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『 Tradutor: MrRody 』

Os Mozlan eram rápidos e eficientes.

— Keke, eu sou… o grande mago… hmm? Quem são vocês…?

— É ele. Levem-no. — Depois de erguer a cabeça do Dwalkie pelo cabelo para verificar seu rosto, os cavaleiros rapidamente contiveram seus braços.

— Um, c-com licença, há algum problema…? — Somente então o anão bêbado recobrou os sentidos e tentou entender o que estava acontecendo, mas em vão.

— Vocês não precisam saber.

— M-Mas…

— Estão insatisfeitos com nossa maneira de lidar com a situação?

Pareceu-me que se ele balançasse a cabeça, eles levariam Hikurod também. Eu cobri sua boca e respondi por ele. — Não.

— …Você é o Pequeno Balkan? Você é sábio para um bárbaro. — O tom de voz e o olhar do cavaleiro tornaram difícil aceitar isso como um elogio.

Assim que saíram do bar com o bêbado Dwalkie, o anão começou a se agitar. — Bjorn! Deve haver um mal-entendido. Aq-Aquele cara nunca faria uma coisa dessas!

Ele definitivamente não estava errado. Desacato à nobreza? Talvez roubo de identidade, mas desacato? Isso até para mim era difícil de aceitar.

— Devemos ajuda-lo!

O que eu deveria fazer para salvar um companheiro que havia sido levado pelas autoridades? Eu fechei os olhos.

— Hikurod, s-se acalma. Quando Bjorrrn está assim, significa que ele tem uma solução!

Uff, e eu pensando que teria um descanso hoje. Por que algo assim sempre acontecia? Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, precisava entender melhor a situação. Não tínhamos nenhuma informação ainda. Nem mesmo sabia se o Dwalkie tinha insultado um nobre real, se eles apenas haviam entendido mal, ou se ele tinha sido incriminado. Então, saí do bar e segui para a sede dos Mozlan.

 — Espere até que a investigação seja oficialmente encerrada.

Mesmo no jogo, os Mozlan de mente fechada e arrogantes nunca divulgaram qualquer informação. Então, fui para Shavin.

— Ele foi levado pelos Mozlan? Vou investigar. No entanto, não posso garantir que descobrirei algo…

— Isso é o suficiente. Obrigado.

— Não é nada.

Como Shavin era uma funcionária pública, decidi que ela teria mais facilidade para acessar informações do que um aventureiro no local.

— …Ele ainda estará vivo, certo?

— Hikurod! Eu entendo que você está prrreocupado, mas pare de dizer coisas que trarão má sorte e fique quieto!

— T-Tudo bem.

Todos estávamos esperando por notícias de Shavin e passamos o dia inteiro fora da sede dos Mozlan.

— Hein? Aquele não é o Dwalkie?

— Parece que sim.

Dwalkie saiu pela porta da frente com os ombros caídos. Apesar do que o anão estava preocupado, não pareciam haver sinais de tortura nele, ou mesmo de ferimentos.

Hikurod avançou. — Você! Você está bem? Como foi a investigação? S-Se eles te soltaram, significa que houve um mal-entendido, certo? Eu sabia!

— Ah, bem… — Por algum motivo, Dwalkie apenas baixou a cabeça, nem mesmo feliz em nos ver. — …Vamos nos mudar para outro lugar. Vou contar tudo lá. — Por enquanto, obedecemos aos desejos de Dwalkle e nos relocamos para uma taverna que costumávamos visitar quando realizávamos reuniões relacionadas ao labirinto. Depois de alguns petiscos e a cerveja que pedimos chegou, Dwalkie começou, com tom triste. — Parece… que terei que deixar o grupo.

Depois de Erwen e Ainar, esta foi a terceira vez que ouvi algo assim. O anão ofegou. — Não, do que você está falando?! Explique em detalhes!

— Bem… — Dwalkie começou, e então soltou um longo suspiro. — Seria ridículo tentar esconder agora. Para ser honesto, há algo que eu mantive escondido de todos vocês.

— Escondido?

— Meu irmão mais velho… é o Barão Martoin.

— O quê? — Missha arfou.

— E-então você está dizendo que você realmente é da nobreza?

As bocas de todos se abriram em choque, mas Dwalkie fechou os olhos e continuou a falar. — Isso é meio verdadeiro. Sou filho do último Barão Martoin e de uma de suas criadas.

Um filho ilegítimo de uma família nobre. Esta história não era desconhecida para mim, já que tinha sido exposto a muitas novelas modernas. A história que se seguiu não foi muito diferente dessas.

— Porque eu era a desgraça da família, fui adotado pelo terceiro irmão mais novo da baronesa assim que nasci…meu pai adotivo, Tirva. Claro, isso foi apenas uma formalidade, e foi minha mãe quem realmente me criou. — Mesmo assim, o barão regularmente enviava-lhe dinheiro, e graças a isso, ele pôde aprender magia e crescer confortavelmente. Era uma história familiar complicada só de ouvir.

No entanto, o anão não parecia ter tempo para esperar pacientemente. — Então, o que isso tem a ver com deixar o grupo?

— Há um ano, meu pai, o Barão Martoin, faleceu. E meu segundo irmão assumiu seu lugar.

— Hmm, não o primeiro? — Brown interrompeu com uma pergunta.

— É isso mesmo — Dwalkie continuou francamente. — O segundo filho. Esse é o problema.

— Não entendo, prrr que isso é um problema?

— Após a morte do barão, muitas outras pessoas morreram, desde o primeiro filho até muitos outros na linha de sucessão… — Aquelas palavras foram explicação suficiente para determinar que a causa desse incidente foi uma luta pelo poder sangrenta por parte do Barão Martoin. — Foi meu segundo irmão quem enviou os Mozlan.

— Faz sentido. Talvez como um aviso: viva uma vida tranquila como sempre viveu — sugeri.

— Mas por que agora?

— Acho que meu envolvimento como explorador o incomodou. Tenho aprendido muita magia ultimamente também… Ele deve ter ficado preocupado porque há até uma pessoa famosa em minha equipe.

“Ah, uh… hum… Você está me culpando agora?”

Honestamente, aquilo era meio exagerado, mas resumi a história de Dwalkie. — De qualquer forma, isso significa que você não pode mais entrar no labirinto porque tem medo do seu segundo irmão?

— Você realmente… não sabe ser sutil. Você não está errado. Mas não importa o que eu queira, as coisas seriam as mesmas de qualquer maneira.

— O que você quer dizer com isso?

— Em vez de me punir por insultar um nobre, eles me retiraram o acesso ao labirinto. — Em outras palavras, mesmo que ele quisesse trabalhar conosco, não havia mais como fazer isso.

— Bjorn, não há outro jeito? — Os olhos sinceros de Hikurod e Missha se voltaram para mim.

Fechei os olhos silenciosamente. Em vez de procurar a resposta para um problema que não podia ser resolvido, pensei em que dia era hoje.

“Que dor de cabeça.”

Nove dias até que o labirinto abrisse novamente. Será que eu conseguiria encontrar um novo membro para o grupo até então? Honestamente, nada na minha vida era fácil. — Por enquanto, vamos refletir sobre este problema individualmente, e então nos encontraremos novamente amanhã para discuti-lo.

— Sim, tenho certeza de que nem mesmo você conseguirá elaborar um plano de ação imediatamente. Vamos fazer isso.

Depois de marcar nossa próxima reunião, nos separamos. Hikurod e Dwalkie decidiram tomar uma bebida em um lugar tranquilo, e Rotmiller foi para casa. Decidi ir para a biblioteca.

— Hein? Você vai para a biblioteca? — perguntou Missha.

— Tenho negócios com a bibliotecária de ontem.

— …A essa hora?

— Se eu me apressar, chegarei antes de fechar.

— Entendi… q-quer que eu vá com você?

O que essa criança está falando? — Está tudo bem. Vá descansar.

— Não é como se eu tivesse algo para fazer em casa…

— O que você quer dizer? Se tem tempo livre, treine com suas espadas mais uma vez. Você enrolou o dia todo hoje.

Depois de dispensar Missha, que tentou insistir em me seguir, fui apressadamente para a biblioteca. Originalmente, eu havia planejado descansar bem hoje e ir amanhã, mas houve uma mudança de planos.


— Parsyt… — Quando cheguei à biblioteca, a bibliotecária estava prestes a lançar mecanicamente seu feitiço em mim quando ela recuou. — Você é…

— Já que estamos nesse assunto, nunca me apresentei formalmente. Sou Bjorn, filho de Yandel.

— …É claro que sei seu nome.

Isso era justo. De qualquer forma, depois dessa pequena conversa, houve silêncio. Eu sempre me sentia desconfortável perto dela.

— …Estamos fechando em breve. Você vai entrar?

— Não, não vim para ler hoje.

— Então…?

Como eu deveria explicar minha situação? Depois de pensar por um tempo, fui direto ao ponto, como um bárbaro. — Ragna Litaniel Peprok.

— Você não precisa me chamar pelo meu nome completo.

— Ragna, em que nível você está como maga? — Perguntei casualmente, mas não houve resposta por um tempo. A expressão em seu rosto parecia perguntar: ‘Que tipo de grosseria é essa?’ Na verdade, a Raven também ficou irritada com essa pergunta.

— Deixe-me perguntar primeiro: por que a curiosidade repentina sobre isso? — Ragna perguntou calmamente, aparentemente sendo um tipo mais brando que a Raven.

Respondi honestamente. — Aconteceu algo e o mago da minha equipe não pode entrar no labirinto. Quero saber se você poderia interromper seu trabalho aqui e ir para o labirinto comi…

— Eu recuso.

“Uh-huh, então é uma rejeição.” Com sua recusa resoluta, eu deixei de lado minhas inibições. — Entendi. Se seu nível é tão baixo que você não pode entrar no labirinto, não há nada que possa fazer.

— …Quando eu disse isso?

— Então você é habilidosa o suficiente.

Percebendo que eu estava testando-a, Ragna parou no meio de ficar zangada e colocou uma expressão neutra no rosto. — Porque… você está curioso sobre minhas habilidades?

— …Do que você está falando? De qualquer forma, essa conversa termina aqui. Se você não quer, não posso fazer nada. — Mudei de assunto. — Então, o que é? Shavin Emoor me disse que você teria algo preparado para mim.

— …Como é? Algo preparado para você? — Ragna franziu o cenho como se fosse a primeira vez que ouvia isso, depois colocou uma mão na testa enquanto tentava entender o que estava acontecendo. — Ha… é isso que ela disse?

— Fale de uma maneira que eu possa entender.

— Estou te avisando antecipadamente para não interpretar errado. — Ragna confessou sua situação real apenas depois que prometi não entendê-la mal. — Shavin disse que sua posição no departamento aumentou graças a você. Então ela pediu meu conselho sobre uma maneira de retribuir a você, e… eu disse a ela que você gosta de ler livros.

— E?

— Foi só isso. De repente, ela mencionou que eu devia algo a ela e me pediu para pagar a você em vez disso. Então isso não vem de mim, mas da Shavin. Você entende?

— …Entendi.

Em resumo, ela tinha algo para mim, embora eu não soubesse por que ela estava se esforçando tanto para enfatizar que não vinha dela. Se fosse comigo, eu me daria mais crédito.

— Você realmente me entendeu corretamente?

— Entendi. Então, qual é o presente?

— É um livro.

— …Um livro?

Quando eu inclinei a cabeça, Ragna fechou os olhos e recitou um feitiço. — Bierdo Parsytiev.

Quando o feitiço foi concluído, meu corpo brilhou com uma luz dourada deslumbrante. O encanto era até um pouco diferente do habitual. — O que é isso?

Diante da minha pergunta, Ragna explicou detalhadamente, algo incomum para ela. — Há livros de alta segurança nesta biblioteca que não respondem à magia de reconhecimento normal de livros.

— …Eu não sabia que algo assim estava escondido aqui.

— Originalmente, acessá-los era um privilégio concedido apenas a nobres ou a alguns poucos com permissão.

Um tipo de biblioteca secreta para o estabelecimento. Senti como se tivesse recebido um presente inesperado e fiquei atordoado. — Está tudo bem para você me conceder acesso a algo assim?

— Enquanto você não sair contando para todo mundo, não será um problema. De qualquer forma, desde… que assumi como bibliotecária, só usei este feitiço algumas vezes. — Quando Ragna continuou, sua voz estava ligeiramente melancólica. — Quem se interessaria por este lugar?

Eu estava começando a ficar curioso sobre a história dela também.


Click, clac.

Na biblioteca vazia, com apenas o som dos sapatos ecoando pelo silêncio, eu estava lendo um livro graças ao gesto atencioso da Ragna.

— …Nesse caso. por que você veio tão tarde? Hah. tudo bem. Vou permitir apenas por hoje.

Quando era hora de fechar, todos os visitantes eram expulsos, mas Ragna permitiu que eu permanecesse até que os livros fossem todos organizados. Isso parecia um pouco estranho, como se eu tivesse entrado em uma área apenas para pessoas autorizadas.

Click, clac.

Deixei o livro que estava lendo de lado por um momento e olhei para Ragna.

“Estava me perguntando como ela organizava esse lugar. Acho que tudo é feito por magia.”

Os livros se encaixavam nos espaços vazios das estantes sempre que ela movia sua varinha um pouquinho. De repente, me perguntei se eles estavam indo para os lugares certos, mas… Pensando bem, os livros nesta biblioteca não precisavam estar em um lugar específico, já que a magia permitia encontrar os livros que você queria.

Espera. — Ragna?

— Diga.

— Quando nos conhecemos, você não me disse para colocar todos os livros que eu lia em seus lugares originais?

— Eu costumo dizer isso quando estou com preguiça de dar uma explicação detalhada. Já que é mágica, há muitas pessoas que fazem perguntas desnecessárias.

— …Entendi.

Aquelas foram palavras muito cruéis para um bárbaro, mas não deixei transparecer e continuei lendo. O alto nível de segurança dos livros era óbvio apenas pelo conteúdo.

“Gráfico Organizacional de Rafdonia”

Havia livros tratando das instituições públicas nesta cidade, descrevendo grupos que incluíam o Ministério de Segurança… ou seja, caçadores de espíritos malignos.

“Mundo dos Espíritos Malignos”

Alguns livros até tratavam dos Caça-Fantasmas em profundidade. Este livro falava de um agente que havia entrado em sua dimensão espiritual e voltado meio-morto.

“Com um sistema assim em vigor, eu não estaria em perigo.”

Graças a isso, agora estava convencido de que poderia tomar a pílula em minha posse quando o momento certo chegasse. Mudei meu foco para outro livro. Mas assim que terminei um e estava prestes a começar o próximo, minhas mãos congelaram ao ler o título.

“O Livro Completo das Fendas II”

Não era esse o nome do livro que a Raven havia mencionado? Abri rapidamente a primeira página para verificar o conteúdo e logo entendi por que ela havia agido daquela maneira.

“…Entendo por que ela estava tão obcecada.”

Era uma espécie de livro de estratégia. Todas as informações ocultas que eu havia descoberto através de inúmeras experiências e truques enquanto jogava o jogo estavam escritas ali, embora apenas quatro fendas fossem descritas devido às limitações físicas do livro.

“Isso deve ser um tesouro para as pessoas aqui.”

O conteúdo estava tão perfeitamente delineado que nem mesmo eu conseguia ver lacunas a serem preenchidas. E como essa cópia estava tão bem conservada, ao contrário da suposição de Raven de que o livro havia sido escrito por uma fonte anônima, o nome do autor também estava escrito na última página.

— Auril Gavis…? — Sem perceber, li o nome em voz alta e imediatamente congelei como uma estátua.

“Merda. Por que o nome desse bastardo está aqui?”

Auril Gavis era o nome do criador de Dungeon and Stone.

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