro.

— Não fale sobre alguma ‘grande ajuda’ ou outras coisas vagas. Apenas diga o que isso faz, e seja exato.

Eu podia perceber que era um tipo de elixir, mas como eu não podia alimentar Erwen com uma esfera desconhecida, pressionei Presuntinho por uma resposta.

O efeito do elixir que Presuntinho me contou era simples.

Se ela o tomasse, então esses ‘abandonados’…

Então os ‘monstros’ não apenas não a atacariam, mas ela ganharia uma espécie de autoridade de comando sobre eles.

— Mas tome cuidado. Não funcionará em seres com uma alta qualidade de alma como eu. — Com essa palavra séria de advertência, Presuntinho lentamente se levantou e se dirigiu para a parede.

— Espere, para onde você vai?

— Você recebeu a resposta que queria, então nosso negócio aqui está…

— Ainda não.

Ele olhou para mim com uma expressão questionadora.

Heh, para onde você acha que vai sem me dar minha recompensa oculta?

Seria um desperdício deixar Presuntinho ir embora depois de todo o esforço que fiz para dominá-lo assim. Não que eu esperasse que Presuntinho estivesse escondendo mais itens ou dispositivos físicos, mas nada dizia que as recompensas precisavam ser físicas. Nesse lugar, toda informação era valiosa.

— Quem é você? Você também é um monstro… um dos abandonados?

E assim, comecei meu interrogatório.

— …Eu posso parecer assim aos olhos de um mortal.

— Não me dê respostas vagas. Responda direito.

— …Eu sou. Para ser preciso, sou um dos ‘que abandonaram’.

— Que abandonaram…?

— Fomos os primeiros a abandonar nossa fé, e com isso, conseguimos escapar das amarras e existir como seres independentes.

Os abandonados e os que abandonaram.

Depois de ouvir a explicação, foi fácil entender a diferença entre os dois.

“Se tinham ou não inteligência.”

Goblins, Kobolds e Orcs faziam parte dos ‘que abandonaram’. Ao contrário da maioria dos monstros, eles tinham civilizações e viviam em tribos nas florestas ou montanhas. Eles até interagiam com os humanos em raras ocasiões.

— No entanto, hoje percebi uma coisa: Existem algumas coisas que você nunca pode abandonar, por mais que deseje desesperadamente.

— …O que você quer dizer com isso?

— Eu disse que a autoridade não funcionaria em seres com alta qualidade de alma, mas não se preocupe. Eles nunca farão mal a essa garota humana. Assim como eu não fiz hoje…

Algo que você nunca poderia abandonar, mesmo que quisesse.

Embora não fosse a resposta à minha pergunta, eu não insisti e passei para o próximo tópico. Havia uma coisa que eu precisava verificar acima de tudo.

— Presuntinho.

— Fale, mortal.

A essa altura, Presuntinho nem se incomodava mais com o nome que eu lhe dei, e eu cuidadosamente fiz minha pergunta.

— Estou perguntando só por precaução… mas ela é a Bruxa da Terra?

— Bruxa? — Presuntinho balançou a cabeça como se tivesse acabado de ouvir um absurdo. No entanto, a resposta que ele deu não negou nada. — Essa garota humana não é nada parecida com uma bruxa.

O que Presuntinho disse a seguir me deu certeza.

— É apenas… ela é uma criança lamentável nascida com um destino brutal.

Essa Fenda.

Ela era realmente baseada na Bruxa da Terra…


Cada Fenda tinha sua própria história.

Mesmo jogando o jogo, eu conseguia perceber que havia algum lore de fundo através de todos os tipos de eventos e conversas que eu conseguia ouvir, mas fiquei certo disso depois de ter aquela conversa com o velho vampiro.

A Cidadela Sangrenta, onde o Golem Cadáver e o Vampiro apareceram. Aquele lugar, que eu tinha visitado inúmeras vezes durante minhas jogadas, foi moldado a partir da história de vida de alguém. O Templo Branco e a Floresta do Doppelganger provavelmente eram o mesmo nesse aspecto.

“Uma Fenda moldada pela história da bruxa…”

Instantaneamente, não havia dúvida na minha mente de que este era o ponto mais importante em minhas inúmeras aventuras.

A história do livro dourado que li no quarto do Presuntinho também veio à mente.

Há muito tempo, em um vilarejo do interior, um irmão e uma irmã viviam felizes. No entanto, o irmão mais velho disse que iria se tornar um mago e, em seguida, deixou o vilarejo. A irmã mais nova ficou muito triste por causa disso.

A história simples em forma de diário poderia ser resumida em apenas essas três linhas.

“Provavelmente é a história da bruxa.”

Talvez durante esta aventura, eu consiga aprender mais sobre a bruxa e possa desvendar mais segredos do labirinto.

Apesar da tempestade de pensamentos que passava ao fundo, continuei a bombardear Presuntinho com todas as minhas perguntas.

No entanto, o olhar nos olhos de Presuntinho de repente se intensificou, e ele deu um pequeno rosnado. — Pare.

— …Pare?

Ele achava que eu era seu amigo porque estava sorrindo enquanto falava com ele?

Enquanto eu considerava seriamente como deveria interagir com o Presuntinho daqui para frente, Presuntinho pareceu perceber o que eu estava pensando e rapidamente tentou dar uma desculpa.

— Não é isso…! O exército imperial está vindo para cá!

— O exército imperial…?

— Nem pense em lutar contra eles! Nem mesmo você conseguirá sobreviver enfrentando tantos assim.

Hmm… será?

Ainda não acreditava que isso fosse verdade, mas Presuntinho fez o seu melhor para me persuadir.

— Você pode ficar bem, mas e a garota humana? Você acha que conseguirá protegê-la enfrentando tantos assim?

Eu não conseguia refutar essa lógica. Sem mencionar que Erwen ainda não havia se recuperado dos efeitos colaterais de usar o Circuito do Caos.

— Precisamos sair da caverna rapidamente — eu disse.

— Provavelmente será difícil. Você já está cercado…

— Isso é verdade, Erwen?

— Não consigo dizer — ela admitiu. — Ainda não recuperei toda minha força…

— Se eu não tivesse usado todo o meu poder apenas para lutar contra você, eu teria notado isso mais cedo…

As emoções do Presuntinho estavam presentes nesse murmúrio.

Eu entendia que ele estava com raiva, mas ele disse algo que eu não podia ignorar. — Você está dizendo que a culpa é minha?

— Eu não disse isso para tentar empurrar a culpa! Seja como for, venha logo!

— Hmm?

— Este é o único jeito de vocês saírem desta caverna em segurança!

Depois de me puxar para o centro da área aberta, Presuntinho acenou com a mão, e um portal se formou.

Vwoong!

Imediatamente percebi que o portal estava instável.

— Onde vamos sair se passarmos por ele?

— Não posso dizer. No entanto… não será onde você estava tentando ir.

Hmm, havia uma rota alternativa além de usar a bússola para sair da caverna? Eu não conseguia dizer se isso era uma mudança positiva ou negativa.

— Senhor, o que vamos fazer?

— Vamos entrar. Não acho que o Presuntinho esteja tentando nos prejudicar.

Não tínhamos escolha. Se Erwen se ferisse enquanto ainda estava em recuperação, eu não conseguiria fazer nada para ajudá-la.

Depois de tomar minha decisão e me aproximar do portal, o Presuntinho de repente me chamou. — Mercenário. Vou deixar essa criança sob seus cuidados.

Heh, eu estava me perguntando o que ele ia dizer.

— Eu vou — respondi com um sorriso. — Faria isso mesmo que você não me pedisse.

Com isso, segurei firme a mão da Erwen e entrei no portal.

Acho que este é o capítulo três.

Abri os olhos, ansioso pelo que nos aguardava.


【Condição Especial – Caminho Errado foi atendida.】

【Você foi movido para a Grande Praça da Cidade.】


Era uma enorme praça da cidade, lotada com milhares de pessoas.

— Matem-nos!

— Que a bruxa maldita receba o castigo divino…!

Estávamos ajoelhados no topo de uma forca. Resumindo a situação em que nos encontrávamos, nossos quatro membros estavam amarrados enquanto nos ajoelhávamos.

“Será que todo o meu equipamento foi levado? Droga, vou conseguir recuperá-lo depois, certo?”

Todo o meu precioso equipamento havia desaparecido, e em seu lugar havia apenas um trapo esfarrapado balançando ao vento. Erwen estava em um estado semelhante ao meu. Por algum motivo, porém, ela parecia um pouco mais velha do que antes.

— S-Senhor…!

Agora, ela parecia ter entre dez e doze anos.

Entre Erwen e eu, amarrados, estava algum nobre, que começou a ler nossos pecados. Desde iniciar uma rebelião até o assassinato de um nobre, massacres, incêndios… Com a leitura desses incontáveis crimes, apenas uma coisa me chamou a atenção.

— Esta bruxa maldita e seu seguidor Bjorn Yandel, que lançaram o mundo no caos por mais de dez anos, serão agora executados por seus crimes.

Por mais de dez anos.

“Será que tanto tempo passou… desde que saímos da caverna?”

Talvez todos esses crimes que o nobre mencionou realmente tenham acontecido nesse período.

“Mas Erwen é jovem demais para isso ser possível, não?”

Ainda tinha algumas perguntas, mas deixei isso de lado por enquanto.

— Senhor, o-o que vamos fazer?

— Calma. Estou pensando.

Depois de acalmar a Erwen, continuei avaliando nossa situação.

Felizmente, ainda tínhamos algum tempo. Eu pensei que assim que o nobre terminasse de ler nossos pecados e saísse do palco, nossa execução começaria imediatamente, mas não foi o caso.

— E agora, será lida a mensagem de sua majestade imperial!

Um cavaleiro em armadura completa, brilhando à luz, subiu com um rolo de pergaminho de tamanho considerável. Ele o abriu como se fosse um decreto real e começou a ler seu conteúdo.

— Cidadãos do império! Nós suportamos e sofremos por muito tempo! Durante esses muitos e árduos anos! Com o surgimento da bruxa maldita, o mundo se transformou em um inferno…

Sua voz foi amplificada por magia enquanto ele continuava lendo a mensagem de congratulações e auto elogio do imperador.

Enquanto mantinha um ouvido aberto para ouvir o que ele dizia, continuei pensando em uma forma de escapar.

Tap, tap.

Mas então, alguém me cutucou delicadamente no ombro. Devido ao fato de meu pescoço também estar amarrado, apenas virei os olhos para ver quem era, e um rosto familiar estava ali.

— Faz tempo, Yandel.

— Você é…?

— Parece que você se lembra de mim. Embora tenhamos nos encontrado apenas uma vez, há uma década.

Mesmo que ele dissesse ‘uma década’, para mim haviam se passado apenas algumas horas. Era o mercenário que havia se movido comigo durante o capítulo um. Diferente de antes, quando ele ainda mostrava traços de juventude, agora tinha rugas no rosto e fios brancos no cabelo.

— Você não mudou desde aquele dia. Ainda é muito jovem — ele se maravilhou. — Isso também é um poder que você obteve depois de se tornar seguidor da bruxa?

— Bem, pode-se dizer que sim.

— Quando ouvi seu nome pela primeira vez, fiquei muito surpreso. O seguidor da bruxa que lançou o mundo no caos… Para ser honesto, eu não acreditava até ver você aqui. — Quando eu fiquei em silêncio, ele continuou, dizendo — Você sabia? Só para estar aqui neste dia, hoje, eu dei tudo de mim.

— …Por que você fez isso?

Ele não respondeu à minha pergunta. — Depois que você partiu, eu entrei no exército imperial. Ainda era uma vida dura, ser soldado ou mercenário, mas consegui encontrar estabilidade. Conheci uma mulher que eu não merecia, casei-me com ela e até tivemos um filho. Foi uma época bastante feliz. Uma década foi longa o suficiente para mudar minha vida completamente, mas de certa forma, o tempo também foi bastante curto.

Sua voz, calma no início, ficou mais áspera à medida que ele continuava sua história.

— Você sabia? Eu não tenho mais nada. Quando o Forte Nelbus caiu para o exército de monstros, perdi tudo.

“…Maldição.”

— Isso responde à sua pergunta? A razão pela qual eu tinha que estar aqui.

Embora eu soubesse que não era culpado, receber uma demonstração de agressão tão direta fez meu coração disparar de estresse.

— Dizem que alguns pecadores sobrevivem porque a corda se rompe, mas não se preocupe… Verifiquei isso incontáveis vezes.

Com isso, ele se afastou como se já tivesse dito tudo o que precisava e não falou mais comigo.

— S-Senhor? Acho que o nosso fim está chegando…

Eu já sabia que nosso fim estava bem diante de nós, mesmo sem que ela me dissesse.

A multidão enfurecida rugia, consumida pela fúria.

“…Não, o que eu devo fazer aqui?”

Reconhecendo que morreria se ficasse parado, tentei colocar o máximo de força no meu corpo, talvez o suficiente para estourar algumas veias, mas as cordas não mostraram sinais de ceder.

“Isso é… injusto demais?”

No começo, quando ele falou comigo por trás, pensei que seria um NPC útil, mas não era o caso.

Será que eu realmente ia morrer aqui? Não, talvez eu fosse transferido para o próximo capítulo após minha morte? Não havia como saber. A única verdade que eu sabia era que, com ou sem respostas, eu não podia aceitar minha vida acabando aqui.

— Aaaaargh!

Coloquei toda minha força no corpo para resistir. Mesmo assim, a corda se recusava a romper.

Rip.

No entanto, ela afrouxou um pouco. Apegando-me a essa pequena esperança, usei o espaço liberado para me debater ainda mais.

— Pare! — Um soldado se aproximou de mim para me impedir de lutar tanto.

“…É o mesmo cara de antes.”

Crack!

Usando o pequeno movimento que ganhei, dei uma cabeçada nele.

— …Uh? Aaaaack!

Ele caiu da plataforma elevada.

— Matem-nos! Matem-nos! Matem-nos agora!

— Yaaaah!

A multidão ficou ainda mais enfurecida ao ver o que estava acontecendo no topo da forca. Eu os ignorei e me esforcei ainda mais para escapar.

O cavaleiro que havia lido a mensagem do imperador soltou um suspiro alto. Devido à amplificação da voz, o suspiro ecoou por toda a praça da cidade.

— Ainda assim, suponho que os preparativos terminaram a tempo.

Só então percebi. Aquela voz me era muito familiar.

— Sir Ervan foi encontrado morto…!

— O quê? Então quem é aquela pessoa lá em cima?!

— Parem-no!

Com isso, os cavaleiros gritaram e correram apressados para subir as escadas.

— Comecem.

Naquele momento, o chão da praça, onde milhares de pessoas estavam reunidas, começou a brilhar.

Shaaa!

Uma magia de proporções gigantescas, como eu nunca tinha visto antes, foi conjurada.

O cavaleiro arrancou o elmo grosseiramente e nos encarou, com a luz da praça iluminando sua forma.

— Agora vão. Sabem o quanto sofremos por causa de vocês?

Era o chefe da aldeia.

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Olá, eu sou MrRody!

Capítulo adquirido pelo leitor Matheus!

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