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[1] “Warp” Distorção/Teleporte.



“Na verdade sim. Eu adoraria. Se essas coisas são tão irrelevantes, por que você é tão reservado a respeito delas? Já estamos juntos há algum tempo. Você não pode me manter fora da sua vida assim.”

Lith reconheceu esse momento e o odiou de todo o coração. Esse era o momento em que as coisas em um relacionamento iam de simples diversão para sérias. De volta à Terra, era a deixa para largar ou esperar para ser descartado.


Lith o chamou de “o ponto irritante” e isso o colocou em uma encruzilhada. Ele poderia se fechar, azedando seu relacionamento, ou se abrir com o risco de que uma pergunta levasse a outra até que Kamila perguntasse sobre algo que ele não poderia compartilhar.

Lith sabia que ela se importava e estava tentando fazer as coisas entre eles funcionarem, mas estava com medo das consequências que o frio ponto irritante tinha.

Ele achava mais fácil lutar e matar várias Abominações do que ter que enfrentar essa escolha. Até agora, sua agenda lotada e estarem longe um do outro por longos períodos de tempo fizeram Kamila ser paciente, evitando questões delicadas.

Por um momento, a imagem de Kamila foi substituída pela de Phloria. Ela pediu a ele para se abrir também, até que ela desistiu. Na época, ele estava feliz com isso, confundindo-o com aceitação. Agora ele sabia melhor.

“Isso pode, por favor, esperar meu retorno? Há coisas sobre as quais não me sinto confortável em falar à distância.”

“Tudo bem se você não se sentir pronto para compartilhar seu passado, só quero que seja honesto comigo.” A voz de Kamila perdeu o tom, tornando-se doce novamente.

“Conversaremos quando eu voltar. Eu prometo.”


No dia seguinte, Lith usou a distorção¹ de Solus para chegar o mais próximo possível de Jambel, chegando lá poucos minutos após o nascer do sol. Jambel era uma cidade-fortaleza de tamanho médio, inteiramente construída em pedra.

Ficava muito longe das rotas comerciais para depender dos comerciantes, por isso foi projetada para ser autossuficiente o ano todo. A cidade foi construída perto de dois grandes lagos, que forneciam peixes e água doce, enquanto campos cultivados cercavam as muralhas da cidade até o início da mata.

Eles eram a principal fonte de caça e madeira, por isso os habitantes de Jambel os tratavam com grande respeito. Eles plantavam duas árvores para cada uma que cortassem e usavam a rotatividade para dar-lhes tempo de crescer.

Diferente de Maekosh, não havia favelas. Mesmo as casas mais pobres eram sólidas, sendo as únicas construções de madeira galpões de ferramentas. As paredes de Jambel tinham cinco metros de altura e largura o suficiente para que duas pessoas armadas pudessem facilmente andar lado a lado.

Eram feitos de pedra cinza e alisados para que durante o dia refletissem parcialmente a luz do sol e cegassem os agressores. Lith pousou a algumas centenas de metros dos portões da cidade, para não assustar os guardas.

Ele ficou muito surpreso ao chegar aos portões sem que ninguém o mandasse parar ou se identificar. Ainda mais quando o senhor da cidade saiu para cumprimentá-lo enquanto os soldados ficavam atentos.

“Ranger Verhen, obrigado por vir tão rapidamente. Estávamos começando a temer que teríamos que enfrentar a terceira onda de monstros sozinhos.” O Barão Eiros Wyalon era um homem de quase trinta anos, com cerca de 1,78 de altura.

Ele tinha cabelos ruivos e uma barba bem aparada, com olhos azuis tão claros quanto os lagos gêmeos em frente à cidade. Ele estava usando uma armadura leve que enfatizava sua constituição esguia, mas musculosa.

Até mesmo os guardas da cidade tinham uniformes limpos e adequados. Cada um deles estava em boa forma física e seus equipamentos bem cuidados. O Barão parecia mais um soldado do que um nobre, assim como seus homens pareciam ser veteranos.

“Uma terceira onda? O que te faz pensar que eles irão voltar?” Lith apertou a mão do Barão. Seu aperto era vigoroso, mas amigável. O nobre não estava tentando testar Lith.

“Depois da segunda, enviei alguns batedores para seguir os sobreviventes de volta à masmorra. Há muitos e eles estão com muita fome. Quando perceberam que seus companheiros voltaram de mãos vazias, eles os mataram e cozinharam na hora.”

“Isso é uma fome danada.” Lith ficou mais surpreso com a disposição dos batedores de arriscar o pescoço. Até agora, todas as cidades que ele tinha estado estavam cheias de pessoas que apenas choramingavam e esperavam por sua intervenção.

“Meu ponto, exatamente.” Wyalon assentiu enquanto oferecia uma montaria a Lith. Havia um cavalo para cada soldado, nenhuma diligência esperava pelo senhor da cidade. Felizmente, Lith aprendeu a cavalgar durante o campo de treinamento.

“Monstros não podem pescar e a maioria dos animais fugiram quando as criaturas apareceram pela primeira vez. Nós somos a única coisa de que eles podem se alimentar em quilômetros.”

Com tão pouca prática ele era um péssimo cavaleiro, mas entre seu físico e o cavalo bem treinado, ele não teve problemas para chegar à Mansão do Barão. Era uma mansão de dois andares, algo que Lith esperaria de um comerciante, não de um senhor da cidade.

Cada andar era quase tão grande quanto o salão de baile dos Ernas. Apenas tijolos e um pequeno jardim separavam a Mansão das casas vizinhas, e não havia nenhuma mais luxuosa.

“Só um idiota desperdiçaria dinheiro para construir um castelo para si mesmo se toda a cidade ao seu redor queimasse facilmente.” O Barão Wyalon respondeu à pergunta silenciosa de Lith.

“Prefiro gastar o ouro dos impostos para tornar Jambel inteiramente segura. Pessoas com um teto sobre suas cabeças e um trabalho honesto não se voltam para o crime. Além disso, minha senhora e eu não precisamos de muito. Com fome?”

“Sim. Posso ser completamente honesto com você?” Lith entrou pela porta da frente enquanto um mordomo os recebia em casa. O corredor tinha cerca de 20 metros quadrados, com paredes e piso revestidos de madeira pintada de branco.

Havia um armário para as roupas e uma pequena lareira acima da qual havia uma série de cabides para secar casacos encharcados de neve. Um tapete macio conduzia aos outros cômodos, cobrindo a maior parte do chão e mantendo a casa aquecida.

“Absolutamente. Você está prestes a arriscar sua vida pelo meu povo e minha cidade está sob cerco. Eu prefiro que deixemos de lado as formalidades em vez de perder nosso tempo com palavras bonitas.”

O mordomo pegou o manto do Barão enquanto o nobre se sentava em uma das cadeiras perto da porta para tirar as botas sujas e substituí-las por limpas. Lith mudou sua roupa para mostrar ao homem que não precisava de sua ajuda, fazendo-o estremecer de surpresa.

Os móveis de todos os cômodos eram feitos de materiais de alta qualidade, mas seu design não era ostentoso.

“Este não é o tipo de hospitalidade que eu esperava. Eu ouvi coisas sobre Jambel. Coisas desagradáveis.” Lith anotou tudo mentalmente.

A casa do Barão não era ótima, mas definitivamente era um lar. Estava quente e aconchegante. Cada um de seus quartos era habitável, não apenas projetado para impressionar os hóspedes. Era como se ele quisesse que fosse sua própria casa.

“Todos são de verdade.” O Barão disse com um sorriso maroto.

“Temos pouca paciência com forasteiros que entram em nossas casas e esperam ser servidos como senhores. Não nos curvamos a ninguém apenas por causa de sua riqueza, status ou posição. Então, fique tranquilo, aqui você só tem amigos.”

Olá, eu sou o Dogone!

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